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PARA ONDE VAI O BRASIL?

Ao longo da história econômica percebe-se a importância da economia aberta e privatizada, mas como o capitalismo baseado nesses moldes poderá se colocar diante do capitalismo de economia estatizada, com planejamento centralizado e produção em larga escala para exportar com preços imbatíveis? Grande geoeconomia! Sem depender de outros países, a China construiu sua independência financeira e avançou na tecnologia. Como preparar as novas gerações, produzir, dar trabalho, renda e consumo e gerar divisas para pagar as importações?

É preciso conhecer os problemas que mantiveram a educação em declínio no Brasil e que a partir de agora haja empenho na restauração desde a escola infantil onde as crianças deveriam aprender a observar como a natureza funciona. Os jovens precisam conhecer a natureza e seus mecanismos; as disciplinas de física e química estão ligadas a isso. Também é importante conhecer a história real e os desvios da humanidade em sua trajetória ascendente que deveria levar ao aprimoramento. Encher a cabeça com ideologias e teorias, em nada vai ajudar os jovens a se tornarem fortes para ajudar a si mesmos e ao país.

O futuro do Brasil e da humanidade depende da boa educação infantil e do bom preparo das novas gerações para a vida! Precisamos de uma campanha forte para introduzir o estudo da natureza no ensino básico, o que dará aos jovens a capacidade de pensar com clareza, escolher, comparar, ter criatividade, raciocinar com lucidez, divergir e, sobretudo, aprender.

O Brasil está atravessando uma fase de apagão mental e espiritual porque as pessoas, em geral, não se preocupam com seus próprios pensamentos e, com isso, agem de forma confusa e sem clareza na solução dos problemas. Isso é alarmante, ainda mais se considerarmos que não tem havido a preocupação de ensinar às novas gerações como raciocinar com lucidez.

Nas gerações anteriores, o cerebelo, embora enfraquecido, atuava com mais presença enviando as intuições do espírito (também conhecido como alma ou coração) para o cérebro, onde se formam os pensamentos. Com o passar do tempo, o coração foi emudecendo, colocando a metafisica (o interesse de ir além do mundo material para encontrar respostas sobre a vida e as leis que a regem) de lado, prevalecendo a frieza do intelecto restrito ao mundo material, e com isso as inovações tecnológicas foram se afastando do coração, ficando o indivíduo mais sujeito a influências externas via cérebro.

É preciso força de vontade e análise intuitiva feita com simplicidade, clareza e naturalidade para combater e impedir a influência externa nociva que, cada vez mais, encontra aberta a porta do cérebro sem a barreira da intuição – o eu interior.

O país jogou fora dinheiro por décadas. Políticas econômicas inadequadas, corrupção, obras inúteis, obras inacabadas, juros elevados de até 25%. Está tudo no limite. O que poderia ter demanda reduzida em modo restritivo? Energia elétrica, combustíveis, remédios, comida? Gastos públicos supérfluos?

O Brasil precisa entrar no rumo certo. Chega do imediatismo secular que tem caracterizado a administração pública. O gasto do dinheiro público deve promover o progresso real. Os países têm sido geridos com desvios e desequilíbrio geral, nas contas internas, nas contas externas e na balança comercial. Apagão mental, perda do bom senso. Durante décadas temos sido expostos ao pior negativismo. A questão do trabalho informal é preocupante em virtude das condições precárias em que vivem as pessoas com renda baixa e incerta e pouco preparo para a vida.

Agora enfrentamos a estagnação econômica que avança pelo mundo, e fica mais difícil sair do subdesenvolvimento. Faltam estadistas sérios e melhor preparo das novas gerações para conduzir o Brasil ao lugar que lhe cabe. No entanto, o presente é consequência de ações passadas e sem mudança do querer para o bem, a colheita é irrevogável. Durante décadas temos sido expostos ao pior negativismo e a governantes entreguistas perdulários. Basta de críticas destrutivas; precisamos de união visando a construção de um país em que a vida seja digna.

Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

RUPTURA GLOBAL

O mundo se acha num ponto de ruptura, o efeito de um corte no modo de viver escarrapachado de até agora, descomprometido com o significado e finalidade da vida. Ruptura com o modo de viver displicente que não quer assumir qualquer responsabilidade por seus atos, pensando só em saborear a vida e seus prazeres sem um olhar sério para o futuro. Recebemos um corpo que tem prazo de validade para o seu funcionamento e que não pode fugir aos efeitos naturais do tempo. Para sair da vida rasteira, a humanidade precisa de nova sintonização: o fortalecimento da vontade de melhorar as condições gerais de vida e de aprimorar a espécie humana.

Todos estão aguardando a vacina. A cada dia há novas informações impactantes sobre como a mutação da covid-19 está ocorrendo na Inglaterra e em vários países da Europa; mas é preciso pensar em alternativas para que a vida e a produção prossigam de alguma forma, já que está difícil a volta ao velho normal. Ficar parado esperando quebra a cadeia da economia. Não podemos parar de produzir pão, de educar as crianças e de prosseguir com todos os cuidados necessários.

