MANIPULAÇÃO DESTRUTIVA

A destruição está presente em tudo, pois a humanidade suga o máximo sem preservar, sem pensar no amanhã. Todos estão recebendo uma dose de manipulação destrutiva, mas os jovens são mais atingidos num estilo avassalador. Há uma história sedutora sendo contada e as pessoas querem saber o que vai acontecer, mas no meio há um recheio meio estragado, manipulador, afastado do bem, desencaminhador: drogas, mentiras, traição, sexualidade degenerada nos filmes e nas TVs, nos jornais e revistas, na internet. Ódio. Medo. Descontentamento. Onde estão os seres humanos “gente boa”?

Está em curso um trabalho secular de destruição e rebaixamento da espécie humana, atacando as novas gerações já na pré-adolescência, e tudo aceito de forma complacente pela população e seus líderes. Os cidadãos de bem acreditavam que as nações seriam geridas com seriedade visando o bem geral. Votando, não esperavam que grupos de interesses particulares tomariam conta do Estado, e deu nisso: dominação e utilização do dinheiro arrecadado do povo para fins diversos, beneficiando uma minoria, promovendo o declínio do Estado-nação e da espécie humana. Há séculos a manipulação destrutiva prossegue manietando as massas indolentes. O ser humano está perdendo a sua essência, os que deixarem anular o seu querer pessoal, serão tratados como máquinas preguiçosas.

No pós-guerra, surgiram no Brasil vários líderes empresariais que deram impulso à indústria em geral. Esses homens construíram um significativo patrimônio, deixando, ao mesmo tempo, marcas positivas em benefício da população como escolas e hospitais. Despontava uma classe média, muitas famílias podiam educar os filhos, saborear pizza no fim de semana. Hoje está tudo difícil. Ainda há aqueles que conseguem consumir pizza transgênica congelada, barata, mas nem todos. Está havendo precarização dos produtos, a qualidade decai.

Há uma agravante no caso do Brasil: os governantes e as elites não se esforçaram para mudar a situação após a independência. Os colonizadores europeus desempenharam um papel nocivo nas terras além-mar da América Latina, África e Ásia. Queriam riquezas, matérias-primas e mercado para seu comércio. A China veio depois numa versão aparentemente diferente, mas na essência quer a mesma coisa. Em consequência, essas regiões permaneceram atrasadas, e sua população decaiu em vez de evoluir. Agora alguns economistas falam disso, mas o atraso continua. Sobre atividades extrativas, os laureados com o Nobel Economia 2024 dizem que elas não favorecem o desenvolvimento da nação e de sua população, beneficiando pequenos grupos de forma restrita.

Foram criadas teorias, mas a economia segue as leis naturais universais. A economia global está engasgada e desequilibrada porque os homens querem ampliar sua riqueza e dominar o planeta, sendo que a sua passagem pela Terra é um tempo concedido para evoluir espiritualmente. Em não reconhecendo isso, vão semeando desajustes, miséria e conflitos. Enquanto o aprimoramento da espécie humana não for colocado como prioridade, os problemas econômicos e desequilíbrios globais não serão solucionados e fatalmente conduzirão a confrontos trágicos. Há muitos bens supérfluos, mas falta renda adequada para consumir o que é essencial.

Os homens querem poder, riqueza, fama. A população e a nação caem no abandono. As novas gerações estão fragilizadas. A humanidade se afastou do coração, do espírito e semeou o caos e insiste em não reconhecer e estudar as leis universais da Criação. A lei da atração da igual espécie não deixa por menos, quem semeia ódio e medo, colherá ódio e medo. Quem pensa no bem com nobreza e semeia o bem, atrairá o bem. Simples assim, com o ódio e a cobiça, a humanidade caminha para a ruína.

A população está descontente porque se deixou iludir com promessas de melhor futuro, mas do jeito como as coisas andaram isso vai se tornado cada vez mais difícil. Todavia, em meio a esse caos, é necessário que haja liberdade para que cada ser humano exerça seu livre querer e assuma as consequências.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

COMO SEGURAR A INFLAÇÃO?

Faz tempo que surgem promessas para resgatar a população mais pobre, no entanto, a falta o bom preparo para a vida continua. Não houve melhorias significativas para as classes menos favorecidas que permanecem na mesma situação ou até pior. Inclusive a classe média perdeu muito com o achatamento do salário que foi sendo nivelado por baixo. A riqueza e o poder seguem se concentrando nas mãos de poucos. Enfim, dizem que a Terra tem gente demais e não há como obter melhora. E tudo no planeta vai perdendo a vitalidade.

