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A ESTRELA MARAVILHOSA

O ser humano recebeu uma estrela maravilhosa, o planeta Terra, onde teria a oportunidade de se fortalecer e evoluir, beneficiar e embelezar, mas na sua ignorância e displicência o transformou num depósito de lixo. Com tanta riqueza natural, o ser humano agarrou-se ao ídolo dinheiro e por ele estragou a sustentabilidade da Terra. Nos mares e no solo, o lixo; nas cidades, corpos de seres humanos entorpecidos caídos pelo chão.

Por ser a civilização do dinheiro, o capitalismo atua como estimulante para todas as atividades sejam pessoais, empresariais ou de governos, mas de forma voraz acabou gerando gargalos financeiros e abismos sociais. A economia clássica visava reunir recursos escassos para produzir os bens necessários a um viver com qualidade, mas descambou apara a atividade financeira oportunista, e se tornou uma roleta na qual assumir riscos trazia ganhos, o que exigiu a interferência do BC para conter as crises financeiras, e arrastou o sistema para o beco da enorme bolha de crédito forjada pelo monetarismo displicente, que está sendo sustentada com mais dinheiro e crédito.

Por outro lado, desenvolveu-se uma teoria para a transformação social pregando justiça na remuneração do trabalho, moradia decente, saúde e educação. Para que esses objetivos fossem alcançados, imaginaram a supressão da propriedade privada, inclusive dos meios de produção. Os trabalhadores estavam desgostosos. A juventude universitária queria mudanças. As ideias atuaram de forma sedutora tendo sido acolhidas pela sofrida classe trabalhadora e pelas novas gerações ansiosas por um viver melhor.

Atualmente, a população em geral se acha espremida e manipulada entre a direita capitalista liberal, que busca o crescimento do dinheiro, e a esquerda socialista, contrária à propriedade privada; no fundo, ambas visam o próprio poder, influência e controle das riquezas. Esses embates provocam conflitos, guerras, miséria, sofrimento e não favorecem a real evolução da espécie humana, pois a Terra é como uma estrela que contém as condições necessárias para o desenvolvimento espiritual do ser humano, o que deve ser a sua sintonização prioritária.

No geral, quando a situação fica na mão do Estado, é uma lástima, pois os responsáveis não se preocupam em manter um serviço condizente, não controlam os custos, e só pensam em vantagens pessoais. E as empresas privatizadas visam maximizar seus ganhos. Conclusão: a responsável pelo desserviço é a baixa qualidade humana, pois em função do dinheiro tudo é colocado em nível inferior ao que deveria ser.

No Brasil, o regime escravocrata criou uma nação sem renda, além disso diziam que rico não entra no céu, mas esqueceram de dizer que no inferno também há muitos pobres. O Brasil de 2023 não está muito diferente do Brasil de 1923; a vida está difícil, há desânimo, e o truque do circo já não segura as massas de forma tão intensa. Permanece o atraso na economia, nas moradias, na saúde e educação. Ou seja, uma nação atrasada onde a cada quatro anos um novo grupo formado por presidente, governadores, prefeitos e o corpo legislativo, é eleito, mas o que eles têm feito de útil e benéfico?

A situação geral é crítica. As empresas têm de participar, contribuindo para a melhoria nas regiões onde atuam. O tempo de vampirismo das colônias está no fim. Bem-vindos todos que pensarem e agirem dessa forma. Passadas várias horas, e em algumas regiões de São Paulo que ficaram por mais de 80 horas sem energia elétrica, sem internet, sem WhatsApp, estressadas as pessoas percebem a importância e necessidade de ter os serviços pelos quais pagam em funcionamento. Cada um no seu posto deve contribuir para um futuro melhor, mas o que tem prevalecido é o jogo de interesses financeiros e políticos pelo poder. A força da natureza ofereceu uma pausa para reflexão: para onde caminha a vida, para onde caminha a aviltada e maravilhosa estrela dos seres humanos?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CAPITALISMO, DINHEIRO, SOCIALISMO

O dinheiro se tornou o capital nas mãos daqueles que tinham a habilidade de fazê-lo engordar, tendo sido impulsionado pelas operações de empréstimos a juros, sendo os reis e príncipes os principais tomadores. Daí foi evoluindo para o comércio e produção de bens, absorvendo a mão de obra dos camponeses disponíveis.

Poder e dinheiro se tornaram o objetivo das pessoas que se aproveitam das possibilidades que o dinheiro oferece. Então os grandes empreendedores passaram a constituir as grandes empresas de comércio internacional cuja motivação e sintonização tinham como base aumentar o dinheiro e ampliar o seu poder. No rastro, surgiu a atividade bancária. O capitalismo, a civilização do dinheiro atua como estimulante para todas as atividades pessoais, empresariais e de governos, mas acabou gerando gargalos financeiros e abismos sociais.

A questão do dinheiro é basicamente simples, mas ficou complicada ao longo do tempo. Diziam que rico não entra no céu, mas esqueceram de dizer que no inferno também há muitos pobres. Necessitamos dos bens e do dinheiro; o problema é quando acumular dinheiro se torna a prioridade da vida, a grande cobiça, e nada mais interessa nem é respeitado.

