O Filho do Homem, a Vontade de Deus, esteve na Terra. Nasceu em nosso planeta na época prevista para isso, para em tempo certo desencadear o Juízo Final, cujos efeitos mais incisivos se farão sentir com intensidade crescente no final do século.
“E as provas? Como provar que o Filho do Homem esteve na Terra?” Apesar de essas perguntas serem uma repetição daquelas formuladas pelos fariseus a respeito de Jesus, a prova da vinda do Filho do Homem e do desencadeamento do Juízo Final está diante de cada um. Os sucessivos efeitos do Juízo Final são a maior prova da passagem do Filho do Homem sobre a Terra, pois ninguém, a não ser ele, poderia desencadear o Juízo, já que ele foi a própria Vontade de Deus encarnada.
De nada adiantaria falar dos aspectos terrenos de sua passagem pela Terra. Só a afirmativa categórica de que ele esteve aqui, junto dos seres humanos da época atual, já provocará sorrisos de incredulidade. É absolutamente desnecessário, pois, despender qualquer esforço para convencer esses tais.
Jesus também não foi reconhecido pelos fariseus, mesmo com a Verdade que trazia e com os milagres que executava. O que poderia fazer pensar que com o Filho do Homem seria diferente? De lá para cá a humanidade não evoluiu, pelo contrário, só regrediu espiritualmente. Os fariseus de outrora estão todos aí novamente. Com a única diferença de que ao invés de se agarrarem a falsos conceitos de antigas escrituras, aferram-se às ilusões da ciência e da técnica, assim como à rigidez dogmática de suas crenças e às tolices espalhafatosas do ocultismo e do misticismo.
Os próprios efeitos abaladores do Juízo darão testemunho do Filho do Homem. Esses efeitos não dizem respeito apenas a catástrofes da natureza e tragédias humanas coletivas, mas, principalmente, ao próprio ser humano individual. Em nossa época, cada um de nós já está sendo atingido pelos raios julgadores do Juízo Final.
A forma como isso se manifesta depende, porém, do estado espiritual de cada um. Pode ser uma inquietação interior, uma sensação indefinida de vazio, uma angústia dolorosa e inexplicável, tristeza, depressão em vários graus, medo e pavor sem causa aparente… Mas também uma certa saudade inexplicável de uma época melhor, o desejo de melhorar como pessoa humana, o anseio ardente por uma condução espiritual verdadeira.
Todos esses efeitos, quando aproveitados no sentido certo, são auxílios preciosos para o ser humano. Impulsionam-no para a busca espiritual, a busca da Verdade! Os efeitos não podem ser mascarados com tranquilizantes e barbitúricos, tampouco com consultas a psicólogos e analistas. Nada disso traz alívio, pois esses sentimentos exortadores não tem uma causa física. Eles provêm da alma.
O reconhecimento do Filho do Homem, assim como o reconhecimento da sua Palavra, não podem ser forçados de fora para dentro. Só podem ser obtidos de dentro para fora, isto é, através do amadurecimento interior, que se traduz por uma busca incansável da Verdade.
As irradiações do Juízo Final forçam tudo ao movimento máximo. Tudo quanto jazia escondido no ser humano vem agora à tona, com um ímpeto jamais imaginado. Assim é que características más da personalidade, como inveja, cobiça, ódio, avareza, mentira e tantas outras, as quais o ser humano nunca imaginou possuir, ou que julgava já extintas se alguma vez as observou em si, ressurgem agora com toda a força onde não foram radicalmente extirpadas. Se o ser humano não puder limpar-se delas, sucumbirá com elas.
Da mesma forma, características boas também afloram nessa época, como a consideração para com o próximo, humildade, a legítima vontade de ajudar, de ser útil, de melhorar em tudo… Se o ser humano não obscurecer esses sentimentos através de ponderações intelectivas, eles o impulsionarão a procurar e encontrar a Verdade e, por fim, a reconhecer o Filho do Homem.
O Filho do Homem já esteve entre os seres humanos da Terra. Cumpriram-se assim muitas profecias e também a anunciação feita por Jesus, o Filho de Deus. Conforme fora prometido, ele desencadeou o Juízo Final e nos legou a Palavra da Verdade, a última possibilidade de salvação concedida aos seres humanos. Quem ansiar por ela de todo o coração, a encontrará, pois assim está na Vontade do Senhor.
