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MANIPULAÇÃO DESTRUTIVA

A destruição está presente em tudo, pois a humanidade suga o máximo sem preservar, sem pensar no amanhã. Todos estão recebendo uma dose de manipulação destrutiva, mas os jovens são mais atingidos num estilo avassalador. Há uma história sedutora sendo contada e as pessoas querem saber o que vai acontecer, mas no meio há um recheio meio estragado, manipulador, afastado do bem, desencaminhador: drogas, mentiras, traição, sexualidade degenerada nos filmes e nas TVs, nos jornais e revistas, na internet. Ódio. Medo. Descontentamento. Onde estão os seres humanos “gente boa”?

Está em curso um trabalho secular de destruição e rebaixamento da espécie humana, atacando as novas gerações já na pré-adolescência, e tudo aceito de forma complacente pela população e seus líderes. Os cidadãos de bem acreditavam que as nações seriam geridas com seriedade visando o bem geral. Votando, não esperavam que grupos de interesses particulares tomariam conta do Estado, e deu nisso: dominação e utilização do dinheiro arrecadado do povo para fins diversos, beneficiando uma minoria, promovendo o declínio do Estado-nação e da espécie humana. Há séculos a manipulação destrutiva prossegue manietando as massas indolentes. O ser humano está perdendo a sua essência, os que deixarem anular o seu querer pessoal, serão tratados como máquinas preguiçosas.

No pós-guerra, surgiram no Brasil vários líderes empresariais que deram impulso à indústria em geral. Esses homens construíram um significativo patrimônio, deixando, ao mesmo tempo, marcas positivas em benefício da população como escolas e hospitais. Despontava uma classe média, muitas famílias podiam educar os filhos, saborear pizza no fim de semana. Hoje está tudo difícil. Ainda há aqueles que conseguem consumir pizza transgênica congelada, barata, mas nem todos. Está havendo precarização dos produtos, a qualidade decai.

Há uma agravante no caso do Brasil: os governantes e as elites não se esforçaram para mudar a situação após a independência. Os colonizadores europeus desempenharam um papel nocivo nas terras além-mar da América Latina, África e Ásia. Queriam riquezas, matérias-primas e mercado para seu comércio. A China veio depois numa versão aparentemente diferente, mas na essência quer a mesma coisa. Em consequência, essas regiões permaneceram atrasadas, e sua população decaiu em vez de evoluir. Agora alguns economistas falam disso, mas o atraso continua. Sobre atividades extrativas, os laureados com o Nobel Economia 2024 dizem que elas não favorecem o desenvolvimento da nação e de sua população, beneficiando pequenos grupos de forma restrita.

Foram criadas teorias, mas a economia segue as leis naturais universais. A economia global está engasgada e desequilibrada porque os homens querem ampliar sua riqueza e dominar o planeta, sendo que a sua passagem pela Terra é um tempo concedido para evoluir espiritualmente. Em não reconhecendo isso, vão semeando desajustes, miséria e conflitos. Enquanto o aprimoramento da espécie humana não for colocado como prioridade, os problemas econômicos e desequilíbrios globais não serão solucionados e fatalmente conduzirão a confrontos trágicos. Há muitos bens supérfluos, mas falta renda adequada para consumir o que é essencial.

Os homens querem poder, riqueza, fama. A população e a nação caem no abandono. As novas gerações estão fragilizadas. A humanidade se afastou do coração, do espírito e semeou o caos e insiste em não reconhecer e estudar as leis universais da Criação. A lei da atração da igual espécie não deixa por menos, quem semeia ódio e medo, colherá ódio e medo. Quem pensa no bem com nobreza e semeia o bem, atrairá o bem. Simples assim, com o ódio e a cobiça, a humanidade caminha para a ruína.

A população está descontente porque se deixou iludir com promessas de melhor futuro, mas do jeito como as coisas andaram isso vai se tornado cada vez mais difícil. Todavia, em meio a esse caos, é necessário que haja liberdade para que cada ser humano exerça seu livre querer e assuma as consequências.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

COMO SEGURAR A INFLAÇÃO?

Faz tempo que surgem promessas para resgatar a população mais pobre, no entanto, a falta o bom preparo para a vida continua. Não houve melhorias significativas para as classes menos favorecidas que permanecem na mesma situação ou até pior. Inclusive a classe média perdeu muito com o achatamento do salário que foi sendo nivelado por baixo. A riqueza e o poder seguem se concentrando nas mãos de poucos. Enfim, dizem que a Terra tem gente demais e não há como obter melhora. E tudo no planeta vai perdendo a vitalidade.

O consumo foi incentivado no pós-guerra quando a população não estava habituada a consumir além das necessidades básicas. Assim, passado um tempo, as pessoas passaram a ansiar pelo consumo de tudo. Abusos dos governos e de especuladores criaram as crises. A população cresceu de forma acelerada. Entrou a produção do Capitalismo de Estado e tudo foi ficando tumultuado: empregos, salários, produção. De um lado há superconsumo, de outro subconsumo, perda de qualidade de vida, planeta abusado, alterações climáticas, e por fim guerras que requerem muito dinheiro. Estamos num ciclo de criação de muito dinheiro e dívidas soberanas elevadas. Com a perda do poder de compra, alguns empreendimentos se ressentem da queda nas vendas, mas, mesmo assim, está difícil segurar a inflação.

