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A TAREFA DO SER HUMANO

Qual é a nossa tarefa neste maravilhoso planeta que agora apresenta mostras de estresse e dificuldades para se autorregenerar diante de tantas ações destrutivas praticadas pelos humanos? Deixamos de estudar as leis da natureza que são permanentes e atuam em todo o universo. Passamos a criar leis estúpidas para satisfação do ego. Não fortalecemos a consciência.

É muito importante examinar e compreender como chegamos a atual situação de caos. Enfim, a escola do presente e do futuro tem de formar seres humanos aptos e dispostos a examinar os fatos objetivamente, sem preconceitos, sem dogmas nem misticismos. Percebendo que a construção de um futuro melhor depende de nossa atuação em conformidade com as leis da Criação, não cumprir essa tarefa é ir contra a vida.

As novas gerações precisam saber que temos responsabilidade pela nossa atuação. Por que encher a cabeça das crianças com coisas inúteis? Desde cedo as crianças têm de ser disciplinadas, aprender a viver e a conviver de forma construtiva e a respeitar a lei do equilíbrio, retribuindo o que recebem, em vez de ficarem exigindo tudo sem esforço próprio. Muitos jovens começam a perceber que há algo muito importante para ser vivenciado. A eles pertence o futuro. Necessitam adquirir o movimento certo para uma forma de vida sadia e alegre, despertos e motivados para alcançar a melhora nas condições gerais de vida, buscando a evolução integral. A população também tem de fazer parte dessa onda do bem.

Os seres humanos querem dominar a natureza, mas desconhecem as leis lógicas e coerentes que a regem e cujo estudo é essencial para todos e para as novas gerações, mas não se sabe por que as escolas não se dispõem a levar isso aos estudantes. A época é de dificuldades e as cobiças caminham na frente. As pessoas estão se perdendo pela falta de propósitos, ansiando por novo modo de vida menos desgastante, com mais alegria, que não destrua a natureza e que propicie a evolução real.

A população em geral e as organizações de serviços à comunidade têm de abrir os olhos e ver quantas mazelas podem ser evitadas com um pouco de esforço em grupo, envolvendo-se na vida da comunidade onde vive, agindo e apresentando sugestões de melhoras ao poder público. Precisamos que as elites e a população em geral pensem e ajam para o bem geral, para a melhora da qualidade humana e de vida.

Se tivesse havido maior cuidado com o Brasil no século passado, a situação seria bem melhor. No passado, não construímos um futuro decente e, no século 21, o futuro se mostra comprometido. Especuladores e corruptos se beneficiam. Há o despreparo das novas gerações, pessimismo, indolência, tudo comprometendo o futuro. Temos de colocar o Brasil nos trilhos do progresso.

A displicência com o dinheiro e as finanças acabou repercutindo na economia real. A simples escassez de itens essenciais e o excesso de liquidez criada fizeram o resto, mas se de um lado a inflação corrói o dinheiro, de outro, muitos ativos perdem valor. Como restabelecer o equilíbrio?

Com amor, o Criador concedeu aos seres humanos o planeta Terra como hospedagem temporária para o seu desenvolvimento. O rebelde contra o Amor Divino se opôs e passou a influenciar os seres humanos através do cérebro intelectivo, visando manter inativo o espírito encarnado. Os povos deveriam viver de forma autônoma tendo como denominador as leis da Criação, mas em sua vaidade os homens quiseram impor a própria lei criada na oficina do cérebro sem a participação do espírito, e em todos os sistemas de vida, tudo tendeu à ruína.

Os seres humanos não se esforçaram para fortalecer a própria consciência e com isso perderam o discernimento e o bom senso intuitivo. Agora, em meio ao caos, surgem informações de que seria implantada uma nova forma de viver na qual as máquinas inteligentes controlariam tudo, impondo sobre o querer individual rígidas normas de vida. Mas a reação das leis divinas da Criação, em sua automática atuação, trará a cada ser humano os frutos de suas ações voltadas para o bem, ou mal. Leia mais sobre esse tema no livro Mensagem do Graal, de Abdruschin.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ARMAS PARA A PAZ E O PROGRESSO

Como já disse o historiador britânico Eric Hobsbawm (1917-2012), vivemos a era dos extremos e das incertezas. Mas em vez de as mazelas terem sido atacadas e combatidas, passou-se a discutir ideologias num cenário de luta pela riqueza e poder e embrutecimento da espécie humana. Despreparados, muitos pais de hoje não conseguem dar bom preparo a seus filhos. Tudo isso criou a tendência do decadente embrutecimento da humanidade.

