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A JUSTICEIRA

A Justiceira é um daqueles filmes em que as pessoas ficam torcendo pela justiça mesmo que por linhas tortas, já que policiais, promotores e juízes se dobram diante da força dos marginais e do poder do dinheiro.

Na trama, Riley North (Jennifer Garner) é uma boa mulher e mãe que vê com tristeza como a justiça dos homens é falha e sujeita a jogadas e corrupção. Após acordar de um coma e lembrar que seu marido e filha foram mortos a tiros num parque de diversões, Riley passa os anos seguintes a treinar para ir ao encalço de todos os envolvidos no assassinato de seus entes queridos, ou seja, da gangue que cometeu o crime, dos advogados que os libertaram e dos policiais corruptos que permitiram que tudo acontecesse.

Ela parte para a luta, pois tinha perdido tudo. Toma a justiça nas próprias mãos e busca vingança pela morte do marido e da filha. Trata-se de um tema envolvente que segura a atenção do público. A violência é forte, mas não é das piores porque nada acontece por acaso. Garcia, prepotente, é um homem mau, deveria ter pacto com o diabo por possuir tamanha ruindade, a mesma que acomete os homens sem coração que sufocaram o espírito. Riley toma a justiça nas próprias mãos esquecendo que a justiça divina é incorruptível. Defender-se de um ataque é um imperativo da vida, mas “Não Matarás” é um Mandamento abrangente, pois assassinar friamente ou matar, moralmente são equivalentes. Ser desleal e trair uma amizade também significa matar algo que encerra vida.

O filme é uma utopia do mundo dominado pelos maus que acaba acalmando aqueles que têm sede de justiça. No entanto, todos deveriam ter consciência de que ninguém escapa da grande justiça e amor severo que pairam acima das leis dos homens.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

 

O AVANÇO DA PRECARIZAÇÃO

A falta de oportunidades avança pelo mundo. Com o fechamento de fábricas e o aumento da automação, além do grande endividamento geral e da consequente estagnação da economia, sobraram os serviços cujos salários são menores e nem sempre oferecem vagas. Perdeu-se o aprendizado técnico e as habilidades indispensáveis como: conhecimento e preparo para a vida; capacidade para aprender sempre; conhecimento técnico do trabalho; vontade de fazer bem feito e melhor. Quem depende de salário fixo ficou fragilizado, uma vez que o custo de vida vai aumentando e há contínua pressão para baixar as remunerações. Agora o serviço público, muito abusado nas esferas altas, segue nessa tendência também.

O Brasil manteve o regime escravocrata de trabalho por 300 anos, o que gerou a tradição de pagar mal aos trabalhadores em geral e remunerar bem os apaniguados e nababos do judiciário, do legislativo, das estatais e dos órgãos de poder, dando-lhes o status de servidores do rei, considerando os professores como trabalhadores comuns de salário baixo. Então, o custo dos servidores precisa ser detalhado para que não haja incompreensão.

A democracia deve lidar com as dificuldades antes que elas se tornem problemas insolúveis. É incompreensível a rigidez de senadores, deputados e vereadores, que priorizam os próprios interesses, deixando o país e sua população em plano secundário. Os governantes, como bons zeladores, têm de estar comprometidos com o bom uso dos recursos nas coisas simples de todos os dias que fazem a sociedade funcionar, mas, ao contrário, preferem gastar o que têm e o que não têm em obras faraônicas que rendem mais e chamam a atenção dos eleitores, e com isso vão aumentando a dívida pública.

Cálculos do Ministério da Economia indicam que a redução da Selic gerou, apenas no ano passado, uma economia de R$ 68,9 bilhões no serviço da dívida. Por aí se vê como foi a sangria financeira: uma barbaridade, pouco comentada, pouco analisada. Debilitada, a economia do Brasil tarda a se recompor. Quanto mais a dívida subiu com juros elevados e displicência nas contas pública, mais a economia foi parando. Mas o problema não é só a dívida, como também a burocracia arrogante, a corrupção galopante, a educação em retrocesso, o avanço dos importados de forma desequilibrada e o desemprego. Revertendo tudo isso, o país poderá retornar aos caminhos do progresso.

Neste ano teremos eleições municipais. É nessa época que aparece algum movimento cosmético buscando a reeleição, mas no geral tudo cai no abandono por falta de competência e interesse pelo bem das cidades. Como disse o professor Valter Caldana, da USP, com os eventos que vão se repetindo com mais frequência há que se fazer programação preventiva sistemática nesta cidade mal planejada, cuidando todos os meses das questões básicas, como limpeza, permeabilização, calha dos rios, lixo nas ruas e obras maiores. Mas o descaso é geral e no serviço público é assustador. Não há zeladoria nas cidades.