Passaram-se séculos de continuada acumulação a ferro e fogo. Os empreendedores mais afortunados passaram a ter influência ampliada na condução dos negócios das nações e de sua população constituída de trabalhadores que deram a sua contribuição para a formar a riqueza, e também se tornaram a classe consumidora. Isso tudo ocorreu a despeito de uma frágil visão espiritualista que intuía a reencarnação, mas que almejava o poder na atual existência.

Surgiram conflitos. Surgiu o marxismo-leninismo, que incapaz de fazer frente ao sistema criado pelo capital, isto é, o dinheiro, desenvolveu uma teoria para a transformação social pregando justiça na remuneração do trabalho, moradia decente, saúde, educação. Para que esses objetivos fossem alcançados, imaginaram a supressão da propriedade privada, inclusive dos meios de produção, e para isso queriam remodelar a estrutura social formada pelos capitalistas no topo, próximos ao governo, e a população formada pelos trabalhadores em geral que também compunham a classe consumidora dos produtos essenciais e dos supérfluos. Uma ideia sedutora acolhida pela sofrida classe trabalhadora e pelas novas gerações.

Nesse cenário ocorrem os embates entre os adeptos dessas duas visões da vida. Não é preciso muito para perceber que a população em geral se acha espremida e manipulada por esses grupos que no fundo visam o próprio poder, influência e controle das riquezas. Esses embates provocam guerras, miséria, sofrimento e nada favorecem para a real evolução da espécie humana. Mas a Terra é o campo do desenvolvimento espiritual do ser humano, e isso deve ser a sintonização prioritária da humanidade.

O unilateralismo materialista está tomando conta do planeta. O corpo do homem é constituído de matéria inerte que é aquecida e vivificada pelo espírito permanente, que tem de buscar o saber das leis da Criação para atuar beneficiando, evoluir e se tornar verdadeiro ser humano, ou na indolência, um mero robô como já está acontecendo. No mundo material perecível tudo depende da natureza, a única que concede a verdadeira riqueza.

Há uma percepção geral de que o tempo para evoluir está acabando. Os freios éticos e morais estão deixando de funcionar, aumentando o perigo. Há conflitos, interesses, projetos de poder, mas também há os fios dos destinos que estão mais alvoroçados, fora do controle dos homens; são eles que trarão os desfechos justos para a humanidade. Impulsionados por nova força da Luz, os fios dos destinos dos seres humanos estão empurrando tudo para o limite crítico; surgirá uma época áspera e objetiva, será o ser ou não ser. Cada ser humano é responsável por si mesmo, por suas escolhas e seu futuro. Uma nova era de paz e boa vontade se acha em gestação.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ALENTO GERAL

É estarrecedor o nível a que a humanidade decaiu. Há uma geoeconomia tenebrosa na qual os líderes tiram proveitos sem favorecer o aprimoramento humano. Atualmente as novas gerações perderam a força de vontade. Há um desalento geral, falta de ânimo e de propósitos enobrecedores, mas a cobiça por riqueza e poder tem aumentado, o que pode arrastar o planeta para ruína total, inerente à desumanização progressiva. As pessoas nascem na “Escola da Vida” prioritariamente para evoluir, se humanizar, mas está faltando conscientização e motivação para essa prioridade fundamental.

Ocidente e Oriente miraram no crescimento do capital financeiro deixando de lado o capital humano, isto é, o desenvolvimento integral do ser humano, sua qualidade física, mental, espiritual. Agora, com a permanência da inflação, novamente, mais penalizada será a população em geral. É necessária a atuação de estadistas e empresários sábios que cooperem para que haja equilíbrio na economia interna e externa.

As finanças têm a sua importância, mas o capital humano não pode permanecer na displicência, pois as novas gerações não estão recebendo bom preparo para a vida comprometendo um futuro melhor. É preciso que os jovens estejam atentos e acordem, pois se ficarem acomodados serão dominados pela base que receberam na infância, passando a serem simples produtos de massa, e não verdadeiros seres humanos, com discernimento próprio. Para um bom desenvolvimento, as crianças precisam ser incentivadas para contar e escrever histórias.

Certa criança não compreendia as brigas e conflitos e disse: “Por que as pessoas fazem tantas maldades, será que ninguém explicou que a vida pode ser maravilhosa? Uma pessoa de coração não faz maldades. Elas não aprenderam que o coração deve ser o condutor?”

Muitas atividades estão se ressentindo. Com as grandes transformações na área econômica, os modelos anteriores perdem espaço diante das gigantes da internet. Custos crescem. Salários dos trabalhadores em geral se comprimem. Como superar as crises e manter as condições sociais da população?

Na periferia proliferam as moradias precárias. As cidades estão crescendo para cima, mas no chão o trânsito é caótico. Os da direita defendem o capital e seus detentores; os da esquerda defendem o poder na mão dos homens de Estado, mas a população é manipulada, distraída com muito circo e pouco pão para que não seja um incômodo. Tudo está ficando difícil, os responsáveis percebem isso, mas sem saber o que fazer vão enrolando, e alguns cuidam de encher o próprio bolso.

