Em janeiro de 1995 a OMS publicou um relatório intitulado “Controle e prevenção de doenças transmissíveis: doenças infecciosas novas, emergentes e re-emergentes.”
Alguns extratos desse relatório são suficientes para demonstrar o grau de preocupação da mais importante entidade de saúde no mundo em relação ao surgimento de novas doenças. Os médicos, biólogos e cientistas estão absolutamente perplexos com esse acontecimento, sem chegarem a uma conclusão consistente das causas e muito menos ainda sobre o que fazer para defender a humanidade nessa guerra biológica. A seguir, alguns trechos representativos do relatório:
“Este trabalho traz um breve resumo de doenças infecciosas novas, emergentes e re-emergentes, como as infecções pelo HIV, o antivírus e o reaparecimento de flagelos até então considerados dominados. (…) A resistência dos microrganismos continua a reduzir a eficácia das drogas, aumentando os custos de saúde e acarretando sofrimento e morte. (…) Durante a última década foram reconhecidas numerosas doenças infecciosas novas, emergentes e re-emergentes. Além da AIDS e da tuberculose os exemplos incluem:
Muitas linhagens de gonococos se mostram multiresistentes às drogas, assim como linhagens de estafilococos e pneumococos. (2)
As doenças novas, emergentes e re-emergentes não estão limitadas a nenhuma região do globo, nem relacionadas a países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Antes, representam uma ameaça global, que requer uma resposta coordenada global.
É difícil apontar uma causa única para as doenças novas, emergentes e re-emergentes. (…) Em consequência desses e de outros fatores, o mundo está perplexo ante o dramático aumento de doenças novas, emergentes e re-emergentes.
O Conselho Executivo está alarmado com a frequência do aumento da resistência bacteriana, a qual pode tornar algumas doenças, como a tuberculose, virtualmente intratáveis com os antibióticos disponíveis.”
As principais causas apontadas pelos cientistas para o surgimento em escala mundial de novas doenças, assim como para o ressurgimento de moléstias antigas, causam espanto pelo superficialismo. São as seguintes: mudanças no estilo de vida, cidades muito populosas, modificações no processamento de alimentos e chegada de pessoas em partes remotas do globo.
Outros fatores apontados, como a reconhecida falta de higiene em países subdesenvolvidos, falência dos serviços públicos da saúde, aumento de viagens internacionais (que podem facilmente transportar vírus de um ponto a outro do planeta) não são causas, mas sim circunstâncias agravantes do fenômeno.
Se todos esses fatores já existiam desde o início do século, e alguns deles até antes, porque só teriam desencadeado novas doenças somente agora, doenças de uma ferocidade jamais vistas?
Quando os conquistadores europeus invadiram as matas tropicais do Novo Mundo não provocaram o surgimento de novas doenças. Pelo contrário. Eles é que levaram suas doenças para aquelas regiões, dizimando muitos povos. Calcula-se que 56 milhões de indígenas morreram de varíola, sarampo, tuberculose e gripe durante os primeiros anos da conquista espanhola. Na época da colonização americana, um comandante inglês conseguiu dizimar várias tribos dos índios Pontiac e Sioux simplesmente mandando inocular o vírus da varíola em cobertores e distribuindo-os nas aldeias.
O mortal vírus Sabiá, isolado em 1994, recebeu esse nome porque a primeira pessoa infectada no mundo foi uma moça que contraiu o vírus na casa de seus pais, no bairro Jardim Sabiá, município de Cotia [Brasil], situado a cerca de 20 km da cidade de São Paulo, capital do Estado. Cotia é conhecida como uma cidade-dormitório, isto é, uma cidade tão próxima à capital que se pode morar nela e viajar todos os dias para trabalhar em São Paulo. Trata-se de uma região povoada há mais de dois séculos. Não é um lugar perdido no meio da selva, onde se pudesse estar invadindo uma região inóspita com risco de libertar um vírus mortal latente.
A causa do surgimento de novas doenças no mundo, bem como o ressurgimento de antigas com grande índice de letalidade, é a aceleração dos efeitos da reciprocidade no Juízo Final. Se alguns dos terríveis vírus descobertos recentemente já existiam anteriormente, então foi somente agora, em razão dessa irradiação reforçada do Juízo, que eles vieram cumprir a sua parte no processo de depuração global.
O Juízo faz retornar agora rapidamente a cada povo, a cada ser humano, tudo o que ele gerou em milênios passados e que ainda não havia sido remido. O efeito do que foi engendrado outrora equivale a uma completa purificação, quando seres humanos maus, nocivos na Criação, são destruídos presentemente pelos frutos do seu próprio querer. A Criação toda está sendo limpa da sujeira, e é a própria sujeira que se destrói, que se auto-consome, conforme determinado pelas Leis universais.
Abaixo segue uma relação dos principais agentes etiológicos identificados nos últimos tempos, causadores de enfermidades absolutamente novas em todo o mundo:
Descoberto em 1967, foi o primeiro vírus descoberto da família filovírus; provoca hemorragia intensa e a morte sobrevém poucos dias após o contato;
Descoberto nos anos 70, é um vírus do grupo arbovírus. A forma mais grave do distúrbio, a dengue hemorrágica, já havia atingido mais de três milhões de pessoas até 1997 e provocado três mil mortes. Estima-se que anualmente 100 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus da dengue, com 24 mil mortes.
Em El Salvador, o número de casos registrados nos dois primeiros meses de 1998 foi o triplo de todo o ano anterior. O Brasil vive uma epidemia desde 1986; em janeiro de 1998 registrava-se na região sudeste um aumento de 586% no número de casos em relação à igual período de 1997; só na cidade do Rio de Janeiro foram notificados naquele mês mais de 2.800 casos, contra 1.677 em todo o ano anterior. No início de 1998 a Venezuela enfrentava uma epidemia da variante hemorrágica, enquanto a Costa Rica registrava um aumento no número de casos e surgiam relatos da doença no sul dos Estados Unidos. Na Indonésia, 7,6 mil pessoas tinham sido infectadas nos primeiros meses de 1998, com mais de 200 mortes registradas até o mês de abril daquele ano.
Identificado em 1973, é a maior causa de diarréia infantil em todo o mundo. Em 1997, uma epidemia atingiu o interior do Estado de São Paulo.
Detectado em 1975, provoca anemia crônica e crises de apraxia.
Detectado em 1976, provoca enterocolite.
Detectado pela primeira vez em 1976, na África, mata 90% das pessoas infectadas; é o mais devastador dos filovírus até agora descobertos.
Detectada em 1977, a bactéria provoca uma infecção denominada “Doença dos Legionários”, um tipo de pneumonia.
Detectado em 1977, este vírus provoca febre hemorrágica e síndrome renal, matando 15% das pessoas infectadas. Em 1993 surgiu um subtipo do vírus que provocava um quadro mais grave: a Síndrome Pulmonar antivírus, com um índice de mortalidade de 50%. Atualmente já foram identificadas mais de 70 variedades do vírus.
O antivírus já contaminou mais de cem mil pessoas na Coréia, e numa cidade do Paraguai 13% da população se infectou com o vírus em 1996. Em outubro de 1997, um especialista em epidemiologia do CDC informou que cerca de 220 mil chilenos que vivem na área rural do país poderiam estar infectados. Entre 150 mil e 200 mil casos de febre hemorrágica com síndrome renal envolvendo hospitalização são reportados por ano em todo o mundo atualmente, com mais da metade dos casos provenientes da China. Rússia e Coréia reportam anualmente milhares de casos, enquanto que centenas de casos anuais são registrados no Japão, Finlândia, Suécia, Bulgária, Grécia, Hungria, França e países bálticos.
Identificada em 1977, essa bactéria é a causa de várias doenças intestinais em todo o mundo.
Detectado em 1980 esse vírus – batizado de HTLV I – provoca leucemia (câncer humano do sangue).
Essa variedade de estafilococo, identificada em 1981, provoca a Síndrome de Choque Tóxico.
Essa versão mutante da bactéria, descoberta em 1982, provoca colite hemorrágica e a Síndrome Urêmica Hemolítica, doença que provoca a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue. A Dra. Laurie Garret afirmou: “Esse microrganismo atingiu de repente vários Estados americanos, como se viesse do nada.”
Detectado em 1982, assim como o HTLV I esse vírus também provoca leucemia. Os índios brasileiros Ciapós são a comunidade que apresenta os maiores índices de contaminação em todo o mundo, com cerca de 33% de infectados entre a população.