A partir de meados do século 20 as pessoas em geral começaram a se afastar dos saberes dos antepassados, e desse modo perderam a visão clara da vida real. Antes havia cooperação, boas conversas e a percepção de que somos todos responsáveis em contribuir para o bem geral. O bom preparo para a vida foi substituído por um viver vazio de sentido, e assim, o pão e circo oferecidos, tem sido suficiente para manter a massa entretida no marasmo, e com isso o declínio é geral. Muito em breve faltará uma geração apta para gerir o maravilhoso Brasil.

As dívidas interna e externa do Brasil estão elevadas superando a reserva da nação em dólares. Convertida em reais, a soma das duas já superam o PIB. Há ruínas por todos os lados. Parece que há uma turma agindo como o grupo da famosa Marquesa de Santos, que se opunha à independência da nação, trabalhando contra. De onde partem as ordens prejudiciais? O que diria a Inteligência Artificial sobre as causas que levaram o Brasil a decair a partir da década de 1980? Será que diria que faltou empenho dos governantes e das elites que só pensaram em si e as fábricas foram produzir na China, eliminando empregos, sem reação do governo?

O caos interior dos indivíduos é o resultado da sua omissão. A inflação também decorre disso. Está em jogo o futuro da humanidade devido à displicência no trato da paz e do aprimoramento da espécie humana que, em seu imediatismo, tem sugado avidamente e sem escrúpulos os recursos naturais do acolhedor planeta Terra. Há dias em que o sol emite super calor, e ao mesmo tempo sopra uma ventania gelada. As tempestades que se abateram sobre a Espanha indicam que é indispensável reconhecer que há algo novo atuando no planeta, acelerando as consequências das ações da humanidade.

Soma-se a isso o fato de muitos pais e mães da atualidade não saberem ler nem escrever com um mínimo de clareza. Como esperar que os filhos sejam diferentes? A partir dos anos 1960 algo podre se imiscuiu no preparo das novas gerações para a vida. Desanimados, os jovens não querem saber de nada. Não há mais aprendizes nas áreas de trabalho. Falta mão de obra capacitada em todos os setores. Muitos acabam trabalhando em bares e restaurantes que oferecem salário baixo. Outra questão é que a telenovela influenciou pais e mães que afrouxaram na educação. As crianças, meio fragilizadas, caíram nas armadilhas da internet. Só um punhado de gente está se movimentando, construindo alguma coisa de forma benéfica. Com a ausência de bom preparo para a vida, não há nação que possa ter um futuro de progresso e boa qualidade de vida e independência.

A Terra oferece tudo que necessitamos para nossa evolução. O significado da geração de filhos é dar a oportunidade de encarnação, mas, em vez de evoluir espiritualmente, a humanidade tem caminhado na direção do abismo. A lei universal do equilíbrio é clara e os excessos são antinaturais. Por que o século 21 apresenta esse acúmulo de seres humanos na Terra? Querendo contornar as leis da natureza, muitos desequilíbrios surgiram. A espécie humana é a única que cria desarmonias.

A humanidade se afastou de tudo que pudesse esclarecer a Criação e sua finalidade. As palavras de Jesus já não contém a essência daquilo que foi dito. Está surgindo a humanidade sem Deus como resultado do abandono da espiritualidade e da forte ligação com a materialidade, na qual o dinheiro se tornou o grande ídolo. Mas é a vilipendiada natureza que ainda sustenta a vida na Terra. Quem ainda pressente que o ser humano aqui nasceu para evoluir espiritualmente?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.library.com.br/home e www.vidaeaprendizado.com.br . E-mail: bicdutra@library.com.br

CIVILIZAÇÃO DIGITAL E O EU INTERIOR

“Cada novo passo, cada tentativa de melhora trará sempre em si toda a aridez das obras do raciocínio, e assim o germe da decadência irreprimível.” (Mensagem do Graal, Vol. 1, Erros). Essa frase nos diz que muitos seres humanos põem o coração de lado, isto é, a intuição, a voz do espírito que traria leveza e consideração. Em vez de agir com o coração, agem com a frieza do raciocínio que promove a desagregação. A civilização mundial criou a civilização digital que, por sua vez, cria dependência da máquina e dos programas que determinam o que pode ser feito. Com isso, o ser humano está perdendo o contato com a voz interior e com o próprio querer.

A convivência harmoniosa entre as pessoas vem sendo desmantelada, pois, com desconfiança, estão se isolando umas das outras, eliminando o doar e receber, as salutares permutas de saberes. É cada um para si. A questão do raciocínio lúcido e intuição ativa é muito importante porque distingue a pessoa de iniciativa daquelas que estão dormitando pela vida.

Um fato pouco mencionado é o aumento dos gastos públicos, mas a remilitarização poderá trazer um impacto surpreendentemente forte na inflação e na qualidade de vida, afetando tudo o mais na economia global – “mais canhões e menos alimentos”. Qual é a consequência da questão dos governos que estão gastando sem controle e criando dinheiro do nada?

