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HAJA LUZ SOBRE O BRASIL

A estrutura econômico-financeira global foi calcada na amarração com o dólar e as taxas de juros. Em grande parte, isso se deve à inépcia dos governantes da parte de baixo da América, incapazes de formular uma política própria dentro das normas dos mercados, propiciando ações especulativas e o surgimento de uma ala descontente se autodenominando reformista e que sempre torceu para que o circo pegasse fogo. Agora vivemos o grande paradoxo da economia: um país com falta de tudo, inclusive de preparo para a vida, mas com uma grande parcela da população que não encontra trabalho. Formou-se o grande castelo de areia das valorizações dos ativos; o mercado financeiro global opera com volume 3,5 vezes acima da economia real. O dinheiro de papel, as atividades especulativas, as guerras pelo poder, tudo se sobrepondo às reais necessidades humanas. O que dirão os economistas do futuro?

No Brasil, o atraso tem várias causas: a valorização do Real incentivou a importação de tudo; fábricas fecharam por ter custo de produção equivalente ao preço do importado; a taxa de juros Selic também convidava a deixar o dinheiro em dólares e na ciranda financeira em vez de na fábrica. O analfabetismo e a falta de raciocínio lúcido aumentaram. O ensino fundamental não foi assimilado de forma eficiente, afetando o ensino superior.

Após a crise financeira global de 2008, as decisões atabalhoadas, visando a próxima eleição, favoreceram o aumento da dívida e quando o real se desvalorizou, foram evidenciadas todas as fragilidades. Quando se contrai uma dívida é preciso olhar o fluxo de caixa e planejar o futuro, a menos que se esteja numa situação anormal como crises e guerras. Vale a pena examinar atentamente esse capítulo da gestão financeira para não cair no buraco das dívidas externas sob o tormento das desvalorizações cambiais.

O câmbio é sempre enigmático no jogo financeiro, pois quem sabe sempre leva vantagem. Fora isso, se reflete diretamente na economia. O Japão cresceu com iene desvalorizado, assim como a China, enquanto o Brasil combatia a inflação com real valorizado artificialmente. Um fator de vital importância é o balanço das contas externas. No Brasil, essas contas têm permanecido em déficit. Quanto montou nos últimos 50 anos? Entre 2012 e 2017 o Brasil teve déficit total em suas contas externas em torno de US$ 332 bilhões. Nada mal como contribuição de um país atrasado com falta de tudo para o mundo.

Espera-se encontrar um ponto de equilíbrio para não cairmos em situação análoga à da Argentina que elevou a taxa de juros para 40% para conter a fuga de dólares. O que faltou aqui sobrou em outro lugar. Esse desequilíbrio e a falta de bom preparo das novas gerações contribuem para o aumento da desigualdade.

Sem compreender o porquê, desalentado, o mundo assiste ao crescente suicídio de jovens. Temos dado a eles apenas a visão do mundo material e suas incoerências. As novas gerações precisam ser motivadas para compreender a finalidade da vida e aprimorar-se. De longa data, o Brasil tem permanecido desatento à vida e ao aprendizado das novas gerações. É necessário adquirir noções sobre a Criação e suas leis, sem lacunas, sobre todos os tempos, desde o começo da humanidade até agora. O mais sagrado dever do ser humano consiste em progredir no reconhecimento de Deus, bem como no seu próprio desenvolvimento espiritual. O espírito é o verdadeiro eu do ser humano.

O ano de 2018 se apresenta como ponto de transição global. Há uma guerra comercial em andamento, que no fundo é confronto geopolítico de poder. Há agravamento nos conflitos do oriente médio. Eleições no Brasil, uma região de grande importância estratégica. Evidentemente é um momento crítico onde forças em confronto buscam definir correntes de comando. Obscuramente, os aproveitantes só pensam em si e não na pátria diante do confronto dos interesses americanos, chineses, europeus e russos. O lamentável é constatar a falta de maturidade não só da classe política, mas da própria população despreparada. Haja Luz sobre o Brasil.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

DEMOCRACIA DESPEDAÇADA

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A democracia foi perdendo eficácia quando a esperteza para manter o poder superou qualquer tentativa de impor os valores humanos na linha de frente, e tudo prosseguiu na lógica de aumentar o poder de mando que também se fundamenta no poder econômico. Desde longa data os humanos se tornaram individualistas, incapazes de desenvolver um projeto humanístico para o bem geral, o que conseguiram foi criar o fracassado comunismo que restringe a lei natural do movimento, e despedaçar a democracia com o salve-se quem puder.