Esse microrganismo, identificado em 1982, provoca uma moléstia denominada Doença de Lyme, caracterizada por febre alta, artrite, inflamação no músculo cardíaco e complicações neurológicas; ainda não se tem uma estimativa do índice de letalidade.
O vírus que causa a AIDS foi isolado em 1983; é 100% letal e há estimativas de que cerca de 30,6 milhões de pessoas já tenham sido infectadas em todo o mundo (até 1997) desde o surgimento da doença.
Essa bactéria, descoberta em 1983, provoca úlceras gástricas.
Esse vírus modificado de herpes, identificado em 1988, provoca a “Roseola subitum”, caracterizada por erupções cutâneas.
Identificada em 1989, essa bactéria provoca a Erlichiose Humana.
Esse vírus, isolado em 1989, causa um novo tipo de hepatite, denominado do “tipo C”. Em 80% dos casos não tratados a doença evolui para cirrose, podendo formar câncer de fígado. Em março de 1997, pesquisadores da Universidade John Hopkins informaram que ela poderia tornar-se a grande infecção mundial do século XXI.
Em janeiro de 1998, o pesquisador A. di Biscegle publicou um artigo na revista Lancet informando que 2% da população dos países desenvolvidos já estava infectada pelo vírus da hepatite C, e que a incidência era ainda mais elevada na Europa Oriental e na África (no Egito, cerca de 15% da população estava contaminada). Nos EUA, a doença provocava na época de 8 mil a 10 mil mortes por ano.
Descoberto em 1991, na Venezuela, esse vírus causa a Febre Hemorrágica Venezuelana, com índice de mortalidade de até 60%.
Essa variação do vibrião colérico, que apareceu em 1992, está associada a novas epidemias de cólera.
Descoberta em 1992, essa bactéria é transmitida através das unhas de filhotes de gato e provoca a Angiomastose Bacilar, doença caracterizada por manchas avermelhadas na pele; não se conhece ainda o índice de mortalidade.
Descoberto no oeste da África esse vírus provoca a chamada Febre de Lassa, que atinge anualmente entre 200 e 400 mil pessoas, levando à morte cerca de cinco mil pessoas; o vírus ataca especialmente mulheres grávidas. Até hoje cerca de cem mil africanos já morreram infectados pelo Lassa. Em abril de 1997, Serra Leoa foi atingida pela pior epidemia da doença até então registrada. Nos primeiros dias de 1998, pelo menos 350 pessoas morreram no Quênia, vítimas da febre.
Esse vírus surgiu na Bolívia em 1994 e provoca a Febre Hemorrágica da Bolívia; seu índice de letalidade é de 30%.
Esse vírus apareceu pela primeira vez na Argentina e causa a chamada Febre Hemorrágica Argentina, que já causou 58 epidemias e teve 24 mil casos notificados; provoca a morte em 30% das pessoas infectadas.
Vírus da família arbovírus, o Rocio foi detectado no litoral de São Paulo e Vale do Ribeira e provoca encefalite, surdez e dificuldades motoras; o índice de mortalidade é de 13%.
Esse vírus pertence também ao grupo arbovírus; foi descoberto na África e provoca uma doença chamada Febre do Vale Rift, mortal em cerca de 30% a 50% dos casos.
Essa bactéria é originária dos Estados Unidos e Europa e provoca a Listeriose, doença que pode causar meningite e infecção generalizada, com um índice de mortalidade de até 20%.
Esse vírus foi isolado em 1994 e apareceu pela primeira vez no Brasil, na cidade de Cotia, região da Grande São Paulo; provoca a Febre Hemorrágica Brasileira, num padrão muito semelhante à provocada pelo Ebola.
Esse vírus apareceu na Austrália em 1995, ocasião em que atacou o pulmão de sete cavalos, que por sua vez infectaram o tratador; todos morreram.
Provoca a Febre Purpúrica Brasileira, que atinge crianças entre um e quatro anos e é fatal em 70% dos casos.
Identificado em início de 1996, esse vírus causa um outro tipo de hepatite, a do “tipo G”.
No ano de 1995, um meu conhecido, estudante de medicina, contou que a sua professora de virologia advertira a classe a só ler livros sobre o assunto publicados a partir de 1994, tal a velocidade das descobertas sobre novas doenças associadas a esses microrganismos. Livros anteriores a 1994 já estavam obsoletos em 1995…
A lista de vírus acima foi elaborada em 1995, complementada com os casos de incidência das doenças ocasionadas nos últimos tempos. Daquela época até o início de 98, muitos outros vírus foram descobertos, identificados e catalogados, tornando impossível prosseguir a lista com o nível de detalhe até então utilizado.
Abaixo seguem apenas as denominações dos vírus atualmente conhecidos (janeiro de 1998), e que não fazem parte da lista acima. Os vírus em negrito são patogênicos, de nível 1 ou 2, e os grafados em vermelho são de nível 3 (exceto o Criméia-Congo, que é de nível 4). O nível de um vírus é a classificação de sua periculosidade (o máximo é 4). O vírus HIV, causador da AIDS, é de nível 2, e o Ebola é de nível 4. A tabela abaixo foi montada a partir de várias fontes; por essa razão é possível que vários vírus classificados como não patogênicos já o sejam presentemente.
Absettarov 3 | AHC 2 | Aino | Akabane |
Altri | Amapari | Andu | Babanki |
Bangui | Banzi | Batai | Bayou |
Bebaru | Bebaru 2 | Bhanja | BK |
Black Creeck | Bloodlan | Bluetongue | Bouboui |
Bozo | Buffalopox | Bunyamwera | Bunyamwera 2 |
Bwamba | CCHF | Chandipura | Chikungunya |
Citomegalovirus 2 | Cocal | Cowpox | Coxiella |
Coxsackie 2 | Criméia-Congo | Dakar Bat | Dengue 2 |
Dengue 3 | Dengue 4 | Dhori | Dobrava |
Dugbe | Dugbe 2 | Echo 2 | El Moro |
Elephantopox | Encef. Californiana | Encef. Japonesa | Encef. Russa |
Encef. St. Louis | Encef. Valle Murray | Encef. Zecca | Epatite E3 |
Everglades | Febre Gialla 3 | Flexal | Forecariah |
Gabek Forest | Germinston | Gerstmann-Sträussler | Getah |
Hansalova 3 | Hazara 2 | Hyper 3 | Igbo-Ora |
Ilesha | Ingwavuma | Isla Vista | Israel-Turquia |
Issyk-Kul | JC2D | Junin 4 | Kairi |
Kamerovo | Kedougou | Khabarov | Kimberley |
Kotonkan | Koutango | Kumlinge | Kumlinge 3 |
Kuru | Kyasamur Forest | Kyasanur Forest 3 | L. coriomeningite |
Lassa 4 | Le Dantec | Lebombo | Louping Hill |
Louping Hill 3 | Machupo 4 | Marburg 4 | Mayaro 3 |
Measles | Megishi | Middelburg | Mobala |
Monkeypox | Mopcia | Mopeia | M'Poko |
Mucambo | Mucambo 3 | Muleshoe | Nairobi |
Nairovirus | Ndmu 3 | Ndumu | Newcastle 2 |
Ngari | Norwolk 2 | NY | Nyando |
Okola | Omsk 3 | O'nyong Nyong | O'nyong Nyong 2 |
Orf | Oropouche | Oropouche 3 | Orungo |
Osmk | Parana | Peaton | Pery |
Pichinde | Piry | Pongola | Powassan |
Powassan 3 | Prospect | Prospect Hill 2 | Puumala |
Puumala 2 | Rabbitpox | Rio Mamore | Rio Segundo |
Rocio 3 | Ross 2 | Sagiyama | San Perlita |
Sandfly Naples | Sandfly Sicilian | Semlinki Forest | Semlinki Forest 2 |
Seul 3 | Shokwe | Shoni | Simbu |
Sindbis | Sindbis 2 | SN | SN2 |
Sol Vieja | Somone | Spondewi | Tacaribe 2 |
Tahyna | Tamiami | Tanga | Tataguine |
Tettnang | Thogoto | Thottapal | Tick Borne |
Tocio | Tonate 3 | Topograf | Toscana |
Toscana 2 | Tula | Turuna | Ugandas |
Usutu | V. Respir. Sinália | Vaccinia | Valle Nillo 3 |
VCL 2 | VEE | VEE América do Leste | VEE América do Oeste |
VEE Venezuela | Vesicular Stomatitus | Wanourie | Wesselsbron |
West Nile | Whitepox | X | Yatapox |
Zika |
No Brasil, em maio de 1995, um vírus não identificado provocou a morte de três pessoas na cidade de Nova Olinda do Norte, a 126 quilômetros de Manaus. Em 36 horas as vítimas entraram em coma e morreram. No mesmo mês quatro pessoas morreram na fronteira do Chile com Argentina, vítimas do antivírus. Um outro vírus, ainda sem nome, causador de uma forte gripe, matou quatro pessoas no início de 1995 em El Bonsón, na Argentina.
