A NATUREZA E O TRABALHO

A natureza oferece tudo que o ser humano necessita para a sua sobrevivência, mas exige esforço. O trabalho equilibrado faz parte da vida. Na natureza, tudo é movimento. Mas o homem inventou o dinheiro e o viver se tonou a coisificação do comprar e vender sem que haja alvos elevados e enobrecedores da vida e do trabalho. Com certeza isso decorre do enrijecimento espiritual e da perda da compreensão do significado da vida que vai transformando o ser humano em máquina sem alma.

O colapso do mercado de trabalho acabou se concretizando com a globalização e a concentração da produção industrial alcançada pela China, aliando o enorme contingente de mão de obra de baixo custo à automação da produção, visando o acúmulo de dólares, acarretando precarização geral.

Os recursos da natureza são limitados. Mercado e consumidores terão de se adequar, mas para isso se faz necessária a evolução dos indivíduos para encarar a vida com seriedade e solidariedade, estabelecendo metas de continuada melhora das condições gerais e da qualidade humana visando o progresso e a paz.

A economia saiu da naturalidade. A monetização avançou sobre todas as atividades. A economia de subsistência, existente em regiões afastadas, foi sendo eliminada. Tudo depende de dinheiro que se tornou escasso, e falta trabalho remunerado pelo mundo. A população está desorientada pela enxurrada de comunicações, tanto da imprensa normal como das mídias digitais. Vivemos sob o domínio das mentiras e da corrosão dos valores que lança os seres humanos na guerra de todos contra todos.

Como resolver esse dilema? O Presidente Bolsonaro demonstra preocupação com a situação econômica do país que não consegue produzir mais, empregar, gerar renda. Produzir e empregar mais, distribuir renda, manter o consumo e a arrecadação, requer um grande rearranjo global, pois o Brasil vem sendo convertido em abastecedor de comida e matérias-primas, ampliando o atraso. A situação se complica porque, assim como no futebol, os políticos fazem cera, isto é, deixam o tempo passar sem fazer nada para ver como vai ficar, o que é muito perigoso porque eventos imprevistos estão acontecendo de forma acelerada pelo mundo.

Como um circo, o período eleitoral apresenta muitas promessas falsas e barbaridades de marqueteiros bem pagos. Mas quem respeita o Brasil e sua população? Desde o Marechal Deodoro, poucos cuidados têm sido dados ao país pelos presidentes e governadores, sempre no cabresto do poder mundial sem autonomia nem personalidade. Uns incompetentes astuciosos que emperraram tudo e fizeram do grande e promissor Brasil uma nação endividada e despreparada para o real progresso espiritual e material.

Desde a época em que o grupo liderado por José Bonifácio e a Imperatriz Leopoldina lutaram pela independência do Brasil, um grupo hostil procura impedir que o país se torne pátria de Luz. É triste e lamentável observar quantos se deixam envolver pelos inimigos que querem a derrocada e usam como arma a mentira e a falsidade.

Descrentes de tudo muitos cidadãos deixam de votar, embora se trate de direito e dever que não podem ser abandonados; é preciso votar com seriedade sem se deixar influenciar pela propaganda que vende o candidato como se fosse um bem de consumo. É preciso usar a intuição e avaliar quais são as intenções e a experiência dos candidatos nesta era em que os homens materialistas, dominados pelo intelecto, decepcionados com as religiões, não creem mais em Deus. É preciso identificar os candidatos comprometidos com a melhora geral das condições de vida e com o aprimoramento da espécie humana. O Brasil quer renovação e racionalização, quer tirar os inservíveis e os corruptos da gestão pública. Para isso, é necessário votar bem.

Após o término da Segunda Guerra Mundial os seres humanos tinham no íntimo o sentimento de solidariedade na vida em geral e no trabalho. Com o agravamento da luta pela sobrevivência e aspereza, aumentou a ignorância geral e o egoísmo. O século 21 apresenta uma forte regressão ética, moral e ambiental que requer reação saneadora. Depressão e desequilíbrios emocionais são males atuais. No passado, eles ocorriam com menor frequência porque eram tempos menos acelerados, quando as pessoas conversavam amistosamente de forma serena, pois tinham alguma afinidade com o ciclo natural da vida que acabou sendo perdido.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