Com seu livre arbítrio o homem pode escolher a escada que sobe rumo à humanização, ou a que desce aos abismos do embrutecimento. Pode escolher desenvolvimento e elevação do espírito, ou agarrar-se ao mundo material na crença de que com a morte tudo se acaba. Pelo que se observa, a escolha foi para a descida, que também afundou a Terra que se distanciou do Céu. Mas a aspereza é brutal e as engrenagens estão emperrando em todos os setores da vida. As profecias apontavam para a conflagração geral, todos contra todos, mas ainda há uma certa disciplina; o dia da grande colheita está se aproximando.

A atmosfera de esperança no futuro está cedendo lugar para um clima de incertezas e receios gerais que enfraqueceram a demanda. O sistema induzia à ideia de que haveria continuada melhora geral; como isso não ocorreu, o comportamento dos consumidores se tornou contido. As coisas começaram a piorar com o surgimento do polo fabril asiático, com menor custo de mão de obra e que sofre menos impacto das crises financeiras e taxas de juros, que passou a produzir para exportar. As autoridades têm de buscar o equilíbrio na atividade econômica a fim de que haja produção, renda e consumo, e um bom alento sobre o futuro.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AMA AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO

É muito triste para nós brasileiros, tradicionalmente calmos e pacíficos, ver os trágicos acontecimentos iniciados de forma inesperada com ataques ao povo das cidades de Israel. O sofrimento geral nos afeta por empatia, pois o povo brasileiro possui sensibilidade atuante, já extraviada em grande parte do mundo materialista. Entristece e assusta ver a paz mundial estar sob ameaça.

As nações não se entendem. O poder age acobertado na sombra. Nações, organizações e entidades têm o poder diluído. Quem pode, manda. A manada segue sem maiores reflexões. Assim o mundo caminha para o abismo. Não se trata de tomar partido, pois a questão maior é a humanidade que ainda não encontrou o caminho da convivência pacífica. Na guerra das comunicações, a verdade fica oculta; o que interessa é a manipulação da massa. Muitas pessoas acabam se tornado como a máquina. Não ouvem mais a voz interior. Se isso está acontecendo com os mais velhos, o que será das novas gerações?

Na engrenagem mundial, o ser humano é um grão de areia, mas a sua arrogância é enorme. Os acontecimentos iam caminhando. Guerra da Ucrânia e Rússia, dinheiro digital, eleições, Taiwan, juros, bolsas, inteligência artificial. De repente acontece um trágico e impiedoso ataque aleatório contra o povo de cidades de Israel seguido de forte retaliação. Comoção geral. Uma emergência na trajetória do mundo. A surpresa e os fatos levaram os Estados Unidos a marcar sua presença, pois estamos diante de uma situação que produz imprevisível tensão mundial que requer hábeis negociadores.

Agarrados ao perecível mundo material, e para satisfazer as próprias cobiças, os seres humanos não vacilaram em colocar de lado a amplitude do amor ao próximo, deixando de ouvir a própria consciência, e em vez de paz e progresso espiritual criaram o inferno na Terra. No mundo atual tudo gira em torno do dinheiro. Muitas atividades ilícitas são toleradas porque envolvem dinheiro, mesmo sujo, e principalmente, ganhos. O homem tem a capacidade da livre resolução: o sim ou o não, mas mesmo que não possa realizá-la, fica atrelado a ela.

No país do dólar, a recessão demora mais a chegar afetando a taxa de juros, mas seu efeito pode chegar de repente. Na América Latina é mais complicado. O capital sempre busca oportunidades de ganhos; e se essas estão na Ásia, fábricas fecham e mudam criando a relocalização da indústria. É um procedimento considerado correto pela análise econômica, mas outras considerações também deveriam entrar em cena, pois a população perde trabalho, o nível decai, e surgem cidades fantasmas que não conseguem se sustentar, aumentando a violência urbana.

De longa data os seres humanos têm vivido sem o necessário respeito aos Mandamentos de Deus, servindo prioritariamente a si mesmos e às suas cobiças. Na época em que Jesus disse: “Colocai o Senhor teu Deus acima de todas as coisas, e ama ao teu próximo como a ti mesmo”, os discípulos compreenderam claramente, mas com o passar do tempo foram surgindo conceitos distorcendo a amplitude das palavras, e os seres humanos deixaram de praticar o verdadeiro amor ao próximo, até que Abdruschin, em sua obra Mensagem do Graal, iluminou o conceito com a Luz da Verdade: “Permitido vos é peregrinar através das Criações por vosso desejo, tornando-vos autoconscientes; contudo, não deveis causar sofrimento algum a outrem, a fim de satisfazer com isso a própria cobiça.”

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS LEIS DO AQUÉM E DO ALÉM

A humanidade se afastou da natureza e suas leis. Esqueceu a ancestralidade e o significado da vida. Esqueceu de sua essência espiritual. Inventou um dinheiro instável e flutuante, o qual se tornou o fundamento de todas as atividades. Em meio a todas as barbaridades praticadas contra a natureza, parece estar chegando um novo ciclo de atividade solar aumentada, o que está alterando o clima do nosso planeta.