Em meados de junho de 1995 um jornal do Estado do Pará noticiava que a Amazônia possuía oito vírus letais. (3) Também em junho, 150 pessoas morreram na Índia, vítimas de um vírus desconhecido. Em 25 de junho de 1995, anunciava-se o surgimento de uma nova doença, causada por um vírus ainda sem nome e que provocava uma morte tão horrenda como a causada pelo Ebola, com a diferença que a evolução era muito mais rápida: sete dias entre o contágio e a morte. O mês de junho encerrou-se com a notícia de que um fungo raro estava dizimando índios de várias tribos no Estado de Rondônia; o fungo abria cavidades nos pulmões e provocava insuficiência respiratória, matando 55% de suas vítimas. Até então, a doença provocada por esse microrganismo era tido como inexistente ou rara…
Em outubro de 1995 surgiu na Nicarágua uma enfermidade virótica desconhecida que contagiou mais de mil moradores de uma dada região, matando doze pessoas. O ministro da saúde nicaraguense declarou que o país estava diante de uma epidemia muito grave da misteriosa doença, apelidado pela população de “febre maldita”. Em novembro, três pessoas morreram em Honduras, provavelmente vítimas da mesma doença. Em dezembro, a OMS informou sobre a ocorrência de uma doença misteriosa em Angola, possivelmente novos casos de Ebola…
O ano de 1996 também contribuiu significativamente para aumentar a cota de novos males: cientistas da Califórnia anunciaram o surgimento de um novo e mortal parasita humano, semelhante à tênia, porém muito mais agressivo. Cerca de 9.300 japoneses foram infectados por uma bactéria que, apesar de conhecida, mostrou uma virulência sem precedentes segundo a OMS (houve várias mortes). Na França, constatou-se a morte de uma pessoa por uma bactéria que se julgava desaparecida há 40 anos.
No Brasil noticiou-se mortes em decorrência de toque involuntário num determinado tipo de taturana, cuja queimadura destrói a capacidade de coagulação do sangue e provoca hemorragia suficiente para causar a morte. A taturana destila um dos venenos mais violentos encontrados na natureza. Pelo menos 800 pessoas já tinham sido atingidas em maio de 1996. No início de 1998 começaram a aparecer casos na Argentina e na Venezuela.
Essas notícias, porém, acabaram ofuscadas com o pânico que adveio com o surgimento (ou ressurgimento como preferem alguns) da chamada “doença da vaca louca”. A doença, cujo nome correto é “encefalopatia esponjiforme bovina”, apareceu inicialmente no gado britânico. Tem o nome “esponjiforme” porque o cérebro dos bovinos fica coberto de buracos, semelhante a uma esponja.
Com a repercussão do problema a OMS alertou que desde 1995 outros casos da “doença da vaca louca” já vinham sendo identificados na Irlanda, França, Portugal, Suíça, Alemanha, Canadá, Dinamarca, Ilhas Malvinas, Itália e até no Sultanato de Omã.
O pavor se estabeleceu definitivamente quando ficou demonstrado, através de casos concretos, que a doença da vaca louca passava para os seres humanos através do consumo de carne contaminada, provocando o aparecimento do seu equivalente humano, o “Mal de Creutzfeldt-Jakob”. Pessoas começaram a adoecer na Inglaterra e posteriormente na França.
O causador não era um vírus, mas uma proteína deficiente chamada “príon”. O príon entra no núcleo das células cerebrais (neurônios) e altera o código do DNA que comanda a fabricação de proteínas, fazendo com que elas surjam deformadas. Entre seis meses e um ano os príons se tornam maioria no cérebro. (4) De acordo com pesquisadores da Universidade de Nagasaki, o príon tem também uma função no cerebelo. (5) Em fevereiro de 1998, pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram um tipo de príon que adere a uma parte das células neuronais e emite um pequeno sinal que causa a morte da célula.
Se em algum congresso médico da década de 80 um pesquisador levantasse a hipótese de existir uma partícula de proteína patogênica como o príon, seria condenado por heresia. A descoberta do príon mostrou a existência, pela primeira vez, de um causador de doenças que não possui ácido nucléico, a molécula básica da vida. O príon é invisível ao microscópio e é resistente à quimioterapia, à radioterapia e às altas temperaturas.
Os príons são apenas proteínas, mas podem converter suas estruturas celulares e assim se tornarem patogênicos. As células nervosas produzem proteínas muito parecidas com os príons mutantes, de modo que as defesas naturais do organismo são incapazes de impedir sua expansão. Os príons não são detectados pelas defesas imunológicas, que não os podem identificar como perigosos porque estão no organismo desde o nascimento. E as doenças causadas pelos príons são todas invariavelmente mortais…
Durante o ano de 1997 as notícias envolvendo os males causados pelos príons não foram melhores: No mês de março, Holanda e Suíça confirmaram que haviam detectado casos da doença da vaca louca em seus territórios. Em julho, cientistas ingleses demonstraram, desta vez em laboratório, que a doença podia efetivamente passar dos bovinos para os seres humanos. Em novembro, um estudo de pesquisadores brasileiros publicado na revista Nature dava conta que os príons da doença da vaca louca também podiam estar envolvidos em distúrbios psiquiátricos humanos. E em dezembro, o Dr. Christopher Ludlam, do Haemophilia Center da Inglaterra, descobriu que as células brancas de indivíduos sem os sintomas da doença de Creutzfeldt-Jacob podiam, apesar disso, transmitir o mal.
Mas o ano de 1997 não ficou restrito apenas aos príons no tocante a novas doenças. Em setembro, começaram a surgir casos de febre maculosa no interior do Estado de São Paulo [Brasil]. No final do ano, alguns habitantes de Hong Kong que haviam contraído uma espécie gripe morreram inesperadamente. Posteriormente constatou-se que um vírus que até então só atacava pássaros, o H5N1, estava começando a infectar pessoas. Foi o primeiro caso conhecido de um vírus de ave ser transmitido para o ser humano. Milhões de frangos foram mortos, na tentativa de se evitar o alastramento do vírus.
O governo certamente tinha em mente os surtos de gripe de 1957 e 1968, principalmente este último, que se espalhou pelo mundo e matou 46.500 pessoas. E o mundo inteiro também começou a se lembrar de gripe espanhola de 1918, que deixou um saldo de 40 milhões de mortos. Também nos últimos meses de 97 irrompeu uma estranha epidemia no Quênia que matou pelo menos 300 pessoas. Inicialmente tida como antraz, verificou-se posteriormente tratar-se de febre do Vale Rift, o que foi quase um alívio, já que o bacilo de antraz é tão poderoso que é empregado na fabricação de armas biológicas (veja o tópico Conflitos Bélicos).
No início de 1998, novas e antigas doenças continuaram a irromper pelo mundo. Em fevereiro, o CDC informava que 44 dos 50 Estados americanos estavam sob surtos de influenza (gripe). Irã e Israel também enfrentavam surtos da doença. No Japão, 16 crianças já haviam morrido em consequência do que já era considerada a pior epidemia de influenza desde o final da Segunda Guerra Mundial; as escolas foram fechadas, deixando 880 mil estudantes sem aula.
Também no mês de fevereiro, especialistas médicos reunidos na Organização Mundial de Saúde avisaram sobre a possibilidade da eclosão de uma epidemia da variante humana da doença da vaca louca, e a agência de noticias Ethiopian News informava que um surto de calazar (leishmaniose visceral – provoca anemia e mata em 95% dos casos) estava atingindo milhares de pessoas no Sudão (aumento de 436% no número de casos em relação a 1996), Etiópia e Eritréia. A seção de saúde da CNN reportava um aumento de 15% na incidência da tripanossomíase africana [doença do sono] numa faixa do continente africano que compreende 36 países e 55 milhões de habitantes.
Em março, pesquisadores da Universidade Cornell, nos EUA, informaram que um fungo que destruíra as plantações de batata na Irlanda do Norte em 1845, provocando a morte de mais de um milhão de pessoas pela fome, estava de volta, mais forte, nas culturas dos Estados Unidos e Canadá. Na mesma época, no Brasil, registrava-se na cidade de Santos quatro mortes por febre hemorrágica de causa desconhecida; as análises clínicas indicaram não tratar-se de dengue nem antivírus, as suspeitas iniciais. Segundo o Dr. Cláudio Pessanha, a Secretaria de Saúde do Município solicitou “discrição” aos profissionais que colheram amostras de material para exames… Em abril, foi confirmada no Estado de São Paulo [Brasil] a primeira morte por antivírus.