EDUCAÇÃO E PREPARO DAS NOVAS GERAÇÕES

As novas gerações devem ser adequadamente preparadas para que surjam seres humanos de qualidade e responsáveis, benéficos a si mesmos e ao planeta, sendo orientados para reconhecer a importância da natureza em sua beleza e suas leis lógicas e coerentes. Pais e mães têm que se conscientizar da responsabilidade de gerar filhos e dar a eles uma base sólida para que saibam analisar as situações e usar a intuição e o raciocínio para encontrar as melhores soluções, e para entender que será através do próprio esforço que irão obter uma vida digna e prosperidade. Algumas reflexões:

1 – A responsabilidade dos pais: Quem quer gerar filhos tem de estar atento à sua responsabilidade, como pai e mãe, de receber um ser humano para cuidar com carinho e amor para que este seja preparado para a vida como ser humano de qualidade.

2 – De zero a seis:  A importante fase de zero a seis anos: Os pesquisadores do cérebro e do comportamento descobriram que é nos primeiros anos de vida, de zero a seis, que se forma o arcabouço básico das conexões cerebrais. Do nascimento até a adolescência é imprescindível que a criança se sinta bem-vinda em seu lar onde deve ser cercada de cuidados e preparada para se fortalecer para não ficar eternamente dependente dos pais. Estamos na hora da grande colheita, de repensar a vida e seu significado real, de se esforçar para se tornar verdadeiro ser humano que reconhece as leis da Criação e constrói a sua vida com respeito a elas colhendo evolução, paz e felicidade.

3 – O bom preparo: Através do preparo para a vida os jovens adquirem maior consciência sobre si mesmos, o que os conduz ao aumento do interesse e capacitação para o aprendizado geral, inclusive o profissional, ficando mais aptos para ingressar no mercado de trabalho. O tempo para pensar e refletir está ficando cada vez mais curto. Temos de superar isso desenvolvendo a aprendizagem contínua, aprendendo uns com os outros, e usando a agilidade da reflexão intuitiva para enfrentar. Temos de aprender e ensinar com respeito e dedicação, retirando de nossa mente o medo e a inquietação. Temos de desenvolver a força da curiosidade para entender a vida e seu propósito, para que finalmente consigamos viver da forma como é esperado de nós, construindo e beneficiando tudo.

4 – O trabalho: A criança tem de aprender desde cedo a noção do trabalho, inclusive como forma de retribuir por tudo o que recebe dos pais, começando por auxiliar em pequenos trabalhos no lar, como varrer o chão, cuidar do jardim, e tantas outras tarefas. Só o trabalho constrói, em casa ou fora dela, em período e atividade adequada para crianças acima de 12 anos, algumas horas sem comprometer o tempo de estudo.

5 – A força da feminilidade: O grande plano dos inimigos da Luz tem como receita para comprometer o futuro da humanidade: solapar a moralidade feminina, corroer as bases do caráter das novas gerações, incentivar o uso de bebidas e drogas como coisa moderna.

6 – O futuro: Mal orientadas, influenciadas por falsos modelos, as novas gerações, descontentes com a situação, se deixam atrair pelos inimigos que não querem o bem. Com TV de baixo nível e filmes violentos, a esperança está desaparecendo, o que diminui a motivação para viver e fazer as coisas bem feitas. As pessoas têm de ser gratas pelo que têm e deixar de reclamar da vida e de tudo. Se cada um fizer a sua parte com força de vontade voltada para o bem, o ciclo destrutivo irá enfraquecer.

7 – A transição: A adolescência, a importante fase de descobertas e transformações, pode ser um período ideal para o incentivo à leitura e resolver problemas de matemática. O hábito de ler pode contribuir para a compreensão de textos e da vida, aumento da criatividade e diminuição do estresse e da ansiedade. Diante da pandemia do coronavírus (Covid-19), que gerou inquietações e receios, há uma boa oportunidade para que os jovens busquem na leitura conforto e sabedoria.

8 – Buscando a melhora: Para assegurar o progresso é fundamental que todos, e principalmente as novas gerações, sejam motivados a buscar respostas para que possam atuar visando a melhora geral das condições de vida no planeta e o aprimoramento da espécie humana, com gratidão, em paz e alegria pelo dom da vida.