Os recursos naturais estão escasseando, a população aumentando e com falta de bom preparo para a vida. Muitas crianças nascem, o ambiente favorece a indolência e comodismo, e assim elas crescem num ambiente hostil, completamente alheias ao significado da vida, sendo conduzidas para um viver fútil, em vez de receber bom preparo para uma vida útil para si e para o planeta. Nesse meio surgem as drogas sugeridas como solução para a vida vazia. O tempo passa, aumenta a violência nas ruas, a saúde se fragiliza. Muitos acabam tendo vida curta, nasceram e cresceram sem saber para quê. Não podem continuar vivendo como estranhos na Terra. Nada como a necessidade do esforço pessoal para formar uma geração forte.

A Europa se beneficiou grandemente com a economia colonialista capturando riquezas da América Latina, África, Índia e Ásia. A força de seu capitalismo de mercado permitiu avanços sociais. O surgimento do Capitalismo de Estado, produzindo em grande escala, com financiamento e mão de obra adequada e uma estrutura de custos enxuta, assinalou um grande avanço no comércio exterior.

O livre comércio é importante, mas de que vale se faltam oportunidades de trabalho com renda compatível? A concentração de capitais organiza grandes estruturas produtivas e monopolistas, então precisam de mercados, e as nações atrasadas pouco evoluem, e sua população vai perdendo o ânimo, sem saber ler e escrever corretamente, e as pessoas ficam marasmando com vídeos que só emburrecem e roubam o tempo. Agora se fala na crise do capitalismo, mas esta é mais ampla: é a crise ainda não reconhecida, que se espalha pela Terra atingindo tudo em virtude do viver direcionado exclusivamente para o materialismo.

A situação tende a se agravar aumentando a dependência de manufaturas importadas, mas isso reduz a qualidade dos empregos e diminui a renda, ou seja, caminhamos para situação similar à de Cuba e Venezuela. A população, despreparada, sem trabalho decente, está a mercê do mercado de apostas, jogos, drogas e permissividade sexual, ressaltando a concentração da riqueza.

Faltando bom preparo para a vida e empregos de qualidade, o que se poderia esperar? O descontrole do gasto público tem arruinado muitas nações, basta olhar para a vizinha Argentina. O aumento da turbulência da finança global e as incertezas que atemorizam as nações também devem receber especial atenção para a formulação da política de juros e de câmbio.

Abriram as portas às raposas para uma população despreparada e manipulada com modelos de enriquecimento inidôneo. Os organizadores das apostas seduzem, os patos caem, e quando se dão conta já estão arruinados. A jogatina vai para o PIB e o dinheiro vai embora. O ser humano é animado pelo espírito, não é um robô. Uma boa educação também deve fortalecer o eu interior e a força de vontade para o bem.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DINHEIRO, GUERRAS E FOME

Mais de 50 anos se passaram após o fim da paridade cambial de Breton Woods. Era para os governantes terem feito planos de longo prazo para não ficarem presos à falta de dólares para os pagamentos. O descontrole nas contas é fatal. Sempre falta o dinheiro local e dólares que pagam bens importados, aumentando a dependência. Quando o dólar sobe surge o encarecimento dos importados e inflação, sem que se possa mexer nos salários para não elevar ainda mais o custo. Quando o dólar sobe, entra a taxa de juros como força de atração para dólares voadores.

O dinheiro é controlado globalmente, mas a nação é descontrolada em suas contas. O câmbio do dólar é flutuante e acompanha a desvalorização do real. A principal ferramenta é a taxa de juros. Além disso, a prioridade para a reeleição deixa o país à mercê de interesses particulares. O desenvolvimento é fraco, a produção de bens não é de boa qualidade, e a população não evolui, comprometendo o futuro.

O que quer a humanidade e sua civilização? O ser humano é mais do que consumidor massivo. O consumo é um meio, mas foi transformado em finalidade da vida. A classe média tinha mais acesso a bens do que a classe pobre, mas foi rebaixada em sua renda. O alvo da humanidade deveria ser o aprimoramento da espécie, não uma disputa dita darwinista, mas um continuado esforço para evoluir, e dessa forma a democracia e o estado-nação poderiam evoluir também alcançando estágios mais avançados com equilíbrio espiritual, moral, material e individualidades.

O livre comércio é importante, mas de que vale se não há oportunidade de trabalho com renda compatível? A concentração de capitais organiza grandes estruturas produtivas, monopolistas, então precisa de mercados, e as nações atrasadas pouco evoluem. Em decorrência da renda baixa, grande parte dos produtos disponíveis são fabricados sem esmero e com qualidade inferior, e a população vai perdendo o ânimo, sem saber ler e escrever corretamente, e fica marasmando com vídeos que só emburrecem e roubam o tempo.

Se antes havia algum respeito à população, isso está acabando, pois quem pode, manda, impondo sua vontade. A humanidade se distancia de seu alvo de evoluir e se aprimorar. Transforma a vida num circo, tratando seus semelhantes como palhaços. Há o risco de tudo decair num buraco de irresponsabilidade, sem ordem nem respeito.