O consumo foi incentivado no pós-guerra quando a população não estava habituada a consumir além das necessidades básicas. Assim, passado um tempo, as pessoas passaram a ansiar pelo consumo de tudo. Abusos dos governos e de especuladores criaram as crises. A população cresceu de forma acelerada. Entrou a produção do Capitalismo de Estado e tudo foi ficando tumultuado: empregos, salários, produção. De um lado há superconsumo, de outro subconsumo, perda de qualidade de vida, planeta abusado, alterações climáticas, e por fim guerras que requerem muito dinheiro. Estamos num ciclo de criação de muito dinheiro e dívidas soberanas elevadas. Com a perda do poder de compra, alguns empreendimentos se ressentem da queda nas vendas, mas, mesmo assim, está difícil segurar a inflação.

A partir de meados do século 20 as pessoas em geral começaram a se afastar dos saberes dos antepassados, e desse modo perderam a visão clara da vida real. Antes havia cooperação, boas conversas e a percepção de que somos todos responsáveis em contribuir para o bem geral. O bom preparo para a vida foi substituído por um viver vazio de sentido, e assim, o pão e circo oferecidos, tem sido suficiente para manter a massa entretida no marasmo, e com isso o declínio é geral. Muito em breve faltará uma geração apta para gerir o maravilhoso Brasil.

As dívidas interna e externa do Brasil estão elevadas superando a reserva da nação em dólares. Convertida em reais, a soma das duas já superam o PIB. Há ruínas por todos os lados. Parece que há uma turma agindo como o grupo da famosa Marquesa de Santos, que se opunha à independência da nação, trabalhando contra. De onde partem as ordens prejudiciais? O que diria a Inteligência Artificial sobre as causas que levaram o Brasil a decair a partir da década de 1980? Será que diria que faltou empenho dos governantes e das elites que só pensaram em si e as fábricas foram produzir na China, eliminando empregos, sem reação do governo?

O caos interior dos indivíduos é o resultado da sua omissão. A inflação também decorre disso. Está em jogo o futuro da humanidade devido à displicência no trato da paz e do aprimoramento da espécie humana que, em seu imediatismo, tem sugado avidamente e sem escrúpulos os recursos naturais do acolhedor planeta Terra. Há dias em que o sol emite super calor, e ao mesmo tempo sopra uma ventania gelada. As tempestades que se abateram sobre a Espanha indicam que é indispensável reconhecer que há algo novo atuando no planeta, acelerando as consequências das ações da humanidade.

Soma-se a isso o fato de muitos pais e mães da atualidade não saberem ler nem escrever com um mínimo de clareza. Como esperar que os filhos sejam diferentes? A partir dos anos 1960 algo podre se imiscuiu no preparo das novas gerações para a vida. Desanimados, os jovens não querem saber de nada. Não há mais aprendizes nas áreas de trabalho. Falta mão de obra capacitada em todos os setores. Muitos acabam trabalhando em bares e restaurantes que oferecem salário baixo. Outra questão é que a telenovela influenciou pais e mães que afrouxaram na educação. As crianças, meio fragilizadas, caíram nas armadilhas da internet. Só um punhado de gente está se movimentando, construindo alguma coisa de forma benéfica. Com a ausência de bom preparo para a vida, não há nação que possa ter um futuro de progresso e boa qualidade de vida e independência.

A Terra oferece tudo que necessitamos para nossa evolução. O significado da geração de filhos é dar a oportunidade de encarnação, mas, em vez de evoluir espiritualmente, a humanidade tem caminhado na direção do abismo. A lei universal do equilíbrio é clara e os excessos são antinaturais. Por que o século 21 apresenta esse acúmulo de seres humanos na Terra? Querendo contornar as leis da natureza, muitos desequilíbrios surgiram. A espécie humana é a única que cria desarmonias.

A humanidade se afastou de tudo que pudesse esclarecer a Criação e sua finalidade. As palavras de Jesus já não contém a essência daquilo que foi dito. Está surgindo a humanidade sem Deus como resultado do abandono da espiritualidade e da forte ligação com a materialidade, na qual o dinheiro se tornou o grande ídolo. Mas é a vilipendiada natureza que ainda sustenta a vida na Terra. Quem ainda pressente que o ser humano aqui nasceu para evoluir espiritualmente?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.library.com.br/home e www.vidaeaprendizado.com.br . E-mail: bicdutra@library.com.br

ENRIJECIMENTO

No crânio do ser humano, dois cérebros trabalham em conjunto: o grande e o cerebelo. Segundo a obra Na Luz da Verdade, de Abdruschin, o cerebelo liga o cérebro com a alma através das intuições, mas ficou estagnado em seu desenvolvimento devido ao ser humano ter dado prioridade unilateral ao raciocínio cerebral, sem atentar para as intuições, a voz do espírito.

