As inundações aumentam continuamente em todos os países da Terra. A cada ano elas surgem com ímpeto redobrado, acarretando a destruição de cidades e vilas, perdas agrícolas, doenças e mortes.
De acordo com dados do World Almanac, em todo o século XIX foram registradas três grandes inundações, onde pereceram cerca de 938 mil pessoas. No século XX, até agosto de 1996, haviam ocorrido 82 grandes inundações em diversos pontos do globo, as quais mataram aproximadamente 4 milhões e 72 mil pessoas. Um exemplo localizado é o rio Mississipi, nos Estados Unidos, que ocasionou apenas uma grande inundação em todo o século passado (em 1844); no nosso século, esse mesmo rio já provocou oito grandes inundações (até 1993). A tabela a seguir mostra o número de grandes inundações por década no século XX. (1)
Década | Quantidade |
---|---|
1900 a 1909 | 2 |
1910 a 1919 | 3 |
1920 a 1929 | 2 |
1930 a 1939 | 3 |
1940 a 1949 | 2 |
1950 a 1959 | 6 |
1960 a 1969 | 16 |
1970 a 1979 | 18 |
1980 a 1989 | 15 |
1990 a 1996 | 26 |
Observe-se o extraordinário aumento do número dessas inundações nas últimas décadas do nosso século. Nos primeiros 40 anos (1900 a 1939) houve 10 grandes inundações. Nos 40 anos seguintes (de 1940 a 1979) houve 41 grandes inundações. Se plotarmos os dados da tabela acima num gráfico de barras, teremos uma visão clara da mudança de patamar do número de inundações por década:
Na primeira metade do século, o número de grandes inundações por década oscilou entre 2 e 3. Na década de 50 houve um salto para 6 inundações. Já nas décadas de 60, 70 e 80 o número de inundações variou entre 15 e 18. Em média, o número de grandes inundações nos últimos anos cresceu mais de 6 vezes em relação aos anos do começo do século. Na década de 90 ocorreram 26 grandes inundações até agosto de 1996.
Esse aumento tão significativo é uma decorrência da intensificação dos efeitos do Juízo Final, que força tudo a se movimentar cada vez mais aceleradamente, abrangendo também, naturalmente, os fenômenos da natureza. Um exemplo: de acordo com o relatório Word Disasters Report, da Cruz Vermelha Internacional, a partir de 1979 a Jamaica passou a sofrer inundações a cada 1,5 ano em média, afetando diretamente mais de 420 mil habitantes. A inundação de 1979 criou um lago de 600 acres com 27 m de profundidade na região de Newmarket…
A figura abaixo mostra as áreas onde ocorreram as maiores inundações no mundo no ano de 1997:
Evidentemente, o critério para se qualificar uma inundação de “grande” é subjetivo. Porém, podemos convencionar que uma inundação foi um fenômeno de vulto caso tenha sido noticiada nos jornais, em razão dos danos e mortes acarretadas. De qualquer forma, muitas das inundações noticiadas são bem mais do que um fenômeno de vulto, como veremos a seguir:
Em 1995 as inundações voltaram a castigar a China, desta vez com ímpeto redobrado. De 15 de maio a 30 de junho o país experimentou as seis maiores tempestades já registradas em seu território, as quais afetaram 22 de suas províncias. A precipitação média no período foi de 700 mm, com um nível recorde de 1.720 mm. Numa determinada região choveu 340 mm em quatro horas…
As inundações em uma das províncias foram as piores desde 1888. Nas oito províncias mais afetadas morreram 1.450 pessoas, cerca de dois milhões de casas foram destruídas, outras 6,5 milhões sofreram danos e 7,5 milhões de hectares de terras agrícolas foram destruídos. Em julho havia duas mil aldeias submersas.
Em 1996, segundo dados oficiais, as inundações chinesas mataram 3.048 pessoas e feriram 363.800, repetindo-se as cenas de destruição dos anos anteriores, porém em escala aumentada. Em 2 de julho, o rio Yang-Tse estava 33,18 metros acima do nível normal, correspondendo a 4,68 metros acima do “nível de perigo”. Centenas de vilas e cidades ficaram submersas. Só na província de Hunan registrou-se 12 mil pontes derrubadas, 8 mil km de linhas de transmissão e 5 mil km de linhas telefônicas destruídas, 130 mil hectares de terra cultivada submersos e cerca de 1,5 milhão de casas arrasadas.
Segundo o Word Disaters Report, a duração das chuvas, a área inundada e a magnitude dos danos fizeram de 1996 o pior ano de inundações em toda a história da China. O ano trouxe ainda as piores enchentes em Sumatra desde 1950, na África do Sul desde 1938, no noroeste dos Estados Unidos desde 1930, na Romênia desde 1925 e em Jacarta desde 1920.
Em fevereiro de 1997, dois povoados do Peru desapareceram sob uma capa de lodo, em consequência de um gigantesco deslizamento de terra provocado por chuvas torrenciais, sepultando de uma só vez aproximadamente 300 pessoas. Naquele mês, Portugal e Espanha experimentaram as chuvas mais fortes já registradas em todos os tempos, enquanto que o Vietnan era atingido pela pior tempestade desde 1904.
