AS ELEIÇÕES E OS LÍDERES

A maioria das nações está nas mãos de pessoas sem boa vontade, arrogantes, que julgam e acham que tudo podem. Um festival de eleições marca o ano de 2024. No Brasil, os olhos se voltam para a importante cidade de São Paulo. Quem será o prefeito? No mundo, destaca-se o confronto entre Trump e Kamala. Quem vai ocupar a Casa Branca, peça fundamental nos destinos do planeta? Não podemos esquecer que apesar de toda grandeza, somos insignificantes perante a atuação justa e severa das leis universais da Criação. As cidades do Brasil e do mundo precisam de governantes idôneos, que zelem pelo bem geral.

A propaganda eleitoral vai avançar. Mas a situação das comunicações mostra que em qualquer dos canais disponíveis há uma gananciosa invasão publicitária lançada sobre as pessoas. A indolência não as deixa refletir e analisar. A força da manipulação vai aumentando. Os conteúdos oferecidos, em geral, são de baixo nível, de alarmismo e até de atos indecentes que estão sendo despejados nas salas das famílias. O homem está perdendo a sua essência espiritual e se torna capaz de cometer terríveis barbaridades.

Na estruturação da teoria econômica surgiu o “Homo Economicus”, consolidando a separação do homem da natureza. Tudo passou a ter preço. Cada indivíduo dá prioridade aos seus interesses rentáveis. Uma contaminação geral destroçando a ordem natural. Tudo passou a ser válido e aceito para ganhar alguns trocados ou milhões, em todas as áreas de atividade, forjando aspereza e mediocridade, inclusive na campanha eleitoral.

Os líderes ditam a forma da ação do Estado. Pelas leis primordiais da Criação deveriam conduzir a nação e o povo na direção do desenvolvimento e aprimoramento da espécie humana. Como resistir ao contágio do poder? Para assumir o poder é preciso ter pulso e sinceridade na execução da tarefa que lhe cabe. Sem isso, o povo será submetido às frias maquinações do Estado tirânico: a lei do chicote, miséria e pobreza. Os líderes e seus grupos estão sugando as riquezas das nações até o esgotamento.

A época é de aspereza. Há muitas ações nas quais falta um mínimo de vestígio humano. No passado recente, as pessoas se encontravam e se alegravam com um simples bom dia sincero. Atualmente isso mudou; as pessoas fogem apavoradas umas das outras, pois temem pelas reações imprevistas e grosseiras. Muito se fala, mas poucas pessoas estão procurando o caminho da paz. Estamos num momento de aparente calmaria, mas há muitos efeitos pesados em gestação para se tornarem visíveis. Tudo está caminhando de acordo com as leis primordiais da vida, é só observar atentamente.

A crise civilizatória “vem aí”. A mitologia grega narra a eclosão trágica sempre que a justiça superior era menosprezada com arrogância. Havia no íntimo dos seres humanos uma noção de que a justiça superior não poderia ser desafiada com arrogância e orgulho porque isso traria a colheita trágica. De forma displicente e sem modéstia, o homem moderno pôs isso de lado, mas é provável que esteja semeando a maior de todas as tragédias no planeta: a desestruturação da civilização das aparências.

Governadores, prefeitos, professores, todos exigem respeito às leis do ensino, mas o analfabetismo não regride, e ensinar os filhos dentro de casa é proibido porque isso não está autorizado por lei. Após oito anos cursando o ensino básico na escola, a maioria dos alunos não sabe calcular porcentagem, nem imaginam como seja o cálculo com frações. Há ainda a questão da violência nas escolas com alunos mal-intencionados e cruéis que chegam a agredir inclusive o professor. Faltam respeito e disciplina. Como será o futuro da nação?

Artisticamente surgiu a Criação, a evolução, a matéria perecível vivificada pelo espírito dotado do livre querer, que deveria evoluir sempre voltado para o bem. O espírito humano, uma ramificação periférica da irradiação do Criador, surgiu inconsciente, mas tinha o impulso para se fortalecer, e para isso necessitava do ambiente apropriado e um corpo material que, embora semelhante ao corpo animal, possuí a essência espiritual para ser o mediador entre a luminosidade do mundo espiritual e o pesadume da matéria. Em vez de construir uma civilização humana, acabou se perdendo pelo caminho.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

BRASIL, A GRANDE PROMESSA

Em 7 de setembro de 1822 nascia a nação brasileira. Havia a promessa de que os homens poderiam construir algo semelhante ao paraíso, mas as cobiças travaram tudo. Faltou coesão, e em vez de seguir a vontade própria, a nação seguiu interesses de outros, e sem um forte anseio, patina no atraso e na dependência.