Silenciosamente escoa a última possibilidade de graça concedida aos seres humanos, como silenciosamente se deu a própria vinda do Filho do Homem à Terra. Sem alarde. Sem nenhuma tentativa de aliciar as indolentes criaturas. A Palavra da Verdade que ele deixou aguarda a humanidade, mas não corre atrás dela. E o tempo disponível para que ela, finalmente, decida a se movimentar espiritualmente, dando início à tão necessária busca da Verdade, é cada vez mais exíguo. Já estão deslizando os últimos grãos de areia da ampulheta que mede o tempo concedido para o desenvolvimento humano…
Quando Jesus, o Amor de Deus, esteve na Terra, a Palavra da Verdade que ele trouxe foi oferecida à humanidade. Veio de encontro aos seres humanos como que com os braços abertos, ensinando, auxiliando, advertindo… Os seres humanos, porém, assassinaram esta Palavra, a Palavra de Deus encarnada, forçando assim para si mesmos, sua própria e inevitável destruição. Agora, no fim, eles é que têm de ir em encontro da Palavra, caso ainda quiserem se salvar. Com humildade e vontade séria têm de provar que, apesar de tudo, anseiam ainda realmente de todo o coração pela Palavra de Deus, a fim de viver de acordo com a Vontade Dele, reconhecendo ser essa a única possibilidade de se salvarem no Juízo.
O Filho do Homem passou quase que despercebidamente pela Terra. Poucos, pouquíssimos foram os que o reconheceram e aceitaram a sua Palavra. Isso foi mais uma prova de como está morta espiritualmente a humanidade de hoje, que, mais uma vez, e pela última vez, rejeitou a bóia lançada para sua salvação.
Depois que Jesus deixou a Terra, muitos passaram a dar mais importância a aspectos de sua vida terrena do que propriamente à sua Palavra. Preocuparam-se com a sua aparência, sua vestimenta, sua condição social, as pessoas de seu relacionamento, etc. Isso foi um grave erro, que com o passar dos séculos foi sendo cada vez mais incrementado, por meio de explicações intelectivas e inserções fantasiosas, principalmente através daqueles que se julgavam os mais capacitados para interpretar a sua doutrina.
Para se evitar a repetição dos mesmos erros, nunca se deu muita ênfase às circunstâncias da vida terrena do Filho do Homem. Ele próprio sempre exigiu que as pessoas se preocupassem com suas palavras, e não com a sua pessoa. Muitos têm uma idéia totalmente errada de como deveria ser a vida e a atuação do Filho do Homem. Imaginam-no, talvez, com vestes sacerdotais, flutuando no meio de seguidores vestidos de branco, peregrinando de país em país, pregando a Palavra nova. É preciso compreender que um Enviado da Luz, exteriormente, não pode diferir de um ser humano terreno. Pois, se encarnou aqui na Terra ficou sujeito automaticamente às Leis da Criação que atuam na matéria. Leis estabelecidas pelo Criador, e que, portanto, jamais seriam derrubadas por um Seu Enviado, mas, ao contrário, sempre cumpridas integralmente.
Jesus peregrinou pela Terra com as vestimentas usuais daquele tempo, fazendo uso também dos costumes em voga naquela época. Com o Filho do Homem não pode ser diferente. Ele se apresentou com a indumentária de nossa época, andou de automóvel como qualquer um de nós; fez, enfim, tudo o que é costume em nossa época e que evidentemente não estava em contradição com as Leis divinas.
Também não é de se imaginar que ele possa ter surgido assim do nada, pronto para executar sua missão. Essa concepção é fruto apenas da fantasia humana, que desconhece por completo as Leis da Criação. O invólucro terreno do Filho do Homem, isto é, o seu corpo terreno, foi gerado e nasceu como ocorre com todos os corpos dos seres humanos terrenos. Conforme foi com o próprio Jesus. Ambos foram crianças, jovens e adultos. E tal como Jesus, o Filho de Deus, na época prevista o Filho do Homem tomou ciência de sua origem e de sua missão.
Em Isaías 7.14 aparece a anunciação do nascimento do Filho do Homem:
“Portanto o Senhor mesmo vos dará sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamará Imanuel.”
Imanuel é o nome do Filho do Homem. Esta anunciação não se referia, portanto, ao nascimento de Jesus, como Mateus erroneamente indicou no seu evangelho (1.23).
Imanuel desencadeou o Juízo Final na Terra e escreveu a Palavra da Verdade, o seu legado à humanidade.