O MUNDO APÓS O 11 DE SETEMBRO
O século 20 marcou a consolidação do poder dos Estados Unidos e de sua moeda, o dólar, porque detinham hegemonia no campo militar, econômico, tecnológico, cultural e político no mundo, difundindo a sua democracia.
Nos vinte anos após o 11 de setembro, muitas coisas estão oscilando. As guerras, a crise do subprime nos anos 2007 e 2008, a crença no poder militar e no dólar, o que pôs os americanos para dormir, e ao acordar viram que o sonho estava sem vida. Sun Tzu, Confu-tse, Capitalismo de Estado com mão de ferro, partido único utilizando mão de obra de menor custo para produção em massa e câmbio favorável à exportação, todos esses fatores deram tal impulso à China que lhe permitiram rivalizar com os EUA, os quais ficaram seduzidos pelo monetarismo, neoliberalismo e “financeirismo”. Vinte anos após, a pandemia somou-se aos desencantos do ocidente endividado e com redução nos empregos e renda.
As novas gerações perderam o rumo e sua angústia se torna visível em atitudes destrutivas. A China está sofrendo a síndrome da guerra do ópio, entorpecente extraído da papoula, cujo vício provocou devastação na população no século 19. No século atual, visando preservar as novas gerações, o governo chinês está impondo rígida regulamentação sobre tudo o que possa influenciar os jovens, tais como: Internet, jogos eletrônicos, idolatria de artistas. Mesmo assim não deixa de ser uma coerção; melhor seria o máximo empenho da China e dos povos em geral, no sentido do aprimoramento da espécie humana e do progresso material e espiritual.
O Brasil é campeão em número de partidos políticos, muitos dos quais geram evasão da responsabilidade, cada um culpando o outro pelo atraso, sem que haja comprometimento com a melhora geral. Os pontos críticos: o secular descuido com as novas gerações; saneamento; obras muito caras, mal planejadas, por vezes interrompidas; péssima qualidade da programação da TV. Sem leitura, sem aumento do vocabulário, sem campanhas para desenvolver paternidade responsável, como esperar que as novas gerações tenham clareza no pensar e raciocínio lúcido?
O Brasil precisa fortalecer o preparo da população para uma vida construtiva e benéfica. Temos de oferecer às novas gerações o adequado preparo para que transformem o Brasil no maravilhoso país sonhado de liberdade, com progresso espiritual e material, paz e alegria. Os jovens devem receber estímulos para um voo ao mundo dos sonhos e dos projetos enobrecedores, visando a formação de seres humanos investigativos, que pensem com clareza e fazem perguntas, pondo em ação as capacitações que dão a habilidade de observar e analisar os acontecimentos com lucidez, para se conectar com o significado maior da vida, evoluir, ser feliz.
Desde 1889 tem faltado idoneidade e patriotismo aos governantes do país. Getúlio Vargas tinha sensibilidade para as dificuldades da população e queria dar-lhe uma base para o seu desenvolvimento. Os militares se desdobraram para tirar o país do atraso herdado da economia de subserviência ao exterior. Os que os sucederam permitiram a corrupção e desvio de verbas. Quanto ao governo atual, ao que se sabe tem apresentado seriedade e eficiência na aplicação do dinheiro.
O Brasil patina desde 1980. O IGPM de 35% causou muitos danos às pessoas cuja renda se manteve sem reajustes. Controlar a inflação é importante, mas é preciso olhar para a produção, pois o controle da inflação tem significado queda no PIB. Em 2021, o poder consolidado é forte e não quer mudanças.
O que está se passando é uma guerra de comunicações, com infiltrações e golpes baixos. Prevalece a cobiça pelo poder. Falta união pelo bem do Brasil. A eleição vem aí, época de mentiras e abusos. Para alcançar a melhora é preciso educar a população e eleger candidatos idôneos e competentes, pois uma ruptura abrupta traria consequências nefastas.
O poder está na mão de um grupo de pessoas materialistas, que adoram o poder e o dinheiro, mentirosos que não querem saber do aprimoramento da espécie humana e da vida eterna, pois absurdamente acreditam que a vida é uma só. A esperança está sumindo; há no mundo um emaranhado de problemas, mas não há pesquisas sinceras para enxergar com clareza a situação real da humanidade e as soluções corretas e naturais.
*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br