Platão, filósofo e grande conhecedor da alma do ser humano, sabia que o corpo com os cérebros é perecível, enquanto a alma é espírito. A inteligência emocional surge dos sentimentos transformados pelo cérebro, mas a inteligência intuitiva nasce na alma e o cerebelo a recebe e encaminha para o cérebro que está bem desenvolvido, enquanto o cerebelo estagnou devido à reduzida atividade sob o domínio do cérebro.

É para isso que os pesquisadores devem atentar e encaminhar as novas gerações. Intuições claras e raciocínio lúcido compõem o ser humano completo, algo que a humanidade abandonou. Não há mais conversas sobre a alma. O estudo sobre a alma e suas sutilezas, tão comum no século passado, foi abandonado diante da parafernália da moderna tecnologia social que está considerando o ser humano como algo mecânico, sem alma, mas o livre arbítrio é o querer da alma.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

PROMESSAS IRREALIZÁVEIS

A cultura atual da humanidade contém muitas falhas e bases frágeis que estão sendo postas de lado gerando uma ruptura, e nada está sendo colocado no lugar. Quanto mais surgem avanços na tecnologia, mais o ser humano se afasta do seu “eu interior” que gera as individualidades, ficando todos muito parecidos, sem foco, levando uma vida vazia, sem propósitos enobrecedores.

Na vida moderna a fragmentação e a polarização é geral. Dividir e separar tudo e todos. A sensação de ser útil está sendo perdida, pois tudo vai acontecendo de forma acelerada, gerando aspereza, reduzindo a generosidade e empatia, e aumentando o individualismo, a inveja e a ânsia de se sobressair. Que futuro a humanidade poderá ter no atual ambiente decadente e sem motivação?

Foram décadas de descaso geral no ocidente com produção, empregos, consumo, bom preparo das novas gerações para a vida. A globalização permitiu a chegada de produtos com preços menores, e agora chegam os efeitos disso. Não vai ser fácil resolver, não há fórmulas mágicas. Só o trabalho constrói.

Como será o ajuste das relações econômicas entre EUA e China? A China tem capacidade econômica e financeira para produzir em larga escala com os custos mais baixos, mas sua produção é destinada a ser trocada por dólares. Deixando de produzir muitos itens, o ocidente vai perdendo a capacidade de obter ganhos de produtividade. Os déficits na balança comercial vão criando processo insustentável. Com a perda da capacidade de produzir e de preparar novas gerações, os países põem em risco o seu futuro. Há também a questão do gasto acima das receitas e dívidas elevadas.

O ser humano nasce na Terra para evoluir espiritualmente. Deve atentar para as questões materiais sem bloquear sua visão espiritual, pois se não fizer isso, fica retido no mundo material tendo de sempre retornar pela incapacidade de seguir para outras regiões mais elevadas. Esse fato tem a ver com o continuado acúmulo de pessoas no planeta, que ligadas aos pendores terrenos, não se esforçam para alcançar o autoaprimoramento, mas haverá um ponto de ruptura onde isso não será mais possível.

Os líderes ditam a forma da ação do Estado. Pelas leis primordiais da Criação deveriam conduzir a nação e o povo na direção do desenvolvimento e aprimoramento da espécie humana. Para assumir o poder é preciso ter pulso e sinceridade na execução da tarefa que lhe cabe. Mas terá de resistir ao contágio do poder.

Muitas pessoas se tornaram indolentes, não examinam, não analisam, vão aceitando tudo sem conversar com o eu interior, com a consciência. Há uma guerra na política. Uns relatam a corrupção no poder indignando a classe média. Em meio à pobreza material, mental e espiritual, outros usam a tática de jogar a pobreza, que vai aumentando, contra os que estão em melhores condições, culpando-os pela miséria alheia, enquanto prometem aos menos favorecidos melhoras irrealizáveis. Assim, para boa parcela dos eleitores, não há análise, se iludem, de forma apaixonada e cheia de ódio, votam nesses manipuladores como um tipo de vingança, mas a pobreza e a decadência prosseguem em seu avanço nivelando tudo por baixo.

Sempre aparecem candidatos fora do padrão do sistema no sentido de influenciar a massa indolente. O poder sobe à cabeça fortalecendo a arrogância e a vaidade. Mas o sistema é rígido, bloqueia alterações que possam afetar os interesses dos controladores intelectivos montados no poder. Falta a visão ampla que teme a justiça superior. Cobiças e inveja conduzem as ações que geram turbulência, e o caos mundial vai se ampliando.