As pessoas viviam para aproveitar a vida com lazer e prazeres. Isso está no fim. Não utilizaram o tempo para compreender o funcionamento das leis da Criação e evoluir, e agora não entendem os acontecimentos que estão espalhando inquietação. As crianças estão expostas a muitos exemplos errados e prejudiciais. A criança que aprende com os pais sobre o funcionamento das leis da Criação terá a grande chance de se esforçar para ser um verdadeiro ser humano.

O planeta está sujeito a um forte abalo. Os seres humanos nasceram na Terra, mas não se prepararam para a vida de forma natural. Inventaram o dinheiro, mas não criaram os mecanismos necessários para evitar a deterioração da moeda. Agora colhemos as consequências. Apesar de a programação das TVs apelar sistematicamente para a atividade sexual, na vida difícil, homens e mulheres estão evitando gerar filhos, acarretando o envelhecimento da população.

Os políticos sonham com poder permanente e sempre que podem caminham nessa direção. No ocidente, com a proeminência do dólar americano, o poder econômico tem mantido o controle do poder. Com o capitalismo chinês, o Estado controla o poder econômico e tudo o mais. Nisso surge o grande embate que se trava no ocidente: para onde vai o Brasil e as nações latino-americanas?

O essencial é como fazer tudo melhorar: saúde, segurança pública, educação e preparo para a vida. Esse deveria ser um objetivo da humanidade, das nações, das elites dominantes. Mas o que tem prevalecido são as cobiças e as tiranias disfarçadas que agora mostram as suas reais intenções. China e EUA estariam se preparando para entrar em acordo? Novo tratado de Tordesilhas Washington – Pequim? Estariam dividindo o mundo: recursos naturais, tecnologia, mercados consumidores, influência e domínio sobre os povos, ou se preparando para a guerra?

Os homens preparam o terreno para implantar seus planos de poder e dominação. As leis da Criação trazem as consequências do falhar da humanidade. As incoerências são inacreditáveis. Por exemplo, produzem alimento para vender, mas se o preço cai, destroem as plantações para não baixar o preço. Se estão em guerra, impedem que o inimigo receba comida. Na história da economia mundial, os que produzem riqueza com o trabalho em geral ficam com pequena parcela, consomem pouco, alimentação simples, vestimentas comuns; temerosos, buscam poupar; o grosso fica concentrado nas mãos de poucos, que em geral optam por importar especiarias para consumir.

A humanidade está atingindo o ponto de viragem de tudo que atraiu e terá de arcar com as consequências. Antropoceno é definido como a época atual com os visíveis sinais de estresse causados pelo homem dominador no planeta, na natureza.

A sociedade perdeu o saber das leis da Criação. Gerar filhos é dar oportunidade a um espírito encarnar para sanar erros e evoluir, algo nobre, mas não é a finalidade principal do homem ou da mulher, pois cada um também nasceu para evoluir espiritualmente. Os idosos têm de aproveitar o tempo para estudar as leis espirituais da Criação e se tornarem úteis e beneficiadores.

Aquém e além são faces da mesma moeda. Abdruschin (1875-1941), autor da Mensagem do Graal, relata as consequências maléficas das teorias engendradas pelos homens e suas ações no campo material e espiritual. As leis percebidas no mundo material são as mesmas que atuam no mundo espiritual. Uma delas, a da atração da igual espécie que tem ampla atuação através da qualidade dos sentimentos, pensamentos e ações dos homens. Ou seja, se não houver pensamentos voltados para a pureza das intenções, a imoralidade promove o continuado aumento dela e destruição.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A ECONOMIA IRÁ SE SUSTENTAR?

Passados mais de dois anos de paradeira o pessoal está tentando juntar os cacos. Alguns não conseguirão reconstruir o que foi desmontado. A população vai elevando o consumo de forma gradual, buscando menores custos. É uma oportunidade para empresas estrangeiras que operam pela internet com menor custo. Shoppings e supermercados tentam se ajustar com ofertas, porém os custos são elevados; querem recuperar perdas com preços altos, mas a receita sobe pouco e há limite para cortar custos. Como a economia irá se sustentar?

As coisas mudaram. O avanço da internet e computadores possibilitaram o avanço da globalização e das empresas que operam em escala mundial. Os governantes permitiram, o resultado é esse: as sardinhas são engolidas. Os tubarões puxam as sardinhas e as brasas. Mas há modificações, pois a humanidade entra no modo padronizado que vai sendo imposto.

A casta que açambarca o poder das nações é sempre da mesma espécie: querem para si riqueza, poder, influência, impedir concorrentes. Uma vez instalados, não querem perder seus privilégios, pouco se importam se fazem mal governo pois compram a mídia para manipular a população com ninharias e decadência. Esbanjam recursos escassos que faltarão amanhã. A humanidade está sendo nivelada por baixo, a indolência dos indivíduos é a causa, pois se deixam envolver pelas manobras de manipulação psicológica e mental.