9 – Impulso enobrecedor: Cada ser humano tem o natural impulso para evoluir e reconhecer o significado da vida e as leis da natureza, devendo trazer sua contribuição voltada para o bem. O futuro da humanidade depende disso; no entanto, esse impulso pode ser desviado para o mal, favorecendo a decadência.

10 – Renovação: O Brasil quer renovação. Está tomando corpo uma nova determinação espontânea do povo de se opor à perda da liberdade e autonomia; de dar um basta à destruição e ao saque das riquezas da natureza; de criar programas de aprimoramento das novas gerações, com qualidade humana e de vida. O povo quer que o Brasil seus Estados e municípios sejam governados por pessoas idôneas, capacitadas, patriotas, e com força de vontade para realizar tudo isso.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O NOVO LUXO

O luxo mudou. Existe um novo conceito moderno do que é o luxo supremo. Os antenados estão ressignificando não só a palavra, mas as suas atitudes em relação a ela. A mudança de comportamento nos mostra uma nova consciência no mundo. E toda grande transformação começa quando ocorre uma mudança de valores, e é isso que estamos vivendo. Aos poucos, mesmo os mais desatentos, os mais conservadores, mesmo os novos ricos, deslumbrados com sua escalada social, já percebem ou irão perceber que o luxo agora é outro.

Então, o que significa luxo nessa era moderna contemporânea? O novo luxo é ter saúde. Liberdade. Tempo. Ter espaço nesse planeta atulhado, ter hortas orgânicas, abelhas, animais livres, água limpa, rios e mares limpos, matas nativas e florestas preservadas, biomas naturais.

E quem pode se dar esse luxo? Quem puder cuidar de sua saúde física, mental, emocional, psíquica e espiritual. Quem puder ter a liberdade de ser o que é, sem se preocupar com a opinião de ninguém. Quem puder ter tempo de fazer o que gosta e gostar do que faz. Quem puder ter tempo de flanar, pensar, se dedicar a observar a beleza das coisas, de criar beleza nas coisas, de descobrir o mundo. Quem puder ter tempo de dançar sozinho, olhar demoradamente um pôr de sol. Quem tem tempo e puder cuidar dos animais abandonados e ter uns bichinhos pra chamar de seus. Quem tiver tempo de cuidar do jardim e plantar árvores. Tomar um café no fim de tarde e ler um bom livro. Quem tem tempo de conhecer, descobrir e amar as pessoas. De poder fazer amor com todo o tempo do mundo. De acordar de bom humor e acreditar que é possível, e que estamos aqui para presenciar pequenos e grandes milagres.

O novo luxo é ter paz de espírito, consciência tranquila, meditar e sentir aquela felicidade que nasce dentro de você, não importa o que aconteça fora. O novo luxo é saber que para ser feliz temos que desejar que todos possam ser felizes também. Não carregar o peso de sentimentos ruins e pensamentos negativos, mas deixar que eles passem como passam as nuvens escuras pelo céu.

O novo luxo é saber ser gentil com pessoas que você não conhece, com empregados, funcionários, subalternos, ou quem está de algum modo lhe prestando algum serviço. Respeitar o outro independentemente de sua posição social, raça, cor ou credo. Respeitar o ser humano como ele é. O novo luxo é tentar entender quem pensa diferente, quem nos é estranho e saber que violência sempre gera violência e esse beco não tem saída.

O novo luxo é admitir sua fraqueza, perdoar seus erros e se divertir com seus defeitos. Saber que nosso encanto é essa mistura de tudo, muitas vezes confusa e desajeitada, mas sempre tentando ir pelo caminho do bem. Todos temos falhas, todos fazemos bobagens, dizemos coisas que não queríamos ter dito e saber pedir perdão é sempre libertador. Uma das conquistas do novo luxo é essa plenitude.

O novo luxo é experienciar, vivenciar, aprender. O novo luxo é conhecimento. Uma visão abrangente sobre o mundo em que vivemos e nossa passagem por esse lindo planeta azul. O novo luxo faz de você um novo ser humano, sua busca é evoluir e ser melhor. Sua busca é ser mais feliz.
O novo luxo não é ter: é SER! Viver numa casa arborizada com flores e pássaros, com pessoas serenas e generosas dotadas de simplicidade, clareza, naturalidade e alvo espiritual elevado. Com bons pensamentos e atitudes respeitando as Leis da Natureza, com oração bem intuída, brevemente será o grandioso e Novo Luxo da vida. É esse luxo que desejamos para todos nós nesta nova fase da vida que está surgindo no horizonte.