O avanço da tecnologia deveria contribuir para elevar o espírito humano, mas está contribuindo para o esvaziamento das capacitações, podendo transformar cada indivíduo num ser insensível que não sabe desfrutar das suas horas de lazer para se instruir e se aprimorar, optando por jogar fora o seu precioso tempo em bebedeiras e badernas. Mas é carnaval, outrora um momento de descontração e festa popular, hoje uma fase de inquietação e insegurança com vários riscos para as pessoas em geral porque o bom senso perdeu terreno e tudo que se imaginar de ruim e perigoso pode acontecer. Em Brasília já surgiram problemas nos festins com bebedeiras e drogas. Os pais que cuidem de seus filhos, pois a experiência poderá se revelar bem amarga, tanto nos salões como no carnaval de rua que criam uma atmosfera propícia ao desregramento e irresponsabilidade.

No mundo, ainda prevalece a questão das castas superiores e inferiores, uns sobre os outros e não lado a lado, progredindo em conjunto. Nesta época difícil com incompreensão, medo e ódio, é difícil manifestar o que pensamos porque as pessoas têm as suas paixões e só querem se basear em suas próprias pseudoverdades sem analisar objetivamente os fatos. Muitas pessoas não querem examinar a realidade do significado da vida e suas leis. Necessitamos de coragem, cautela e vigilância.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

VIDA AUTÊNTICA

O mal-estar da civilização avança pelo mundo, da Europa à China, do Canadá ao Chile. Qual é a origem? Facilmente as pessoas encontram justificativas para explicar a miséria, a precarização e o sentimento generalizado de insatisfação. Capitalismo, comunismo, neoliberalismo, são rótulos, mas por trás está o ser humano e sua despreocupação em causar danos ao próximo para satisfazer a própria cobiça.

Para entender os problemas que afligem o mundo é preciso buscar as causas espirituais. O ser humano se entregou ao materialismo e para isso teve que sufocar a espiritualidade, mas o mundo material criado pelo intelecto é frio e áspero, rouba energia, enfraquece e acarreta doenças.A depressão se tornou a grande epidemia que mostra os seus efeitos no cérebro, porém mais do que doença mental, é uma doença da alma.

Os seres humanos estão perdendo a naturalidade agindo de forma performática como se estivessem representando um papel aparentando ser o que não são. O problema é que não sabemos mais qual é a finalidade da existência nesta Terra em que tudo foi preparado pela natureza para uma vida de trabalho e progresso. Mas o ser humano quis dominar tudo, esquecendo que sua vida é uma passagem; quer comer, beber, se divertir, quer tirar o máximo proveito de tudo e sempre obter ganhos e, com isso, fez da vida, que deveria ser bela, um inferno na Terra.

Bebida, exibicionismo, sexualidade embrutecida, maconha e outras drogas. Ricos e pobres pouco pensam na seriedade da vida e vão gerando filhos que mantêm essa conduta da mesma forma errada. Poucos se ocupam em como poderiam melhorar as condições de vida tornando-a mais bela.

A insatisfação e a desesperança levam ao medo; este ao ódio, e este abre as portas para as “fúrias” – as constelações de sentimentos e pensamentos de revolta e vingança que se opõem às “benévolas” – as formas que visam a paz e a harmonia. É dolorido observar a realidade e a prevalência dos interesses de políticos e grupos que querem levar vantagens, enquanto as cidades ficaram abandonadas. Mas a situação ficou ainda pior, pois todos os efeitos negativos de gestões asquerosas estão em cena, ampliando a insatisfação e abrindo espaço para as fúrias e seus ataques.

Em muitas organizações, públicas ou privadas, evita-se indicar pessoas ativas e competentes que queiram concertar o que está errado para o bem geral. Ao contrário, escolhem pessoas mornas, sem muito empenho, dóceis, de intuição fraca, e que não representam uma ameaça para a preservação do poder na mão dos dirigentes interesseiros.

Uma nova ética deverá ser alcançada com o reconhecimento das responsabilidades individuais de não causar danos a outros para satisfazer a própria cobiça, e que leve ao reconhecimento das responsabilidades individuais para que o homem deixe de ser o lobo do homem.

A partir dos anos 1980, após a concentração financeira global e a centralização da produção industrial na Ásia com o consumo globalizado no ocidente, verificou-se no planeta a implantação do maior desequilíbrio econômico jamais existente com o avanço do desemprego, queda na renda e aumento da precarização. As nações perderam o pouco que mantinham de autossuficiência e se tornaram extremamente dependentes.