As escolas e a educação precisam encontrar fórmulas práticas para dar bom preparo para a vida e formar seres humanos e cidadãos de qualidade e beneficiadores do mundo. O trabalho faz parte da vida, mas as novas gerações receberam inadequada orientação. Falta bom preparo, seja dos empresários ou dos assalariados.

As maquinações dos homens afastados do espírito da boa vontade ficam ocultas. A escuridão está aumentando. Acima disso tudo está o funcionamento das leis do Criador que, com força aumentada, promovem os desencadeamentos do querer íntimo e ações dos seres humanos, uma consequência após outra, sem tempo para respirar, ou seja, tudo que estamos vivenciando tem origem no querer espiritualmente indolente das pessoas.

Há muitas teorias, mas pouco se sabe sobre a vida. Os humanos separaram o aquém do além, mas é tudo uma coisa só. No aquém estão os encarnados em um corpo temporário do qual um dia se despirão, retornando a alma para o lado constituído de outro tipo de matéria, até evoluir para o mundo espiritual ou estagnando e acabar perdendo tudo. É o que está previsto e organizado pelas leis da natureza ou leis da Criação, até agora pouco estudadas.

Nas contas do poder público entra muito dinheiro procedente da população em geral que paga impostos sobre todas as coisas. É um dinheirão que deveria ser destinado para melhorar as condições gerais de vida, mas grande parte vai desaparecendo sem que precisem prestar contas do que fizeram. A casta que assume o poder vai atraindo aqueles que podem ajudar na tarefa de convencer o público de que está tudo bem e que o aumento na dívida é para assegurar a melhora geral que nunca chega.

Desde o desfecho da Segunda Guerra Mundial os seres humanos têm sido incentivados a renovar as esperanças em dias melhores através das reuniões dos chefes de Estado: G7, G20, Brics, mas a esperada melhora geral ainda não aconteceu. Há um desequilíbrio geral, as nações estão superendividadas e a qualidade de vida sofre abalos até nos EUA e Europa.

O futuro é imprevisível. A simples aplicação de taxa de juros e aperto na oferta de dinheiro já não dá os resultados esperados. As variáveis ficaram mais severas: população mundial na casa dos oito bilhões, alteração do clima, produção e comércio têm nova estrutura com a globalização da economia. Não se trata mais de simples inflação, é o conjunto das atividades humanas que perdeu o modo tradicional dos povos e ainda não consolidou uma alternativa e isso está acarretando instabilidade geral e incertezas quanto à sustentabilidade no futuro próximo.

As novas gerações estão sendo afastadas da vida real. A humanidade está perdendo o bom senso. As pessoas são pegas de surpresa, palavras e imagens surgem como flechas venenosas. Difícil não se abater nesse meio deprimente, mas temos de ser fortes para superar os abalos.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O CONFRONTO DAS CIVILIZAÇÕES

Num mundo onde o amor está sumido, a aspereza avança ferindo a sensibilidade. Há mentiras descaradas para todos os lados. No Brasil havia pobreza, mas as pessoas tinham consideração e o viver era mais sereno. No presente tudo está ficando difícil. O celular e a internet criam pressão, pois não há contato humano e as relações acontecem através da máquina. Há frieza e inquietação na obediência ao aplicativo. E de repente, um ciclone mais forte que os anteriores. O que será? A poluição, a devastação ambiental, o sol queimando mais combustível, esquentando?

Na pós-pandemia muitas pessoas estão externando sua rudeza e falta de consideração. Quem dirige automóvel enfrenta um perigo adicional de motoristas estressados e sem consideração. O ser humano não é confiável. Há que se saber manter distância e desapego. Mas amizades sinceras, não invasivas, são essenciais. A especial sintonia da igual espécie e propósitos amplia resultados.

A natureza tem as suas leis lógicas e coerentes, mas a humanidade afastou-se delas e por todos os lados vai semeando consequências negativas que poderiam ser evitadas para um viver sereno sem os conflitos atuais. Faltam amor e sincera consideração. Quem gosta de escrever, ao ver algum acontecimento, junta palavras que vem à sua mente, descrevendo o seu modo de ver; é a diversidade e a intuição. A mesma situação se dá com pintores, músicos e outros artistas que têm o desejo de externar a emoção sentida mesmo que seja num simples comentário numa mídia.

As trevas querem manter o ser humano afastado da Luz da Verdade, e tudo fazem para mantê-lo mental e emocionalmente sob controle. O tempo está passando acelerado, hora de despertar o espírito. Haja força de vontade, antes que seja tarde demais. O que é a vida? Qual o seu significado? Para que viemos? O ser humano é espírito. O corpo é vestimenta passageira. A verdadeira espiritualidade pode esclarecer.

Governantes das nações que integram o G-20 participam de reunião na Índia. O que entra na pauta dessas 20 principais economias do planeta? Guerra, paz? Falarão sobre o declínio ético e moral da humanidade e de como reverter essa curva decadente da espécie humana, com pouco espaço para reflexões individuais profundas sobre o sentido da vida?

