“Vendo, lendo e ouvindo sobre as mazelas que incrivelmente continuam a ocorrer por este mundo afora, confesso que tenho grande dificuldade em entender esse fenômeno, que, no estágio atual de nossa civilização, não poderia, de forma alguma, estar ocorrendo.”
O Estado de S. Paulo – 6.10.95
(Trecho de uma carta de leitor)
“Duas guerras mundiais e a possibilidade de uma terceira e última, catástrofes econômicas como a de 1929, a vergonha dos campos de concentração nazistas e soviéticos, o crescimento assustador do Estado, inclusive e principalmente nos regimes que pretendem extingui-lo um dia, o niilismo crescente da técnica, o mal-estar geral da civilização moderna serviram para advertir o homem do século XX das aberrações e dos danos provenientes do culto da utopia. (…)
Desde que iniciada a crise do século XX, vivemos mergulhados no desespero total e nas suas consequências. Na política, na religião, na moral, no direito, nas artes, na ciência, na filosofia, no modo de vida, tudo tende ao extremismo e às simplificações mais unilaterais, redutivas e mutiladoras.”
Gilberto Kujawski
(A Crise do Século XX)
Como a humanidade vem agindo de modo contrário às determinações do Criador já há milênios, gerou com isso uma quantidade imensa de efeitos nocivos, que têm agora de atingi-la pela ação da Lei de Retorno, ou Lei da Reciprocidade.
Cada ato contrário às Leis da natureza é uma semente venenosa, que tal qual uma semente boa também germina, cresce e dá os frutos correspondentes. São frutos amargos, que todavia têm de ser experimentados por quem cuidou da frutificação, para que possa assim reconhecer o erro do seu proceder e redirecionar a sua vida em base diferente de até então..
A humanidade experimenta agora os frutos do seu próprio querer, mas poucos ainda reconhecerão que todo esse sofrimento foi obra do próprio ser humano, que para tanto se dedicou com obstinação e empenho descomunais, apesar de todas as advertências e auxílios da Luz.
As mazelas humanas do século XX são um dos sinais mais claros, visíveis e contundentes dos efeitos do Juízo Final na Terra, que força o retorno de tudo quanto foi produzido pelo pensar, falar e agir de uma espécie de criatura na Criação denominada ser humano.
Doenças, guerras, descalabro econômico e político, abalos anímicos. A maior parte das pessoas se queda apática ante tudo isso. Pressentem, sim, que algo está diferente, que o mundo “mudou muito”, que há mais violência e miséria, porém não se aprofundam em sua análise, procurando descobrir as verdadeiras causas desses acontecimentos.
As pessoas possuem como que um mecanismo de autotranquilização, que as fazem esquecer rapidamente acontecimentos incisivos, de modo que só guardam na memória, e por pouco tempo, os últimos acontecimentos que surgem no rosário quase sem fim das mazelas humanas. Assim elas se sentem mais ou menos bem, desobrigadas de pensar de modo mais aprofundado, pois a quantidade e intensidade de desgraças que presenciam está sempre dentro dos limites do “normal”, já que os acontecimentos antigos vão dando lugar aos novos, sendo convenientemente apagados da lembrança.
Ressalte-se que antigo aqui pode ser um evento ocorrido há alguns meses apenas. Quanto mais surgem novos flagelos da humanidade, tanto mais rapidamente os “antigos” são relegados a um segundo plano.
Por essa razão, para que se possa ter uma visão mais próxima da situação real no presente é preciso trazer tudo à tona, já que as mazelas antigas não desapareceram, mas apenas foram ofuscadas pelas novas, ainda mais graves e incisivas. Vamos, pois, dar um panorama global dos principais fatores que assolam diretamente a humanidade nesta nossa época.