As novas gerações não estão recebendo bom preparo para a vida; para isso seria necessário que os pais dessem o exemplo, mas a sobrevivência ficou atrelada à capacidade de obter dinheiro, o que não está fácil. Surgiu a civilização das aparências, o que se fala não é o que se faz. As alternativas vão se afunilando e os jovens, desanimando. E as atenções se voltam para o preparo de guerras.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A TRISTE HISTÓRIA DO ESTADO-NAÇÃO

Por que tantas nações da América Latina e da África nuca saíram do fracasso? O nível da educação está abaixo do que era há 100 anos e o analfabetismo, bem acima. Os cidadãos de bem acreditavam que as nações seriam geridas com seriedade, visando o bem geral. Votando, não esperavam que grupos de interesses particulares tomariam conta do Estado e deu nisso: dominação e utilização do dinheiro arrecadado do povo para fins diversos, beneficiando uma minoria, promovendo o declínio do Estado-nação e da espécie humana.

Por que, após a libertação das colônias, o atraso econômico e cultural continuou sendo mantido na grande maioria? Um tardio reconhecimento de que os colonizadores mantiveram o cabresto acontece num momento de instabilidade econômica e geopolítica, com guerras no cenário. De um lado, gestão ineficiente, e de outro, população sem bom preparo para a vida; as consequências são nações atrasadas e endividadas. Na falta de produção taxa-se, de forma exorbitante, energia elétrica, telefonia, combustíveis.

A questão remonta à independência das colônias que não se esforçaram em construir uma nação forte e independente, com qualidade de vida para sua população, subordinando-se a grupos dominantes interesseiros. A triste história dos gestores do Estado-nação instalam-se no poder e fazem de tudo para permanecer dominando, impedindo qualquer ajuste tendente a tirar a nação do atraso e da baixa qualidade de vida da população.

Aumentam os gastos, ampliam as dívidas, o mercado aumenta a taxa de juros, o atraso vai acompanhando. Com a perda do poder aquisitivo é lógico que as pessoas não têm como fazer poupança, pois todo o salário vai para o consumo e ainda ficam restos a pagar. Algo estranho está se formando no Brasil. A saída de dólares está caminhando para a máxima histórica em 2024. O déficit em dólar é o grande fantasma que assombra a América Latina, mas nada foi feito para manter seu equilíbrio.

Outra questão são as dificuldades dos idosos com o apagão. É uma situação difícil, pois o viver se tornou dependente dos equipamentos. Geladeira e TV não funcionam. Não poderiam entremear o tempo diante da TV com leitura em conjunto de bons livros? Nos últimos anos, particularmente desde 2020, houve um aumento notável no número de adultos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), uma condição antes associada principalmente a crianças. Muitos adultos estão descobrindo que suas dificuldades de longa data com foco, organização e controle de impulsos podem estar enraizadas no TDAH não diagnosticado. Por que se deixam desumanizar, agindo como robôs perdendo a condição de ser humano?

As pessoas vão passando pela vida sem saber o que é e para que nasceram na Terra. Falta-lhes a consciência de que são espíritos em peregrinação para poderem evoluir e retornar ao reino espiritual, mas se aprisionaram ao mundo material sem alcançar a verdadeira condição humana, num viver sem atentar para a real finalidade da vida. A causa principal das dificuldades é o desapontamento com a precarização das condições gerais de vida no planeta. A fórmula do enriquecimento, sem a produção de nada, acarretou a existência de muitos com pouco, e poucos com muito.

Os governantes latino-americanos até que poderiam ter boas intenções inicialmente, mas foram vencidos pelas cobiças de poder e riqueza; em defesa própria, entregam o ouro para os exploradores. As cidades em geral revelam grande atraso em todos os sentidos. A criminalidade, corrupção e violência progridem formando um destrutivo tumor no núcleo. Há tantos embates pelo mundo. Será que sabem o que estão fazendo? A impressão que dá é que estão tramando a grande tragédia.

A humanidade vem se afastando da rota natural da evolução espiritual há milênios. O que observamos no século 21 são as consequências dos desatinos das pessoas que não se tornaram o que deveriam ser, e vêm agindo de forma antinatural e incompreensível, que se opõem às leis universais da Criação. A única universalização possível para a humanidade, tem de ser aquela que reconhece e respeita as leis universais da Criação.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CIVILIZAÇÃO DIGITAL E O EU INTERIOR

“Cada novo passo, cada tentativa de melhora trará sempre em si toda a aridez das obras do raciocínio, e assim o germe da decadência irreprimível.” (Mensagem do Graal, Vol. 1, Erros). Essa frase nos diz que muitos seres humanos põem o coração de lado, isto é, a intuição, a voz do espírito que traria leveza e consideração. Em vez de agir com o coração, agem com a frieza do raciocínio que promove a desagregação. A civilização mundial criou a civilização digital que, por sua vez, cria dependência da máquina e dos programas que determinam o que pode ser feito. Com isso, o ser humano está perdendo o contato com a voz interior e com o próprio querer.

A convivência harmoniosa entre as pessoas vem sendo desmantelada, pois, com desconfiança, estão se isolando umas das outras, eliminando o doar e receber, as salutares permutas de saberes. É cada um para si. A questão do raciocínio lúcido e intuição ativa é muito importante porque distingue a pessoa de iniciativa daquelas que estão dormitando pela vida.