Segundo noticiou o site bbc.com, a dívida da China está se aproximando de 310% do seu PIB, um dos mais altos níveis de endividamento entre as economias emergentes, mas quem são os credores? A expansão da China ocorreu em virtude da decisão de produzir de tudo e exportar para acumular dólares, mas o mercado interno pouco evoluiu. Muitas autoridades caem na ilusão de que basta injetar dinheiro para que a economia vá em frente gerando progresso e bem-estar.

No comparativo do que acontece com alguns atletas, quando as substâncias estimulantes utilizadas podem causar a morte em competição por provocar espasmo das artérias coronárias com o surgimento de enfarte do miocárdio, o mesmo efeito se dá com o dinheiro que é lançado na economia sem um direcionamento saudável. Isso produz os distúrbios que entorpeceram a economia gerando descontrolado crescimento da dívida e incertezas quanto ao futuro. Só o PIB não garante felicidade. De que vale um PIB alto se muitas pessoas passam fome e se embrutecem?

O aumento das taxas de juros e das dívidas, a queda na renda e consumo preocupam o varejo, tudo isso leva comentaristas econômicos a falarem sobre recessão e quebradeiras. Uma boa pedida seria buscar equilíbrio entre os monopólios mundiais e pequenos e médios empresários.

Para formar líderes sábios, à altura dos desafios da época, eles têm de compreender as leis da natureza. Poucas pessoas estão percebendo o grave chamado sutil do Universo. Tempestade perfeita? Inflação, juros, recessão, desemprego, violência urbana. A humanidade tem seguido por caminhos tortuosos. Estará em andamento o naufrágio das civilizações apontado pelo escritor libano-francês Amin Maalouf?

O século 21 está pondo em evidência o brutal confronto das civilizações; porém, mais forte do que o choque entre religiões, racismo, Estado autoritário e liberalismo exacerbado, situa-se o grande confronto econômico-financeiro global que está assumindo formas rígidas, expressando as cobiças por riquezas e poder dos homens intelectivos que se opõem ao espírito gerador da boa vontade para a paz.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS CONSEQUÊNCIAS DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Todos sabem como é delicada a situação de depender de terceiros, mas por que deixam que isso aconteça? O Brasil sempre ficou atrelado a interesses externos, desde a produção e exportação de açúcar, café, entre outras commodities. Com tantos recursos naturais e mão de obra, o país poderia ter construído uma economia menos dependente e se tornado mais próspero. Sem visão e sem empenho, os governantes do país o acorrentaram aos poderes e interesses externos há mais de 200 anos. O atraso latino-americano vem desde as repúblicas montadas para atender a interesses particulares. A população até que ensaiou uma evolução, mas a pobreza material e espiritual domina amplamente.

Em meio a tantas desgraças, a sociedade se sente acossada pela síndrome de pânico, sendo que na América Latina esse problema é mais grave ainda. As pessoas estão assustadas, inquietas. Em meio às crises econômicas esse é mais um fator para manter a estagnação geral.

A moeda é dita como produto do Estado, mas na verdade é o poder na mão daqueles que o comandam, e razão da revolta de outros, cuja moeda está longe de ser a moeda internacional que todos acolhem. Se ela sair do físico virtual e passar para o digital possibilitará a ampliação do controle dos movimentos. Aí entram as dúvidas sobre as atividades da sociedade moderna e a grande sombra que permeia os cartéis no mercado das drogas que atuam como multinacionais escorregadias e bem estruturadas. Haverá algum tipo de arranjo?

Cautela é a palavra para o momento. O Brasil está perto do labirinto das dívidas dominantes, mas ainda não está nesse nível. Precisa cuidar atentamente das contas e não permitir que políticas governamentais imediatistas lancem a nação numa vala profunda. Se a inflação mundial se instalar, o Brasil será fisgado pelas importações que terão seus custos elevados, algo a ser meticulosamente planejado.

O espírito intui, o intelecto raciocina. Quando o espírito não se fortalece e deixa o intelecto se impor, a intuição vai perdendo força e o indivíduo também perde a força de vontade, e vai se acomodando, pois lhe faltam propósitos. Assim, vai deixando a vida rolar e, consequentemente, seu pensar vai perdendo naturalidade, simplicidade, agilidade e clareza. O pensamento fica confuso e o raciocínio perde a lucidez; é o enrijecimento.

Então os especialistas que buscam atender aos interesses do poder, acham que a solução para lidar com a questão do baixo aprendizado das novas gerações deverá ser introduzir o pensamento artificial direcionado pelas máquinas para que os indivíduos tenham alguma funcionalidade para o sistema, mas com isso o ser humano acaba perdendo a sua a essência, a conexão com a alma.

É lamentável a situação em que se encontra grande parte dos estudantes. Inseguros, sem clareza no pensar, estão sem rumo. A velha estrutura foi impactada pelo realismo das poucas expectativas para o futuro. O que fazer? Para que fazer? O que somos nós? O que é a vida? O desemprego dos jovens é brutal. Em vez de ser eterno aprendiz, em meio à estagnação, as novas gerações estão desaprendendo a viver. Infelizmente a qualidade da educação tem piorado. Aulas chatas, alunos desinteressados.