A cultura da humanidade prometia a felicidade e a paz, mas com muitas falhas e bases frágeis que estão gerando uma ruptura, e nada do que era esperado se realizou. Quanto mais surgem avanços na tecnologia, mais o ser humano se afasta do seu “eu interior” que gera as individualidades, ficando todos muito parecidos, sem foco, levando uma vida vazia, sem propósitos enobrecedores.

Na vida moderna, a fragmentação e a polarização são gerais. A sensação de ser útil está sendo perdida, pois tudo vai acontecendo de forma acelerada, gerando aspereza, reduzindo a generosidade e empatia, e aumentando o individualismo, a inveja e a ânsia de se sobressair. Que futuro a humanidade poderá ter no atual ambiente decadente e sem motivação?

Foram décadas de descaso geral no ocidente em relação à produção, empregos, consumo, e bom preparo das novas gerações para a vida. A globalização permitiu a chegada de produtos com preços menores, e agora chegam os efeitos disso. Não vai ser fácil resolver, não há fórmulas mágicas. Só o trabalho constrói.

Como será o ajuste das relações econômicas entre EUA e China? A China tem capacidade econômica e financeira para produzir em larga escala com os custos mais baixos, mas sua produção é destinada a ser trocada por dólares. Deixando de produzir muitos itens, o ocidente vai fragilizando sua capacidade produtiva. Os déficits na balança comercial vão criando processo insustentável. Com a perda da capacidade de produzir, os países põem em risco o seu futuro. Há também a questão do gasto acima das receitas e dívidas elevadas.

O ser humano nasce na Terra para evoluir espiritualmente. Deve atentar para as questões materiais sem bloquear sua visão espiritual, pois se não fizer isso, fica retido no mundo material tendo de sempre retornar pela incapacidade de seguir para outras regiões mais elevadas. Esse fato tem a ver com o continuado acúmulo de pessoas no planeta, que ligadas aos pendores terrenos, não se esforçam para alcançar o autoaprimoramento, mas haverá um ponto de ruptura onde isso não será mais possível.

Muitas pessoas se tornaram indolentes, não examinam, não analisam, vão aceitando tudo sem conversar com o eu interior, a consciência. Há uma guerra na política. Uns relatam a corrupção no poder indignando a classe média. Em meio à pobreza material, mental e espiritual, outros usam a tática de jogar a pobreza, que vai aumentando, contra os que estão em melhores condições, culpando-os pela miséria alheia, enquanto prometem aos menos favorecidos melhoras irrealizáveis. Assim, para boa parcela dos eleitores, não há análise, se iludem, de forma apaixonada e cheia de ódio, votam nesses manipuladores como um tipo de vingança, mas a pobreza e a decadência prosseguem em seu avanço nivelando tudo por baixo.

Sempre aparecem candidatos fora do padrão do sistema no sentido de influenciar a massa indolente. O poder sobe à cabeça fortalecendo a arrogância e a vaidade. Mas o sistema é rígido, bloqueia alterações que possam afetar os interesses dos controladores intelectivos montados no poder. Falta a visão ampla que teme a justiça superior. Cobiças e inveja conduzem as ações que geram turbulência, e o caos mundial vai se ampliando.

Os líderes ditam a forma da ação do Estado. Pelas leis primordiais da Criação deveriam conduzir a nação e o povo na direção do desenvolvimento e aprimoramento da espécie humana. Para assumir o poder é preciso ter pulso e sinceridade na execução da tarefa que lhe cabe. Mas terá de resistir ao contágio do poder.

A Terra enfrenta a grande crise global. As novas gerações não estão recebendo bom preparo para a vida. As inúmeras oportunidades para sair dos caminhos errados não foram aproveitadas. Hoje está difícil, pois o acúmulo de erros deixou a Terra inóspita e os homens presos às cobiças, mas a educação tem de recomeçar pela natureza e suas leis, o caminho do saber para uma nova humanidade espiritualizada.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SEM ORDEM NÃO HÁ PROGRESSO

Anarquia e desordem se espalham pela Terra. Poucos indivíduos ainda sentem a necessidade de agir com retidão. Sem ordem não há progresso. A atuação das leis primordiais da Criação, em sua severa justiça, deve ser a base da civilização, mas os homens querem criar as próprias leis restritas, desenvolvidas intelectivamente, sobrepondo-as às leis da Criação por orgulho e vaidade, mesmo que isso produza o caos.

Que tipo de educação está sendo oferecida às novas gerações? Fora e dentro da escola estão aprendendo tudo que há de errado e baixo. Um problema grave para os jovens em geral é que tudo contribui para aumentar a cegueira em relação ao significado e finalidade da vida. Os seres humanos acabam não sendo o que deveriam ser, deixando de cumprir o que lhes compete.

