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AS MOEDAS ADOECERAM

Aquilo que não era bom vai ficando pior com novos garfos sobre o bolo das riquezas do planeta. A humanidade, movida por cobiças, não foi capaz de construir na Terra algo parecido com o paraíso de paz e beleza. Enquanto isso, as ameaças de destruição massiva estão progredindo. Eis aí um alvo para a humanidade atrair a paz, mas o despotismo vai permitir? A crise chegou no ocidente e surge nova potência buscando os recursos naturais. A miséria no entorno é o chamariz que mexe com a pessoas, abrindo espaço para a propagação de ideologias extremistas.

Nero, imperador de Roma, era um déspota que não escondia isso. Pensava-se que o despotismo havia sido eliminado, mas foi disfarçado e tem estado presente em muitas decisões e eleições. O petróleo da Venezuela tem forte atrativo. Há fortes interesses. Mas o processo eleitoral, formalizando o labirinto do poder por 20 anos, colocou flagrantes dúvidas, criando um impasse geopolítico. Quem vai levar a melhor? Assim como em muitas regiões favorecidas por valiosos recursos naturais, poucos benefícios chegam à população local.

Não há mais dissimulação, pois o despotismo avança. O grande poder dos EUA se vê ameaçado pelos novos padrões econômicos e pela queda no preparo das novas gerações. A América do Sul era vista como imagem do paraíso. Os nativos viviam de forma simples, desfrutando da natureza e seus frutos, enxergando nela um reflexo da perfeição da vontade divina. Os europeus chegaram famintos por ouro e prata, e aos poucos a imagem paradisíaca foi se apagando. Com a cooperação de governantes, a América Latina se tornou fonte de matérias-primas e riquezas para as nações mais avançadas. Estão aí há tantos anos e ainda não querem reconhecer como o câmbio funciona. Não se incomodam com a penúria da população que depende do salário, o qual perde valor para permitir a conservação do emprego.

Nestes dias conturbados de 2024, em que a Terra entra em déficit por já ter consumido o crédito anual de recursos, quem se anima para ver os debates de candidatos que se assemelham às arenas de Roma, com pesados ataques verbais, como golpes com armas medievais usadas pelos gladiadores, em vez de proporem alvos elevados para a espécie humana? A vida é uma passagem. As riquezas materiais não passam para o lado de lá.

O homem espiritual tinha ligação com a natureza e intuição captada pelo cerebelo. Foi um longo período para se processar a mudança. Os filósofos e eruditos queriam que o homem fosse o ser racional por excelência, mas isso o restringiu àquilo que seu cérebro limitado ao tempo espaço consegue captar.

Com o monetarismo livre das amarras do lastro, a taxa de juros se tornou o mecanismo adotado para suprir as lacunas. O que aconteceria hoje com o dólar se a taxa básica de juros (FED) fosse reduzida em 40%? Globalmente, as moedas têm sido jogadas às traças, acelerando o processo de desmanche revelado no aumento dos preços. Depois de 1971, o lastro do dinheiro é a taxa de juros que, elevada, forma a bola de neve das dívidas. Com abusos, deixaram o dinheiro adoecer e perder valor

O lastro para dinheiro sadio deveria ser a seriedade dos governantes, o equilíbrio nas contas, gestão séria voltada para o aprimoramento da espécie humana. Só assim o dinheiro permitiria uma sólida e benéfica edificação das nações, mas as cobiças por riqueza e poder são dominantes e a humanidade não evolui. Com indolência, os seres humanos não querem reconhecer os seus erros e facilmente são enlaçados pelo que é baixo. Dessa forma, estão perdendo o rumo quando deveriam estar evoluindo continuamente.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ENSINO NO LAR

Governadores, prefeitos, professores, todos respeitam as leis do ensino, mas o analfabetismo não regride, e ensinar os filhos dentro de casa é proibido porque isso não foi regulamentado por lei. Após oito anos cursando o ensino básico na escola, a maioria dos alunos não sabe calcular porcentagem, nem imaginam o que seja o cálculo com frações. Há ainda a questão da violência nas escolas com alunos mal-intencionados e cruéis que chegam a agredir inclusive o professor. Como será o futuro da nação?

O analfabetismo de mais de 80% é assombroso. Os governos têm de contribuir efetivamente para o aprimoramento do ser humano; no entanto, promovem ações e espetáculos que embrutecem os instintos e que mantêm as mentes confusas, sem clareza para raciocinar. Enfim, é o circo com pouco pão. O analfabetismo e ignorância geral têm início nas moradias precárias. Sem água tratada e sem saneamento, as famílias ficam desestruturadas, algo para o qual não se deu a devida atenção, atingindo agora proporções alarmantes. A falta de adequado manejo dos dejetos, muitas vezes lançados diretamente nos rios, compromete a qualidade da água. Diante dessa situação alarmante, a elite administrativa da nação deveria sensibilizar-se e unir esforços, antes que seja tarde demais.