Como os estudantes poderão ter prazer de estudar e construir o próprio futuro se perderam a esperança em um mundo melhor, e estão desconectados da própria alma e da intuição, que são a essência do ser humano? Deveriam estar sabendo ler e escrever bem. O meio digital é importante no ensino e poderá ser um simplificador em meio a tantas teorias distantes da realidade, raramente utilizadas ao longo da vida; mas o professor deve explicar na lousa, fazendo uso do giz para boa conexão com os alunos e para facilitar a compreensão do conteúdo abordado na aula.

Aprender com quem sabe fazer. Aprender fazendo. Esse parece ser o jeito certo de aprender em vez de ser envolvido por toda a teoria para depois se ajustar na vida real; o ensino precisa de atualização ante a aceleração geral. Muitos estudantes gostariam de ter aulas que os tornassem aptos para utilizar na prática e imediatamente o conhecimento adquirido. O Brasil está ficando para trás e caminhando aceleradamente para a dependência econômica e tecnológica, comprometendo seriamente o futuro.

A situação real é que o espírito fica aprisionado no corpo dominado pelo cérebro e pelos instintos corporais, sem ter condições de se manifestar para colocar em movimento a essência do ser humano. A vida é um eterno aprendizado, uma jornada para evoluir, mas aqui chegando, as pessoas se esquecem da finalidade da existência e se deleitam com as ninharias do mundo material enquanto o espírito cai na indolência e fraqueza, e não cumpre nem dez por cento do que poderia e deveria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A FANTASIA SE DESFAZ

Para onde caminha a humanidade? Crise financeira. crise nos empregos, na energia e nos alimentos. Há muitas dificuldades graves que tendem a aumentar e uma desordem geral. Não sabemos para onde a coisa vai. Os Estados-nação não vão aguentar as pressões financeiras, de segurança, sanitária, alimentação e outras. No mundo faltarão gestores a altura dos desafios. O mundo da fantasia e ilusões tende a se desmanchar. Algo vai acontecer. O que será e quando?

As pessoas estão simplificando o seu modo de viver. Está ficando difícil para quem depende do salário. Vamos ter uma remodelação econômica mundial? Ou a vida ficará mais difícil? Como dar vazão à produção de bens que acena com encalhes, enquanto a de alimentos ameaça cair?

A Inteligência Artificial (IA) poderá acelerar o processo destrutivo iniciado pelo homem. Esse é o grande temor daqueles que estão vendo a realidade. Na IA falta o sentimento intuitivo orientador proveniente da alma que deu vida a tantas obras de arte. Hoje procura-se atender aos anseios do cérebro e nisso a IA será imbatível, e de resto estará contribuindo para o engessamento da intuição daqueles que não se esforçam por mantê-la ativa.

A cobiça e a inveja pelo que o outro tem e aparenta ser deixam muitas pessoas aflitas por acharem que isso não é justo, argumentando que elas próprias é que deveriam estar naquele lugar festivo. Então permitem que o mal as domine com pensamentos de medo e ódio, e se aprisionam aos erros. Assim vão gerando conflitos e guerras pelo mundo, mas tais pensamento não ficarão impunes.

O final da sangrenta segunda guerra acenou com a promessa de paz mundial, mas as cobiças dos homens permaneceram. No século 21 o mundo vive a nova tragédia da humanidade transformada em circo.

O dinheiro e o poder se tornaram a prioridade. A atividade sexual desenfreada se tornou o escapismo das massas aflitas. Agora há o cansaço, a superpopulação, a crescente necessidade de alimentos, a luta pelo domínio das riquezas naturais. Os avanços na tecnologia se prestaram à manipulação das massas e para a destruição. Como diria Cassandra: “Aí de ti humanidade que não soubeste administrar a casa que o Senhor vos concedeu para o aprimoramento espiritual. Semeaste decadência, matança e destruição”. O que poderemos esperar da colheita?

O homem tem destruído muitas coisas, poluído rios, secando mananciais, derrubado as matas, transformando tudo num áspero chão de concreto, ou aglomerados de moradias precárias. Toneladas de gás carbônico são lançadas; a energia nuclear foi aperfeiçoada como arma. Distante, o Sol escapa da sanha destruidora. Sobre ele não temos nenhum controle, e quando a situação está ruim ele lança chamas de hidrogênio em elevadas temperaturas esquentando tudo mesmo.

O que é o ser humano? De onde veio? O que é a vida? Dada a transitoriedade do corpo material animado pela alma, a resposta certa é: espírito que, através da alma, é encarnado no corpo humano no meio da gestação. A finalidade da vida é adquirir autoconsciência, ser um beneficiador da Criação como intermediário entre o espiritual e o material. Mas há muito tempo isso foi abandonado. Se não cumprirmos o nosso papel, perderemos a condição de ser humano porque o espírito não atua como deveria e ao contrário de beneficiar, produz o caos.