O estatismo cria uma casta que acaba se tornando danosa para manter seus privilégios. O capitalismo tem permitido uma liberdade de iniciativa, mas o surgimento de grandes corporações globais restringe o campo de ação. O objetivo prioritário é poder e ter dominação econômica. De que vale produzir uma infinidade de bens se o homem não evolui? Isso não melhora a vida, mas tende a transformar a massa em seres humanos sem vontade própria, sem força de vontade.

A natureza, sempre submetida ao imediatismo e ganância dos poderosos que não dão atenção às necessidades do país, apresenta o grande desfalque que já mostra as drásticas consequências. Com a alarmante estiagem, esgotam-se os estoques de alimentos para a população. Um exemplo é o da Namíbia que prepara plano que envolve sacrificar 723 animais selvagens para alimentar cerca de 1,4 milhão de pessoas.

Os homens não atentaram para o Pai Nosso: “seja feita a vossa vontade assim na Terra como no céu”. O que prevaleceu sempre foi a vontade egoística e por isso a humanidade se encontra nesse beco sem saída. Natureza esgotada, dívidas, bolhas financeiras, falta de empregos e de renda, guerras, tudo em reboliço, sem que se vislumbrem caminhos decentes.

Dentre os horrores criados pelo homem, a guerra é super cruel. Só quem passou por isso sabe o sofrimento que esse tipo de conflito acarreta para a população e para aqueles que estão no ambiente das batalhas, assustados, sem poder dormir, se alimentar, atender às necessidades do corpo em meio a bombas, fogo, fumaça, lama, corpos e sangue, miséria. Há muitas mensagens falando da guerra que se aproxima de tudo e de todos, mas é necessário que falem e façam esforços para a evolução da atrasada espécie humana, e para a paz.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O SOBE E DESCE DO DINHEIRO

Orgulhoso e arrogante, o ser humano colocou no alto a sua capacidade de raciocinar, deixando para trás a do intuir espiritual, também chamada de coração, e com isso o cérebro foi se fortalecendo e amordaçando o espírito. O mundo áspero e caótico no qual vivemos é resultante disso. Nas decisões e ações dos homens, domina a frieza, falta a essência humana. No pós-guerra, fortaleceu-se o pensamento hedonista com base no dinheiro, e muitas coisas e valores morais passaram a ter preço.

A questão do dinheiro se tornou de suma importância no século 21 em face às decisões tomadas pelos BCs de ampliar a criação de dinheiro. Como preservar o poder aquisitivo? Como eliminar o imediatismo e introduzir orçamentos mais amplos, sem os desperdícios em gastos supérfluos e voltados para o desenvolvimento econômico e evolução da população?

Há muita discordância entre os especialistas sobre como preservar o valor do dinheiro, pois a sua movimentação na nuvem sempre gera instabilidade nos locais onde a gestão da finança pública não se pauta pela austeridade e seriedade. Falta ordenamento orçamentário mais longo, em vez da atuação ao sabor de interesses imediatistas que impedem o fortalecimento econômico da nação. Muito dinheiro foi criado. Alguns itens essenciais começam a ficar escassos. Então o preço sobe. O dinheiro vale menos, os juros sobem, a renda desce. É notória a percepção desanimada sobre o futuro.

Enquanto os Estados Unidos e Europa baixam a taxa de juros, o Brasil a aumenta. Tudo na economia está caótico. Quem ficou um tempo sem ir ao shopping center ou mercados vai ficar assustado com os preços atuais dos produtos de melhor qualidade. Coisas baratas, em geral, são de baixa qualidade, chegando até o almoço pesado na balança.

As apostas estão levando tudo. São consequências do subdesenvolvimento econômico e mental. Os espertos estão pelo mundo, com permissão das autoridades, o que representa mais uma forma de drenar o dinheiro para fora do país por empresas que operam desembaraçadamente, sugando o pão das famílias nas apostas feitas por adultos e crianças.

O noticiário informa que o nível do desemprego caiu, que tudo vai bem, mas passando por lojas e restaurantes o que vemos é uma situação precária numa batalha contra os custos e na dificuldade para reajustar preços. Os governantes se habituaram a gastar sem disciplina. As crises do século 21 promoveram a fabricação de dinheiro em grande quantidade, dificultando o trabalho de preservar o seu poder de compra. A produção de armamento está sugando muito dinheiro. O sistema se ressente e a população passa a ter uma vida mais apertada.

Enquanto a população não perceber que somos responsáveis pela nossa evolução e pelos rumos da nação, corremos o risco de tudo permanecer como está. Enquanto a manipulação com pão e circo for bem acolhida, acomodando a população, tudo vai ficando nas mãos dos mesmos e do mesmo jeitão que perdura há séculos, mas as consequências não se fazem esperar. Onde aprender a raciocinar com lucidez e refletir com clareza e de forma intuitiva? A natureza se rege por leis próprias que o homem tentou burlar, o que não é possível. É preciso compreender, se adaptar e ensinar o funcionamento dessas leis para as novas gerações que estão se tornando ignorantes.

