O Filho do Homem, Imanuel, escreveu a Palavra da Verdade, a Palavra da Salvação para os seres humanos. Ele não está mais entre os seres humanos terrenos, porém sua Palavra permanece como corda de salvação para todos os que tiverem a graça de encontrá-la e de reconhecê-la.
Como já esclarecido, a Palavra da Verdade é realmente uma corda de salvação. Através dela poderão esforçar-se em ascender espiritualmente aqueles que estiverem dispostos para tanto, ou seja, os que realmente quiserem viver em conformidade com as Leis instituídas por Deus na Criação. Só esta contingência, do dever esforçar-se para se salvar, já separa de imediato o joio do trigo. Essa necessidade obedece a uma das Leis básicas da Criação: a Lei do Movimento. Só aquele que se movimenta espiritualmente pode ascender espiritualmente. Quem fica parado, cai. Cai por efeito da Lei da Gravidade Espiritual, e continua afundando mais e mais, até atingir profundezas insondáveis, onde se processa a aniquilação da consciência humana, a morte espiritual, da qual a Bíblia adverte com tanta ênfase.
A Palavra da Verdade é o legado do Filho do Homem para a humanidade. Com a sua passagem pela Terra, ele ficou frente a todos os erros com que a humanidade se sobrecarregou durante milênios. E através dessa vivência ele pôde indicar os caminhos de auxílio para cima em sua Palavra. A Palavra deixada pelo Filho do Homem esclarece toda a Criação. Dá resposta à cada pergunta do espírito humano, endireita tudo o que foi torcido da doutrina de Jesus e mostra de que forma eles podem sair do caos atual e viver em conformidade com a Vontade de Deus, único meio de poderem salvar-se no Juízo.
Cada ser humano na Terra, ainda vivo espiritualmente, que não procura abafar a voz exortadora da sua intuição, mas que se deixa guiar por ela e busca com sinceridade a Verdade da vida, terá de encontrar a Palavra da Verdade. Não há possibilidade de ocorrer uma falha qualquer nesse processo automático, pois a vontade sincera e humilde do espírito humano constituem a chave para tanto.
A Palavra trazida por Jesus não foi escrita por ele. Porém, ficou gravada nas almas daqueles que a aceitaram e procuraram viver em conformidade com os ensinamentos ministrados. Neles, a Palavra de Jesus ficou verdadeiramente gravada! Quem ouviu e assimilou realmente a Palavra de Jesus, reconhece hoje a Palavra de Imanuel, pois ambas têm a mesma origem. Agora, ao encontrar a Palavra da Verdade do Filho do Homem, Imanuel, ressurge neles os ensinamentos de Jesus, e eles reconhecem novamente nessa época, assim como fizeram no passado, a Palavra da Salvação. Experimentam uma consonância absoluta entre aquilo que estava gravado em suas almas com o que se deparam agora.
A Palavra da Verdade deixada pelo Filho do Homem foi moldada para a época atual, para os seres humanos da época atual. A forma é diferente, mas não o conteúdo. Ela se ajusta a tudo que Jesus disse, com exceção daquilo que foi acrescentado ou torcido por mãos humanas. Ela mostra como o ser humano tem de viver na Criação se quiser ser um hóspede benquisto, e assim adquirir o direito de continuar a viver dentro dela.
A última possibilidade de salvação está ao alcance dos seres humanos. Ao alcance de quem se movimentar para alcançá-la. Contudo, ninguém será persuadido a lutar pela própria salvação.
A Justiça do Criador atua de forma absolutamente automática durante a época do Juízo. Quem não sentir em si o impulso para agir, a necessidade de se movimentar espiritualmente, pode continuar tranquilamente com sua vida acomodada de até então. Dá provas com isso de não se interessar pelo último auxílio enviado por Deus. Pouco importa se age consciente ou inconscientemente, pois a única coisa que conta é a movimentação de seu espírito. Se ele não quiser acordar, poderá continuar dormindo… Não se fará nenhum ruído para despertá-lo. Continuará dormindo e sonhando, até um ponto em que será tarde demais para voltar atrás. Quando finalmente despertar e reconhecer o que negligenciou, terá de reconhecer que perdeu a última possibilidade de salvação. Então terá sido ele mesmo, o espírito humano, que não quis diferentemente.
Um espírito humano que se recusa a movimentar-se agora, no Juízo Final, mostra que já há várias vidas se mantém inerte num pesado torpor espiritual, afastado do seu Criador, tendo recusado também sistematicamente todos os auxílios que chegaram até ele. O seu sono espiritual de agora é apenas um reflexo direto e inconteste de suas vidas anteriores.
Por isso, o ser humano deve saber que agora, no Juízo Final, ele tem de prestar contas da sua existência, da existência inteira, que abrange várias passagens aqui na Terra e também no além. Tudo o que até agora ainda não foi remido pelo vivenciar, tudo o que ainda pendia nele como culpa será trazido à tona, muitas vezes para surpresa dele próprio e dos que o cercam, que não poderiam supor que tivesse dentro de si esta ou aquela característica má. Desconfiança, inveja, cobiça, avareza, sensualismo, brutalidade, desonestidade e tantos outras excrescências afloram de repente em alguém tido até então como exemplo de virtude. Os familiares e amigos observam perplexos a transformação repentina. A própria pessoa também não sabe por que agiu daquela forma, que ela mesmo frequentemente reconhece como sendo errada.