Na esfera econômica, de repente, sem aviso prévio, a Bolsa de Tóquio fez o Japão balançar. Fala-se num conjunto de fatores adversos, mas o que significa isso? Muitas coisas que estão de pé hoje foram construídas sem seguir a ordem natural, mas com mentiras e manipulação massiva. Então, inevitavelmente, o caos e desordem aparecem, ou seja, a atuação das leis primordiais da Criação mostra a sua cara, sempre seguindo em frente, trazendo o retorno de acordo com as intenções, e não como o significado das palavras empregadas.

Assim, muitas coisas construídas pelos homens estão rodeadas de caos tormentoso, gerando impulsos destrutivos para a desintegração, já visível em muitas regiões do planeta. Com a busca sincera da evolução espiritual surgiriam impulsos benéficos, visando o bem, o belo, o nobre. A ordem, o progresso, a Paz!

Em meio a toda balbúrdia global parece que estamos num momento de aparente calmaria. Os canais astrológicos que conduzem os fios do destino dão uma trégua. O vozerio alarmista está meio calado. Muito se fala, mas poucas pessoas estão procurando o caminho. De forma oculta, a atuação das leis da Criação prossegue serenamente. Quando chegar a hora, os efeitos se tornarão visíveis.

O Brasil tem sido criticado pelas gestões públicas deficientes, mas o fato é que atualmente a maioria das nações está nas mãos de pessoas sem boa vontade, arrogantes, que julgam que tudo podem. O homem permite que sua cobiça produza caos. Não podemos esquecer que perante a atuação justa e severa das leis da Criação somos insignificantes.

O dólar se tornou a moeda padrão na economia, o que exige do FED rigoroso controle, mas o mercado abriu brechas que permitem ganhos especulativos que seriam inadmissíveis num sistema econômico sério, que tenha por objetivo o progresso e o bem-estar dos povos. Os negócios financeiros vão a trilhões de dólares. Até recentemente os norte-americanos não tinham do que se queixar, mas a crise de 2008, a de 2020, e o surgimento de uma pressão contra os privilégios do dólar, estão a exigir decisões difíceis.

Inventado o dinheiro, ele mostrou a característica de poder se multiplicar, mas hoje isso está acontecendo de forma acelerada no mercado financeiro e no despejo de dinheiro criado pelos Estados, que antes funcionavam como válvula de escape, mas atualmente, com o aumento da dívida pública, a válvula entupiu, e cerca de 20 PIBs globais estão na roda das finanças. O que essa movimentação financeira produz além do aumento do medo e da cobiça, e que contribuição oferece para a melhora das condições gerais de vida e aprimoramento da espécie humana? A economia cresceu baseada no consumo desenfreado, mas faltou naturalidade. Recessão chegando, mas o que está encolhendo: a produção ou o consumo está mais austero? Como ajustar esse desequilíbrio?

Quem vai ficar com a grande cidade de São Paulo, mais pujante do que muitas nações, mas que abriga muita miséria em seu redor? Há muitos interesses em jogo. Que não aconteça o mesmo que dizem ter ocorrido na Venezuela. As caóticas cidades do Brasil precisam de um governo sensível, sério, que não se venda, que zele pelo bom aproveitamento de cada real arrecadado. A população vem sendo iludida há décadas sem ver progresso e melhoras nas condições gerais de vida.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

FALTA BOM SENSO

No passado, sempre havia, na gestão dos municípios, pessoas com bom senso e visão, tanto que a legislação sobre o manejo do lixo conta mais de 70 anos. Gestões displicentes, crises, declínio na educação e na capacidade dos gestores, tudo isso resultou no abandono do problema para o futuro. A própria população não tem exata consciência das consequências dos lixões. Mais de 1.500 municípios não deram solução para o problema. Estamos em ano eleitoral; será que os candidatos apresentarão propostas para o saneamento e o manejo correto do lixo? Muitos querem o poder para benefício próprio.

Na Venezuela a verdade foi desnudada. Manda quem tem o poder na mão. É um quadro realista sobre a miséria humana acobertada por lantejoulas. Os benefícios de quem está na gestão são enormes, sem falar na polpuda arrecadação, mas se faltar dinheiro toma-se do mercado com juros. As “panelas dos políticos” não querem se afastar do fogareiro do conforto. O orçamento que fique confuso, a pobreza que se conforme com as esmolas do Estado. No Brasil, o Plano Real e a taxa de juros eram o remédio, mas sem a vitamina do crescimento econômico diversificado, a doença ficou crônica, e o remédio, permanente. Sem vontade para o bem, sem orçamento decente, não se pode falar em novo Plano Real, não tem chance, a nação está escorregando para baixo.

A humanidade devia ter buscado o saber do funcionamento das leis naturais da Criação e que a tudo abrangem. No entanto, julgando-se superiora, foi construindo tudo da maneira que achava correta e que melhor atendesse aos seus interesses. O resultado tem sido destruição, guerras e miséria. A Terra se acha com sobrecarga sobre os recursos naturais pela falta de adaptação e respeito às leis da Criação. Assim são os homens: derramam o leite, fazem um estrago, geram sofrimentos, depois falam em arrumar as coisas, mas o leite já foi derramado. A população continua vivendo mal e, estagnada, não busca reconhecer a finalidade da vida, o que é fundamental para a espécie humana.