Os jovens devem ser preparados para se tornarem seres humanos de qualidade, benéficos a si mesmos e ao planeta. A natureza é a base para todo conhecimento. A humanidade tem sido displicente, ainda não atentou seriamente para isso deixando o futuro cada vez mais ameaçado. Infelizmente, o homem ainda não acordou para reverter essa situação. Um exemplo é o da água, essa maravilhosa fonte de sustentação da vida no planeta Terra, que está seriamente ameaçada. Irresponsavelmente, foi permitida a destruição de mananciais e poluição de rios e mares. Quando as leis da natureza não são respeitadas, logo chegam as terríveis consequências.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

OS REFLEXOS DE TROIA NA CIVILIZAÇÃO ATUAL

Com muitos rumores de guerras, o século 21 se apresenta muito diferente do que se poderia esperar. Está mais feio, mais inóspito, com pouca alegria espontânea, com poucos vestígios de civilização humana. O que diria Cassandra, filha do rei de Troia, que enxergava o futuro de destruição causada pela leviandade de um filho irresponsável que trouxe consigo a frívola e arrogante Helena, mulher de Menelau, rei de Esparta? Helena se divertia por ter provocado Menelau. Por mais que Cassandra pedisse para que Páris devolvesse Helena, mais o casal orgulhoso se negava. Ai de nós, agora inicia-se o terrível destino de Troia! Os filhos trarão a mágoa para dentro dos muros. A escolha pela guerra é loucura. Troia, a cidade morta encharcada de sangue, jazia fumegante e coberta de cinzas.

A liberdade é essencial ao viver. Liberdade de buscar informações, analisar, refletir intuitivamente. Não se trata apenas da liberdade que o Estado deve assegurar, mas a liberdade de pesquisar os preceitos da crença. O Criador é Um, ao seu lado estão o Filho e o Espírito Santo. Do Filho há muitas informações, algumas alteradas pela memória falha, outras introduzidas pelo homem. Do Espírito Santo, pouco se sabe, pouco se pesquisou. Na Mensagem do Graal, Abdruschin apresenta esclarecimentos profundos, mas para muitos falta vontade para ampliar a pesquisa. Os humanos agem, mas de forma autônoma há no universo um gigantesco processo de transformações.

A maioria das nações está nas mãos de pessoas sem boa vontade, arrogantes, que julgam que tudo podem, mas o adoecimento do dinheiro e sua perda de poder de compra estão mexendo com a população. Com pouco pão, o circo institucional foi trocado pelo circo distribuído pela internet. A pobreza aumenta. Esgotada, a população pensa pouco, não aprendeu a refletir com clareza, e as decisões são movidas pelo descontentamento com a realidade política que se instalou para sugar os recursos das nações.

A China tem capacidade econômica e financeira para produzir em larga escala com os custos mais baixos, mas sua produção é destinada a ser trocada por dólares. Deixando de produzir muitos itens, o ocidente vai perdendo a capacidade de obter ganhos de produtividade. Os déficits na balança comercial são danosos. Com perda na capacidade de produzir e no bom preparo das novas gerações, os países põem em risco o seu futuro. Há também a questão do gasto acima das receitas e dívidas elevadas. Como será o ajuste entre EUA e China?

Dentre os horrores criados pelo homem, a guerra é super cruel. Só quem passou por isso, sabe o sofrimento que esses embates acarretam para a população e para aqueles que estão no ambiente das batalhas, assustados, sem poder dormir, se alimentar, atender às necessidades do corpo, em meio a bombas, fogo, fumaça, lama, corpos e sangue. Os arsenais estão abarrotados de armas. São trilhões de dólares lançados ao fogo. A todo momento somos atingidos por mensagens falando da guerra que se aproxima de tudo e de todos, mas não se fala em fazer esforços para a paz e a evolução da espécie humana.

Na vida moderna a sensação de ser útil está sendo perdida, pois tudo vai acontecendo de forma acelerada, gerando aspereza, reduzindo a generosidade e empatia, e aumentando o individualismo, a grosseria e a ânsia de sobressair. Indolentes, muitas pessoas não examinam, não analisam, vão aceitando tudo sem conversar com o eu interior, a consciência.

A cultura atual da humanidade contém muitas falhas e bases frágeis. Quanto mais surgem avanços na tecnologia, mais o ser humano se afasta do seu “eu interior” que gera as individualidades, ficando todos muito parecidos, sem foco, como máquinas conversando com máquinas. Vida vazia sem propósitos enobrecedores.

A natureza se rege por leis próprias, que o homem tentou contornar, mas isso não é possível. Tem de se adaptar e ensinar o funcionamento dessas leis para as novas gerações que estão se tornando ignorantes. A natureza é a base de todo conhecimento. Infelizmente, o homem ainda não quis atentar para isso, deixando o futuro sob ameaça. Qual é o destino da civilização dos homens? É notória a percepção desanimada da população sobre o futuro. Com ânimo e coragem, tem de buscar um novo caminho.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

FALTA MODÉSTIA

Nos anos 1950, havia uma sensação de que o país iria para frente, mas logo foi murchando e hoje está entorpecido. Desde Cabral esse era o conceito. Intuía-se que havia uma missão elevada, e por mais que fosse atacado e maltratado, o país iria se recuperar e seguir para o futuro que lhe cabe no Universo como lar de seres humanos de boa vontade que se esforçam pelo aprimoramento. A partir dos anos 1980, arrastando-se frente à dívida externa, o Brasil foi se fragilizando.