Um fato pouco mencionado é o aumento dos gastos públicos, mas a remilitarização poderá trazer um impacto surpreendentemente forte na inflação e na qualidade de vida, afetando tudo o mais na economia global – “mais canhões e menos alimentos”. Qual é a consequência da questão dos governos que estão gastando sem controle e criando dinheiro do nada?

Os recursos naturais estão escasseando, a população aumentando e com falta de bom preparo para a vida. Muitas crianças nascem, o ambiente favorece a indolência e comodismo, e assim elas crescem num ambiente hostil, completamente alheias ao significado da vida, sendo conduzidas para um viver fútil, em vez de receber bom preparo para uma vida útil para si e para o planeta. Nesse meio surgem as drogas sugeridas como solução para a vida vazia. O tempo passa, aumenta a violência nas ruas, a saúde se fragiliza. Muitos acabam tendo vida curta, nasceram e cresceram sem saber para quê. Não podem continuar vivendo como estranhos na Terra. Nada como a necessidade do esforço pessoal para formar uma geração forte.

A Europa se beneficiou grandemente com a economia colonialista capturando riquezas da América Latina, África, Índia e Ásia. A força de seu capitalismo de mercado permitiu avanços sociais. O surgimento do Capitalismo de Estado, produzindo em grande escala, com financiamento e mão de obra adequada e uma estrutura de custos enxuta, assinalou um grande avanço no comércio exterior.

O livre comércio é importante, mas de que vale se faltam oportunidades de trabalho com renda compatível? A concentração de capitais organiza grandes estruturas produtivas e monopolistas, então precisam de mercados, e as nações atrasadas pouco evoluem, e sua população vai perdendo o ânimo, sem saber ler e escrever corretamente, e as pessoas ficam marasmando com vídeos que só emburrecem e roubam o tempo. Agora se fala na crise do capitalismo, mas esta é mais ampla: é a crise ainda não reconhecida, que se espalha pela Terra atingindo tudo em virtude do viver direcionado exclusivamente para o materialismo.

A situação tende a se agravar aumentando a dependência de manufaturas importadas, mas isso reduz a qualidade dos empregos e diminui a renda, ou seja, caminhamos para situação similar à de Cuba e Venezuela. A população, despreparada, sem trabalho decente, está a mercê do mercado de apostas, jogos, drogas e permissividade sexual, ressaltando a concentração da riqueza.

Faltando bom preparo para a vida e empregos de qualidade, o que se poderia esperar? O descontrole do gasto público tem arruinado muitas nações, basta olhar para a vizinha Argentina. O aumento da turbulência da finança global e as incertezas que atemorizam as nações também devem receber especial atenção para a formulação da política de juros e de câmbio.

Abriram as portas às raposas para uma população despreparada e manipulada com modelos de enriquecimento inidôneo. Os organizadores das apostas seduzem, os patos caem, e quando se dão conta já estão arruinados. A jogatina vai para o PIB e o dinheiro vai embora. O ser humano é animado pelo espírito, não é um robô. Uma boa educação também deve fortalecer o eu interior e a força de vontade para o bem.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

EMBATE DE PODERES

O espetáculo trevoso do Gólgota havia acabado. No ar havia silêncio e dor. A humanidade não acolheu a Luz do Salvador. Comovidos, os discípulos pensavam o que fazer para cumprir a promessa de divulgar os ensinamentos de Jesus sobre a vida e a Criação. Com toda coragem e zelo, seguiam seu destino indo para Roma, Grécia e outras regiões.

O tempo atuou esmaecendo a memória. Décadas depois começaram a aparecer relatos incompletos gerando textos incorretos em relação aos fatos. Aos poucos ia surgindo o Cristianismo de Roma com base em relatos parciais em desacordo com os fatos, introduzindo falhas na doutrina de Jesus, e os sacerdotes de Roma passaram a agir de forma semelhante aos de Jerusalém para manter o rebanho dócil.

Foi uma longa história que abrangeu anos de trevas. Com o Renascimento tudo começou a mudar. E na turbulenta época atual, muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo. Com a adoção do dinheiro, um novo poder surgiu, o qual acabou se rivalizando com o poder religioso enaltecendo o dinheiro e o poder.

Aos poucos foram surgindo embates que recrudesceram, levando a uma renhida luta camuflada de poderes terrenos. Sugiram grupos que operavam de forma oculta para abalar os costumes e os frágeis alicerces da sociedade, os quais conheciam profundamente, e por isso menosprezavam a religião. Tudo teria de ser desmantelado, por isso planejavam, intelectivamente, a longo prazo, mobilizando todos os canais disponíveis.