As engrenagens da economia estão emperrando e massificando a população. Déficits públicos aumentando a dívida. Trata-se de um cenário crítico, pois as nações não conseguem ampliar a produção e as oportunidades de trabalho diminuem. Ricos ampliam sua riqueza. China amplia sua produção e superavit. Os salários estão num alinhamento declinante, deixando os mais pobres sem perspectivas. Há sérias ameaças para a liberdade e individualidade. Qual é a finalidade da economia e da vida? Isso significa que tendo se voltado para o materialismo e para o ganho, sem respeitar as leis da Criação, a civilização se tornou áspera e está difícil achar a solução.

Situações críticas criadas pelo homem estão ocorrendo na América do Sul, do Norte, Europa e Oriente Médio. Uma sensação de caos vai tomando conta da humanidade meio entorpecida, que na corrida pela sobrevivência, não está enxergando a realidade. O mercado financeiro sofreu um tremor a partir do Japão com baixa no valor dos ativos, enquanto o Oriente Médio se apresenta como foco de conflitos pesados. O que uma coisa tem a ver com a outra?

O ser humano se restringiu àquilo que seu cérebro limitado ao tempo espaço consegue captar. Sua sabedoria é vã. A saúde é frágil. A alegria espontânea não acontece mais. Os jovens estão sendo incentivados a fazer qualquer coisa porque tudo é permitido. As experiências dos mais velhos não é transmitida aos mais jovens. A intuição, a voz do espírito, foi amordaçada. Abre-se um vazio, e a humanidade vai perdendo o rumo e, sem o amparo do bom senso norteador, poderá afundar. A Terra se encontra no auge da atuação do ser humano afastado da natureza e do espírito, e nada de bom está sendo semeado.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS MOEDAS ADOECERAM

Aquilo que não era bom vai ficando pior com novos garfos sobre o bolo das riquezas do planeta. A humanidade, movida por cobiças, não foi capaz de construir na Terra algo parecido com o paraíso de paz e beleza. Enquanto isso, as ameaças de destruição massiva estão progredindo. Eis aí um alvo para a humanidade atrair a paz, mas o despotismo vai permitir? A crise chegou no ocidente e surge nova potência buscando os recursos naturais. A miséria no entorno é o chamariz que mexe com a pessoas, abrindo espaço para a propagação de ideologias extremistas.

Nero, imperador de Roma, era um déspota que não escondia isso. Pensava-se que o despotismo havia sido eliminado, mas foi disfarçado e tem estado presente em muitas decisões e eleições. O petróleo da Venezuela tem forte atrativo. Há fortes interesses. Mas o processo eleitoral, formalizando o labirinto do poder por 20 anos, colocou flagrantes dúvidas, criando um impasse geopolítico. Quem vai levar a melhor? Assim como em muitas regiões favorecidas por valiosos recursos naturais, poucos benefícios chegam à população local.

Não há mais dissimulação, pois o despotismo avança. O grande poder dos EUA se vê ameaçado pelos novos padrões econômicos e pela queda no preparo das novas gerações. A América do Sul era vista como imagem do paraíso. Os nativos viviam de forma simples, desfrutando da natureza e seus frutos, enxergando nela um reflexo da perfeição da vontade divina. Os europeus chegaram famintos por ouro e prata, e aos poucos a imagem paradisíaca foi se apagando. Com a cooperação de governantes, a América Latina se tornou fonte de matérias-primas e riquezas para as nações mais avançadas. Estão aí há tantos anos e ainda não querem reconhecer como o câmbio funciona. Não se incomodam com a penúria da população que depende do salário, o qual perde valor para permitir a conservação do emprego.

Nestes dias conturbados de 2024, em que a Terra entra em déficit por já ter consumido o crédito anual de recursos, quem se anima para ver os debates de candidatos que se assemelham às arenas de Roma, com pesados ataques verbais, como golpes com armas medievais usadas pelos gladiadores, em vez de proporem alvos elevados para a espécie humana? A vida é uma passagem. As riquezas materiais não passam para o lado de lá.

O homem espiritual tinha ligação com a natureza e intuição captada pelo cerebelo. Foi um longo período para se processar a mudança. Os filósofos e eruditos queriam que o homem fosse o ser racional por excelência, mas isso o restringiu àquilo que seu cérebro limitado ao tempo espaço consegue captar.