Em julho, o sul da Polônia ficou submerso; especialistas da Universidade de Wroclaw afirmaram que desde a Idade Média não ocorriam inundações daquele tipo no país. Em agosto, no Paquistão, 140 pessoas morreram na pior inundação dos últimos cem anos. No final do ano, a Somália contabilizava perto de duas mil mortes e 800 mil desabrigados, em decorrência de inundações sem precedentes no país. O ano de 1997 foi também o mais chuvoso em Hong Kong desde 1884.
Há também casos que deveriam chamar a atenção pela ocorrência de aspectos absolutamente inusitados:
Em junho de 1995, na Argélia, numa região central do deserto do Saara, um oásis transbordou depois de um temporal e matou três pessoas… Em agosto de 1996, na Espanha, uma hora de tempestade fez um riacho normalmente seco transbordar e destruir um camping, deixando um saldo de 76 mortos, 183 feridos e mais de cem desaparecidos. A região do camping recebeu mais de 100 litros de água por metro quadrado; todos os carros, barracas e trailers foram arrastados por até um quilômetro, e alguns corpos foram levados pela correnteza a 15 quilômetros do local da tragédia. O depoimento de um sobrevivente dá uma dimensão aproximada do que aconteceu: “Tudo aconteceu em um instante, não consigo explicar, foi como uma onda gigante levando tudo. (…) Foi uma questão de segundos. A rua principal do camping se tornou um rio, com um ou dois metros de lama…” Em outubro de 1997, 12 pessoas morreram em decorrência de uma tempestade ocorrida em Israel… no deserto de Neguev! Em fevereiro de 1998, uma tempestade com ventos de 100 km/h atingiu a Líbia, o Egito (30 casas destruídas e cinco mortos), Jordânia, Israel e Síria; um detalhe: foi uma tempestade de areia.
As inundações aqui mencionadas são aquelas decorrentes de chuvas torrenciais, associadas ou não a ciclones. Mas há também inundações provocadas por maremotos, os quais geram ondas gigantescas, chamadas “tsunamis”, que podem chegar a mais de 30 metros de altura quando atingem a costa de um país. Poder-se-ia dizer que é uma “inundação rápida”, porém extremamente destrutiva. O tsunami que atingiu o Japão em julho de 1993, por exemplo, causou 120 mortes. Esse tipo de onda marítima gigantesca pode também atingir um país que não tenha sequer sentido os efeitos do maremoto que a originou. O tsunami que atingiu o Havaí em 1946, varrendo casas e pessoas para o mar, originou-se de tremores submarinos ocorridos cinco horas antes nas Aleutas, a 3.700 quilômetros de distância.
Pessoas que possuem um carma semelhante podem ser atingidas pelos efeitos do Juízo Final de modo coletivo, na forma que elas mesmas prepararam para si. As Leis da natureza se encarregam de fornecer, automática e infalivelmente, a forma prevista para o acontecimento.
Um outro aspecto interessante, que deveria chamar a atenção das pessoas para essa aceleração contínua de catástrofes da natureza, é que grande parte delas constituem “recordes” de acontecimentos já registrados anteriormente. Isso mostra, como já mencionado, que essas catástrofes aumentam não somente em quantidade, mas também em intensidade. Veremos que essa característica de “recordes” continuamente batidos se repete também em vários outros fenômenos, naturais ou não, que atingem a humanidade em nossa época.
A seguir, reproduz-se alguns trechos de notícias não muito espaçadas no tempo, que também atestam este fato:
“Na Alemanha, o rio Reno começou a baixar. Ele atingiu 11 metros, nível mais alto desde 1926, inundando Colônia. (…) A Holanda espera que os diques dos rios Waal e Meuse resistam à ascensão das águas, que ameaçam provocar a pior enchente no país em quatro décadas.” (Folha de S. Paulo – 2.2.95)
Ainda na mesma época (fevereiro de 1995), extensas regiões dos Estados Unidos foram inundadas, também numa das “piores enchentes do século”. (Obs.: A inundação que atingiu a Alemanha se estendeu também para a Inglaterra e a França. A Holanda, que teve 250 mil desabrigados, ficou na iminência de ser tragada pelas águas. A situação aflitiva da Holanda deve ter feito pensar alguns holandeses, que se orgulham de um lema de seu país que certamente não pode ser superado em presunção e arrogância: “Deus fez o mundo, e os holandeses fizeram a Holanda”…)
A lista de recordes continuou ao longo de 1995:
Em 1996 os recordes continuaram a ser batidos:
Obs.: Ao final do ano de 1996 haviam sido registradas 84 inundações de vulto em todo o mundo, que acarretaram danos significativos e/ou mortes.
O ano de 1997 seguiu na mesma linha:
Se o leitor observar as notícias sobre inundações veiculadas pelos jornais, verificará que muitos outros “recordes” continuam a ser batidos continuamente. No início de 1998 algumas regiões do Canadá foram atingidas por grandes inundações. No mês de abril, havia na Argentina 5 milhões de hectares de terras sob as águas, consequência do que o presidente Menen chamou “das piores chuvas da história”; pelo menos 4 pessoas morreram, 4 mil foram obrigadas a se retirar das áreas atingidas e 50 mil ficaram isoladas; um economista previu que os prejuízos chegariam a 25% do PIB do país.