COMO SERÁ O AMANHÃ?

Os seres humanos, hóspedes do planeta Terra, viviam com segurança na regularidade dos acontecimentos. Com o seu querer egoístico, faziam e desfaziam sem respeito às normas da Casa, e tudo se realizava de acordo com os seus desejos. Mas, de repente, não se sabe mais como será o amanhã, que problemas e dificuldades imprevistas surgirão. Isso gera inquietação e até revolta.

O futuro se vai desenhando com outras características. Se no passado recente os homens detinham grande poder porque eles decidiam em função de seus desejos egocêntricos, pelo bem ou pelo mal, planejavam e realizavam o que bem quisessem, agora as coisas estão mudando; a cada dia surge uma nova surpresa que desorienta e trava a realização dos planos.

Os seres humanos, sejam figuras públicas ou pessoas comuns, estão perdendo a coerência e mudando de opinião segundo interesses imediatistas, medo e influências externas. Como enfrentar esse novo desafio de instabilidades? A serenidade pessoal surgirá da confiança depositada no funcionamento automático e justo das perenes leis da Criação, pois as leis dos homens são movidas por interesses particulares momentâneos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora).  E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

 

O TÚNEL DO SÉCULO 21

Academias, cabeleireiros, bares, baladas, restaurantes, cinemas, reuniões, hotéis, nada mais funciona como antigamente. Os efeitos sobre a economia e os empregos são devastadores. A velha rotina não existe mais, porém ainda não há uma nova em funcionamento, o que cria insegurança nas pessoas, pois não sabem o que fazer, e o que fazem está cercado de medos e cuidados que cansam o corpo e a mente.

O desespero não é recomendável, há que se ter serenidade e saber sobreviver, aguardando que surja a Luz no fim desse túnel tenebroso que a humanidade está atravessando. Depois da tempestade sempre surge o sol, mas é preciso refletir por que razão tivemos de adentrar nesse túnel onde a esperança se esconde.

As pessoas se esqueceram que na Terra somos todos peregrinos em busca de evolução espiritual e se agarraram ao materialismo perecível, mas para isso foram paulatinamente deixando de ser humanos, tornando-se incapazes de criar um mundo melhor que não se fundamentasse no logro, na mentira, na mania de grandeza, na falta de consideração. Agora o momento da grande colheita chegou; a hora de repensar a vida e seu significado real, hora de se esforçar para se tornar verdadeiro ser humano que reconhece as leis da Criação e constrói a sua vida com respeito a elas, colhendo evolução, paz e felicidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

HÁ MILÊNIOS POR CAMINHOS ERRADOS

A economia do dinheiro criado pelo homem gerou grandes desequilíbrios. Alguma forma deverá ser encontrada para que as pessoas possam ter uma vida digna entre os extremos de trabalhar 14 horas por dia por um mínimo, ou receber um auxílio sem ter de fazer nada. A natureza oferece tudo que o ser humano necessita, mas requer esforço. A economia globalizada acabou transtornando ainda mais o que já era precário. Na contabilidade, tudo requer o débito e o crédito, no entanto, hoje poucos têm o crédito, pois o débito domina a maioria que mal consegue sobreviver.

A criança tem de aprender desde cedo a noção do trabalho, inclusive como forma de retribuir por tudo o que recebe dos pais, começando por auxiliar em pequenos trabalhos no lar, como varrer o chão, cuidar do jardim, e tantas outras tarefas. Só o trabalho constrói, em casa ou fora dela, em período e atividade adequada para crianças acima de 12 anos, sem comprometer o tempo de estudo.

As novas gerações enfrentam o problema da pobreza ao lado do despreparo de homens e mulheres para gerar filhos. Do nascimento até a adolescência é imprescindível que a criança se sinta bem-vinda em seu lar onde deve ser cercada de cuidados e preparada para se fortalecer para não ficar eternamente dependente dos pais. A questão do dinheiro pode encontrar alguma solução, mas a ausência de cuidados e carinhos fica mais difícil de resolver.

