EU VIVO ENTRE OS MORTOS
E MUITOS DELES SÃO MEUS AMIGOS
(14/04/2005)

Richard Phillips

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Apenas para que os leitores deste material não desperdicem seu tempo eu vou, logo de início, adverti-los de que este escrito é de natureza espiritual. Aqueles que não estão interessados em saber sobre outros pontos de vista nos assuntos espirituais e que são consumidos pelos seus próprios conhecimentos, e que não têm condições de manter a objetividade, devem continuar em sua jornada porque não encontrarão aqui nada de valor para si. Aqui é necessária uma mente aberta para que se possa prosseguir no caminho que desejo mostrar-lhes.

Eu vou falar primeiramente dos ateus. Talvez eles tenham ignorado o aviso acima e continuaram a leitura por curiosidade, isto eu digo para eles! Em toda a Criação existe uma causa e efeito para tudo. Tente pensar em algo, neste mundo, que você vê ou sabe dos efeitos, que não tenham uma causa. Então, pergunte a si mesmo: - Porque eu seria a única exceção? Você não vê que você é parte da Criação? Com o seu ato de descrença você confere à sua existência a falta de um propósito e algo que não tenha um propósito é algo que não existe! Um dos maiores problemas com tantos hoje em dia é que eles tentam utilizar-se de seu intelecto para compreender algo que não pertence a este mundo material. O intelecto aplica-se apenas ao mundo material, e não para outras partes da Criação. Como escreveu Jonathan Swift um vez: “Não há ninguém mais cego do que aquele que não quer ver.” Entretanto, eu não escrevi este artigo para convencer ninguém de sua própria existência!

Agora pense sobre isso! Na Criação, esta é a palavra-chave, Criação, da qual você é parte e através da qual veio a existir, está proibida a compreensão intelectual daquilo que se encontra fora da Criação, Deus e o Divino. Deus e o Divino se encontram muito acima daquele lugar onde o espírito humano se originou, portanto sua primeira preocupação deveria ser sobre quem ele é, e porque afinal foi-lhe permitido existir nesta Criação. As respostas estão aí para aqueles que sinceramente as procuram.

Os espíritos humanos emanaram do plano espiritual, uma das mais elevadas partes da Criação de Deus. Leitores por favor tomem nota: que o espírito humano teve origem dentro da Criação, não fora da Criação, na qual o Homem é parte. Portanto, Deus encontra-se fora da Sua Criação, e o Homem dentro da Criação sendo parte Dela. Agora, o que dá um significado da nossa existência aqui na Terra e no Além (que também é parte da Criação) é o desenvolvimento espiritual, para que possamos retornar para a nossa origem espiritual como espíritos totalmente conscientes. Consciente do Criador e das Leis que perpassam toda Sua Criação.

Agora, deixe-me falar sobre vida, vida real. A vida real não pode pertencer a este mundo porque se assim fosse seria óbvio para todos que não existiria a morte. O fato da nossa morte (morte física) é prova conclusiva de que esta não é a vida real. A vida real é algo que transcende esta existência. Para o espírito humano a única vida real é a vida espiritual, e esta experiência, à qual chamamos vida, é apenas uma das muitas que a alma têm que experimentar para poder progredir.

O que deveria ser protegido em primeiro lugar e mais que tudo, a todo custo, é esta vida real, e isto só pode ser feito por nós mesmos e a Verdade. Mas, um dos problemas universais é que quase todo mundo pensa possuir esta Verdade. Eles aceitam prontamente os ensinamentos dos outros ao invés de exercitarem sua própria percepção intuitiva e jamais pensarão em colocar aquilo que lêem ou ouvem sob uma estrita análise para ver se há lógica e conformidade com as Leis de Deus na Criação. A aceitação de coisas que não entendemos leva à fé cega, um tipo de crença que em si mesma não é saudável e que demonstra um alto grau de indolência espiritual. Aqueles Espíritos Humanos na Criação de Deus devem se tornar sábios e isto requer atividade espiritual através da investigação e não apenas uma cômoda submissão. Tornar-se sábio deveria ser considerada a mais solene obrigação do Espírito Humano. Cada um de nós está em posição de escolher, mas estamos sujeitos às consequências de nossa escolha (Ser ou não ser).

Vocês devem agora estar se perguntando quem são meus amigos mortos. Eles são todos aqueles, aqui e do outro lado, que se permitiram desviar do real propósito da sua existência. Não importando muito aquilo que causou este desvio, os resultados são sempre os mesmos, eles negligenciam gravemente o propósito de suas existências. Se você for realmente honesto com você mesmo terá percebido que muitos colocaram o bezerro de ouro de seu intelecto e o mundo material a frente do desenvolvimento espiritual. Pense seriamente sobre isso, quantos colocam seus filhos, profissão, lazer, esporte, vida sexual, ego e até religião acima de sua vida espiritual, porque ser religioso raramente coincide com ser espiritual.

Será que realmente alguém acredita que atender regularmente aos cultos religiosos é suficiente para alcançar a vida eterna? Não faz nenhuma diferença a religião que alguém professa porque a vida espiritual é frequentemente rebaixada pelos dogmas rígidos e rituais praticados por essas instituições. A passagem bíblica ecoa alta e clara aqui: “Deixe que os mortos enterrem seus mortos”. Será que alguém pensou seriamente sobre esta passagem? Nós não fomos aconselhados pelo mais alto que: “Procurai e encontrareis”. O que deveríamos estar procurando são as perfeitas e imutáveis Leis da Criação que emanaram de Deus e nunca se modificaram porque são eternas. Não são estas as mesmas Leis citadas pelo Mestre na passagem: “Eu não vim para perverter a Lei, vim para cumpri-la.” Tomar do tempo necessário para o reconhecimento destas Leis e ajustar o seu completo ser a Elas leva ao desejo pelo que é elevado e nobre.

Portanto, vida real para a humanidade impõe a continua aquisição de conhecimentos que tragam convicção. Você se sente à altura desta responsabilidade ?

Traduzido por Yvelise Druziani