Com a crise econômica e seus efeitos que a tudo atingem, e devido ao declínio civilizatório, aumentam as ansiedades e depressões. As novas gerações não estão recebendo o adequado preparo para a vida, o que se agrava com a falta de responsabilidade de homens e mulheres na geração e preparo dos filhos. A decadência está penetrando também por meio da falsa cultura, uso de drogas, artistas que defendem uma vida desregrada e promíscua, desvalorizando a mulher, a mãe, e que zombam da beleza genuína.

A situação atual do planeta atesta a incompetência administrativa e o despreparo geral. Os jovens precisam conhecer a trajetória espiritual da humanidade com seus erros e acertos. A prioridade para fortalecer as novas gerações e o país está no bom preparo para a vida. As crianças devem, desde cedo, entender que sem educação e consideração não conseguirão progredir na direção de seres humanos de valor, espiritualmente fortes e responsáveis, benéficos a si mesmos e ao planeta. Para formar gerações fortes e sadias de corpo e alma, a prioridade básica está no bom preparo para o viver autêntico.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A TERRA É ESFÉRICA

Uma das questões mais absurdas que surgiram nos últimos tempos foi a afirmação, por alguns grupos, de que a Terra é plana e não uma esfera, como já foi comprovado cientificamente e por inúmeros astronautas e fotos de satélites. Qual será a causa dessa discussão infundada e irreal? Seria por conta da estagnação na economia e no preparo dos jovens? Em 2020 vamos continuar na mediocridade? Há brigas por todos os lados. Cada pessoa só pensa em si e nas suas conveniências. Enquanto faltar um ideal entranhado nas pessoas visando o bem geral, a espécie humana continuará decaindo.

Tudo na Terra poderia ter sido diferente se o ser humano mantivesse sua intuição voltada para a melhora geral. A população perdeu a confiança nesses homens maus que fazem de tudo para satisfazer sua cobiça por riqueza e poder, e que se esforçaram para manter as massas na indolência e ignorância. No passado, vivíamos de forma mais natural, mais leve. As intuições eram ouvidas, e os pensamentos, as falas e as ações continham consideração e sinceridade; as pessoas se beneficiavam mutuamente com seu querer voltado para o bem geral.

Estamos enfrentando a tragédia do desatino administrativo. Milhares de municípios estão com as contas no vermelho. Há todo tipo de desfaçatez, nas licitações, no lixo, nas contratações, no exagero de funcionários. Nada de tratamento do esgoto. E, no entanto, muitos prefeitos estão lá para serem reeleitos com a ajuda da máquina para continuarem seu trabalho de destruição das cidades e da educação das crianças. O líder também precisa saber avaliar os seus colaboradores e, aproveitando os seus talentos, dar a eles oportunidades para realizar trabalho de qualidade com dedicação. Mas na política valem os interesses e acordos, pouco importando a capacidade profissional.

A situação atual do planeta atesta a incompetência administrativa e o despreparo geral. Os jovens precisam conhecer a trajetória espiritual da humanidade com seus erros e acertos. O mundo está adentrando em uma recessão geopolítica irreconciliável que vai se aprofundando. As crianças devem, desde cedo, entender que sem educação e consideração não conseguirão progredir na direção de se tornarem seres humanos de valor, espiritualmente fortes e responsáveis, benéficos a si mesmos e ao planeta. Para formar gerações fortes e sadias de corpo e alma, a prioridade básica está no bom preparo para uma vida autêntica.

Na vida em geral a ciumeira é grande, a inveja e cobiça, maiores ainda. Num mundo onde os ideais enobrecedores foram abandonados, vale só o dinheiro. Isso acontece em todos os setores, mais ainda no governo. Agentes públicos e privados imediatistas não se preocupam se estão aumentando as fragilidades econômicas, sociais, ambientais. Hoje, porém, há um entorpecimento geral diante da velocidade com que se apresentam as consequências das decisões. Todos os sistemas de governo deram errado devido ao imediatismo e cobiça de poder. O s preços sobem, os salários estão encolhendo. Por que isso está ocorrendo? Seria o preparo para uma nova moeda digital mundial?

A economia e a produção deveriam estar voltadas para o atendimento das necessidades da humanidade levando em conta as finalidades evolutivas da espécie. Mas o homem inventou o dinheiro subordinando tudo a ele, e em vez de servir à sua própria evolução, passou a se subordinar aos interesses do capital, subvertendo tudo.

A possibilidade da criação de uma nova moeda mundial já havia sido mencionada pelo historiador Niall Ferguson em seus documentários. Mas qual é a posição dos criadores de moeda que agem nos bastidores? Um bom tema para ser pesquisado, afinal se trata do futuro da humanidade que abandonou os ideais enobrecedores, passando a dar valor apenas ao dinheiro.