Quanto mais se afastavam da Luz, mais teorias e visões do mundo iam criando, sendo as mais notórias o Capitalismo e o Comunismo. A miséria se espalhava pela Terra. A questão da desigualdade na riqueza não teria em si nada de mal, pois é sabido que existem diferenças entre os indivíduos. Diz a lei da Criação que o homem não deve provocar sofrimentos a outros para satisfazer a própria cobiça (segundo a Mensagem do Graal, de Abdruschin). Isso já tinha sido indicado por Jesus nas palavras “ama ao próximo como a ti mesmo”, isto é, não faça a ele o que não faria a si mesmo. Esse ensinamento é de uma amplitude que abrange tudo na vida.

Os seres humanos se afastaram de sua origem, já não sabem mais o que são nem como chegaram à situação em que se encontram. Então procuram culpados. O capitalismo é apontado como o principal suspeito, e assim está resolvido. O causador tem de ser penalizado. As mazelas provocadas pelo inimigo vão sendo apontadas. As pessoas acolhem as mensagens que não param de chegar e se conformam ou passam a atuar contra o causador. E fica aberto o permanente embate. Em nações que foram implantadas transformações radicais, não ocorreu aumento do progresso e da felicidade geral. Ocorreu um erro na indicação do culpado, pois o verdadeiro causador das misérias é o próprio ser humano, que ignorou a sua condição de hóspede na Terra, e passou a querer assumir a posição de dono.

As trevas, cujo objetivo é afastar o ser humano da Luz, não querem que a Verdade seja encontrada, e passaram a atacar insuflando, semeando mentiras na mente daqueles cuja sintonia lhes abriam as portas, capturando-os para o combate espiritual. As novas gerações se afastaram da leitura e, dessa forma, sua capacidade de analisar e refletir com amplitude é mínima. Da doutrina de Cristo, mostrada com palavras simples, não restou muitas coisas.

Naquela época, Cristo já vislumbrava o futuro sombrio da humanidade. O que vai ser o futuro do ser humano, aberto para a enxurrada de mensagens ardilosas que visam ocupar o cérebro mantendo-o preso às baixas cobiças, mostradas ilusoriamente como fonte da felicidade? O Filho do Homem, prometido por Jesus, vai concluir a obra do Mestre e desencadear a grande colheita de todas as ações da humanidade.

O tempo está impassível e vamos caminhando de acordo com as leis naturais. Cientistas criaram o relógio do fim do tempo da evolução, o grande embate, o julgamento final. Com certeza, haverá uma ruptura, mas o velho tempo renascerá no novo tempo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DINHEIRO, GUERRAS E FOME

Mais de 50 anos se passaram após o fim da paridade cambial de Breton Woods. Era para os governantes terem feito planos de longo prazo para não ficarem presos à falta de dólares para os pagamentos. O descontrole nas contas é fatal. Sempre falta o dinheiro local e dólares que pagam bens importados, aumentando a dependência. Quando o dólar sobe surge o encarecimento dos importados e inflação, sem que se possa mexer nos salários para não elevar ainda mais o custo. Quando o dólar sobe, entra a taxa de juros como força de atração para dólares voadores.

O dinheiro é controlado globalmente, mas a nação é descontrolada em suas contas. O câmbio do dólar é flutuante e acompanha a desvalorização do real. A principal ferramenta é a taxa de juros. Além disso, a prioridade para a reeleição deixa o país à mercê de interesses particulares. O desenvolvimento é fraco, a produção de bens não é de boa qualidade, e a população não evolui, comprometendo o futuro.

O que quer a humanidade e sua civilização? O ser humano é mais do que consumidor massivo. O consumo é um meio, mas foi transformado em finalidade da vida. A classe média tinha mais acesso a bens do que a classe pobre, mas foi rebaixada em sua renda. O alvo da humanidade deveria ser o aprimoramento da espécie, não uma disputa dita darwinista, mas um continuado esforço para evoluir, e dessa forma a democracia e o estado-nação poderiam evoluir também alcançando estágios mais avançados com equilíbrio espiritual, moral, material e individualidades.

O livre comércio é importante, mas de que vale se não há oportunidade de trabalho com renda compatível? A concentração de capitais organiza grandes estruturas produtivas, monopolistas, então precisa de mercados, e as nações atrasadas pouco evoluem. Em decorrência da renda baixa, grande parte dos produtos disponíveis são fabricados sem esmero e com qualidade inferior, e a população vai perdendo o ânimo, sem saber ler e escrever corretamente, e fica marasmando com vídeos que só emburrecem e roubam o tempo.

Se antes havia algum respeito à população, isso está acabando, pois quem pode, manda, impondo sua vontade. A humanidade se distancia de seu alvo de evoluir e se aprimorar. Transforma a vida num circo, tratando seus semelhantes como palhaços. Há o risco de tudo decair num buraco de irresponsabilidade, sem ordem nem respeito.

