O AMOR VERDADEIRO
(24/02/2009)

Alice Magalhães Carrozo

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O verdadeiro amor faz para o outro aquilo que lhe é útil, o que nem sempre é o que a pessoa espera.

Ele caminha junto com a justiça, por isso “vai em busca daquilo que é”. Na distorção do verdadeiro amor temos o amor “bonzinho”, “coitadinho” que é permissivo e não dá ao outro a real dimensão dos seus atos.

Quando se aceita, tolera, passa-se por cima do errado não se está ajudando o outro a perceber seu erro. Pelo contrário, faz com que a pessoa continue errando.

“Amar é não ter nunca que pedir perdão” é uma frase de um filme famoso que foi distorcida no seu sentido real. Não significa que se deve aceitar tudo que o outro faz ou que tudo se deve perdoar no amor… Significa na verdade, que a pessoa que ama age de forma a não precisar pedir perdão! Ela procura sempre agir com respeito, lealdade, carinho, companheirismo… Ela envolve o outro em atenção, solicitude, gentilezas e cuidados!

A traição é fruto de instintos exacerbados, da vaidade, da presunção da conquista…

A prepotência, o desrespeito, a mensagem dupla entre outros males do caráter do ser humano atual são os grandes inimigos de um bom relacionamento. Onde há um verdadeiro amor, a traição nem passa pela sua cabeça.

O amor é um poder mágico de que cada ser humano dispõe durante sua existência, em prontidão de auxílio. É o sentimento mais elevado que existe! É uma verdadeira bóia de salvação que está á disposição de todos, independente de idade, sexo e povos. Quem o apreende, recupera de modo fácil e rápido uma límpida condição de liberdade. O amor verdadeiro é doador e sempre impulsiona a pessoa ao que é nobre e idealista.

Hoje em dia as pessoas têm muito medo de se envolver em afetos. Como os sentimentos que aí estão são distorcidos, levam as pessoas a agir em função de egoísmos ou de interesses escusos. Há o receio de sofrer.

A pessoa deve ser consciente dos próprios sentimentos e não ter medo de expressá-los. Se o outro não é capaz de retribuir é por que aquela pessoa não é a certa para ela. As leis da criação devem se cumprir num relacionamento, ou seja, a troca justa entre as pessoas, as afinidades, o equilíbrio e o esforço de cada um em benefício da relação.

Na dinâmica da vida há uma parte que se conserva e outra que se renova. Os valores  e princípios morais e éticos são os que se conservam e devem ser preservados. Os outros aspectos tais como hábitos, condicionamentos formados por influência das instituições de família, escolas, etc. podem ser alterados para melhor! A alegria, o entusiasmo, a admiração de um pelo outro devem estar presentes na relação, alimentando um companheirismo e certa cumplicidade indispensável para a harmonia do casal.