O que estamos oferecendo às novas gerações? A educação em atraso é a questão prioritária que merece as atenções de todos. Os seres humanos estão abdicando de suas capacitações individuais, passando a agir como robôs. A prioridade básica para fortalecer as novas gerações e o país está no bom preparo para a vida e de incentivos que aprimorem a espécie humana para que pesquisem seriamente o significado da vida, por quê e para que nascemos na Terra, que não é o centro do universo, nem é plana.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

EM SE PLANTANDO… SE RECEBE

Novo livro de Duque Filho, voltado para o público infanto-juvenil

O reconhecimento do trabalho desenvolvido pela natureza, aqui na Terra, bem como em todos os planetas, sóis, estrelas, cometas, galáxias e buracos negros, é um processo que requer esforço para a compreensão de que tudo está interconectado para que as Leis perfeitas, porém bem simples, que regem a atividade da natureza e dos seres humanos, se cumpram incondicionalmente.

Nesta obra “Em se plantando… se recebe” (44 páginas), José Guimarães Duque Filho mostra, com belas imagens, a aplicação da lei natural: tudo o que fazemos são como sementes plantadas que trarão a colheita. Um pequeno livro no qual o autor busca a reparação do muito que fizemos em oposição a essas leis naturais que visam o bem da humanidade. Entender essas leis, pô-las na nossa vida cotidiana em todas as situações, é dever do ser humano. Um livro indispensável na educação infanto-juvenil para a vida, e para os seres humanos em geral.

Leia o livro: http://vidaeaprendizado.com.br/livros/Em-se-plantando-se-Recebe.pdf

A ECONOMIA CAPITALISTA

Como o Brasil poderá se integrar na economia globalizada sem se tornar dependente da extração de matérias primas e commodities, com poucos empregos e baixo valor agregado? Como essa integração poderia ser feita sem desequilibrar ainda mais o país? A expressão economia capitalista evoca um sentimento de perda e dificuldades. Após as guerras do século 20 surgiram promessas de melhora geral das condições de vida que não podem mais ser mantidas devido à crise econômica mesclada com corrupção, tirania e concentração da renda.

Nos anos 1960, uma parte da juventude descontente, inspirada por Castro e Guevara, queria implantar a igualdade com bombas. A mídia televisiva exerceu forte influência sobre as novas gerações disseminando maus costumes e uma visão falsa da vida. Em São Paulo, uma recente festa de rua conhecida como “pancadão”, realizada na comunidade Paraisópolis, teve desfecho trágico. Como essas festas funcionam, o que elas trazem de benéfico ao lazer e a cultura para milhares de jovens? Há bebidas e drogas?

É lamentável que os jovens não se utilizem de opções de lazer construtivo como a leitura de bons livros, o que contribui para melhorar a escrita e o raciocínio, além de jogos aritméticos, atividades esportivas, ginástica, enfim o aprendizado geral e o bom preparo para a vida e o idealismo que visa o aprimoramento da espécie humana. Há tantas coisas nobres, basta querer, mas a indolência espiritual tomou conta do mundo.

O século 21 apresenta as incoerências da civilização materialista que forjou a economia da cobiça, do acúmulo e controle do dinheiro, que se sobrepõe às ideologias de direita e esquerda, colocando o dinheiro acima de tudo o mais, provocando aumento da miséria e asperezas e precarização geral. Havia nítida separação entre os sistemas econômicos e suas teorias que agora se assemelham visando o mesmo fim, acumulação de dinheiro, diferentes apenas no comandado, se por gestão empresarial privada ou centralizada no poder estatal.

Vivemos num mundo acelerado e ansioso que impulsiona o cérebro para pensar sem parar, retirando a serenidade e a paciência. As pessoas querem tudo resolvido na hora sem observar a naturalidade. É preciso conservar puro o foco dos pensamentos. Os seres humanos viventes na Terra são dotados de espírito, corpo e a mente, onde se desenvolve a atividade cerebral de pensar e raciocinar. O cérebro absorve as informações que recebe, cria conceitos guardando-os na memória, surge uma personalidade que em geral não se esforça por ouvir o próprio espírito que se torna um estranho naquele corpo dominado pelo cérebro.

No cenário angustiante, a vida se torna áspera e entediante porque o espírito está travado, não atua porque o cérebro tomou conta de tudo; mas o cérebro não dispõe da energia espiritual que deve chegar através da voz do espírito, a intuição, pois quer fazer tudo sozinho e suas criações são pesadas, frias, sem calor humano. Para que haja paz e progresso o espírito tem que se movimentar, beneficiar e enobrecer. O espírito renasce várias vezes, pois a vida é um processo contínuo. A mente tem que ouvir, se aquietar e colaborar.