O estatismo cria uma casta que acaba se tornando danosa para manter seus privilégios. O capitalismo tem permitido uma liberdade de iniciativa, mas o surgimento de grandes corporações globais restringe o campo de ação. O objetivo prioritário é poder e ter dominação econômica. De que vale produzir uma infinidade de bens se o homem não evolui? Isso não melhora a vida, mas tende a transformar a massa em seres humanos sem vontade própria, sem força de vontade.

A natureza, sempre submetida ao imediatismo e ganância dos poderosos que não dão atenção às necessidades do país, apresenta o grande desfalque que já mostra as drásticas consequências. Com a alarmante estiagem, esgotam-se os estoques de alimentos para a população. Um exemplo é o da Namíbia que prepara plano que envolve sacrificar 723 animais selvagens para alimentar cerca de 1,4 milhão de pessoas.

Os homens não atentaram para o Pai Nosso: “seja feita a vossa vontade assim na Terra como no céu”. O que prevaleceu sempre foi a vontade egoística e por isso a humanidade se encontra nesse beco sem saída. Natureza esgotada, dívidas, bolhas financeiras, falta de empregos e de renda, guerras, tudo em reboliço, sem que se vislumbrem caminhos decentes.

Dentre os horrores criados pelo homem, a guerra é super cruel. Só quem passou por isso sabe o sofrimento que esse tipo de conflito acarreta para a população e para aqueles que estão no ambiente das batalhas, assustados, sem poder dormir, se alimentar, atender às necessidades do corpo em meio a bombas, fogo, fumaça, lama, corpos e sangue, miséria. Há muitas mensagens falando da guerra que se aproxima de tudo e de todos, mas é necessário que falem e façam esforços para a evolução da atrasada espécie humana, e para a paz.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS MÁS AÇÕES DOS HOMENS NO PLANETA TERRA

O planeta se contorce diante das disputas por riquezas e territórios. As verdadeiras riquezas estão na exploração dos recursos naturais, e aos poucos tudo vai sendo válido na agenda das conquistas, seja na África, Ásia, Guiana ou Brasil. Bilhões de pessoas não receberam bom preparo para a vida. Uma mancha de ganância está espalhada pelo mundo. Os homens se matam por riqueza e poder. A Terra ficou inóspita. Os arsenais estão abarrotados de armas. São trilhões de dólares lançados ao fogo. A todo momento somos atingidos por mensagens falando da guerra que se aproxima de tudo e de todos, mas não se fala em fazer esforços para a paz e a evolução da espécie humana.

Tudo passou a depender do dinheiro, mas não é fácil obtê-lo. O auxílio emergencial teve bom efeito dinâmico, mas não dá para ser mantido. Distribuir dinheiro funciona, mas precisa vir junto com aumento da produção, do trabalho, da renda, consumo e bom preparo da população.

O sol vem dando sinais há tempos para a humanidade que não soube respeitar as florestas nem os rios e mares, nascentes e mananciais. De repente o sol aumentou a intensidade de suas erupções; a energia aumentada e quente encontrou um ambiente devastado e poluído, está empurrando a água do subsolo bem para o fundo; assim a secura tomou conta e o fogo destrói florestas que a natureza levou séculos para construir, algo que a humanidade não previu ou nem quis saber.

O momento é difícil. Desequilíbrio e caos se espalharam pelo mundo. O Brasil tem sido generoso na produção de alimentos, mas no mundo começa a se desenhar a ameaça da falta de comida e de esperança. O momento é de complicadas transformações. Os Estados-nação se acham sob ameaça, há anos não vêm sendo geridos da forma que deveriam, pondo as dívidas nas alturas.

O homem fortaleceu o seu intelecto e sua capacidade de raciocinar, julgou-se poderoso, anulou a participação da voz interior, a do espírito em suas decisões, que foram sendo tomadas cada vez com mais frieza, sem consideração pelo outro, igualmente um ser humano em peregrinação para evoluir. O problema está em cada indivíduo descontrolado que vive sem se ocupar com a finalidade da vida, e vai agindo displicentemente, provocando lutas e guerras para satisfazer suas cobiças e vaidades.

A decadência geral também está penetrando pela falsa cultura, influenciando as novas gerações, disseminando o uso de drogas. Intelectuais que insistem em justificar a destruição. Artistas que defendem uma vida desregrada e promíscua, desvalorizando a mulher, a mãe, e que zombam da beleza genuína.

Os recursos naturais vão escasseando e a população está aumentando com falta de bom preparo para a vida. Muitas crianças nascem num ambiente que favorece a indolência e comodismo, e vão crescendo completamente alheias ao significado da vida, sendo conduzidas para um viver fútil, em vez de receber bom preparo para uma vida útil para si e para o planeta. Nesse meio surgem as drogas sugeridas como solução para a vida vazia. O tempo passa, há violência nas ruas, a saúde se fragiliza. Muitos acabam tendo vida curta, nasceram e cresceram sem saber para quê.