O país do futuro foi engessado e sua população, entorpecida. As novas gerações, com liberdade sexual desde a adolescência, parecem ser fruta colhida antes da hora, estão fragilizadas e sem rumo. Planejar a recuperação dos jovens é essencial porque a intuição está engessada e o raciocínio, embotado. O que se pode esperar delas? As nascidas nos últimos 20 anos estão intimamente ligadas aos meios digitais. Quais serão os efeitos sobre o comportamento dessas crianças? Como agirão no futuro? Com ânimo e coragem, têm de buscar um caminho equilibrado.

Os jovens precisam saber de uma coisa muito importante: o ser humano não é o super-homem. Quando estão no topo, muitas pessoas agem com arrogância, achando que podem tudo. Não querem reconhecer que acima de todo poder atuam as leis universais da Criação, justas e poderosas, e por isso os humanos deveriam baixar a bola e agirem com modéstia e humildade diante da força que deveriam reconhecer, compreender e respeitar para benefício geral, e para o próprio aprimoramento. A ausência da modéstia, o querer impor a sua vontade a qualquer custo, tem provocado conflitos, guerras, nações falidas e incontroláveis reações da natureza.

Não só o Brasil passa por dificuldades, pois toda a América do Sul se mantém no atraso, enfrentando instabilidades financeiras. A julgar pela forma como têm sido governados, pouca coisa boa podemos esperar. Seria lamentável se algum dia os controladores globais dessem um basta ao Estado-nação e seus maiorais, nivelando a população num patamar inferior, sem liberdade até para pensar. A gestão pública precisa de estadistas sérios que queiram governar para o bem geral, e não para capturar o Estado para si. A cegueira não pode continuar. Abra os olhos Brasil!

A instabilidade financeira é um evento prejudicial provocado geralmente pela ganância praticada a qualquer custo. Como denominar de “investidores” as entidades que praticam todo tipo de manobras especulativas? Sempre chegará o momento crítico em que a reação provocada pelas decisões irromperá causando danos gerais. Diante dos números astronômicos em jogo, o que se diz é que será um evento superior a todos os anteriores. De um lado a ganância, e de outro, deixar que as operações financeiras se assemelhem aos cassinos.

A questão da renda obtida com o aproveitamento dos recursos naturais é algo meio rançoso, pois deveria trazer benefícios para a população local, mas o modelo global tem sido perverso com a transferência da renda para grupos controladores do Estado capturado, e para fora da nação. É algo que tem recebido pouca atenção. Cada país precisa oferecer oportunidades de trabalho para que os indivíduos possam ter sobrevivência condigna; na falta disso, criam auxílios, levando a nação a permanecer estagnada e em declínio, e a população também.

Falta modéstia para reconhecer que as leis universais da Criação atuam com severa justiça. Robert D. Kaplan, em seu livro A Mente Trágica, vai até as antigas tragédias gregas para tentar compreender as modernas. Ele destaca que as pessoas temiam os “deuses” e os entes da natureza (Zeus, Apolo e outros) que eram conhecidos por vários povos, mas que recebiam nomes diferentes em cada região. Escreve ele que havia no íntimo dos seres humanos a noção da existência de uma justiça superior, que não deveria ser desafiada com a arrogância e orgulho porque ela traria a colheita trágica. De forma displicente e sem modéstia, o homem moderno pôs isso de lado, mas é provável que esteja semeando a maior de todas as tragédias no planeta.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS ELEIÇÕES E OS LÍDERES

A maioria das nações está nas mãos de pessoas sem boa vontade, arrogantes, que julgam e acham que tudo podem. Um festival de eleições marca o ano de 2024. No Brasil, os olhos se voltam para a importante cidade de São Paulo. Quem será o prefeito? No mundo, destaca-se o confronto entre Trump e Kamala. Quem vai ocupar a Casa Branca, peça fundamental nos destinos do planeta? Não podemos esquecer que apesar de toda grandeza, somos insignificantes perante a atuação justa e severa das leis universais da Criação. As cidades do Brasil e do mundo precisam de governantes idôneos, que zelem pelo bem geral.

A propaganda eleitoral vai avançar. Mas a situação das comunicações mostra que em qualquer dos canais disponíveis há uma gananciosa invasão publicitária lançada sobre as pessoas. A indolência não as deixa refletir e analisar. A força da manipulação vai aumentando. Os conteúdos oferecidos, em geral, são de baixo nível, de alarmismo e até de atos indecentes que estão sendo despejados nas salas das famílias. O homem está perdendo a sua essência espiritual e se torna capaz de cometer terríveis barbaridades.

Na estruturação da teoria econômica surgiu o “Homo Economicus”, consolidando a separação do homem da natureza. Tudo passou a ter preço. Cada indivíduo dá prioridade aos seus interesses rentáveis. Uma contaminação geral destroçando a ordem natural. Tudo passou a ser válido e aceito para ganhar alguns trocados ou milhões, em todas as áreas de atividade, forjando aspereza e mediocridade, inclusive na campanha eleitoral.