Envolvida pela escuridão trevosa, a humanidade enfrenta as consequências de seus atos. A miséria é opressora. Caótica é a situação geral e incontrolável a agressiva selvageria urbana. As massas estão descontentes diante das crescentes dificuldades e da enxurrada de informações contraditórias. Os salários tendem para o mínimo nesta fase em que se busca a mão de obra de menor custo. Uma boa saída seriam os programas de participação nos resultados. O perigo é se deixar influenciar pelos oportunistas mal-intencionados que querem implantar o caos para que a humanidade se perca sem um olhar sincero de gratidão, para o Alto, pelo dom da vida.

Estamos no mês de dezembro. Excelente oportunidade para refletir sobre as palavras do Mestre Jesus: “Bem-aventurados os que têm de suportar sofrimentos, pois serão consolados! Não vos lamenteis quando a dor cair sobre vós. Suportai-a e sede fortes. Sofrimento algum pode vos atingir sem que o permitais, mas aprendei por meio desse sofrimento e transformai-vos em vosso íntimo, pois assim ele vos deixará, e vos tornareis livres! Bem-aventurados aqueles que aceitam com simplicidade o que é verdadeiro, pois deles é o reino dos céus.” (Do livro Jesus o Amor de Deus)

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

 

A GRANDE PRIORIDADE

A busca continuada de melhores condições gerais de vida já foi a grande prioridade, mas ficou meio esquecida. Tanto os indivíduos como os países acabaram colocando o dinheiro acima de tudo. Os países foram em busca da moeda global, passando a produzir para exportar. Quem não conseguia, tomava financiamento externo. O que aconteceria se os países se voltassem para atender primeiro à população interna, deixando excedentes para exportar?

O ser humano, dominado pela vontade mental, com seu raciocínio limitado ao tempo-espaço, dá ênfase à necessidade de continuada adaptação à realidade que surge como consequência de seus atos. É preciso deixar a vontade espiritual, a intuição, se manifestar e cada indivíduo se ocupar seriamente com o significado da própria existência: por que nascemos neste planeta, qual é a finalidade da vida?

O Brasil e o mundo se defrontam com crises fundamentais. Não bastam paliativos no combate à desigualdade e miséria; faltam projetos de humanização da vida. As novas gerações têm de receber bom preparo. O homem nasce pedra bruta com essência preciosa que precisa ser despertada e polida para brilhar, o que se alcança com o fortalecimento da espiritualidade. Mais do que nunca, os estímulos se dirigem para as baixarias e imoralidades. Falta gratidão pelo dom da vida, prolifera o descontentamento em vez da espontânea alegria de viver.

Apesar de todo avanço da tecnologia, o bom preparo das novas gerações ainda está descuidado. As crianças devem, desde cedo, entender que sem educação não conseguirão progredir na direção de seres humanos de valor, espiritualmente fortes e responsáveis, benéficos a si mesmos e ao planeta. A geração que agora galga a adolescência, e a anterior, não se sentem motivadas para estudar, avançar e progredir; ao contrário, se entregam ao prazer imediato e à revolta, pois não vêem perspectivas. Uma boa saída seria a adoção de programas de participação nos resultados sem integrar o salário. Os salários tendem para o mínimo nesta fase de globalização na qual se buscam trabalhadores de menores custos. Os encargos sociais pesam e vão parar nas mãos de maus gestores.

A falta de preparo para a vida é cada vez maior, o que favorece o desperdício de mais uma geração e isso já está acarretando a fragilização e estagnação do Brasil. Facilmente as pessoas encontram justificativa para explicar a miséria e a precarização. Capitalismo, comunismo, neoliberalismo, são rótulos, pois por trás está o ser humano e sua despreocupação em causar danos ao próximo para satisfazer a própria cobiça. A riqueza vem dos recursos naturais valiosos e escassos, mas que ficam nas mãos de poucos.

Adentramos numa temporada de juros baixos. Qual é o significado? Um fôlego para a dívida elevada? Enfraquecer o dólar? Se isso tivesse sido praticado com antecedência, outro seria o status da atividade econômica. Banqueiros e gestores públicos imaginavam que, em não havendo dono para o dinheiro público, poderiam fazer o que bem entendessem com ele. Funcionou por décadas, mas com as transformações decorrentes da globalização, caíram a produção, os empregos, a renda e a arrecadação, e dessa forma o risco de insolvência se tornou real. Mas com a globalização o remanejamento da situação ficou difícil. A queda nos juros dá um fôlego, mas a conta bate mais forte sobre os mais fracos.

