O processo de autoconscientização inclui o conhecimento de cada área de atuação do ser humano: espiritual/intuição, físico/sensorial, mental/razão e sentimento/emoção, e a necessária renovação equilibrada entre elas.
Não basta que uma ou outra esteja desenvolvida. O importante é que todas o estejam, além de entrosadas de forma equilibrada e em constante renovação para que se alcance a eficácia tanto na vida como nas organizações.
O espiritual vai propiciar a condição de objetivos íntegros, elevados, para nortear as suas realizações; o sentimento/emoção vai tornar os relacionamentos produtivos, amistosos, respeitosos e cooperadores; o físico/mental vai permitir o desenvolvimento e utilização das capacidades e habilidades que cada um trás consigo, beneficiando à sua volta.
Quando uma organização negligencia uma ou mais destas áreas, o resultado é negativo e a atinge num todo. Tanto o ser humano como uma empresa é composto por partes interligadas, onde o que acontece com uma delas atinge todas as outras.
Por outro lado, quando nos esforçamos no desenvolvimento de cada uma delas, uma favorece o desenvolvimento das outras e tudo se torna mais fácil. À medida em que temos insights brilhantes, produzimos idéias prodigiosas que serão desenvolvidas pelas nossas capacitações, que impulsionadas pela vontade, encontram os meios para colocá-las em prática; tudo isso produz entusiasmo, uma carga afetiva positiva, confiança para arriscar-se, ousar, o que vem a ser a mola propulsora que faz com que se vença os obstáculos e se alcance os resultados almejados.
A renovação, isto é, o movimento contínuo, faz com que o ser humano se projete na espiral ascendente do seu crescimento tornando-o cada vez mais consciente, mais atento aos pontos onde pode melhorar em si mesmo. Sem dúvida essa dinâmica exige aprendizado, esforço e ação, mas não há outra maneira da pessoa se desenvolver. E desta forma, ela vai avançando e deixando para trás conceitos errados, hábitos perniciosos, comportamentos que o rebaixam dentro da condição humana. Covey, em um de seus livros, cita um parágrafo de Dag Hammarskjold que nos diz:
“Você não pode brincar com o animal dentro de si sem se tornar um animal completo, flertar com a falsidade sem destruir seu direito à verdade, envolver-se com a crueldade sem perder a sensibilidade da mente. Quem quiser manter o jardim bonito não guarda um canto para as ervas daninhas”. Ou seja, o esforço é contínuo para mantermos limpo o “foco dos pensamentos”.
No processo de autoconsciência, o esforço será para vencer o seu EU, integrando-se harmoniosamente no todo universal e para isso a pessoa deve escolher os melhores propósitos e princípios para orientar sua vida. Se deixar vácuos, eles serão preenchidos por coisas que ela não escolheu e que trarão consequências negativas; elas anularão sua autoconsciência, tornando-o escravo ao invés de dono de suas decisões, diminuindo assim, a possibilidade dele se tornar realmente um ser humano de valor, na maravilhosa Criação na qual vivemos.