Só mesmo com muito esforço de auto-atordoamento pode-se ignorar que o mundo está sendo assolado por uma avalanche jamais vista de novas doenças. E tudo por culpa da própria humanidade. Nada disso precisaria existir. Doenças eram desconhecidas em tempos remotos na Terra, quando os seres humanos ainda se inseriam sabiamente nas Leis da natureza.
Alguns objetarão que se isso é verdade, então ocorreu em tempos imemoriais, já que não há registro histórico de algum povo que não tenha conhecido doenças. De fato, faz muito tempo mesmo que a humanidade se decidiu pelas trevas, colhendo por isso apenas desgraças e misérias. Mas os poucos povos que conseguiram manter-se afastados da decadência geral não sofreram com doenças e epidemias. Os Incas, por exemplo, conservaram-se puros durante centenas de anos e por isso não conheciam doenças. (6) Mas também não conheciam a mentira… Nem sequer havia em sua língua uma palavra para designar a mentira… Transcrevo aqui novamente um trecho da obra O Livro do Juízo Final, de Roselis von Sass:
“Ninguém faria uma conexão entre as criatura feias, doentes, cegas, surdas e aleijadas que povoam hoje a Terra e em parte ainda o além, com os belos e sadios seres humanos irradiando alegria que outrora povoavam a Terra e os mundos de matéria fina. Deu-se uma total transformação. Em breve a Terra abrigará apenas seres humanos doentes.”
Apenas seres humanos doentes! Uma previsão que se realiza com velocidade sinistra no presente.
Somente aquele que vive em conformidade com as Leis da Criação poderá subsistir no Juízo. Para este, os efeitos do Juízo Final não trazem aniquilação, mas elevação, protegendo-o também de todas as vicissitudes exteriores. De nada adiantam artigos falsamente tranquilizadores sobre as novas doenças, que já começam a aparecer na imprensa.
Médicos famosos e pesquisadores renomados “explicam” que vírus sempre existiram, que a humanidade sempre conviveu com doenças, que a atual fase de surgimento de novos males é apenas um período de adaptação dos novos vírus aos seres humanos, que em breve eles deixarão de ser tão virulentos, etc., etc. A realidade dos fatos, porém, fará emudecer essas vozes hipocritamente tranquilizadoras, deixando claro a impotência da ciência e seus asseclas ante o retorno de efeitos recíprocos do atuar humano, durante esses anos de remate do Juízo Final.
Além do surgimento de novas doenças os cientistas também não sabem explicar as modificações de alguns microrganismos, que passam a causar males muito mais sérios. Um caso recente foi o da chamada “bactéria assassina”, que provocou pânico na Europa e Estados Unidos.
Identificada inicialmente em 1989 nos Estados Unidos, essa bactéria ressurgiu em 1994 na Inglaterra. O microrganismo provoca uma doença chamada faciíte necrosante, caracterizada pela necrose e destruição dos tecidos. Mas o que impressiona mesmo é a velocidade da destruição: até 3 cm por hora; se não for tratada imediatamente a vítima morre em poucas horas. Uma rápida olhada nos relatos noticiosos da época mostra o terror causado pelo surgimento da “bactéria assassina”:
Em maio de 1997 a bactéria assassina ainda estava ativa; uma mulher morreu na Califórnia com 30% do corpo destruído. Em abril de 1998 houve um surto de faciíte necrosante no Texas; 170 pessoas foram infectadas, e pelo menos 37 já haviam morrido até aquela data.
Para a constatação da gravidade da situação que o mundo atravessa, em relação às novas enfermidades, não é preciso descrever minuciosamente os sintomas e as consequências de todas as doenças mencionadas anteriormente, e nem é esse o objetivo deste livro. Vamos analisar com mais detalhes apenas dois desses males, justamente os que causaram maior repercussão até agora: a AIDS e a Febre Hemorrágica causada pelo vírus Ebola.
Das doenças novas a AIDS é certamente a mais conhecida. Foi a primeira doença do Juízo Final e ninguém sabe calcular com precisão quantas pessoas já morreram. Uma estimativa de dezembro de 1996 dava conta de 64 milhões de mortes. É a mais grave dos 42 tipos de imunodeficiências catalogados pela OMS.
Os primeiros casos de AIDS conhecidos surgiram no início da década de 80. Pesquisas recentes, no entanto, sugerem que alguns casos esporádicos de mortes misteriosas ocorridos em décadas passadas foram devidos à AIDS. O mais antigo deles remonta a 1959.
AIDS é a sigla em inglês de “Acquired Immune Deficiency Syndrome” – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É causada por um vírus, o HIV, que ataca os glóbulos brancos do sangue, responsáveis pela defesa do organismo. O organismo debilitado fica então suscetível ao ataque de germes oportunistas, que provocam vários tipos de infecções. É muito frequente também o aparecimento de lesões cancerosas até então consideradas raras, como o sarcoma de Kaposi e o linfoma cerebral. A vítima acaba morrendo das doenças que se instalam em seu organismo. Não há perspectivas de desenvolvimento de uma vacina eficaz porque o vírus se modifica constantemente.
O HIV é um retrovírus, a forma mais simples de vida existente na Terra. Ele tem apenas nove instruções genéticas. São apenas nove genes, capazes de aniquilar o ser humano com seu complexo código genético de mais de 100 mil genes, agrupados numa das substâncias mais sofisticadas que existem, a molécula de DNA.
Vírus são, por definição, parasitas celulares. Eles necessitam do DNA das células para se reproduzir. O vírus HIV entra nos glóbulos brancos, as células de defesa humana, e consegue inserir no núcleo delas o seu código genético, forçando-as a produzir novas cópias de vírus. Cada uma das células atacadas produz milhões de cópias do vírus e morre em seguida. Estima-se que um portador do HIV ainda saudável produza cerca de dez bilhões de cópias de vírus por dia… com mutações genéticas…
Richard Preston, autor do best-seller Zona Quente, explica que o HIV altera por si mesmo suas características à medida que se move através das populações e dos indivíduos, inclusive durante o curso de uma infecção, de modo que a vítima de AIDS geralmente morre infectada por múltiplas variedades do vírus HIV surgidos espontaneamente em seu corpo.
Por isso os médicos são tão pessimistas quanto à possibilidade de se desenvolver uma vacina eficaz. Uma vacina que pudesse ser desenvolvida hoje seria inócua em menos de um ano. Além disso, pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que uma simples vacina contra a gripe provoca um aumento vertiginoso, de cerca de dez vezes, na quantidade do vírus HIV no sangue. O estudo sugere que qualquer estimulação externa do sistema imunológico, por meio de vacinas sintéticas ou com o auxílio de micróbios naturais, pode resultar no aumento da quantidade de vírus no organismo.
Essa possibilidade foi comprovada algum tempo depois pela pesquisadora Sharilyn Stanley, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. Após aplicar a vacina contra tétano em pacientes de AIDS, com o objetivo de imunizá-los contra a doença, a Dra. Sharilyn e seus colegas viram a produção de cópias do vírus HIV crescer entre 2 e 36 vezes mais que o habitual. Segundo ela, a descoberta “desvenda a natureza diabólica do HIV”, pois o sistema normal de proteção do corpo a um invasor também aciona a produção de vírus. “Os pacientes com sistema imunológico mais forte tiveram maior aumento da quantidade de vírus”, explicou.
Não obstante a opinião quase unânime dos pesquisadores sobre as dificuldades de se desenvolver uma vacina contra a AIDS, mais de vinte tentativas estavam em andamento no mundo até maio de 1997, sem, contudo, nenhum resultado prático. Nos Estados Unidos, alguns voluntários de uma vacina chamada V-108 acabaram contraindo o vírus. Uma outra tentativa foi suspensa prematuramente quando se comprovou que a vacina não resultava em aumento das células de defesa do organismo. No Brasil, após um ano de testes com um outro tipo de vacina, os pesquisadores tiveram a confirmação de que ela era incapaz de impedir a ação do vírus. Em novembro de 1997, o pesquisador David Baltimore afirmou que o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a AIDS poderia levar décadas. Esta advertência foi feita seis meses depois de o presidente dos Estados Unidos haver “prometido” a criação de uma vacina contra a AIDS num prazo de dez anos… Em vista das dificuldades para a produção de uma vacina, os esforços têm se concentrado no desenvolvimento de medicamentos; em 1996 haviam 122 medicamentos em testes e 42 aprovados contra a AIDS.