Os líderes ditam a forma da ação do Estado. Pelas leis primordiais da Criação deveriam conduzir a nação e o povo na direção do desenvolvimento e aprimoramento da espécie humana. Como resistir ao contágio do poder? Para assumir o poder é preciso ter pulso e sinceridade na execução da tarefa que lhe cabe. Sem isso, o povo será submetido às frias maquinações do Estado tirânico: a lei do chicote, miséria e pobreza. Os líderes e seus grupos estão sugando as riquezas das nações até o esgotamento.

A época é de aspereza. Há muitas ações nas quais falta um mínimo de vestígio humano. No passado recente, as pessoas se encontravam e se alegravam com um simples bom dia sincero. Atualmente isso mudou; as pessoas fogem apavoradas umas das outras, pois temem pelas reações imprevistas e grosseiras. Muito se fala, mas poucas pessoas estão procurando o caminho da paz. Estamos num momento de aparente calmaria, mas há muitos efeitos pesados em gestação para se tornarem visíveis. Tudo está caminhando de acordo com as leis primordiais da vida, é só observar atentamente.

A crise civilizatória “vem aí”. A mitologia grega narra a eclosão trágica sempre que a justiça superior era menosprezada com arrogância. Havia no íntimo dos seres humanos uma noção de que a justiça superior não poderia ser desafiada com arrogância e orgulho porque isso traria a colheita trágica. De forma displicente e sem modéstia, o homem moderno pôs isso de lado, mas é provável que esteja semeando a maior de todas as tragédias no planeta: a desestruturação da civilização das aparências.

Governadores, prefeitos, professores, todos exigem respeito às leis do ensino, mas o analfabetismo não regride, e ensinar os filhos dentro de casa é proibido porque isso não está autorizado por lei. Após oito anos cursando o ensino básico na escola, a maioria dos alunos não sabe calcular porcentagem, nem imaginam como seja o cálculo com frações. Há ainda a questão da violência nas escolas com alunos mal-intencionados e cruéis que chegam a agredir inclusive o professor. Faltam respeito e disciplina. Como será o futuro da nação?

Artisticamente surgiu a Criação, a evolução, a matéria perecível vivificada pelo espírito dotado do livre querer, que deveria evoluir sempre voltado para o bem. O espírito humano, uma ramificação periférica da irradiação do Criador, surgiu inconsciente, mas tinha o impulso para se fortalecer, e para isso necessitava do ambiente apropriado e um corpo material que, embora semelhante ao corpo animal, possuí a essência espiritual para ser o mediador entre a luminosidade do mundo espiritual e o pesadume da matéria. Em vez de construir uma civilização humana, acabou se perdendo pelo caminho.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SEM ORDEM NÃO HÁ PROGRESSO

Anarquia e desordem se espalham pela Terra. Poucos indivíduos ainda sentem a necessidade de agir com retidão. Sem ordem não há progresso. A atuação das leis primordiais da Criação, em sua severa justiça, deve ser a base da civilização, mas os homens querem criar as próprias leis restritas, desenvolvidas intelectivamente, sobrepondo-as às leis da Criação por orgulho e vaidade, mesmo que isso produza o caos.

Que tipo de educação está sendo oferecida às novas gerações? Fora e dentro da escola estão aprendendo tudo que há de errado e baixo. Um problema grave para os jovens em geral é que tudo contribui para aumentar a cegueira em relação ao significado e finalidade da vida. Os seres humanos acabam não sendo o que deveriam ser, deixando de cumprir o que lhes compete.

Na esfera econômica, de repente, sem aviso prévio, a Bolsa de Tóquio fez o Japão balançar. Fala-se num conjunto de fatores adversos, mas o que significa isso? Muitas coisas que estão de pé hoje foram construídas sem seguir a ordem natural, mas com mentiras e manipulação massiva. Então, inevitavelmente, o caos e desordem aparecem, ou seja, a atuação das leis primordiais da Criação mostra a sua cara, sempre seguindo em frente, trazendo o retorno de acordo com as intenções, e não como o significado das palavras empregadas.

Assim, muitas coisas construídas pelos homens estão rodeadas de caos tormentoso, gerando impulsos destrutivos para a desintegração, já visível em muitas regiões do planeta. Com a busca sincera da evolução espiritual surgiriam impulsos benéficos, visando o bem, o belo, o nobre. A ordem, o progresso, a Paz!

Em meio a toda balbúrdia global parece que estamos num momento de aparente calmaria. Os canais astrológicos que conduzem os fios do destino dão uma trégua. O vozerio alarmista está meio calado. Muito se fala, mas poucas pessoas estão procurando o caminho. De forma oculta, a atuação das leis da Criação prossegue serenamente. Quando chegar a hora, os efeitos se tornarão visíveis.

O Brasil tem sido criticado pelas gestões públicas deficientes, mas o fato é que atualmente a maioria das nações está nas mãos de pessoas sem boa vontade, arrogantes, que julgam que tudo podem. O homem permite que sua cobiça produza caos. Não podemos esquecer que perante a atuação justa e severa das leis da Criação somos insignificantes.

O dólar se tornou a moeda padrão na economia, o que exige do FED rigoroso controle, mas o mercado abriu brechas que permitem ganhos especulativos que seriam inadmissíveis num sistema econômico sério, que tenha por objetivo o progresso e o bem-estar dos povos. Os negócios financeiros vão a trilhões de dólares. Até recentemente os norte-americanos não tinham do que se queixar, mas a crise de 2008, a de 2020, e o surgimento de uma pressão contra os privilégios do dólar, estão a exigir decisões difíceis.