O cérebro frontal ocupa grande parte da caixa craniana e tem abaixo de si o cerebelo que significa pequeno cérebro. Apesar de ter sido muito estudado, este órgão ainda é pouco compreendido em seu funcionamento e função. De onde procede a Inteligência Emocional? Há nisso algo mais do que a atividade cerebral pode dar. O cérebro ficou superdesenvolvido e o cerebelo estagnado. O eu interior e a intuição devem participar ativamente junto com o raciocínio, ampliando a percepção, fortalecendo a criatividade, encontrando soluções adequadas. Só assim poderá surgir o homem pleno.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O SOBE E DESCE DO DINHEIRO

Orgulhoso e arrogante, o ser humano colocou no alto a sua capacidade de raciocinar, deixando para trás a do intuir espiritual, também chamada de coração, e com isso o cérebro foi se fortalecendo e amordaçando o espírito. O mundo áspero e caótico no qual vivemos é resultante disso. Nas decisões e ações dos homens, domina a frieza, falta a essência humana. No pós-guerra, fortaleceu-se o pensamento hedonista com base no dinheiro, e muitas coisas e valores morais passaram a ter preço.

A questão do dinheiro se tornou de suma importância no século 21 em face às decisões tomadas pelos BCs de ampliar a criação de dinheiro. Como preservar o poder aquisitivo? Como eliminar o imediatismo e introduzir orçamentos mais amplos, sem os desperdícios em gastos supérfluos e voltados para o desenvolvimento econômico e evolução da população?

Há muita discordância entre os especialistas sobre como preservar o valor do dinheiro, pois a sua movimentação na nuvem sempre gera instabilidade nos locais onde a gestão da finança pública não se pauta pela austeridade e seriedade. Falta ordenamento orçamentário mais longo, em vez da atuação ao sabor de interesses imediatistas que impedem o fortalecimento econômico da nação. Muito dinheiro foi criado. Alguns itens essenciais começam a ficar escassos. Então o preço sobe. O dinheiro vale menos, os juros sobem, a renda desce. É notória a percepção desanimada sobre o futuro.

Enquanto os Estados Unidos e Europa baixam a taxa de juros, o Brasil a aumenta. Tudo na economia está caótico. Quem ficou um tempo sem ir ao shopping center ou mercados vai ficar assustado com os preços atuais dos produtos de melhor qualidade. Coisas baratas, em geral, são de baixa qualidade, chegando até o almoço pesado na balança.

As apostas estão levando tudo. São consequências do subdesenvolvimento econômico e mental. Os espertos estão pelo mundo, com permissão das autoridades, o que representa mais uma forma de drenar o dinheiro para fora do país por empresas que operam desembaraçadamente, sugando o pão das famílias nas apostas feitas por adultos e crianças.

O noticiário informa que o nível do desemprego caiu, que tudo vai bem, mas passando por lojas e restaurantes o que vemos é uma situação precária numa batalha contra os custos e na dificuldade para reajustar preços. Os governantes se habituaram a gastar sem disciplina. As crises do século 21 promoveram a fabricação de dinheiro em grande quantidade, dificultando o trabalho de preservar o seu poder de compra. A produção de armamento está sugando muito dinheiro. O sistema se ressente e a população passa a ter uma vida mais apertada.

Enquanto a população não perceber que somos responsáveis pela nossa evolução e pelos rumos da nação, corremos o risco de tudo permanecer como está. Enquanto a manipulação com pão e circo for bem acolhida, acomodando a população, tudo vai ficando nas mãos dos mesmos e do mesmo jeitão que perdura há séculos, mas as consequências não se fazem esperar. Onde aprender a raciocinar com lucidez e refletir com clareza e de forma intuitiva? A natureza se rege por leis próprias que o homem tentou burlar, o que não é possível. É preciso compreender, se adaptar e ensinar o funcionamento dessas leis para as novas gerações que estão se tornando ignorantes.

Os jovens devem ser preparados para se tornarem seres humanos de qualidade, benéficos a si mesmos e ao planeta. A natureza é a base para todo conhecimento. A humanidade tem sido displicente, ainda não atentou seriamente para isso deixando o futuro cada vez mais ameaçado. Infelizmente, o homem ainda não acordou para reverter essa situação. Um exemplo é o da água, essa maravilhosa fonte de sustentação da vida no planeta Terra, que está seriamente ameaçada. Irresponsavelmente, foi permitida a destruição de mananciais e poluição de rios e mares. Quando as leis da natureza não são respeitadas, logo chegam as terríveis consequências.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br