As drogas antivirais desenvolvidas até agora conseguem retardar um pouco os sintomas da AIDS, mas produzem efeitos colaterais e também são, mais cedo ou mais tarde, dribladas pelo vírus. Além disso, já foram identificados (até o presente) nove subtipos do vírus HIV. Uma vacina que fosse eficaz para um desses subtipos não o seria para os outros. Como se não bastasse, em julho de 1995 descobriu-se que existem diferenças importantes entre o subtipo B do vírus HIV existente no Brasil e esse mesmo subtipo encontrado nos Estados Unidos e Europa. Por isso, mesmo que fosse possível sintetizar uma vacina para um subtipo específico do vírus da AIDS, ela certamente não seria eficaz para esse mesmo subtipo em outras regiões do globo. Além do mais, já há casos de pessoas infectadas com dois subtipos do HIV…
O reconhecimento da total impotência da humanidade frente à doença tem feito surgir algumas tentativas de terapia que beiram o desespero. Em 1988 chegou-se a injetar ozônio no sangue contaminado, na esperança de matar o vírus. Outra tentativa foi fazer o sangue da pessoa infectada circular fora do corpo, passando por uma máquina. A máquina tentava matar o vírus esquentando o sangue… Fracasso completo. Um californiano recebeu a medula óssea de um babuíno num transplante [um crime contra o animal, que só fez aumentar a culpa do aidético e de todas as pessoas envolvidas na experiência]. Os cientistas acreditavam que com o transplante o californiano passaria a produzir células de defesa resistentes ao vírus já que, sob um microscópio, as células do babuíno são “quase idênticas” às do sistema imunológico humano, com a diferença de que elas são resistentes ao HIV. Naturalmente, o resultado foi mais um fiasco. Em 1997 apareceu um querendo atacar o HIV com o vírus da hidrofobia…
A AIDS cresce sem cessar no mundo todo, e sob qualquer aspecto que se analise a doença. Na Tailândia, no outono de 1989, o índice de infecção entre usuários de drogas e prostitutas era inferior a 0,04%; vinte meses depois esse índice era superior a 70%. Em Cuba, houve um aumento de 60% no número de casos em 1997 em relação ao ano anterior, de acordo com dados oficiais. Na África, a epidemia adquire proporções de uma catástrofe continental. Em 1991, só em Uganda, havia um milhão de portadores do vírus HIV. Em 1992 estimava-se que nada menos que 68% das infecções registradas na África subsaariana eram devidas ao HIV. Em 1993, 40% das mulheres em idade fértil das principais cidades do continente eram portadoras do vírus. Em 1995, na Zâmbia, 24% das mulheres grávidas estavam infectadas, e no Zimbabwe estimava-se que 25% da população era portadora do vírus. Em 1996 já se sabia que 5,6% da população de toda a África subsaariana tinha o HIV; em 1997 este índice subiu para 7,4%; naquela época, Botsuana tinha 30% da sua população infectada.
O gráfico abaixo mostra a evolução da doença no mundo nos últimos anos:
O gráfico abaixo mostra a taxa de incidência anual dos casos de AIDS nas Américas para cada grupo de um milhão de habitantes:
O gráfico abaixo mostra a incidência anual do número de casos de AIDS no mundo, por região, de 1979 a meados de 1996:
O total estimado de pessoas infectadas no mundo em 1993 era de aproximadamente 15 milhões. Um ano depois, em julho de 1994, a OMS avaliava que 17 milhões de pessoas no planeta eram portadoras do vírus HIV. (7) Em 1995, de acordo com a Organização, já eram 20 milhões de portadores do vírus no mundo e 6 mil pessoas eram infectadas todos os dias. Em 1996 os números eram: 22,6 milhões de portadores do HIV e 7.500 novos casos ocorrendo a cada dia; em 1997: 30,6 milhões de infectados e 16 mil novos casos por dia. Aproximadamente 2,3 milhões de pessoas no mundo morreram de AIDS em 1997, com um total acumulado de 11,7 milhões de mortos. O mapa abaixo mostra a distribuição do número estimado de novos casos da doença entre adultos e crianças ocorridos em 1997, num total de 5,8 milhões:
No início da década de 90, acreditava-se que a casa dos 30 milhões de infectados só seria atingida no ano 2000… De acordo com a UNAIDS, agência da ONU encarregada de monitorar a doença, a última estimativa para o ano 2000 é que a média de mortes para cada grupo de 100 mil habitantes ficará em 72,2. O mapa a seguir mostra como estava a distribuição no mundo dos 30,6 milhões de infectados no final do ano de 1997:
Em 1997, a UNAIDS emitiu um relatório dando conta que uma em cada cem pessoas no planeta em idade sexualmente ativa estava contaminada, e que apenas 10% dos portadores sabiam que possuíam o vírus. Segundo o relatório, o número de casos na China chegava a 200 mil, e em alguns países da Europa assistia-se a “um dramático ressurgimento da infecção”. O diretor da Agência, Peter Priot, foi conciso e claro: “A epidemia é bem pior do que havíamos imaginado.”
Uma matéria sobre o assunto publicada na revista Veja de 3.12.97 dizia o seguinte: “O relatório joga uma pá de cal na safra de previsões otimistas sobre a epidemia, que começou no ano passado graças à descoberta do coquetel de medicamentos contra o HIV, cem vezes mais forte que o AZT. Houve quem previsse que a AIDS logo estaria sob controle. Nos últimos meses, comprovou-se que o coquetel não é tão eficiente quanto se imaginava, e os dados da semana passada mostram que a doença tem um poder de destruição avassalador.”
Mais à frente vamos falar detalhadamente deste coquetel de drogas. Mas quando ficou evidente que ele não produzia os efeitos esperados, um repórter perguntou ao Dr. John Bartlett, um dos maiores especialistas em AIDS do mundo, se ele acreditava que seria possível encontrar uma fórmula para expulsar completamente o vírus HIV de um corpo infectado. Resposta do Dr. Bartlett: “Não. O vírus não será extinto. Nossa preocupação hoje é inibir as infecções oportunistas.”
Alguns outros dados estatísticos confirmam o “poder de destruição avassalador” da doença:
No Brasil, os viciados em drogas injetáveis já eram o maior grupo de vítimas da doença em 1994; em 1995, a ONU informava que 60% dos usuários de drogas no país estavam contaminados com o HIV. Também em 1995, a AIDS já era a principal causa de morte de mulheres entre 15 e 49 anos no Estado de São Paulo, e na faixa etária entre 10 a 19 anos o aumento de casos da doença no Estado foi de 228,3% em seis anos. Em 1996 surgiram os primeiros casos de AIDS em populações indígenas. Em 1997, para cada grupo de 200 mulheres, uma estava infectada, e para cada grupo de 300 homens, dois eram portadores do HIV. Naquele ano, no mês de maio, registrava-se na região sudeste o primeiro caso de infecção do subtipo D do vírus, até então inexistente no país.
Nos Estados Unidos, no período compreendido entre 1992 e 1994, o número de americanos com mais de 50 anos que contraíram a doença cresceu 70%, de acordo com o CDC. Em 1993, a AIDS já era a 8ª causa de morte registrada nos Estados Unidos, acima de homicídios e suicídios. Em 1995, o Instituto Nacional do Câncer, em Washington, informava que um em cada 92 homens americanos entre 27 e 39 anos era portador do HIV, e que a AIDS já era a causa mais frequente de mortalidade entre as pessoas de 25 a 44 anos no país…
Os mapas abaixo mostram a evolução da AIDS nos Estados Unidos nos últimos anos. Cada ponto indica aproximadamente 30 casos da doença. O primeiro mapa mostra o número acumulado de casos do início da epidemia até julho de 1989; o segundo mostra o acumulado até dezembro de 1995; e o terceiro (animado) mostra o aumento do número de casos registrados no país de fevereiro de 1983 a dezembro de 1995.
Esses números todos falam por si. A AIDS é a principal doença do Juízo Final, um efeito recíproco da atuação humana tão contrária às Leis naturais, e para a qual não haverá cura.
O Dr. Bartlett resumiu assim a sua visão da doença: “Por ser uma infecção, a AIDS provoca sentimentos poderosos nas pessoas, porque o homem do século XX não estava mais acostumado com uma posição de tão completa derrota diante de uma infecção.”