Falha do Estado, falha dos governantes e da classe política? Já nos anos 1500 o europeu pensava em tirar o máximo de vantagem. Com isso, não se formou uma consciência nacional firme; mesmo no movimento de independência do Brasil havia os que eram contra. Permanecemos deficientes na saúde, educação e na formação do país. O Estado ficou na mão de um punhado de interesseiros que derrubaram D. Pedro II quando esse deu um basta ao trabalho escravo, mas o que se seguiu foi um completo abandono da população e continuada exploração das riquezas do país para o benefício de poucos.

Os jovens precisam conhecer a trajetória espiritual da humanidade para saber o estágio em que nos encontramos, pois a prioridade básica para fortalecer as novas gerações e o país está no bom preparo para a vida. Uma nova ética deverá ser alcançada com o reconhecimento das responsabilidades individuais de não causar danos a outros para satisfazer a própria cobiça.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O QUE A HUMANIDADE QUER?

A globalização, iniciada nos anos 1980, permitiu o surgimento de mecanismos de geração de acúmulo de dólares através do avanço de produção massiva de manufaturas com menores custos para colocação no mercado externo, o que gerou complicadas consequências. No cenário do sáculo 21, evidenciaram-se, dentre os resultados da globalização, o choque de competição entre indústrias que pagam salários de até cem dólares por mês, produzindo para o mercado externo, com outras com política salarial tradicional. Em vez de produzir melhora geral, surgiu uma situação de perda de empregos e da cultura, além do aumento da desigualdade e desarranjo ambiental.

Tristes lembranças de um país cuja displicência dos governantes acabou jogando tudo no atraso. O Brasil optou pela valorização de sua moeda diante do dólar. Alguns economistas advertiam, mas o governo cuidava de manter essa situação, mesmo diante das reclamações dos exportadores que tinham dificuldades para exportar seus produtos frente a desvalorização do dólar que reduzia a competitividade de nossos produtos no exterior, penalizando as receitas de exportações e destruindo empregos. Porém as autoridades diziam que a intenção era evitar a exportação de renda e empregos diante da persistente valorização do real.

Com o declínio na produção industrial, os gastos públicos ocultavam o encolhimento do potencial de crescimento. Pena que muitos desses gastos foram inúteis e realizados na base de tomar empréstimos a juros elevados. Estamos necessitando de reformas e de algo mais que gere condições para produzir, empregar, pagar salários e ter algum ganho. Há saldo positivo na balança comercial decorrente da exportação de commodities, mas o déficit de empregos é cruel.

O dólar se tornou a cobiçada mercadoria financeira que tudo pode, embora envolvida em incertezas. Quem a produz? Quem a controla? Quem regula as cotações? Qual é o objetivo dos investidores? Especular? Enquanto isso ocorre no mercado financeiro, o mundo real da produção se acha em crise e a economia global ameaça implodir com endividamento astronômico.

A China, através da possibilidade de organizar a produção com custos menores para exportação, forjou um mecanismo de fazer dólares constituindo elevada reserva, enquanto o Brasil e outros aumentaram as dívidas. Agora a China busca o refinamento de sua economia e tecnologia, substituindo importações, focada na exportação, e investindo pelo mundo para consolidar riqueza real.

Com sua grande expansão, o dinheiro, encarnado no dólar, e com a sua ascensão a condutor dos negócios e da vida, não está fácil compreender o que está rolando. Para os nacionalistas dos EUA, a valorização da moeda principal afeta as exportações da rival China. Mas o que pensam os globalistas que acham desnecessárias as fronteiras territoriais e que estariam mirando o governo e moeda única?

Está havendo grande disputa pelos mercados e tecnologia. No palco da disputa estão o desenvolvimento do 5G, a próxima geração de rede de internet móvel que promete acelerar ainda mais a velocidade das interações, e a consolidação da inteligência artificial, para utilização na produção e fins bélicos.

Os EUA e China poderiam resolver seu desentendimento a bem da paz e do progresso equitativo entre os povos. Os presidentes americanos acompanharam passivamente à transferência de produção e empregos. No Brasil, os governantes mantinham o dólar barato artificialmente para seduzir o eleitorado. Com o crescimento do déficit comercial e da dívida, caiu a ficha. Enquanto o Brasil tem de cobrir déficits em dólares com financiamento, a China soube planejar o acúmulo de grande reserva em dólares, administrando-a com eficiência.

