Houve um grande incêndio na Floresta. O Elefante, que era o bombeiro, estava olhando desanimado a cena de destruição, quando viu o Passarinho levando um pouco de água no bico para apagar o fogo. O Passarinho ia e vinha incansavelmente.
O Elefante não se conteve e gritou:
– Ó Passarinho, você não vê que não vai conseguir nunca apagar este incêndio?
– Eu sei, amigo Elefante, mas eu estou fazendo a minha parte.
Pois bem. O livro de Rose Aimée Dummar Ary é como uma revoada de pássaros. Manuel Bandeira já dizia:
Cada pássaro,/ Com sua plumagem, seu voo, seu canto,/ Cada pássaro é um milagre. Os poemas de Rose Aimée são como pássaros. Estão fazendo a sua parte na grande luta pela preservação da natureza. A harmonia da plumagem, o ritmo do voo e a melodia do canto estão a serviço de uma mensagem ecológica clara e urgente. Uma mensagem que se repete incansavelmente em cada verso, em cada estrofe, em cada folha.
Rose Aimée é economista, empresária, mãe de família também está presente nos ecossistemas da Poesia.
Leitora dos poetas de língua inglesa poderia ter usado como epígrafe o verso de Walt Whitman: I believe a leaf of grass is no less than the journey-work of the stars.
(Horácio Dídimo)
SINCRONIA
A floresta é um todo
Em perfeito equilíbrio.
Folhas nascem, amadurecem,
Caem e se transformam em adubo.
A água do rio
Evapora-se e retorna
Em forma de chuva.
E até se forma um lodo,
Fertilizando a terra.
Na selva,
Transforma-se tudo,
Em perfeita sincronia.
Na biodiversidade transborda
Felicidade e harmonia.