“O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo, o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, e crescida é maior do que todas as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos. (…)
O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.”
(Mt13:31-33; Mc4:30-32; Lc13:18-21)
Nessas duas parábolas conjuntas Jesus fala do processo de evolução da Criação, em consonância com a Lei do Movimento. A Criação inteira permanece em constante desenvolvimento, crescendo sempre mais e mais. Novos mundos vão sendo continuamente formados dentro dos vários planos da gigantesca Obra, de modo que sempre haverá moradia para as criaturas que nela se desenvolvem.
A esse respeito, diz Abdruschin em sua obra Na Luz da Verdade, a Mensagem do Graal, dissertação “Desce da Cruz!”:
“Assim vai se tornando cada vez maior o Reino de Deus, edificado e ampliado gradualmente pela força dos espíritos humanos puros, cujo campo de atuação terá de ser a Criação posterior, que poderão dirigir do Paraíso, visto eles mesmos já haverem percorrido antes todas as partes e assim chegado a pleno conhecimento delas.”
As próprias obras do ser humano estão sujeitas a esse processo de desenvolvimento ou de fermentação, quer sejam boas ou más. As configurações de intuições e de pensamentos também fazem parte dessas obras, e igualmente se robustecem através da Lei de Atração da Igual Espécie. Jesus alertou os seres humanos a não fazerem uso do “fermento dos saduceus e fariseus” (Mt16:6,12; Mc8:15), isto é, a não alimentarem o que é errado dentro de si, pois tal como as obras boas, as más também cresceriam e dariam os frutos correspondentes.
Quando Jesus esteve na Terra, sua Palavra da Verdade atuou aqui como um germinante grão de mostarda: “A Palavra do Senhor crescia e se firmava com grande poder” (At19:20), iluminando o caminho ascendente para os seres humanos. Se eles tivessem prosseguido nesse caminho, sem se desviar por falsos atalhos, abertos por conceitos dogmáticos, também nossa Terra seria hoje uma cópia dos páramos luminosos situados mais acima. Os seres humanos terrenos teriam finalmente cumprido sua missão e feito de sua morada provisória na matéria mais um jardim de Deus, incrustado como pérola dentro da imensa obra-prima da Criação.