A crise mostra o quanto a economia se afastou da naturalidade. Agora muitas pessoas não têm o suficiente para se alimentar, mas a situação mundial pode se agravar com os problemas que surgem na produção de alimentos, permitindo que aqueles que dispõem de recursos saiam pelo mundo comprando comida, sem que haja políticas de equilíbrio nos países em relação ao que se exporta e o que se faz necessário para abastecer a própria população. Os governos, as elites pensantes e as pessoas em geral não podem continuar se esquivando de forma tão irresponsável. Bom senso e consideração humana são as palavras-chave.

Na vida, como na eletricidade, estamos sujeitos aos curtos-circuitos, geralmente por fiação mal feita. Vamos caminhando pela vida, pensando, falando, agindo, isso tudo vai gerando fios que se entrelaçam gerando o nosso destino. Imaginem muitos fios entrelaçados, mal resolvidos, sempre estarão sujeitos a faíscas e estouros, mas quando ocorrer uma descarga de maior voltagem, o estrago será maior. É isso que está acontecendo na vida das pessoas, das famílias, das organizações e dos governos. É preciso força para enfrentar e coragem para ir desfazendo essa fiação mal construída. Mas se nada for feito, o perigo de grande explosão aumentará.

O relacionamento entre as pessoas se tornou superficial porque falta autenticidade nas palavras. Um tagarelar vazio ditado pelos costumes sociais em que as pessoas vão falando qualquer coisa formada no cérebro sem que isso esteja de acordo com a sua vontade interior; palavras destinadas a bajular, enganar, e de desconfiança. Não se constroem pontes nem vínculos, apenas pode surgir uma sensação desgastante dessas conversas vazias. Em contraste, palavras ditadas pela amizade e consideração são doadoras e fortalecedoras, indispensáveis ao bom entrosamento e realizações construtivas.

Há muitos debates em torno do tamanho do Estado, mas quanto mais este aumenta, mais improdutivo se torna, pois ali se reúnem indivíduos que querem o poder e as benesses, mas poucos estão dispostos a contribuir para o bem geral. Como não conseguem espaço na iniciativa privada, correm para se abrigar no cobertor do Estado, manipulando a boa-fé da população. Faltam estadistas sérios. Faltam oportunidades e postos de trabalho.

Há milênios a humanidade tem seguido por caminhos errados em vez de buscar o aprimoramento da espécie e o viver pacífico. Com pessoas de bem, conscientes de sua responsabilidade de promover a continuada melhora das condições gerais para que o viver na Terra seja profícuo e proveitoso, em paz e felicidade, não haveria a necessidade do agigantamento do Estado. Ainda não foi encontrada a maneira equilibrada de gerir o dinheiro e o controle das contas públicas. É tudo festa até chegar o estouro de Caixa inviabilizando a construção do futuro neste mundo onde pouca atenção foi dada ao desenvolvimento de condições que possibilitem a melhoria continuada da qualidade humana.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

RESET OU RISSIT?

O século 21 iniciou com estrondos e mortes. Torres Gêmeas de Nova York, guerras no Iraque e na Síria. Ensaiava-se a melhora, mas veio a crise de 2008, um problema atrás do outro, guerra comercial, covid-19 e medo. O que está em gestação para o mundo? Seria o Reset? Como se deveria escrever essa palavra em português do Brasil? Dá confusão de qualquer modo que se escreva, seja pela pronúncia ou pela grafia. “Resetar” seria como interromper o processo já percorrido e reiniciar, o que se faz com frequência em aparelhos eletrônicos, modem e outros.

No percurso da humanidade, no passado distante, na Atlântida destruída e na Suméria, a vida se orientava pelas leis da Criação, ou seja, pela Vontade Criadora de Deus, e tudo evoluía de forma equilibrada. Vieram os tiranos cheios de cobiça por riqueza e poder. Vieram os reis com seu poder absoluto e a religião. A monarquia foi substituída pelo Estado Nação, os mais fortes visando o domínio sobre outros mais fracos e corruptos, sem patriotismo.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, em evento de lançamento de políticas contra a mutilação e o suicídio falou que parcela dos jovens brasileiros se tornou “zumbi existencial” que não acredita mais em Deus. Avaliou que o mundo vive um momento de “desconstrução de tudo”, o que deixa o público jovem sem referência ou motivação.