Os mesquinhos desejos humanos geraram o sistema egoístico que, longe de atentar para a ação destrutiva do homem, visa a satisfação própria, mesmo causando danos a outros. Os objetivos de aprimoramento da humanidade foram suplantados com a colocação da riqueza e poder como o grande alvo dos homens materialistas. E tudo se complica com o apagão mental das massas que se deixam plasmar pelas baixarias e viver sem propósitos elevados. Nessas condições nenhum sistema de governo pode prosperar.

Com a desesperança e vontade fraca, surge a insatisfação com a vida. Um dos mais negativos aspectos do ser humano, que denotam vaidade, orgulho, inveja e desconfiança. O descontentamento e a insatisfação se opõem à gratidão gerando um péssimo ambiente ao redor, impedindo a entrada da luz da alegria espontânea de viver. Pela ação da lei da atração da igual espécie a pessoa descontente recebe um reforço em seus sentimentos e contribui para a formação de constelações de emoções e pensamentos de insatisfação, desarmonizando o ambiente e que se precipitam sobre outras pessoas que também cultivam o descontentamento.

O grande poder da vida está no poder das leis da Criação – o grande poder que contém a Vontade Criadora de Deus, o mais importante saber para o ser humano que, desastradamente, não se conscientizou de que no reconhecimento e respeito a essa Vontade está o segredo da vida. As Leis da Criação que conduzem a Energia Criadora que a tudo sustenta, também são chamadas de leis naturais, ou leis universais, ou leis cósmicas, e atuam com toda amplitude em todas as dimensões, visíveis ou não aos nossos olhos. Através delas, o livre arbítrio tece os destinos dos seres humanos individuais e da humanidade como um todo.

O Brasil entrou em regime de austeridade para superar a crise da dívida dos anos 1980, e aí complicou mesmo, pois tudo o mais foi postergado. O poder foi entregue aos sem preparo, e fomos perdendo terreno com o congelamento do preço do dólar, enquanto o mundo exportava e atraia turistas, a indústria e a educação foram sendo despedaçadas. Precisamos de algo novo que simultaneamente recupere a capacidade da mão de obra, pois as despesas superam a arrecadação e as contas externas ultrapassam as exportações.

O cenário é desesperador para 2018, consequência de décadas sem um projeto sério de melhorar o país em todas as direções, a começar pela melhor educação. Os problemas do eleitorado no Brasil são o despreparo continuado para a vida e a falta de credibilidade da classe política. Apesar disso não faltam candidatos que se afastam do poder executivo para concorrer e continuarem na situação privilegiada, enquanto o país vai sendo entregue para quem der mais.

O mundo está inquieto em todos os continentes. O rumo está sendo perdido, pois o planeta foi confiado às criaturas humanas para se desenvolverem e evoluírem espiritualmente e se transformarem em seres humanos de fato. Desviados de sua finalidade, enveredaram por caminhos obscuros transformando a Terra num lugar perigoso. A evolução ficou travada, a miséria cresceu, as criaturas sufocaram a sua essência. Brigam entre si e logo estarão guerreando, sem se esforçarem por entender o sentido da vida à luz da verdade.

O ano de 2018 vem carregado de energia renovadora impulsionada pelo poder das leis da Criação. Vamos estudá-las para compreender o seu significado e conhecer a Criação. O ser humano, conhecendo-a, facílimo lhe será utilizar-se de tudo quanto encerra e oferece. O poder utilizar, por sua vez, irá lhe proporcionar toda a vantagem. Assim, brevemente reconhecerá e cumprirá a verdadeira finalidade da existência, beneficiando tudo. Mas tem de se livrar da insatisfação e do ódio, se é que deseja evoluir e ser feliz.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7