As palavras do Dr. Bartlett encerram verdade. Mas tão-somente quando a prepotência do ser humano tiver sido completa e definitivamente erradicada, quando a humanidade reconhecer finalmente que suas capacitações técnicas e sua ilusão de saber de nada valem contra as forças da natureza, então estará aberto o caminho para a redescoberta da humildade. E com a humildade despertada novamente dentro de si, os seres humanos poderão buscar auxílio onde realmente podem encontrar: na adaptação irrestrita às Leis da Criação, instituídas pelo Criador Todo-Poderoso. Até chegar a esse ponto, porém, a humanidade terá de aprender quão limitadas na verdade são as suas pretensas capacitações. Terá de reconhecer que só tinha palavras ocas e arrogantes para contrapor aos efeitos retroativos de sua própria má vontade.
No início da epidemia, numa reunião de cúpula em Londres, o delegado chinês insistiu que a AIDS não poderia ameaçar a República Popular… E o ministro da saúde da União Soviética esclareceu que a superioridade genética eslava tornava a população de seu país imune ao vírus…
Além de atingir um número sempre crescente de seres humanos com o implacável índice de letalidade de 100%, novos e inesperados fatos relacionados à doença continuam a surpreender médicos, sociólogos, antropólogos e pesquisadores.
No campo do comportamento humano, Paris viu surgir uma nova modalidade de assaltos em setembro de 1994: bandidos armados com seringas contaminadas com o vírus da AIDS. Em um mês foram registrados cinco tentativas de assalto desse tipo e a polícia ficou espantada com a rapidez com que o novo método estava se espalhando pela cidade. Um policial declarou: “Os assaltos com seringas contaminadas devem ser um sinal dos tempos em que vivemos…”
Em maio de 1995 aconteceu no Peru o “Primeiro Seminário Internacional Latino-Americano sobre AIDS nas Forças Armadas e Polícia”, o que mostra a preocupação dos setores militares de todo o continente com o aumento do número de casos de AIDS em suas Forças.
Durante o ano de 1996, as carpintarias em Kampala, capital de Uganda, começaram a florescer como nunca. O motivo: pedidos de caixões para as vítimas da AIDS, cujo número aumentava continuamente. Via-se na cidade vários ciclistas carregando caixões na garupa, esbarrando nos pedestres e atravancando o trânsito. Também em 1996 ficou caracterizado um novo mal associado à AIDS: o medo de contrair o vírus. Esse tipo de fobia aumentou tanto que a OMS decidiu incluí-lo entre as doenças psiquiátricas…
Na área das descobertas científicas em relação à doença, a perplexidade dá a tônica:
Em 1993 descobriu-se que o vírus HIV age em parceria com o vírus da herpes simples 1, o HSV-1. As duas espécies não apenas se estimulam mutuamente a produzir novos vírus, mas também compartilham as mesmas células, e de forma tão completa que dão origem a um vírus híbrido.
Em novembro de 1994, dentistas do hemocentro do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, descobriram que o vírus existente na região é diferente geneticamente do encontrado na maior parte do Brasil, Estados Unidos e Europa. Verificou-se que a nova variante do vírus HIV não era detectada através dos exames disponíveis. Nos Estados Unidos, um doente só ficou sabendo que tinha AIDS quando apresentou os primeiros sintomas da síndrome, depois de ter doado sangue por 33 vezes; todos os testes a que ele se submeteu deram resultado negativo.
Em janeiro de 1995, dois cientistas da Universidade do Alabama publicaram um trabalho demonstrando que a velocidade de multiplicação do vírus da AIDS era muito maior do que se pensava. Utilizando um novo medicamento, inibidor de uma enzima importante no processo de reprodução do vírus, os dois pesquisadores conseguiram quase aniquilar o vírus num grupo de pacientes. Apenas uma pequena quantidade, inferior a 1%, escapou dos efeitos da droga. Contudo, no intervalo de duas semanas eles constataram que seus pacientes haviam criado resistência às drogas. Pelos seus cálculos, entre 100 milhões e um bilhão de novos vírus continuavam a ser produzidos a cada dia. Numa matéria de 18 de janeiro de 1995, a revista Isto É publicou o seguinte sobre o assunto: “A nova descoberta fez com que em todo o mundo vários cientistas ficassem boquiabertos. ‘Esta revelação de agora me deixou absolutamente chocado’, declara o médico John Cofin, professor de biologia molecular e microbiologia da Tufts University School of Medicine.”
As constantes descobertas sobre novas particularidades do vírus confirmam que todo o saber científico da humanidade e todos os recursos técnicos disponíveis atualmente não são páreo contra o micróbio nessa guerra. Em junho de 1995, pesquisadores italianos descobriram que o vírus HIV é capaz de produzir uma proteína que acelera a sua própria velocidade de multiplicação. Na mesma época, dois cientistas da Universidade da Geórgia publicaram um estudo na revista Nature Medicine, onde mostraram que a desinfecção química de instrumentos médicos e dentários não destruía o vírus HIV. Um outro teste de laboratório mostrou que o vírus conseguia passar de um tubo fechado para outro também lacrado, e isso numa temperatura de 20 graus negativos…
Em março de 1996, cientistas da Universidade da Califórnia descobriram que o sarcoma de Kaposi é causado por um outro vírus, até então desconhecido, que age no organismo debilitado pelo HIV. Até então (desde abril de 1994), acreditava-se que esse tipo de câncer era causado pelo próprio vírus HIV. Mais tarde se saberia (abril de 1998) que o vírus desconhecido causador do sarcoma de Kaposi era um vírus de herpes, chamado HHV-8. Em junho de 1996, os cientistas daquela universidade verificaram que o HIV faz com que as células de defesa de organismos jovens aparentem pertencer a indivíduos com cem anos de idade. Em setembro, médicos da Universidade do Ceará constataram que o HIV reduz de 30% a 50% a área de absorção do intestino, causa do emagrecimento acentuado. Neste mesmo mês, cientistas britânicos descobriram que o vírus ataca um outro tipo de célula do sistema de defesa do organismo, chamada CD8, até então considerada imune.
O ano de 1997 foi pródigo em novas descobertas:
Em fevereiro surgiram as primeiras evidências de como o vírus age no cérebro das pessoas infectadas, causando demência em cerca de 20% a 30% delas.
Em março, cientistas da Universidade de Pittsburgh anunciaram que a quantidade do vírus HIV existente no sêmen, em qualquer fase da doença, era até mil vezes maior do que se supunha. Segundo um dos pesquisadores, seus estudos demonstraram que “um homem pode transmitir o vírus em qualquer época após ter-se infectado.”
Em abril, pesquisadores italianos publicaram um estudo no British Medical Journal informando que o vírus HIV estava se tornando mais agressivo. Segundo o Dr. Alessandro Sinicco, o HIV estava sofrendo mutações para formas mais poderosas, razão pela qual as pessoas que contraíram o vírus a partir de 1989 estavam ficando doentes mais cedo.
Em junho, pesquisadores da Universidade George Washington descobriram porque a quantidade de vírus da AIDS aumenta nos estágios finais da doença, apesar de as células CD4 (onde normalmente elas ficam localizadas) diminuírem de quantidade. É que um outro tipo de células, os macrófagos, também produziam cópias do vírus. Na mesma época, pesquisadores franceses descobriram que uma proteína produzida pelo citomegalovírus ajudava o HIV a entrar nas células.
Em julho, o CDC confirmou o primeiro caso de transmissão do HIV pelo beijo.
Em outubro, pesquisadores presentes na 6ª Conferência Européia de Tratamento da Infecção por HIV, informaram que não bastava destruir o vírus, pois “o sistema imunológico humano atacado pela AIDS não se recupera completamente, mesmo com o uso do coquetel de drogas.”
O ano de 1998 começou na mesma linha: em janeiro, pesquisadores americanos descobriram que um gene específico do vírus HIV aparentemente impedia as células de defesa do organismo de perceber que ele estava por perto.
As campanhas de prevenção contra a doença em todo o mundo enfatizam a necessidade de se usar preservativos nas relações sexuais, como a única maneira eficaz de impedir a propagação do vírus pelo contato sexual. Todavia, alguns estudos mostram que o preservativo não é tão seguro assim. O especialista americano, Dr. Malcon Potts, afirma que o HIV tem 0,1 mícron (8) de tamanho, enquanto que os poros do preservativo têm até 5 mícrons. Numa publicação médica americana, apareceu um estudo indicando que o preservativo apresenta uma deficiência média em bloquear o vírus da AIDS da ordem de 16%. De acordo com um trabalho publicado pelo pesquisador Dr. Weller S., a redução do risco proporcionado pelos preservativos nas relações heterossexuais expostas ao vírus HIV é da ordem de 69%. Nunca é demais lembrar que o espermatozóide é 450 vezes maior que o vírus HIV.