Uma nova ordem mundial está em gestação, mas a administração do Estado não pode padronizar e se tornar a tutora das ações dos seres humanos. Sem liberdade, tudo tende à estagnação. Cada povo tem direito à sua autonomia e sua cultura. Só o reconhecimento e respeito às leis da Criação poderia balizar o comportamento humano de acordo com o princípio “ama o próximo como a ti mesmo” sem causar-lhe danos para satisfazer a própria cobiça.

No emaranhado de desafios do século 21, a humanidade tem de manifestar o que realmente quer da vida. A base deveria ser o anseio dos indivíduos a partir de seu íntimo, mas há muitas influências externas e ausência de visão clara sobre o real significado da vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ECONOMICISMO OU HUMANISMO?

A economia sempre nos surpreende; a do Brasil entrou em rota de mornidão há algum tempo. Invariavelmente, tivemos políticos ruins e perdulários, os juros sempre nas alturas com efeitos negativos; mesmo assim produzia-se, estudava-se, consumia-se e havia uma consciência coletiva de confiança no progresso do país. Além da taxa de juros, existem outros fatores que promovem a aceleração ou estagnação da atividade econômica, os quais têm de ser identificados. Quem se habilita, a partir disso, a corrigir as distorções para que o país não afunde nas garras da precarização geral?

A China aproveitou bem a situação criada pela globalização e acabou provocando desindustrialização no mercado mundial com custos baixos, dumping, câmbio favorável e escalas de produção sem precedentes, mas os responsáveis pela economia no Brasil optaram por ter dólar barato, às custas de juros altos para debelar a inflação em vez de incentivar aumento da produção. Foi uma breve alegria de carnaval e agora estamos enfrentando a ressaca da quarta-feira de cinzas. Situação difícil. Como a produção interna de manufaturados ficou restrita, aumentos de renda acarretam aumento das importações.

Há uma guerra cambial visando desvalorizações competitivas. No Brasil, até recentemente fez-se o inverso, valorizando o real. Se o BC baixasse os juros que efeitos isso traria para o dólar? Subiria ou baixaria? Que efeitos isso traria para a produção, PIB e para as importações e exportações? Muitos analistas preferem apontar culpados em vez de examinar atentamente as causas da paradeira que aflige não só o Brasil.

Temos fatores internos como corrupção, indisciplina fiscal, incompetência dos governantes que aproveitaram a maré de dinheiro pelo mundo, mas a crise de 2008 fragilizou o ocidente, enquanto a China foi consolidando sua máquina de produzir manufaturados e acumular dólares. Foi uma guinada impensável que acarretou novos problemas. Será que esses problemas foram objeto das conversações do G 20, a reunião das maiores economias que se debateram com suas próprias incoerências?

Neste mundo que se afastou do humanismo e das leis da Criação restam poucos pensadores profundos sobre a realidade que estamos vivendo. Na mecanização do ser humano, poucos deixam a alma atuar na pesquisa do significado da vida. O filosofo Edgar Morin permanece ativo, mas todos os seres humanos têm de prosseguir, ir além, perceber o dom da vida na Terra para que o espírito possa se fortalecer e evoluir beneficiando tudo, e não ficar achando que pode agir como se fosse o dono do planeta, destruindo e emporcalhando tudo.

Em recente viagem a São Paulo, Morin disse em entrevista: “Meu esforço nas minhas obras é tentar efetivamente esse pensamento. O que estamos vivendo? O que está acontecendo? Para onde estamos indo? Não inserimos no programa (de ensino) temas que podem ajudar os jovens, sobretudo quando virarem adultos, a enfrentar os problemas da vida”.

A economista Kate Raworth, autora do livro Doughnut Economics – Seven Ways to Think Like a 21st Century Economist (Sete meios para pensar como um economista do século 21) adverte a espécie humana sobre as incertezas do futuro, pois o crescimento infinito que vemos como modelo nos negócios, “chamamos de câncer em nossos corpos”. Quem não observa as leis da natureza semeia destruição.

Numa palestra na Associação Comercial do Paraná o vice-presidente Mourão apontou a possibilidade de colapso no sistema financeiro global porque há muito dinheiro aplicado em papel que não está significando a realidade, agravado com o fluxo de capitais ilícitos do narcotráfico e de outros meios. Mencionou também a questão das fontes de energia e o problema da escassez da água em países como a Índia, embora no Brasil tenhamos abundância desse elemento.

Os sistemas deveriam ter como meta a autossuficiência acompanhando o crescimento natural da população. Com a invenção do dinheiro, associada ao “financeirismo”, a meta passou a ser fazer o dinheiro engordar através do seu giro acelerado e da maximização do resultado. Nessas condições, tudo que não favoreça o aumento do ganho financeiro passa a ser considerado como desnecessário, inclusive a preservação da sustentabilidade, pondo de lado o humanismo no relacionamento entre as pessoas, adotando o mecanicismo como se fossem máquinas sem alma. Temos de combater a tendência de precarização geral e, com humanismo, estabelecer cenários mais condizentes com a nossa espécie.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O QUE É IMPORTANTE NA VIDA E NA EDUCAÇÃO?

