Brasil! Tuas matas eram tão lindas, e o teu céu de um azul tão profundo, era o testemunho de uma realeza, que convidava a quem o contemplasse, à enlevação…
Os rios, tua linguagem flutuante, deslizavam pelos caminhos qual brilhante, levando em meio à total beleza, nas puras águas, na correnteza, o murmúrio de uma oração…
Pelas estradas de odores mil tão perfumadas, teus animais corriam álacres em meio ao brilho do meio dia, suas vozes entoando uma canção…
Tuas flores, de um amarelo dourado, sobressaiam em meio a outras flores pelo prado e balançavam-se ao sabor do vento refrescante, espalhando doces pétalas ao chão…
Da terra fértil emanava a força, proporcionando o contínuo florescer, e o sol qual amante desvelado, toda essa maravilha encantado, vinha aquecer!
TUDO ISSO ERA BRASIL!
Do alto, dos jardins do Éden, foste escolhida oh Pátria amada para ser ancoragem das irradiações…
Hoje tuas matas choram sofridas, teus animais correm pelos homens perseguidos, teus rios silenciaram suas vozes, poluídos, tuas flores são o muito que restou…
Oh! Brasil, por tantas coisas choras hoje tua dor!
Mas o diamante brilha intenso a cada dia, pois sua beleza nem a maldade conseguiram turvar…
Brasil! Verde e amarela são as cores de tua bandeira, e essas cores fazem parte de ti, são o teu vibrar…
Do teu seio sobressaem pequeninas chamas, pontos de luz a ofuscar, tendo nas mãos os calos de renhidas lutas, mas no coração a paz que dá o bem estar.
Oh Brasil! Pátria do amor e da severidade foste ferida e tens teu peito a sangrar…
Choras pela ganância e maldade desmedida, mas a luz ancorada em ti prossegue em seu avançar…
Foi num Sete de Setembro que teu destino se cumpriu, diante de uma multidão esperançosa tornaste Pátria livre!
BRASIL!