A INFIDELIDADE CONJUGAL NA RECÍPROCA VERDADEIRA
(18/02/2009)

Alice Magalhães Carrozo

imagem

Muito comum  é o caso do homem casado que busca fora do lar um novo estímulo, na aventura de um relacionamento extra conjugal.

Sempre coube à mulher uma atitude passiva, de “não” procurar ou de aceitar o fato, ser dócil, compreendendo o homem nas suas manifestações temperamentais e apetites sexuais. Até a religião pregava a abnegação e a idéia de que a “carne (do homem) é fraca”…

Esta situação se manteve até a explosão industrial que colocou a mulher no campo de trabalho profissional, ombro a ombro com o homem. Aí ela cresceu, desenvolveu-se e passou a ter uma nova visão de direitos e obrigações nos relacionamentos humanos. E no estouro da primeira fase de conquistas sociais, passou a copiar o homem em tudo, também no direito de ser infiel no casamento, e isto apurado por enquetes de revistas conceituadas do país.

Promoveu-se a oficialização da infidelidade conjugal. Mesmo o Código Penal modificou-se, pois o adultério não é mais passível de punição.

A DOR DA TRAIÇÃO

A infidelidade conjugal ou o adultério, seja qual for o nome que se lhe dê, implica em traição, no burlar da confiança que alguém deposita no outro. É a mais baixa e sórdida atitude que um ser humano pode ter. Ela atesta a falha profunda de caráter da pessoa que trai e acarreta ao outro o maior sofrimento. Atua com o imprevisto, com o choque. É um golpe baixo que fere e mata sentimentos e emoções positivas. Desde o âmbito das nações ao indivíduo, a traição atesta a queda do ser humano e o seu desligamento das coisas elevadas e sadias.

Nada justifica a traição. Os filhos, a dificuldade de relacionamento, o não querer partilhar bens adquiridos, a perda do grupo social, a acomodação, etc. não são razões suficientes para justificá-la.

Também manter situações dúbias, indefinidas, duplas, não é certo dentro das leis da Criação. Se observarmos a natureza à nossa volta, veremos que tudo busca uma definição e mesmo nas pessoas, elas não respeitam aquele que “fica em cima do muro”… E quanto aos filhos, é preferível que eles aprendam a viver a separação dos pais do que integrarem a hipocrisia, a mentira e a agressão moral, na formação da sua estrutura de personalidade.

Onde não há o verdadeiro amor, protetor, cuidadoso de um para o outro, deve haver a coragem de um rompimento, em consideração e respeito a si mesmo e aos sentimentos do outro.

A sociedade pode isentar o traidor de culpa e punição, mas dentro das leis universais que nos regem, cada um responde por seus atos e na recíproca verdadeira, vai colher, num certo momento, a consequência do que fez.

Este modelo de relacionamento a dois está falido. Em meio ao sofrimento que atinge as famílias, cabe a cada um agora, retomar princípios profundos esquecidos, como base de conduta. Não se deixar levar por aqueles que vibram na decadência da permissividade, ferindo o que há de melhor no ser humano, consciente da responsabilidade que cada um tem consigo  mesmo e com o outro, perante o Criador.