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RÓTULOS MACHUCAM, SABIA?

“Você é muito preguiçoso!”, “Nunca vi alguém tão cabeça dura!”, “Lá vem o covarde!”, “Você é sempre tão agressiva!”, “Nunca vi tanta teimosia!”. Estes são apenas alguns dos diversos rótulos que recebemos – e aplicamos – ao longo da vida.

São pequenos jargões, muitas vezes são ditos sem a intenção consciente de ferir. Mas, evidentemente, são falas muito prejudiciais, lançadas mais vezes do que deveriam, e que ferem imediatamente. Pior do que isso, são rótulos que podem gerar crenças limitantes, convicções erradas e problemas emocionais importantes.

Os “rotulados” correm o risco de tomar como verdades imutáveis as frases que tanto ouviram. Como resultado, tornam-se “prisioneiros” de uma imagem irreal e, depois de um tempo, podem já não se reconhecer mais fora do rótulo que lhes foi colado.

Precisamos entender que desqualificar alguém, rotulando-o, é uma forma simplista de ver o outro, e que pode ser fruto muito mais da fragilidade de quem fala, do que da característica do “rotulado”. Pode ser, por exemplo, um mecanismo de defesa, pela dificuldade de lidar com o incômodo causado pelo comportamento do outro.

Rótulos repetidos ao longo do tempo podem justamente estimular o comportamento não-adequado que motivou a crítica. Por isso, o reforço deve sempre ser positivo e respeitoso, visando o ganho e a melhoria: em vez de destacar a teimosia, convide à escuta; em vez de reclamar da preguiça, incentive a ação; em vez de apontar a agressividade, estimule o diálogo.

Tenha em mente que ninguém é melhor do que ninguém. É preciso respeitar as diferenças e entender que, assim como todos possuem virtudes, todos têm também aspectos a melhorar.

Se você facilmente rotula, ou se sente “rotulado”, conte com a ajuda de um psicólogo para direcionar seus recursos internos e o seu potencial para padrões mentais mais construtivos, em oposição aos rótulos limitantes que possa ter recebido – ou aplicado.

Desenvolva a sua autoestima e aprimore sua visão sobre você e sobre o outro. Nunca é tarde para revermos nossas ações e crenças, para crescermos como indivíduos. Conte comigo!

*Augusto Amaral Dutra é Psicólogo e Terapeuta Clínico, graduado pela Universidade São Judas Tadeu, com atuação nas áreas de Psicologia Clínica e Organizacional. Atualmente atendendo em consultório particular (jovens, adultos e casais) e integrante da equipe dos profissionais do Instituto Evoluir, com atuação nas áreas de Psicologia, de Saúde, de Educação, Organizacional e de Práticas Complementares. Na psicoterapia individual, possui especialidade no acolhimento de jovens, adultos e casais. Vivência de mais de 30 anos na área corporativa em cargos de liderança nível gerencial. Graduado também em Administração de Empresas pela PUC-SP e Pós-graduado em Marketing, pela ESPM.

HAJA LUZ SOBRE O BRASIL

A estrutura econômico-financeira global foi calcada na amarração com o dólar e as taxas de juros. Em grande parte, isso se deve à inépcia dos governantes da parte de baixo da América, incapazes de formular uma política própria dentro das normas dos mercados, propiciando ações especulativas e o surgimento de uma ala descontente se autodenominando reformista e que sempre torceu para que o circo pegasse fogo. Agora vivemos o grande paradoxo da economia: um país com falta de tudo, inclusive de preparo para a vida, mas com uma grande parcela da população que não encontra trabalho. Formou-se o grande castelo de areia das valorizações dos ativos; o mercado financeiro global opera com volume 3,5 vezes acima da economia real. O dinheiro de papel, as atividades especulativas, as guerras pelo poder, tudo se sobrepondo às reais necessidades humanas. O que dirão os economistas do futuro?

No Brasil, o atraso tem várias causas: a valorização do Real incentivou a importação de tudo; fábricas fecharam por ter custo de produção equivalente ao preço do importado; a taxa de juros Selic também convidava a deixar o dinheiro em dólares e na ciranda financeira em vez de na fábrica. O analfabetismo e a falta de raciocínio lúcido aumentaram. O ensino fundamental não foi assimilado de forma eficiente, afetando o ensino superior.

Após a crise financeira global de 2008, as decisões atabalhoadas, visando a próxima eleição, favoreceram o aumento da dívida e quando o real se desvalorizou, foram evidenciadas todas as fragilidades. Quando se contrai uma dívida é preciso olhar o fluxo de caixa e planejar o futuro, a menos que se esteja numa situação anormal como crises e guerras. Vale a pena examinar atentamente esse capítulo da gestão financeira para não cair no buraco das dívidas externas sob o tormento das desvalorizações cambiais.

O câmbio é sempre enigmático no jogo financeiro, pois quem sabe sempre leva vantagem. Fora isso, se reflete diretamente na economia. O Japão cresceu com iene desvalorizado, assim como a China, enquanto o Brasil combatia a inflação com real valorizado artificialmente. Um fator de vital importância é o balanço das contas externas. No Brasil, essas contas têm permanecido em déficit. Quanto montou nos últimos 50 anos? Entre 2012 e 2017 o Brasil teve déficit total em suas contas externas em torno de US$ 332 bilhões. Nada mal como contribuição de um país atrasado com falta de tudo para o mundo.

Espera-se encontrar um ponto de equilíbrio para não cairmos em situação análoga à da Argentina que elevou a taxa de juros para 40% para conter a fuga de dólares. O que faltou aqui sobrou em outro lugar. Esse desequilíbrio e a falta de bom preparo das novas gerações contribuem para o aumento da desigualdade.

Sem compreender o porquê, desalentado, o mundo assiste ao crescente suicídio de jovens. Temos dado a eles apenas a visão do mundo material e suas incoerências. As novas gerações precisam ser motivadas para compreender a finalidade da vida e aprimorar-se. De longa data, o Brasil tem permanecido desatento à vida e ao aprendizado das novas gerações. É necessário adquirir noções sobre a Criação e suas leis, sem lacunas, sobre todos os tempos, desde o começo da humanidade até agora. O mais sagrado dever do ser humano consiste em progredir no reconhecimento de Deus, bem como no seu próprio desenvolvimento espiritual. O espírito é o verdadeiro eu do ser humano.

O ano de 2018 se apresenta como ponto de transição global. Há uma guerra comercial em andamento, que no fundo é confronto geopolítico de poder. Há agravamento nos conflitos do oriente médio. Eleições no Brasil, uma região de grande importância estratégica. Evidentemente é um momento crítico onde forças em confronto buscam definir correntes de comando. Obscuramente, os aproveitantes só pensam em si e não na pátria diante do confronto dos interesses americanos, chineses, europeus e russos. O lamentável é constatar a falta de maturidade não só da classe política, mas da própria população despreparada. Haja Luz sobre o Brasil.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7