Quais armas vamos usar no combate ao descalabro ético e moral que a humanidade está gerando? É preciso que a população e as autoridades queiram formar gerações fortes, com discernimento, aptas a conduzir a própria vida. Viver, aprender e fazer bem feito exige paciência e perseverança, atributos que os seres humanos estão deixando escapar.

Nada resiste à moleza do caráter dos indivíduos. Sem firmeza, as portas ficam abertas para a corrupção e criminalidade que vão adentrando em todos os setores. A moralidade se vai apagando, tudo passa a ser aceito e permitido. A desonestidade e o desinteresse pelo Bem geral passa a ser a norma e, com isso, o país acaba ficando condenado ao declínio e até ao desaparecimento, enquanto as drogas avançam corroendo a base.

Vidas vazias, jovens sem bom preparo para a vida, sem propósitos, acabam buscando o entorpecimento para fugir da realidade, para contornar a doença da alma, o que é aproveitado pelo tráfico de drogas ilegais e agora pelos distribuidores legalizados. Um negócio de bilhões de dólares para entorpecer a humanidade afastada do significado da vida e do saber das leis da Criação.

Como e para que educar? Os pesquisadores norte-americanos Daniel Goleman e Peter Senge estão preocupados com a forma como estamos educando as crianças. Os problemas se avolumam como em nenhuma outra época e as novas gerações têm de ser preparadas para ajudar na superação. Os jovens precisam saber o que são. Como funcionam o cérebro do raciocínio, as emoções e sentimentos, e as boas relações interpessoais. Ou seja, temos de estudar o significado da nossa vida, de nosso corpo perecível cultivando o foco interior e exterior. Temos de formar seres humanos de fato, nas atitudes e não só nas aparências. A evolução integral depende da humanização dos indivíduos e da sociedade como um todo.

No Brasil, tão generoso em produção de alimentos, há muito desperdício, desleixo com o meio ambiente e ingratidão. Mas com o agravamento da crise climática, os alimentos poderão ser cotados em ouro em futuro não muito distante, por isso os esforços na preservação têm de ser redobrados. Cada grupamento tem construído suas concepções sobre a vida segundo seus interesses; é natural que haja diversidade, mas os antagonismos têm razões ocultas e, por vezes, são irreconciliáveis. Os fortes vão puxando a brasa e a sardinha, isso tem provocado aumento de insatisfação, gerando choques que estão a se adensar podendo, no aumento da pressão, gerar danos.

Muitos advogam a governança global centralizada enterrando a diversidade dos povos. Só com o reconhecimento das imutáveis leis da Criação é que poderá surgir um diálogo sincero e proveitoso, livre da cobiça de poder. O que realmente é importante para a sociedade humana e qual alvo deve ser perseguido? O Brasil precisa de boa governança voltada para o Bem para sair da estagnação.

Há décadas o país enfrenta lamentável situação de falta de governança séria. União, estados e municípios têm de entender que é sua obrigação cuidar do dinheiro dos cidadãos para o bem geral. O juiz Sergio Moro nem bem aceitou a missão outorgada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro e já começam as especulações e as fofocas.

Caso Moro se torne candidato à presidência no futuro, terá um bom período de aprendizado para governar o Brasil tão aviltado pela classe política que pouco se esforçou para fortalecer o nível da qualidade da população. Às vezes muitos estudiosos estrangeiros falam grandes disparates sobre o Brasil, ou porque não entenderam a origem do caos que se instalou no país, ou falam com viés ideológico que os impede de ver os fatos como eles são. Mas a população nota seriedade, justiça e a forte vontade para o Bem como armas para tirar o Brasil da lama. Que assim seja.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7