O nascimento é a reencarnação para sanar falhas, evoluir, ascender ao reino espiritual. Presos à Terra vão encontrando condições cada vez mais difíceis e se desanimam da vida. Muitos não se incomodam, pois no além é ainda pior. A vida num corpo é para ser aproveitada e descobrir a causa dos sofrimentos, evoluir, ser feliz. A vida tem elevada finalidade, não a desperdice com erros e ignorância, busque a Luz da Verdade, aprenda, seja feliz!

Para produzir bons frutos, os pensamentos devem estar voltados para o bem geral. Diz o versículo (8.32) em João: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará!” Os fios do destino nos trouxeram para este maravilhoso Brasil nesta época de transformações universais. Os seres humanos têm de sair das fantasias e passar a viver a realidade. Eis o nosso brado de alerta com plena convicção: “Conhecereis a Luz da Verdade e Ela vos libertará!

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CRISE FINANCEIRA MUNDIAL

O viver vai se tornando cada vez mais rasteiro e medíocre sem as aspirações nobres que dignificam o homem. O planeta enfrenta situações de extrema gravidade e penúria para a população em geral. A humanidade não se preparou adequadamente para a vida. Hora de abrir os olhos e ver o que é realmente essencial.

A pós-pandemia está apresentando as incoerências do sistema, mas como será o futuro? Quanto mais a população emburrece, mais o Estado vai concentrando o poder. Quanto maior a concentração de poder, maior o desperdício e despotismo. A indolência dos seres humanos está gerando o Estado que tudo abrange e tudo determina para a massa que esqueceu a que veio, qual a finalidade da vida.

A elite mandante não dorme. Substituições no exercício do poder têm sido a norma. Assim como aconteceu com o poder religioso, da nobreza, dos reis com poder absoluto, tudo foi sendo alterado, passado para outras mãos. Chegou-se ao Estado-nação, com a classe efetivamente mandante meio oculta e poucas melhoras nas condições gerais de vida da humanidade. Já no século 20 percebeu-se que o Estado-nação possibilitou o ingresso de máfias no controle. A atual elite no poder formal poderá ser a próxima a ser recolhida através da eliminação das fronteiras. A classe mandante poderá sair do refúgio oculto mostrando a sua cara com a promessa de construir um mundo melhor; mas sem que haja respeito às leis da Criação, isso não será possível.

No passado, Pedro II tinha um plano de progresso para o Brasil, mas foi deportado. Com raros momentos de evolução, a nação permaneceu no atraso. Atualmente, as desgraças apontadas são efeitos da displicência governamental e empresarial. As fábricas foram detonadas. As contas públicas ficaram deficitárias. A educação decaiu. A globalização fortaleceu o setor primário da economia criando novo tipo de colônia. O mundo se contorce nos desequilíbrios. Faltam produção, empregos, educação, progresso.

Nos anos 1960, o pós-guerra estava mudando tudo; as novas gerações estavam descontentes com Tio Sam, pois queriam algo mais além do rock & rol de Elvis. A criatividade de Zé Celso em Os Pequenos Burgueses; a nostalgia das canções de Chico Buarque; tudo bem montado. Semearam descontentamento e insatisfação. Veio a crise da dívida externa e o plano real. O Brasil afundou na ignorância e miséria. O que querem as novas gerações do século 21?

Atualmente no Brasil os estados e municípios arrecadam os tributos de sua competência, exercendo diretamente fiscalização e acompanhamento. Como isso vai funcionar com o novo modelo de tributação em tramitação no Congresso? No que tange aos empregos, uma parcela já se sente fora do mercado, especialmente a composta pelos jovens entre 15 e 25 anos, isto é, aqueles que nasceram em torno do ano 2000. Mas a displicência dos governantes é anterior, descuidaram do bom preparo das novas gerações, deixando de criar oportunidades de trabalho e adequadas condições de vida em conjunto com a iniciativa privada. Sem isso, a população vai caindo na humilhante pensão proposta pelos governos, sem progredir e evoluir como deveria ser esperado.

Muito se fala da crise financeira de crédito que está chegando. Que consequências poderá provocar? Dentre os fatores de dificuldades apontados pelas empresas, o mais grave e sintomático é a queda nas vendas, o que aumenta o risco, elevando juros e reduzindo os prazos. É necessária uma investigação para buscar a causa da queda nas vendas, pois o sistema está encolhendo, empresas desaparecendo, empregos diminuindo, a classe média se reduzindo, permanecem só os grandes que operam em escala mundial.

O Criador enviou Jesus, essência divina, num corpo humano para auxiliar e orientar a humanidade que afundava nos erros e ignorância, trazendo a lei do Amor, a de não causar sofrimentos ao próximo para satisfazer a própria cobiça. Jesus teve como principal opositor a classe sacerdotal que temia a perda de privilégios, pois o Filho de Deus esclarecia que não há necessidade de intermediários entre a criatura humana e seu Criador, devendo, para evoluir e ser feliz, permanecer com o espírito desperto, atenta a tudo, refletindo e examinando os fatos objetivamente para compreender amplamente o funcionamento das Leis da Criação que regem a vida e tudo o que foi criado.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br