As monarquias acabaram e em seu lugar surgiu o Estado-nação, afastado da religião, e republicano, em que o chefe de Estado permanece no poder por tempo limitado e teoricamente é escolhido pelo povo. Haveria no presente algo em gestação como o fim do Estado, das nações, das fronteiras? Governo e moeda mundial? Fim do poder da classe política que aprendeu as artimanhas para manipular os eleitores e os votos, e de atuar por interesse próprio, ou seria algo mais intenso como o fim dos dias?

Muitos olham para a China e sua mão de obra barata. O problema não é frear a China; mas destravar os outros países, como o Brasil, cujo PIB foi caindo, gerando perda de empregos e tecnologia e agora está sem energia para prosseguir e aproveitar os recursos ofertados a esta terra de Vera Cruz, já que seus políticos deram prioridade aos próprios bolsos, induziram a população a perder a sabedoria, e abriram as portas a estrangeiros gananciosos que só queriam tirar proveito extraindo a riqueza que podiam, prejudicando a população indolente em sua ingenuidade. Brasil, baú de riquezas para os oportunistas ou lar de seres humanos que querem o bem? O Brasil precisa de algo concreto para produzir mais, criar empregos, renda, consumo, arrecadação.

Os brasileiros precisam ler mais. O pessoal foi perdendo a noção da importância de ler e escrever para o bom desenvolvimento do cérebro, deixando de ter clareza no pensar, discernimento e raciocínio lúcido. Isso também está provocando o declínio do Brasil, fazendo-o retroceder em vez de se aprimorar.

Como o dinheiro é obtido? Os seres humanos se esquecem de que na Terra todos nós temos um prazo de validade. A riqueza constituída de forma honesta não é um mal em si; o mal está na forma como é utilizada. A tarefa de todo ser humano é ser responsável e contribuir para a melhora geral das condições de vida no planeta e não ficar cobiçando mais e mais dinheiro e poder, que ficará tudo aí, gerando brigas entre aqueles que disputam o espólio da pessoa falecida.

É realmente desanimadora e preocupante a situação da humanidade no planeta Terra. Falta serenidade e momentos de reflexão. Tudo se tornou áspero e pesado, de informativos a filmes. Parece que o objetivo oculto das trevas seja acabar com o “coração”, aquela qualidade que faz do ser humano um verdadeiro ser humano.

O ser humano não pode parar. Tem de seguir em frente sempre de forma adequada à idade do corpo, sempre querendo o bem, atento para não causar danos a si mesmo nem a outras criaturas. A grande festa do Natal deveria ser fonte de Renovação e Transformação dos humanos em seres realmente humanos! Que 2021 seja o ano das realizações. Na vida enfrentamos muitos embates que sugam a nossa energia e ficamos com déficit, fragilizando o corpo. Com vigilância, reflexão intuitiva, repouso, boa alimentação e atuação voltada para o bem, a energia vai sendo reposta. Vamos para 2021 bem humorados, com saúde e energia para concluir realizações que sejam benéficas!

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

GREEN BOOK

Green Book, filme caprichado, vencedor do Oscar 2019 de melhor filme. Mas deixando de lado a lamentável questão do racismo, vamos olhar para a história apresentada que principia no ano de 1962. Como simples consumidor, percebemos que o filme é uma tentativa de agradar ao público, mostrando a grandiosidade dos EUA, mas apresenta um desfile de modelos para influenciar os seres humanos que pouco pensam sobre o significado da vida além de comer, dormir, trabalhar e satisfazer as necessidades do corpo.

O filme acompanha a viagem do pianista Don Shirley (Mahershala Ali) e seu motorista Tony Vallelonga (Viggo Mortensen) pelo sul dos EUA durante os anos de segregação. E o título refere-se ao guia de viagem que indicava para os afro-americanos os hotéis e restaurantes que poderiam frequentar. É o cenário da vida despreocupada e da busca de prazeres. No enredo, há os malandros, os que se julgam superiores, os trabalhadores que têm de sobreviver e dar sustento para a família.

Tony, o motorista que não larga o cigarro, bom de garfo e de briga, representa a grande maioria da população do planeta. Don, o pianista é o solitário, pensador que se distrai com whisky para amortecer sua indignação e sentimento de exclusão, mas não vai muito longe com suas reflexões. Ninguém pensa na vida e o porquê de ter nascido na Terra.

O ser humano, através de sua essência, pode e deve captar energia espiritual para irradia-la no mundo material; seria como captar um ar mais leve espalhando-o sobre a Terra. Se o espírito se acomoda e se torna indolente vai adormecendo, estagnando, deixa de captar e irradiar essa energia salutar que vivifica as engrenagens da vida. Sem essa energia, tudo vai enrijecendo em decorrência de sua ação puramente intelectiva, sem contar com a participação do espírito. É esse o fenômeno do estresse da vida atual, tudo vai se tornando aborrecido e cansativo pela falta da energia vivificadora que cabe ao espírito humano captar e irradiar, no movimento circular do receber e retribuir através do querer voltado para o bem.

Assim, muitas coisas vão perdendo o brilho, o que facilmente percebemos nas artes, pois poucos têm sido os filmes cujos produtores conseguem transportar para a tela essa energia superior que influencia fortemente a vida, podendo ser reproduzida em obras encantadoras que estão se tornando cada vez mais raras.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7