Com o monetarismo livre das amarras do lastro, a taxa de juros se tornou o mecanismo adotado para suprir as lacunas. O que aconteceria hoje com o dólar se a taxa básica de juros (FED) fosse reduzida em 40%? Globalmente, as moedas têm sido jogadas às traças, acelerando o processo de desmanche revelado no aumento dos preços. Depois de 1971, o lastro do dinheiro é a taxa de juros que, elevada, forma a bola de neve das dívidas. Com abusos, deixaram o dinheiro adoecer e perder valor

O lastro para dinheiro sadio deveria ser a seriedade dos governantes, o equilíbrio nas contas, gestão séria voltada para o aprimoramento da espécie humana. Só assim o dinheiro permitiria uma sólida e benéfica edificação das nações, mas as cobiças por riqueza e poder são dominantes e a humanidade não evolui. Com indolência, os seres humanos não querem reconhecer os seus erros e facilmente são enlaçados pelo que é baixo. Dessa forma, estão perdendo o rumo quando deveriam estar evoluindo continuamente.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

UMA BATALHA POLÍTICA COMO A DE CAIM CONTRA ABEL

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade. As pessoas se distraem com futebol, carnaval, se divertem em locais onde homens e mulheres vaidosamente desfilam seus atrativos, mas as condições gerais de vida se agravam e a grande colheita da humanidade avança.

Com dívida elevada e juros altos, os Estados Unidos têm enfrentado muitas dificuldades internas. Esperava-se que os debates naquele país aconteceriam só após agosto. Por que o debate entre os dois postulantes à presidência foi antecipado? Porque um dos oradores teve participação opaca, entregando o jogo no primeiro tempo. No teatro da política existem armadilhas e existem jogadas pensadas, mas neste caso, qual é a resposta? O próximo presidente vai encontrar um cenário problemático e caótico, então o que poderá fazer pelo bem geral?

O Brasil também está em apuros, pois chegou a uma situação desleixada com dívidas, juros altos e baixa produção, e agora forte subida do dólar. O pessoal entra para o governo e acha que são donos de tudo fazendo e desfazendo o que lhes interessa. Grandes especialistas passam pelo governo, mas em geral a situação só piora, o déficit aumenta, as condições gerais de vida retrocedem.

O dinheiro sempre perde valor, nunca ganha, mesmo com todo malabarismo dos Bancos Centrais. A moeda fica mais forte quando a taxa de juros é elevada. O dólar valorizado no plano real segurou os preços que aumentavam cerca de 30% ao mês, mas o país pagou um montão de juros para obter dólares que foram consumidos em produtos importados. As fábricas foram fechando, quase nada sobrou. Exportamos empregos. Perderam-se as habilidades técnicas e o aprendizado que surge com a produção. Algo deveria ter sido feito, mas a reeleição interferiu. Sobraram poucos empregos de melhores salários e a classe média emagreceu.

O difícil cenário econômico-político atual estava meio distante, mas não era impossível que acontecesse, pois foi feito o inverso, criando as condições para que o trem saísse da linha. Gastos, dívida, juros, dólar, estatais, tudo foi desalinhando numa economia que, com exceção do agro, só enfraqueceu nas últimas décadas. O agravamento da situação se aproxima de forma veloz sem que a população perceba claramente o que está por vir. O ativo principal são os recursos naturais que poderão ser lançados nos braços de vorazes negociadores, sem beneficiar a nação.

Há uma queda de braço. Difícil determinar os contornos. Cortar gastos supérfluos está certo, mas aumentar impostos? O visível desequilíbrio fiscal consome todo o dinheiro disponível e mexe com a estabilidade do dólar. Até onde isso vai? Os jogadores globais estão se antecipando, levando suas fichas, o que vai restar para a população responsável pela escolha dos governantes? O que vai restar do Brasil, butim de recursos preciosos?

Para muitos seres humanos faltam propósitos de vida, sejam governantes, empresários ou indivíduos. Romperam a ligação com o espírito e suas ações seguem a onda que impulsiona o embrutecimento e a decadência. Abandonaram a sabedoria natural espiritual intuitiva e, sempre que podem, fogem de suas responsabilidades diante de fatos astutamente consumados.

As figuras simbólicas da bíblia, de Caim e Abel, foi tema da apresentação de Jordan Peterson, relevante pensador da atualidade. Ele disse, em recente apresentação em São Paulo, que considera que em meio à crescente turbulência na qual vivemos, vemos a manifestação política da batalha interna entre Caim e Abel. E uma vez que isso é entendido, a resposta é rejeitar o padrão de Caim e imitar o padrão de Abel. No Livro do Juízo Final, Roselis von Sass explica como Caim, o astuto intelectivo, destruiu Abel, que tinha o espírito generoso ligado à Luz. Sem o espírito, o ser humano é só matéria perecível que não constrói nada de bom.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O ARCO-ÍRIS DA ECONOMIA

A religião não apreciava os ensinamentos de Jesus: orientar o comportamento das massas, controlar a política, poder e mando. Usar a religião para dominar e manipular a massa é algo maquiavélico. A indolência do indivíduo não lhe permite mais refletir intuitivamente para buscar a verdade. A indolência é fatal. Há uma multidão de seres humanos que vivem de forma displicente, não vigiam e não oram, mantendo adormecida a vontade de ir ao encontro da Luz da Verdade.