A primeira ciência para as crianças tem de ser a natureza que contém, em suas leis lógicas e coerentes, a perfeição da Vontade Criadora de Deus. Tudo na natureza atesta a perfeição das leis naturais do Criador. Imperfeitos são os seres humanos que, abusando da livre resolução, criaram o caos, mas terão de colher tudo o que semearam.

O Brasil já vinha perdendo terreno no bom preparo dos jovens. Com a desindustrialização, muito da habilidade técnica foi embora. A paralisação imposta pela covid-19 acentuou a indolência geral e perda do ritmo. Mas no caso da educação, vale ressaltar que a escola era fraca, cheia de teorias e pouco desenvolvimento do bom senso e raciocínio lúcido. É o país que se fragiliza, o que é bom para aqueles que querem merendar no pasto Brasil, pois não encontram maiores resistências.

Precisamos fortalecer o preparo da população para uma vida construtiva e benéfica. Temos de oferecer às novas gerações o adequado preparo para que transformem o Brasil no maravilhoso país sonhado de liberdade, com progresso espiritual e material, paz e alegria.

Há muito tempo a economia saiu da naturalidade, dando lugar à ganância, ao desejo de enriquecimento rápido. Os juros altos por longo período atraíam os capitais, o dólar ficou barato desestimulando a produção. A China se aproveitou do vazio e fabricou de tudo para todos. Empregos se perderam. O país deve muito. Classes Média, A, B, C, D, estão todas em declínio.

Desequilíbrio e caos se espalharam pelo mundo. A globalização foi restringindo o poder dos Estados. Há uma nova guerra econômica. O globalismo evoluiu para novos conceitos de orientação da vida e do comportamento. E surge o projeto Reset que se diz quer reiniciar, consolidar e oficializar o poder global sobre a população geral, eliminando os estados-nações e seus governos venais.

O momento é difícil. O Brasil tem sido generoso na produção de alimentos, mas no mundo começa a se desenhar a ameaça da falta de comida. A natureza tem de ser respeitada. A estrutura produtiva não pode ser detonada. Os abusos têm de ser evitados. Cobiças, ganância e atos revoltosos devem ser contidos. A travessia é longa.

Estamos numa fase de complicadas transformações. Os estados-nação, há anos geridos por governos incompetentes e corruptos, deixaram as dívidas irem às alturas, agora acham-se sob ameaça. Dizem os entendidos que vem por aí a unificação do poder e controle sobre a população mundial, uniformizando o comportamento dos povos, reduzindo as liberdades. Quem não soube aproveitá-las para evoluir perceberá que perdeu seu precioso tempo correndo o risco de se tornar descartável pela engrenagem global. Mas é preciso saber que há um grande Reset em andamento, a grande colheita de todas as ações semeadas pela humanidade num curto espaço de tempo. Só poderão subsistir as ações que estiverem em conformidade com as Leis da Criação.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

VAI FALTAR COMIDA?

Em sete de setembro de 1822, nascia a pátria Brasil. Temos de buscar a autonomia e voltar a viver do lado da felicidade da vida! Em dois de setembro de 1822, no palácio imperial estava sendo assinada a Independência. Idealistas liderados pela imperatriz Leopoldina e José Bonifácio não mediram esforços para dar ao Brasil a liberdade política, algo que muitos países conquistaram só no século 20. No mesmo dia, do ano de 2018, houve um incêndio no palácio imperial que fora transformado em Museu Nacional. Simples coincidência ou um sinal do Céu para os brasileiros.

O projeto era estabelecer uma nação livre, espiritual e materialmente. Esperemos que o sacrifício não tenha sido em vão. Desde aquela época grupos hostis procuram impedir que o Brasil se torne livre e independente de fato. É triste e lamentável observar quantos se deixam envolver pelos inimigos do país, cujas armas usadas são a mentira, o medo e a falsidade, opondo-se a que surja uma pátria de Luz. O tecido social está sendo corroído. A precarização geral está aumentando. É preciso energia para que o país não afunde no abismo da imoralidade. A Pátria tem sido descuidada e deixada por conta dos esfoladores, aqueles que para atender a seus interesses semeiam misérias.

O uso de máscara sanitária é imperativo legal, mas as máscaras da falsidade, utilizadas espontaneamente por pessoas que mostram o que não são, escondem a face real de suas cobiças. Cada um desses enganadores terá de colher o fruto das suas sementes malignas. A falsa consideração cairá por terra. Esperemos que surja a verdadeira consideração humana da parte de todos, no pensar, falar e agir, pois sem isso o mundo tende a piorar.