Certo mesmo estava o diretor-geral da OMS, Dr. Hiroshi Nokajima, quando afirmou: “A fidelidade é mais importante que o preservativo…”
Em agosto de 1996, durante a 11ª Conferência Internacional da AIDS em Vancouver, Canadá, o mundo conheceu o que parecia ser o primeiro alento em relação à doença. O virologista David Ho apresentou um novo tratamento consistindo de três medicamentos distintos, o chamado “coquetel de drogas”, que atuam sobre o HIV em fases diferentes do seu processo de maturação dentro da célula infectada.
O coquetel, considerado cem vezes mais potente que o tratamento até então disponível, conseguiu destruir a carga viral dos doentes a níveis indetectáveis pelos testes existentes. A euforia foi imediata. Jornais e revistas da época apresentaram as seguintes manchetes:
“Enfim, a esperança!”
“Venceremos a AIDS!”
“AIDS: a 1% da cura!”
“Coquetel de três drogas reduz a zero a quantidade do vírus da AIDS”
“Estudo divulgado em conferência sugere que existe cura para a doença”
“A palavra ‘cura’ baila nos lábios dos médicos”
A razão de todo esse otimismo era que as chances de o HIV desenvolver resistência aos três medicamentos ao mesmo tempo eram consideradas praticamente nulas… “Temos de bater forte e rápido!”, era o lema constantemente repetido pelo Dr. Ho e continuamente reproduzido em todos os meios de comunicação.
O mundo entrou em 1997 na nervosa expectativa de que finalmente pudesse ser anunciada a cura da AIDS. A constatação, ainda em fins de 1996, que entre 16% e 20% dos pacientes não respondiam ao tratamento com o coquetel, e que seu custo girava em torno de 16 mil dólares por ano para cada doente, superior a renda per capita de 99% das nações, pareciam pequenos inconvenientes diante das promissoras perspectivas de controle e até mesmo de cura da doença.
Em janeiro de 1997, durante a Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, o Dr. Ho anunciou que o coquetel tríplice havia eliminado o vírus HIV do sêmen e do fluído vaginal de seus pacientes. Todavia, ele adiou por um ano a apresentação dos resultados definitivos de sua terapia, pois havia também a certeza de que o vírus não havia sido erradicado das pessoas estudadas…
O coquetel melhorou a qualidade de vida dos portadores da AIDS e reduziu o número de mortes em 1997, não obstante ficou muito longe das expectativas iniciais. No decorrer do ano o tratamento já se mostrava bastante decepcionante. Vamos acompanhar em ordem cronológica algumas manchetes de jornais e notícias sobre o assunto:
08/05/1997: “Ho diz que são precisos 3 anos de coquetel anti-Aids”
Dez meses depois da Conferência Internacional sobre AIDS, em Vancouver, o cientista David Ho mostra-se mais cauteloso sobre os resultados a curto prazo do coquetel de remédios contra o HIV. Na época, ele apresentara a possibilidade de suspender o tratamento menos de um ano depois; agora ele pede de 2,3 a 3,1 anos: “Para erradicar o HIV é necessário tratamento mais longo, por causa da possível existência de compartimentos de vírus indetectáveis.”
12/06/1997: “Coquetel anti-Aids pode causar diabetes”
Os inibidores da protease, os medicamentos mais potentes desenvolvidos até agora para o combate à AIDS, podem causar diabetes. O alerta foi feito ontem pela Administração de Drogas e Alimentos (FDA) dos Estados Unidos.
15/09/1997: “Estudo em SP vê falha no coquetel contra AIDS”
Estudo feito pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo mostra que o coquetel anti-Aids falhou em 30% dos pacientes atendidos pela rede pública.
16/09/1997: “Combinação de remédios não funciona em 30% dos pacientes”
Análise da Secretaria Estadual de Saúde [no Brasil] mostrou que os remédios deixaram de fazer efeito ou provocaram efeitos colaterais insuportáveis em 30% dos pacientes (…) O grau de ineficiência em franceses e norte-americanos varia em torno de 20%, segundo pesquisas divulgadas no início do ano pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e pela Agência Nacional de Pesquisas em AIDS (ANRS).
17/09/1997: “Pesquisa põe em dúvida efeito de terapia anti-Aids”
O tratamento que reduz o vírus da AIDS a níveis não-detectáveis deixa uma infecção latente no sistema imunológico (…)
30/09/1997: “Estudo vê falha em coquetéis contra a AIDS”
Um estudo da Universidade da Califórnia apresentado ontem mostrou que as drogas contra a AIDS conhecidas como inibidores de protease, usados nos chamados coquetéis, falharam em 53% dos 136 pacientes estudados. Pesquisas anteriores mostravam até 20% de falhas neste tipo de tratamento.
13/10/1997: “Resistência de HIV a remédios preocupa cientista”
O cientista David Ho, um dos conceituados pesquisadores da AIDS, reafirmou ontem sua preocupação com a resistência do HIV aos medicamentos.
13/10/1997: “Coquetel falha em 50% do HIV tratado”
‘O coquetel anti-Aids está falhando em 50% dos pacientes que já tinham tomado algum tipo de droga contra o vírus HIV’, disse o médico italiano Giuseppe Pantaleo.
14/10/1997: “Coquetel limita HIV a gânglios e amídalas”
Ho havia afirmado anteriormente que existia uma possibilidade de o vírus ter sido erradicado do organismo. Mas, em seus novos estudos, ele detectou vírus escondidos nos gânglios linfáticos e nas amídalas.
14/10/1997: “Coquetel anti-Aids não erradica HIV”
Pela primeira vez, o pesquisador norte-americano David Ho admitiu publicamente que o coquetel anti-Aids não consegue erradicar completamente o vírus HIV do corpo. (…) Ele encontrou “resíduos” do vírus até em pacientes tratados a partir dos três primeiros meses após a contaminação. (…) ‘Esses resultados mostram que além das drogas, temos de ter outras estratégias para combater a infecção’, disse Ho.
22/10/1997: “Cenário cinzento”
Ho acredita que as novas terapias podem manter o vírus sob controle, especialmente nos pacientes que ainda não manifestaram a doença, mas não sabe por quanto tempo. Por várias razões. A primeira é a toxidade. Muitos pacientes não resistem ao assalto químico dos inibidores de protease e podem até morrer do tratamento. A segunda é a resistência do vírus. Pesquisadores do laboratório Merck apresentaram um caso em que cepas de vírus de um paciente se mostraram resistentes ao ataque de todos os inibidores de protease conhecidos.
Fevereiro de 1998: “Peripécias de um vírus fujão”
[matéria da revista Superinteressante]
O micróbio terrível, mais uma vez, arranjou um jeito de se esconder dos venenos. Robert Siliciano, da Universidade Johns Hopkins, explicou a frustração dos cientistas: “O vírus fica adormecido, sem se reproduzir, dentro de células inativas do sistema imunológico.” Nessa situação, o HIV não pode ser atacado, já que os remédios não entram nas células inativas, só nas que estão circulando pelo sangue. Aí, assim que a célula defensora é ativada por uma infecção qualquer (como uma gripe), o vírus da AIDS volta a proliferar e causar destruição.
O escritor Richard Preston afirma que não existe uma única comunidade na Terra, por menor que seja, que ainda não tenha sido contaminada pelo vírus da AIDS. (9) Em seu livro Zona Quente, ele se manifesta da seguinte maneira em relação ao surgimento das novas doenças:
“Num certo sentido, a Terra está criando uma resposta imune contra a raça humana. Começa a reagir ao parasita humano, à infecção de gente. (…)
O sistema imune da Terra, por assim dizer, está ‘vendo’ a presença da espécie humana e começa a se revoltar contra ela. A Terra está tentando se livrar de uma infecção causada pelo parasita humano. Talvez a AIDS seja o primeiro passo num processo natural de limpeza.”
Apesar de Richard Preston ser partidário da tese de que as doenças emergentes surgiram da invasão das florestas tropicais, com a qual eu não concordo absolutamente, não tenho nada a comentar sobre essas suas palavras, que espelham fielmente a situação atual.
Não haverá cura para a AIDS, pois esta é uma doença do Juízo Final, que tem uma função específica a cumprir. A vontade inteira da humanidade é totalmente impotente para estabelecer qualquer modificação nisso.