Após longos preparativos, deu-se a separação entre política e religião e seus dogmas, o Estado laico, mas não trouxe para a massa o progresso esperado. Os políticos decaíram ainda mais, revelando até onde podem se rebaixar. Péssimos gestores, muito difícil obter melhorias gerais sem que o ser humano busque se tornar realmente humano. O povo caminha apressadamente, para onde vai a humanidade?

A economia é composta de inúmeros itens e processos de produção escassos e essenciais, empregos e consumo, que revelam as dificuldades tanto para nações com planejamento e decisões centralizadas no Estado, como para as de iniciativa privada no comando. A bem dizer há uma balbúrdia que não promove a melhora das condições gerais de vida. Assim a miséria vai aumentando, mas há grupos que sempre se beneficiam da situação. Com o aparecimento de tantos problemas, os bonecos humanos continuam recebendo corda para se moverem, mas a inquietação vai crescendo o que cria dúvidas. Até quando o sistema vai resistir?

Quem controla o dinheiro comanda. A unidade do dinheiro é o dólar, não se sabe até quando; por aí se percebe a dependência das moedas locais como o real. Os políticos da esquerda e direita se confrontam há muito tempo sobre taxa de juros, câmbio, privatização, mas as condições gerais de vida sempre apertam.

As nações da América Latina sempre tiveram problemas para o convívio da moeda própria para operações internas e o preço do dólar. Atualmente, está mais difícil, pois o rearranjo global da produção fabril fez aumentar a dependência das atividades extrativas e agro, e a falta de dólares implica em novas dívidas. O malabarismo monetário tem sido a norma nessas nações sem disciplina no controle dos gastos, mas isso não passa de uma panaceia de efeito limitado. São repúblicas com dificuldades para dar certo porque a atividade econômica vacila e a governança é insatisfatória. É necessário buscar soluções que ativem a economia, gerando produção e empregos.

No arranjo monetário internacional, as questões cambiais e a falta de dólares foram o pivô de muitas crises políticas, pois o dólar comanda tudo. Essa moeda subiu mais de 12% ante o real. Tudo está caro. Não se compra nada por menos de 10 reais. O orçamento familiar está no limite. Qual a causa? O aperto monetário ou produção baixa? Como produzir e competir com a superprodução mundial com preços baixos?

Há tantos índices de preços, mas o dólar é o fundamental. Se sobe, tudo acompanha. A taxa de juros tem sido o meio para atrair dólares para equilibrar as contas. O cenário está complicado. Como deter esse ciclo nefasto para a economia e obter melhora das condições de vida?

Na vida, o colorido do arco-íris vai perdendo espaço. É um sintoma mundial: o colorido da diversidade individual substituído pelo branco e preto da massificação geral. Tudo caminhando para a vala comum da ignorância. Os bonecos sem vontade própria precisam de corda para continuar pulando. Na economia, há sombras travando a produção e a renda.

O tempo que deveria ter sido aproveitado para o aprimoramento e evolução da espécie humana foi desperdiçado com futilidades. O planeta deveria estar banhado de luz e beleza, mas vai ficando cada vez mais feio por onde passa o homem. O mal querer vai mostrando as tristes consequências. Tudo vai decaindo. As nações estão se armando. O cenário é de guerras. A humanidade não percebe o estrago que causou, não há mais tempo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ESQUERDA OU DIREITA?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos. A mais sensível dessas marcas foi a sensação de insegurança, as incertezas sobre o amanhã. A questão da boa formação dos adolescentes está a exigir providências que combatam o desalento e o isolamento que os mantêm num viver confuso, sem rumo. Mais do que no passado, as pessoas estão vendo a vida e o mundo (a Criação) sem analisar seus significados. Falta a visão cósmica, falta a reflexão intuitiva com o eu interior. O que é o mundo, a Criação? O que é a vida? Para o sistema, a meta tem sido ampliar o consumismo, aumentando o vazio interior.

A humanidade tem seguido por caminhos por ela construídos, mas com a inclusão de erros, não conduzem para o Alto. Aqueles mais atentos percebem as falhas e procuram respostas. Nesse meio surgiu com força uma cultura antagônica que agride o que restou da sabedoria antiga, abrindo caminhos que embrutecem o ser humano, solapando as bases frágeis, deixando um vazio na mente, tornando-a susceptível para ser moldada e manipulada, inclusive para votar, o que vem ocorrendo em larga escala através dos diversos meios de comunicação. Confusos, têm de fazer o máximo esforço para sair das sombras e encontrar o caminho que eleva.

