Em diversas ocasiões Jesus procurou transmitir seus ensinamentos aos seres humanos por meio de parábolas. Nessas singelas histórias, que abrangem cerca de um terço do material contido nos Evangelhos sinóticos, estavam embutidos o modo de atuação das leis da Criação e o caminho que o ser humano deve trilhar dentro dela. As parábolas transmitiam a Verdade de Deus numa forma que os ouvintes podiam assimilar com facilidade, caso abrissem seu coração para elas.
É justamente por isso que os fariseus não entendiam nada do que Jesus falava, pois procuravam dissecar suas palavras com o raciocínio, ao invés de hauri-las com a intuição. Seus outros ouvintes, ao contrário, compreendiam perfeitamente o que ele procurava transmitir: “Jesus lhes anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, de acordo com o que podiam compreender. Nada lhes falava sem usar parábolas” (Mc4:33).
Jesus elevou a prática de falar por parábolas, já utilizada na Antiguidade por Platão e Aristóteles, e presença constante na literatura rabínica antiga, a uma arte tão sublime, que suas narrativas são capazes de conduzir o espírito humano para o caminho da salvação, desde que este se dê ao trabalho de compreendê-las com acerto.
Essa característica do Salvador despontou quando ele ainda era bem jovem e vivia com sua família terrena. O livro Jesus, o Amor de Deus, da Editora Ordem do Graal na Terra, mostra que naquela época ele costumava contar estórias edificantes para seus irmãos. Estes ouviam enlevados as narrativas do irmão mais velho, e assim se lhes despertava o anseio de agir sempre de maneira correta em tudo. Maria, sua mãe, também ouvia com satisfação essas prédicas cativantes do filho, que contribuíam bastante para manter a harmonia no lar.
Vamos então procurar vislumbrar o que Jesus quis transmitir aos seres humanos com essas maravilhosas lições de vida que são as suas parábolas.
Esta seção do livro também está disponível em inglês neste link.