Inventado o dinheiro, ele mostrou a característica de poder se multiplicar, mas hoje isso está acontecendo de forma acelerada no mercado financeiro e no despejo de dinheiro criado pelos Estados, que antes funcionavam como válvula de escape, mas atualmente, com o aumento da dívida pública, a válvula entupiu, e cerca de 20 PIBs globais estão na roda das finanças. O que essa movimentação financeira produz além do aumento do medo e da cobiça, e que contribuição oferece para a melhora das condições gerais de vida e aprimoramento da espécie humana? A economia cresceu baseada no consumo desenfreado, mas faltou naturalidade. Recessão chegando, mas o que está encolhendo: a produção ou o consumo está mais austero? Como ajustar esse desequilíbrio?

Quem vai ficar com a grande cidade de São Paulo, mais pujante do que muitas nações, mas que abriga muita miséria em seu redor? Há muitos interesses em jogo. Que não aconteça o mesmo que dizem ter ocorrido na Venezuela. As caóticas cidades do Brasil precisam de um governo sensível, sério, que não se venda, que zele pelo bom aproveitamento de cada real arrecadado. A população vem sendo iludida há décadas sem ver progresso e melhoras nas condições gerais de vida.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

FALTA BOM SENSO

No passado, sempre havia, na gestão dos municípios, pessoas com bom senso e visão, tanto que a legislação sobre o manejo do lixo conta mais de 70 anos. Gestões displicentes, crises, declínio na educação e na capacidade dos gestores, tudo isso resultou no abandono do problema para o futuro. A própria população não tem exata consciência das consequências dos lixões. Mais de 1.500 municípios não deram solução para o problema. Estamos em ano eleitoral; será que os candidatos apresentarão propostas para o saneamento e o manejo correto do lixo? Muitos querem o poder para benefício próprio.

Na Venezuela a verdade foi desnudada. Manda quem tem o poder na mão. É um quadro realista sobre a miséria humana acobertada por lantejoulas. Os benefícios de quem está na gestão são enormes, sem falar na polpuda arrecadação, mas se faltar dinheiro toma-se do mercado com juros. As “panelas dos políticos” não querem se afastar do fogareiro do conforto. O orçamento que fique confuso, a pobreza que se conforme com as esmolas do Estado. No Brasil, o Plano Real e a taxa de juros eram o remédio, mas sem a vitamina do crescimento econômico diversificado, a doença ficou crônica, e o remédio, permanente. Sem vontade para o bem, sem orçamento decente, não se pode falar em novo Plano Real, não tem chance, a nação está escorregando para baixo.

A humanidade devia ter buscado o saber do funcionamento das leis naturais da Criação e que a tudo abrangem. No entanto, julgando-se superiora, foi construindo tudo da maneira que achava correta e que melhor atendesse aos seus interesses. O resultado tem sido destruição, guerras e miséria. A Terra se acha com sobrecarga sobre os recursos naturais pela falta de adaptação e respeito às leis da Criação. Assim são os homens: derramam o leite, fazem um estrago, geram sofrimentos, depois falam em arrumar as coisas, mas o leite já foi derramado. A população continua vivendo mal e, estagnada, não busca reconhecer a finalidade da vida, o que é fundamental para a espécie humana.

As engrenagens da economia estão emperrando e massificando a população. Déficits públicos aumentando a dívida. Trata-se de um cenário crítico, pois as nações não conseguem ampliar a produção e as oportunidades de trabalho diminuem. Ricos ampliam sua riqueza. China amplia sua produção e superavit. Os salários estão num alinhamento declinante, deixando os mais pobres sem perspectivas. Há sérias ameaças para a liberdade e individualidade. Qual é a finalidade da economia e da vida? Isso significa que tendo se voltado para o materialismo e para o ganho, sem respeitar as leis da Criação, a civilização se tornou áspera e está difícil achar a solução.

Situações críticas criadas pelo homem estão ocorrendo na América do Sul, do Norte, Europa e Oriente Médio. Uma sensação de caos vai tomando conta da humanidade meio entorpecida, que na corrida pela sobrevivência, não está enxergando a realidade. O mercado financeiro sofreu um tremor a partir do Japão com baixa no valor dos ativos, enquanto o Oriente Médio se apresenta como foco de conflitos pesados. O que uma coisa tem a ver com a outra?

O ser humano se restringiu àquilo que seu cérebro limitado ao tempo espaço consegue captar. Sua sabedoria é vã. A saúde é frágil. A alegria espontânea não acontece mais. Os jovens estão sendo incentivados a fazer qualquer coisa porque tudo é permitido. As experiências dos mais velhos não é transmitida aos mais jovens. A intuição, a voz do espírito, foi amordaçada. Abre-se um vazio, e a humanidade vai perdendo o rumo e, sem o amparo do bom senso norteador, poderá afundar. A Terra se encontra no auge da atuação do ser humano afastado da natureza e do espírito, e nada de bom está sendo semeado.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br