Muitas pessoas já não sabem o que é a vida e a Criação, pois a sua visão de mundo foi deturpada. Sem resistência, acatam tudo que é mostrado através da comunicação de massa, que, com muita habilidade, vai direto ao centro nervoso, conduzindo a percepção exatamente como foi planejada a manipulação mental. Há um processo de transformação em andamento que não sabemos até onde vai; por outro lado, as catástrofes da natureza também chamam a atenção, pois estão se apresentando de forma mais áspera.

As novas gerações com fácil acesso à Internet agem de outra forma, dificultando o relacionamento com os mais velhos. O pensamento produz energia, boa ou má, e irradia o real. Quando uma pessoa fala com a intenção de bajular, a intuição da outra pessoa sente um desconforto; é a falta de sinceridade. Pensamentos atraem a igual espécie, portanto pensamentos confusos não atraem clareza.

A situação das escolas no Brasil é crítica. Tudo favorece o atraso das novas gerações. Quando não são os alunos, são os professores que fazem greves. Como falava um empresário brasileiro: se o governo não atrapalhar, o Brasil cresce e todos poderão ir à pizzaria aos domingos. Esse empresário ia bem, mas nos anos 1990 teve de fechar a fábrica.

A chamada luta de classes está superada. O que está pegando é a acentuada desigualdade na renda. Os preços sobem, o salário não acompanha. Se uma pessoa quiser pagar tudo com dinheiro, tem de levar um montão porque os preços estão altos. Vai daí que o pix e o cartão de crédito são largamente utilizados.

A humanidade está doente e não está procurando o remédio para a crescente aflição. Com seu apego aos prazeres materiais foi deixando as reflexões para depois e as consequências foram chegando de leve. Muitos passaram a abandonar os livros; outros gastam um tempo enorme vendo nas telinhas bobagens que nada acrescentam, e sua capacidade e analisar vai encolhendo.

Está na moda a palavra “polarização”. Esquerda, dita progressista, e Direita, dita conservadora. Que progresso é esse que o homem vem propalando há séculos, mas o que se observa é a contínua decadência? Na verdade, muito do que existe hoje resulta da indolência espiritual e da cobiça por riqueza e poder. Como sempre deveria ter sido, a humanidade deveria estar na categoria do “evolutivismo”, ou seja, na busca contínua do aprimoramento, seguindo a trajetória do progresso real em meio à paz criada pelos homens de boa vontade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A PODEROSA NATUREZA

O dinheiro é um vírus que corrompe tudo e quando a pessoa se “infecta”, dificilmente se livra.

O planeta Terra é a grande hospedaria destinada à evolução espiritual. Os homens querem riqueza e poder. O Estado-nação foi travado pelas ambições pessoais e ameaça ruir. A China, com sua reserva em dólares conquistada com as exportações, tem caixa único e controle. Agora procura ativos rentáveis que possam conservar e ampliar a reserva, enquanto os EUA, envolvidos em guerras, acumulou dívidas e precisa emitir moeda, comprometendo o dólar. Se a finalidade do planeta tivesse sido seguida, a situação mundial seria amena e pacífica.

Acabou a preocupação, cada um está fazendo o que quer como pode. A licenciosidade sexual posta em prática desde a infância está afetando a maioria dos jovens que se sentem perdidos, sem rumo, pois não receberam a correta educação e não conseguem estabelecer propósitos de vida enobrecedores para seguir em frente como seres humanos de qualidade, fortes, corajosos, autoconfiantes. Está faltando naturalidade em tudo. Vamos torcer pelo aprimoramento da espécie humana.

Todo mundo precisa abrir o olho para o mundo. As massas se acomodaram. O excesso de circo e pão imbeciliza. Os problemas se acumularam. A casta governante foi deixando para depois, e foi perdendo a credibilidade. O futuro está chegando, trazendo o acúmulo dos erros da humanidade que se aferrou ao mundo material, deixando de lado o espiritual. Os acontecimentos dramáticos dão ensejo para refletir sobre a vida e seu significado. O que somos nós?

Os homens querem poder; a sua lógica é a do imediatismo para continuarem se beneficiando. Cada povo e cada nação deveriam estar construindo e melhorando as condições de vida, promovendo evolução e convivência pacífica. O comércio deveria ser complementar entre as nações, mas o egoísmo criou a geoeconomia, o monopólio dos recursos naturais, o mercantilismo, o que requer armas para os países se imporem. O Ocidente fechou fábricas, perdeu o chão do aprendizado. No Brasil, a carga tributária está no limite, a economia não suporta aumentos. Os gastos não se reduzem. Seria importante fazer a economia e a produção crescerem, mas não está fácil.