O Ebola é apenas mais um dos vírus emergentes descobertas recentemente. Ganhou notoriedade mundial com o surto da doença ocorrido no Zaire em maio de 1995. O Ebola mata 90% de suas vítimas e a morte ocorre em poucos dias.
A morte é tão horrorosa que parece roteiro de um filme do gênero terror-ficção: o vírus ataca todos os órgão e tecidos do corpo humano, com exceção dos ossos e alguns músculos. O colágeno, tecido responsável pela unidade da pele e que mantém os órgãos juntos transforma-se numa pasta disforme. A pessoa infectada expele sangue por todos os orifícios do corpo, inclusive pelos olhos e rachaduras espontâneas que surgem na pele. O globo ocular fica cheio de sangue, o que causa cegueira. A hemorragia interna não cessa porque o sangue não coagula. A superfície da língua se desfaz, o revestimento da traquéia e da garganta se desmancha e pode descer para os pulmões. Surgem hemorragias no coração e o músculo fica flácido. O fígado incha, apodrece e se liquefaz. A medula se desfaz aos pedaços. Os rins, repletos de células mortas, deixam de funcionar e a urina se mistura com o sangue. O baço incha e endurece. A pessoa vomita pedaços do intestino com sangue. O vírus destrói o cérebro e a vítima geralmente tem convulsões epilépticas no estágio final da doença.
A primeira aparição do Ebola se deu em julho de 1976, no Sudão. Essa variedade do vírus tinha um índice de letalidade de 50% e recebeu o nome de Ebola-Sudão. Matou centenas de pessoas. Em setembro do mesmo ano o vírus surgiu simultaneamente em 55 aldeias do Zaire com um efeito devastador, já com um índice de letalidade de 90%. Essa variedade do vírus foi chamada Ebola-Zaire.
O Ebola é tão contagioso que só pode ser manipulado num laboratório de nível de segurança 4, que é o nível máximo existente. O vírus da AIDS, por exemplo, pode ser manipulado num laboratório de nível de segurança 2.
O alto índice de mortalidade do Ebola, o tipo de morte que provoca e a facilidade de contágio causaram grande apreensão em todo o mundo. Durante o surto da doença, no Zaire, foram produzidas várias matérias jornalísticas e programas de televisão que procuravam esclarecer o assunto.
Num desses programas de televisão, o apresentador entrevistava um diretor do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, especializado em doenças infecto-contagiosas. Além de responder sobre o Ebola, o diretor do hospital dava informações sobre o estado de três oficiais do Exército que haviam contraído uma infecção de origem desconhecida durante um treinamento de guerra na selva, na floresta amazônica. A certa altura, o entrevistador disse mais ou menos o seguinte:
“Agora tem toda uma questão… final de século, passagem de ano… O Sr. sabe, toda vez que há final de século as pessoas ficam um pouco abaladas, achando que o mundo pode acabar. Isso aconteceu na passagem do século XX, agora nós estamos caminhando para o século XXI e essas coisas aparecem no final do século. Quer dizer, como é que a ciência entende isso, são coisas perfeitamente naturais, são coisas que já eram previstas, ou é a imprensa que está dando um destaque que até não deveria dar nesse momento?”
O entrevistado ouviu com um sorriso que procurava aparentar sabedoria, mas não respondeu objetivamente à questão apresentada. A própria pergunta também foi feita entre sorrisos, num tom mal disfarçado de troça. Apesar disso, havia um certo sentimento de perplexidade na exposição do apresentador. “Se todos nós sabemos que é bobagem essa coisa de fim de século, de Juízo, como explicar esses acontecimentos?” Foi mais ou menos isso que o entrevistador deixou transparecer enquanto falava.
Esse episódio ilustra bem o comportamento do ser humano nesses últimos anos do Juízo Final. Uma quantidade imensa de acontecimentos extraordinários falam para ele incessantemente, para que reflita e proceda ainda em tempo a uma mudança de sua sintonização interior. Apesar disso, ele procura fechar-se num casulo impenetrável, numa busca infrutífera de segurança e comodidade que teimam em deixá-lo. Essa é uma atitude covarde, que não traz nenhum auxílio. Ninguém deveria passar por coisas dessa espécie com um encolher de ombros e um sorriso escarnecedor forçado. Antes, deveria aprofundar-se nelas e tentar descobrir a causa de tudo isso. Descobrindo a causa, o que só pode advir através da vontade sincera e humilde, ele também obteria o auxílio necessário, que o permitiria passar incólume pelas radiações purificadoras do Juízo. Ninguém, porém, será forçado a agir dessa forma. Cada qual é responsável por si e por seu destino. Salvação ou aniquilamento estão nas mãos do próprio ser humano, tanto terrenal como espiritualmente.
No começo da última epidemia no Zaire, em maio de 1995, o Ebola infectava uma média de 5 pessoas por dia. Um mês depois havia 245 pessoas atingidas e 202 mortes. Em junho, já eram 300 as mortes provocadas pela doença. Quando os primeiros médicos estrangeiros chegaram à localidade de Kikwit, centro da epidemia, constataram que apenas 20 dos 350 leitos do hospital estavam ocupados. A maior parte dos doentes havia fugido apavorada quando souberam que o hospital estava recebendo vítimas do Ebola…
Em dezembro de 1995, pesquisadores russos anunciaram um antídoto para o Ebola, a “imunoglobulina G”, (10) uma das substâncias de defesa do corpo. Segundo o informe, 100% dos pacientes tratados foram curados. Especialistas americanos, porém, não conseguiram reproduzir a imunização que os russos alegam ter obtido. Na época houve um surto da doença em Côte d'Ivoire.
O Ebola voltou a atacar na África em duas epidemias-relâmpago no Gabão, em fevereiro e outubro de 1996, deixando um saldo de 43 mortos. Em novembro de 1996, a desenvolvida África do Sul registrou dois casos da doença em seu território.
Os efeitos retroativos no Juízo são justos até as minúcias. Ninguém pode ser atingido por uma doença assim terrível se não tiver um carma para isso. Ninguém pode colher algo que não tenha semeado. Apesar de o vírus Ebola ser extremamente contagioso (o contágio pelo ar foi confirmado em testes de laboratório), um médico do Centro de Controle de Doenças de Atlanta tratou diretamente doentes de Ebola no Sudão sem nenhuma proteção e não foi infectado. Na época não se sabia ainda que o vírus podia propagar-se pelo ar, e o respectivo médico até se feriu acidentalmente com uma agulha ensanguentada.
Em 1989, vários macacos importados para estudos científicos começaram a morrer de forma misteriosa na localidade de Reston, a cerca de 22 quilômetros de Washington. Várias pessoas tiveram contato com os macacos até se descobrir que eles estavam infectados com o Ebola. Nenhuma delas, porém, adoeceu. A variedade do vírus Ebola que aportou em Reston, chamado posteriormente Ebola-Reston, não fazia adoecer seres humanos, apesar de não se ter conseguido detectar nenhuma diferença entre esse tipo de vírus e o Ebola-Zaire, mesmo com estudos feitos com auxílio de microscópio eletrônico.
Em 1994, uma médica foi contaminada com o Ebola e não adoeceu. Uma matéria da revista Veja relatou assim o fato:
“Uma pesquisadora suíça que mexeu com macacos na Costa do Marfim, no ano passado, voltou para casa com o vírus em seu organismo. Por um desses mistérios que a medicina ainda não decifrou, o Ebola recuou e ela sobreviveu.”
A solução do mistério é muito simples: a citada pesquisadora não tinha o carma para adoecer daquela forma tão pavorosa. E foi por essa razão que ela não ficou doente. Apenas isso.
Ninguém pode morrer vítima do Ebola ou de qualquer outro vírus letal se não tiver um carma específico para tanto. (11) As epidemias do Ebola até agora iniciaram e findaram de modo abrupto, sem nenhuma causa aparente. “Ele aparece do meio do nada e desaparece do mesmo jeito”, desabafou um virologista. Foram atingidas e morreram as pessoas que tinham de ser infectadas.
Mesmo assim há um receio mal disfarçado de que possa haver no futuro uma epidemia mundial do Ebola ou de algum outro vírus semelhante. Os cientistas e pesquisadores, como de costume, descartam essa possibilidade. Um biólogo americano tranquiliza: “O Ebola zairense precisaria de muito mais do que uma simples mutação para conseguir isso. Talvez sejam necessárias milhares delas, o que levará, no mínimo, centenas de anos.”
Nos próximos anos tornar-se-á cada vez mais nítida a incapacidade da ciência de fornecer diagnósticos precisos e indicar os procedimentos adequados frente aos múltiplos efeitos do Juízo Final na Terra…