O país está desfigurado, faltam estadistas sérios em todos os níveis e as cidades vão perdendo o seu encanto, sua paz e sua beleza, pois os prefeitos e vereadores, no geral, mais atrapalham do que promovem o progresso. Nos Estados e no Congresso é a mesma coisa. O Brasil precisa de uma nova geração de políticos. O mundo também. Vamos aproveitar as eleições municipais para excluir os que não prestam. É preciso usar a intuição e avaliar quais são as intenções dos candidatos nesta era em que os homens materialistas, dominados pelo intelecto, estão decepcionados com as religiões e não creem mais em Deus.

É importante examinar se existem candidatos empenhados para que haja melhora geral das condições de vida e do aprimoramento da espécie humana. Vamos votar certo. No governo e finança pública é onde se cometeram grandes crimes contra a natureza e o social; muitos países estão arruinados por causa disso, inclusive o Brasil. O social, não o socialismo, tem a ver com a verdadeira consideração humana; não fazer ao outro o que não faríamos a nós mesmos.

Um pouco de cautela com as operações na Bolsa de Valores não faz mal a ninguém. É sempre útil relembrar o passado, evitando o comportamento de manada levada pela ânsia de obter ganhos, pois o funcionamento tem sido na base de os ganhos de uns acarretarem perdas a outros. Hoje as ações estão em alta, independentemente do resto da economia meio despedaçada pela globalização e maus governos. Mas quando vier uma ressaca, as consequências serão imprevisíveis.

Abusos de preços sempre ocorrem, haja vista o que aconteceu com a subida dos preços de remédios. A taxa de câmbio é influenciada pela taxa de juros. Dólar barato aumenta a procura, mas para que não haja escassez, aumentam-se os juros, e com isso a dívida também sobe. Como disciplinar a exportação de alimentos para que o mercado interno não fique desabastecido e inflacionado? Com as mudanças climáticas, os problemas da alimentação aumentarão pelo mundo. Enfrentamos tempos difíceis, mas a classe política cobiça o poder e promove o caos.

A economia globalizada se tornou artificial e unilateral, e afastou-se do todo. O Capitalismo de Estado, com seu protecionismo forte, está interferindo em tudo. O agronegócio avança para saciar a fome de quem tem recursos. A produção de manufaturas para consumo foi transferida para a Ásia, levando os empregos. Os grupos financeiros querem ganhos com controle do dinheiro. A massa fica alienada e não há projetos que conduzam ao aprimoramento da espécie humana.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ZUMBIS EXISTENCIAIS

A educação no Brasil e no mundo tem sido uma lástima. A cultura dogmática está desmoronando e tem sido substituída pela cultura do prazer exacerbado que leva ao vazio pela falta de preparo e por se deixar de buscar o significado da vida. A primeira ciência para as crianças tem de ser a natureza que contém, em suas leis lógicas e coerentes, a perfeição da Vontade Criadora de Deus.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou em matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, que parcela dos jovens brasileiros se tornou “zumbi existencial” que não acredita mais em Deus.

A notícia revelou que em evento de lançamento de políticas contra a mutilação e o suicídio, o ministro, que também é pastor presbiteriano, avaliou que o mundo vive um momento de “desconstrução de tudo”, o que deixa o público jovem sem referência ou motivação. “Nós temos hoje no Brasil, motivados creio eu, meu diagnóstico, por essa quebra de absolutos e de certezas, verdadeiros zumbis existenciais. Não acreditam mais em nada, desde Deus a política. Eles não têm nenhuma motivação”, disse o Ministro da Educação.

Ribeiro afirmou ainda que a juventude tem vivido um “vazio existencial”, o que, na opinião dele, estimula adolescentes a viverem sem propósito e a tirarem “a própria vida”.

“Nós vivemos em um tempo de desconstrução de tudo. De tudo o que é valor, de tudo o que é absoluto. De todas as certezas da vida”, disse. “Não há mais uma juventude que acredite nas coisas como Deus, religião, política e família. Eles perdem totalmente o referencial”, ressaltou. Segundo ele, “a grande moda dos sociólogos e filósofos é desconstruir valores e ideias e não colocar nada no lugar, deixando um vazio”.

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