Assim como ocorre com as pessoas individualmente, acontece também nas famílias, empresas, agremiações religiosas e políticas, estados e países. Nada fica livre disso, pois esse é um efeito automático do Juízo. Tudo é levado ao ponto de ebulição, para que se mostre como realmente é. Então há duas posssibilidades: ou as pessoas se livram imediatamente desses erros, os quais desse modo elas têm de reconhecer que estavam aderidos a elas, ou sucumbirão no Juízo juntamente com esses mesmos erros. Após o Juízo, o mal estará definitivamente erradicado da Terra, e com isso também os seres humanos que a ele se agarraram ou que não foram capazes de se desprender dele a tempo.
É também indolência do espírito quando alguém se prende cegamente a uma doutrina religiosa, não querendo ver nem ouvir nada que esteja fora dos preceitos gerados por sua igreja ou seita. Também esse proceder equivale a um rejeitar do último auxílio proveniente da Luz. Tal pessoa prefere continuar dormindo na comodidade de sua crença, que só exige dele alguns minutos por semana de participação num culto e talvez também algumas contribuições monetárias, mas nenhum esforço espiritual no sentido de enobrecimento próprio como ser humano.
O Filho do Homem trouxe para a Terra a Palavra da Verdade, mas não fundou uma nova religião. Sua Palavra, porém, responde de forma categórica a todas as perguntas que a humanidade se tem feito há milênios, às quais nem o ocultismo fantasioso nem a ciência restrita são capazes de responder. Quem somos? De onde viemos? Qual o objetivo da vida? Qual a meta final do espírito humano? As respostas a essas questões são encontradas, sem nenhuma lacuna nem suposições, na Palavra deixada pelo Filho do Homem. Ele explica em sua Palavra as Leis instituídas na Criação por seu Pai, as quais perfluem também esta pequena Terra com seus habitantes.
Como ele veio das alturas máximas, trouxe também o saber completo da Criação inteira. O ser humano passa assim a conhecer de que ponto da Criação se originou, e também o ponto final de seu retorno, após peregrinar pelos vários planos da Criação. Não sobra nenhuma lacuna. Ele passa a saber também como tem de se portar para levar uma vida que pode ser considerada de agrado do seu Criador, a qual o conduzirá por fim, automaticamente, aos portais do Reino Espiritual.
O ser humano terreno se encontra a uma distância inconcebível do seu Criador. Contudo, pode reconhecê-Lo através da Sua Vontade, claramente perceptível nos efeitos de Suas Leis. Conhecer essas Leis é, portanto, fundamental para ele saber como deve viver na Criação. Quem viver em conformidade com as Leis da Criação sobreviverá ao Juízo Final. Quem se opuser a elas será desintegrado. Não existe meio-termo. Não existe postergação.
Durante milênios os seres humanos foram instados a se modificarem, para que pudessem subsistir no Juízo. Quem não puder ou não quiser se modificar agora, no último lapso de tempo previsto para isso, mostra que há muito já se decidira pela sua própria destruição.
Uma Lei da Criação é como um rio que corre para o mar. Este segue seu caminho imperturbavelmente, vivificando tudo por onde passa. Se um nadador nadar a favor da correnteza chegará ao mar rapidamente e sem cansar. Se, ao contrário, quiser nadar contra a correnteza, não atingirá seu objetivo, mas será arrastado também para o mar de qualquer forma, chegando lá completamente extenuado e talvez até morto.
É impossível ao ser humano se contrapor às Leis da Criação, porque é impossível à vontade humana prevalecer sobre a Vontade de Deus. O mínimo que lhe poderá acontecer nessa sua tentativa será sair dela muito machucado… A humanidade, porém, vem tentando nadar contra as correntezas das Leis da Vida já há muitos milênios, e por isso é arrastada à força agora em sentido contrário, impetuosamente. Nesse arrastar ela vai encontrando de volta, multiplamente aumentado, tudo quanto já havia espalhado atrás de si: destruição, tristeza, sofrimento e miséria. Tivesse ela seguido junto com as correntezas e o mundo seria hoje um paraíso terrestre, onde só habitariam alegria e felicidade, como, aliás, estava previsto inicialmente nos caminhos do desenvolvimento humano.
Com a sua Palavra da Verdade o Filho do Homem esclarece essas Leis, completamente esquecidas da humanidade de hoje. Ele ensina, assim, mais uma vez, como nadar a favor das correntezas, para se poder colher apenas benefícios durante a existência. Ao ser humano cabe, naturalmente, a tarefa de nadar na direção certa, isto é, esforçar-se espiritualmente, movimentar-se, pois se continuar parado terá de afundar e se afogar no mar cada vez mais agitado.
Em seu livro A Nova Humanidade, o escritor francês Jean Choiselfaz o seguinte comentário sobre a Palavra da Verdade e o Filho do Homem:
“É, entretanto, na inspiração que está o essencial desta obra. Por isso ela é não somente capaz de suprimir a inextinguível sede intelectual de saber e de compreender, mas também, principalmente, de satisfazer o desejo do espírito, sedento de pureza e de Verdade. Mas a inspiração só satisfará o espírito se este estiver ainda vivo e não mais reduzido ao último estado de escravidão, sob o guante ancestral de uma intelectualidade mais tirânica do que nunca. De qualquer forma, ele é o farol e o guia – tanto para os fortes como para os fracos – sustentando seu querer, ajudando-os em seus esforços. Ele é o único refúgio para estes tempos cruéis que a humanidade jamais viveu.”