Importante é que as novas gerações tenham bom preparo e compreendam a vida, que tenham meios de trabalhar, dar sua contribuição para a melhora geral, e tenham uma existência condigna, podendo constituir família, gerando filhos que receberão o adequado preparo para a vida. Todos nós estamos aqui para alcançar evolução; assim sendo, o relacionamento humano deveria ser harmonioso, mas falta autoconsciência sobre o que somos, como nos sentimos e porquê. Falta empatia e clareza no querer, e no raciocinar para que as decisões sejam adequadas. É tudo muito importante, mas o querer egoístico e o apego ao dinheiro mexeu com a consciência e tudo está desmoronando, sem espaço para sonhar com um mundo melhor.

Os jovens têm de se esforçar para desviar pensamentos inúteis e para não perder tempo com bobagens. Faltam professores com boa compreensão desta fase da sociedade humana para que possam instruir bem seus alunos. Faltam atenção e foco nos estudantes, geralmente submetidos à modelagem superficial de seu caráter por modelos que não se preocupam com um futuro responsável.

Já faz tempo que as crianças têm sido submetidas a imagens e histórias negativas com desrespeito à vida e agressividade. Momo Bicho feio, monstro desprezível está superando tudo. Em 2019, surgiram relatos de que a imagem da tal Momo começou a aparecer em vídeos infantis no YouTube. Em vez de crianças brincando em floridos jardins, os vídeos mostram a Momo assustando e ensinando coisas erradíssimas como o desprezo à vida e ao próprio corpo.

As crianças precisam aprender a lei do equilíbrio e reconhecer que devem retribuir por tudo que recebem, como meio de brindar a vida e aproveitá-la para o bem. Quem protege as crianças além da mãe e do pai? No mundo invisível que cerca cada criança, existem segredos que vão além da imaginação!

Atualmente, em meio a tantas dificuldades temos de ser fortes. A resiliência é baixa no aprendizado e será frágil para alcançar os objetivos pessoais apesar dos reveses. É preciso que as crianças sintam amor e consideração, que percebam que as pessoas se importam com elas, o que fortalecerá a sua motivação para se esforçar e agir com todo o seu potencial em vez de ficar sem interesse pela vida. Muitas crianças desde cedo só veem miséria e pancadaria. Cultivar o amor ao próximo na sala de aula será o meio para humanizar a escola e o ensino.

Movimento é lei da vida e os jovens não podem perder a motivação; deveriam estar aproveitando o conhecimento adquirido para dar sua contribuição para a melhora das condições gerais de vida no Planeta, do contrário acabarão sendo tão inúteis como aqueles que se drogam e participam de orgias degradantes.

A miséria e os núcleos de moradias precárias produzem triste imagem do despreparo no Brasil. Há muitas pessoas que nada sabem, nada querem saber, vão destruindo e contaminando a sustentabilidade da vida. Enquanto isso os mais graúdos ficam se atritando para levar vantagens e ampliar a faixa de poder e os miúdos fazendo o coro da insensatez destrutiva.

Necessitamos de força para resistir e coragem para prosseguir. No século 20, o materialismo recebeu forte impulso, tornando-se dominante para a maioria dos seres humanos. A vida ficou reduzida a uma rotina diária e renhida luta pela sobrevivência. O sentido da vida e questões como: Quem somos, de onde viemos, para onde vamos, foram postas de lado. Muitas pessoas sentem o cansaço geral, vazio interior, falta de sentido, uma leve depressão, são pessoas com problemas para lidar com a vida, e que tendem para uma crise emocional. Ainda há muita resistência, mas logo virá a era do despertar espiritual para o auxílio da humanidade que busca a Luz da Verdade.

Como educar os seres humanos? Estudar a natureza e suas leis terá de ser a base do estudo da ciência, pois é na natureza que se encontram as verdades fundamentais para os inventos que mostram como tudo funciona com causas e efeitos bem determinados em amplitude cósmica. Por fim, será também o elo de união do homem com a espiritualidade, pois no funcionamento da natureza repousa a perfeição do Criador, mas o ser humano tem o livre-arbítrio para respeitar e evoluir, ou se opor para dominar e provocar o caos e tragédias. A natureza está chamando a atenção da população da Terra mostrando as consequências da forma de viver afastada das leis naturais da Criação.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7