“A função da arte é o aprimoramento da consciência humana.”
(Herbert Read, 1957)
Li outro dia, em belíssimo documento gerado ainda em 2000 pela UNINTRANS-CE em seu projeto de transversalidade que,
Ao mesmo tempo em que a crise de percepção em nossa sociedade clama por efetivas transformações, que possam fazer de cada cidadão um articulador de uma sociedade mais justa e humana lemos em nossos noticiários que em Porto Alegre, outro extremo do nosso vasto país, é sancionada uma LEI permitindo o sacrifício de animais em rituais religiosos…
Como assistir a um ato deste porte com “maravilhamento e encanto”?
Repensando a inclusão do homem através da arte e sensibilidade, imagino que os artistas brasileiros, em todas as suas vertentes, muito podem fazer em prol da conscientização ambiental, pois enquanto a ciência reduz a realidade, a arte nos garante uma maior complexidade de nossa experiência.
A arte brasileira pode e deve estabelecer um diálogo entre o homem e o meio ambiente e cabe a geração aí presente em grandes ou pequenas exposições indignar-se com a arrogância e os desmandos dos poderosos ou dos que detém momentaneamente o poder.
Nada a questionar sobre qualquer que seja a religião, no entanto, o direito à vida de todas as criaturas é um passo inquestionável na evolução do ser humano.
Informar, comentar, inquirir, vinculando arte e consciência, este será o caminho privilegiado que poderá ser traçado por artistas de todo o mundo para que o homem conquiste sua auto-libertação e seja enfim digno de “maravilhamento e encanto”, como a própria ARTE.