Benedicto Ismael Camargo Dutra*
Os países endividados, mal geridos e com população sem preparo como o Brasil que se cuidem, pois terão seus recursos cobiçados. Desde a República, proclamada em 1889, os governantes pouco se esforçaram para forjar um país independente, com população bem preparada para a vida, apto a evoluir. Foram 500 anos de atividade predatória, mas nos últimos 127 anos de República mal concebida, com o Estado atrelado a interesses particulares, o país ficou longe da melhora real.
Com mais de 12 milhões desempregados, deixam de circular de sete a dez bilhões de reais ao mês com seu efeito dinâmico, que vai emperrando as engrenagens da economia. Economistas precisam focar nesse problema que é mundial, buscando alternativas antes que seja tarde demais. Lamentável. Como consequência, vai sendo desconstruída a nacionalidade, o idioma, a indústria, os rios, as novas gerações. Enquanto a Venezuela foi desconstruída em decorrência do voluntarismo de seu comando, no Brasil a desconstrução roubou a fibra, e a população não sabe mais qual o potencial do país e nem tem preparo para aproveitar esse potencial para o bem geral.
O economista Angus Deaton, ganhador do prêmio Nobel, disse em entrevista que a globalização não está agonizando e que trouxe muitos benefícios. Deaton tem razão; após a globalização algumas coisas melhoram nesse mundo que até fins do século 19 admitia o trabalho escravo como fator de produção. Mas a humanidade está doente e os culpados são os próprios seres humanos que se afastaram das leis naturais, tateando com seu cérebro dominador sem se esforçar para ouvir a voz interior, que é a intuição com sua conexão com esferas mais elevadas. Em sua restrição, o cérebro criou teorias e armadilhas, mas a essência dos males está na falta da espiritualidade e no domínio do egoísmo e sede de poder. Mas segundo o economista, as coisas poderão piorar ainda mais com a chegada dos robôs para substituir o trabalho humano. Leia mais