No século 21, vão aparecendo as consequências do atuar da humanidade, nada mais é sagrado. Estamos perdendo a noção do significado da vida e não nos incomodamos se com nossas ações a destruirmos. A justiça da lei maior que deu origem à Criação alcançará a toda a humanidade.

Há uma sensação de desmanche, um desmoronar de amplitude, pois os povos perderam o rumo, se afastaram do real sentido da vida erigindo a civilização em bases artificiais. A produção de bens deveria estar direcionada para atender às necessidades dos seres humanos, mas o dinheiro e o poder são a prioridade. A produção se mantém estagnada, falta comida, mas o montante financeiro vai crescendo como bolha. São muitas variáveis interferindo. Atualmente a taxa de juros para o dólar é a preponderante

Mentiras são fabricadas para serem lançadas sobre o público. O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou o mundo das mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial. Os indivíduos agem como se estivessem interpretando um papel, mas a espécie humana caminha para baixo. As novas gerações deveriam avançar mais do que as anteriores, mas por que estão retrocedendo? Com a velocidade da luz chegam à Terra as aumentadas descargas de energia lançadas pelo sol. Grandiosa e poderosa é a natureza. É nela que foi depositado tudo que a humanidade necessita para sua sobrevivência. Os homens não a compreendem, não a preservam. As consequências estão surgindo. Perdido o sentido da vida, tudo se perde.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

OS JOVENS E O TRABALHO

A responsabilidade de gerar filhos é algo muito sério porque pai e mãe possibilitam a encarnação de uma alma para evoluir no mundo material, o aquém. Mas, o que está acontecendo com as novas gerações? Elas estão emburrecendo, pois abandonaram a leitura de bons livros, perderam a perseverança e a força de vontade. E pelo que se tem visto, muitos jovens, aptos a trabalhar, não manifestam muito interesse pela ideia. Por que será?

De zero a seis anos é a fase superimportante da educação, pois nesse momento se formam estruturas cerebrais e emocionais. Mas há muitas falhas porque poucas creches e pré-escolas estão capacitadas para formar a necessária base para as crianças se desenvolverem.

Os municípios estão quebrados, os servidores descontentes, os pais despreparados. No entanto, a falta de bom preparo das crianças com brincadeiras, contato com a natureza, livros de boas histórias infantis, criam entraves para que elas aprendam e vivam com alegria natural. O resultado são jovens inseguros, com dificuldades para aprender, que não conseguem ler, escrever nem fazer contas elementares.

Os moradores das grandes cidades, que possuem avenidas cheias de prédios, se afastaram da natureza e fizeram o mesmo com as crianças, esquecendo que estar na natureza desperta a alma. A massificação se espalhou pelo mundo atingindo primeiro, de forma certeira, os indolentes que têm preguiça para raciocinar; isso foi avançando pelas novas e velhas gerações, acabando com o que restava da reflexão intuitiva, aquela na qual a pessoa conversa com o eu interior para analisar as informações recebidas.

As pessoas precisam abrir os olhos. Porém, as massas se acomodaram. O excesso de circo imbeciliza. Os problemas se acumularam, sem soluções. A casta governante foi deixando para depois e perdendo a credibilidade. Um futuro ameaçador está chegando, trazendo o acúmulo dos erros da humanidade materialista que esqueceu do espírito. Os acontecimentos dramáticos deveriam dar ensejo para reflexões sobre a vida e seu significado, mas logo são esquecidos.

O excesso de chuvas provocou forte abalo na população do Rio Grande do Sul, o qual se estendeu pelo Brasil. Há uma pressão que deixa as pessoas inquietas e irritadas. É preciso cultivar serenidade para que possamos refletir sobre os acontecimentos graves que se abatem sobre a Terra e agir com confiança na Luz para que possamos superar essa fase difícil do mundo.

Os jovens devem ser aplicados nos estudos, não se limitando ao que o professor diz; ir além das apostilas, abrir os olhos, buscar leituras complementares, ver na prática como as coisas funcionam. Transformar tudo em aprendizado.

O trabalho faz parte da vida, assim como outras atividades, mas não o trabalho obsessivo de muitos indivíduos chamados de workaholics, isto é, viciados. Os jovens estão olhando para o trabalho de uma outra forma, despertando para algo mais. Inconscientemente podem estar se rebelando contra as rotinas que podem levar ao servilismo, que levam a apenas apertar os botões que põem os computadores em movimento, que por sua vez sugam a energia. Pensam numa forma de viver mais equilibrada com pausas para relaxar a mente.

O essencial é que os jovens percebam que são seres humanos de corpo e alma e não robôs, e que o corpo e a alma precisam ser alimentados e conservados para que possam viver bem. Alguns estudiosos tentam ampliar as noções sobre trabalho exercido não apenas com o cérebro racional, de forma que seja construtivo e beneficiador como deve ser a atuação do ser humano.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br