A responsabilidade dos pais e mães começa na geração; no entanto, ao se tornarem adultos, os filhos têm de estar preparados para cuidarem de suas vidas, não podem dizer que não pediram para nascer, isso não é verdade, pois o espírito precisa de um corpo terreno para se fortalecer e evoluir através das vivências. O ensino tem muitas leis, mas o alvo maior fica esquecido: o alvo do aprimoramento das novas gerações para alcançar o progresso material e espiritual como autênticos seres humanos.

O mundo da fantasia e da falsa felicidade ilusória está se desmanchando desde a crise sanitária de 2020 quando ocorreu um grande alerta para a humanidade: pare, pense, não alimente as fantasias. O mundo do imaginário está perdendo a sua sedução e há uma expectativa crescente de que algo está para acontecer. Assim a inquietação aumenta.

Os seres humanos precisam de bom preparo para a vida. Grande parcela da população não consegue ler e entender, nem escrever. É o apagão mental e espiritual. A sociedade precisa estar estruturada de forma que haja liberdade e responsabilidade. De que vale uma sociedade na qual 90% da população está com pouco preparo para a vida, baixa renda e dependente de auxílios do Estado? Faltam condições para que obtenham a subsistência com o próprio trabalho.

Os homens estavam condicionados aos princípios da Igreja. Descartes criou novo foco para que as pessoas passassem a se envolver com a filosofia, mas continuaram na ignorância do significado da vida. Por que nascemos? De onde viemos? Para onde vamos? A humanidade passou um tempo enorme andando pela Terra sem definir um destino, e agora se acha na desordem geral, material, mental e espiritual. E continua indo contra a correnteza das leis naturais. Falam da alma, mas o que sabem sobre a alma, o revestimento do espírito?

Onde achar os estadistas sábios que visam o progresso material e espiritual da humanidade? O que há de comum entre eles é o apego à riqueza e poder. As decisões atabalhoadas estão levando o planeta ao limite, e uma vez criadas situações extremas, não é fácil restabelecer o equilíbrio. Uma nação como o Brasil, cheia de problemas, tem de ser cuidadosa para manter independência e neutralidade. Tem de olhar para si e corrigir seus erros. As reuniões realizadas no Rio de Janeiro pelo G20 causaram tristeza por vermos os representantes dos países discutindo a questão da monumental desigualdade e baixa qualidade de vida.

Nesta era de rupturas, as nações estão patinando no tamanho das dívidas, nas dificuldades econômicas e financeiras, no desânimo da população, e no incrível despreparo das novas gerações. No lar, as crianças deveriam aprender com seus pais os ensinamentos básicos sobre a vida e sua finalidade. As bases por onde transitaram várias gerações em busca de um mundo melhor perderam a sustentação, e agora jovens e adultos precisam enxergar uma luz no fim do túnel.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DESUMANIZAÇÃO GERAL

As condições gerais de vida apertam. A humanidade vem, há longo tempo, agindo de forma individualista. A Inglaterra, a rainha dos mares, dominou tudo por um bom período. Vieram franceses, alemães e americanos. Os povos poderiam ter encontrado uma forma salutar de convivência sem prejudicarem-se mutuamente, algo que fica cada vez mais difícil, mas pouco se preocupam que algo trágico possa acontecer.

As nações não podem deixar a produção no abandono. No Brasil, chutaram a escada de proteção, fizeram grande abertura, baixaram artificialmente o preço do dólar, tendo como resultado o fechamento de muitas fábricas e hoje quase não produz mais nada. Os importados chegam com preço menor, mas aniquilam os empregos, fecham as oportunidades de avanço tecnológico, aumentam a dependência. O que o pessoal vai fazer? Lavar pratos nos botecos?

Atacado pelos inimigos, o Brasil foi desviado da rota de ser pátria de Luz, paz e progresso. Diante de forte luta pelo poder, o país do carnaval mantém o povo distraído. O Brasil é rico em recursos naturais. É importante mercado consumidor. A riqueza verdadeira está na natureza. O que se diz por aí é que há o grupo que controla o dinheiro. Há o grupo que fortaleceu a China. Pode ser até que ambos sejam um só. Há o grupo ocidental, dito conservador, que envolve dinheiro, poder, religião, e o ramo árabe muçulmano. Dos bastidores, todos eles manipulam seus interesses. Nesse meio há de tudo, muitas coisas para confundir, mas falta a verdade.

Tudo é importante: mão de obra, subsídio, matéria-prima. Produzir para consumo interno ou externo? Há fatores muito importantes e fundamentais para a produção que têm de ser profundamente examinados nas análises: juros, câmbio, preparo da mão de obra, formação de monopólio. A economia mundial sofreu profunda transformação a partir dos anos 1980 devido ao ingresso da Ásia na industrialização com a integração de elevado contingente de mão de obra de menor custo, câmbio favorável e incentivos.

Antigos professores de contabilidade diziam que as contas devem estar bem balanceadas; o passivo líquido não pode superar o patrimônio líquido. Quando os papas do Estado inventam criar dinheiro do nada, lançando dívida para manter a economia rodando, isso poderá agradar a interesseiros e a trabalhadores, mas o fato é que se o dinheiro for consumido sem produzir retorno, a conta não vai fechar. Chegará o dia em que o rombo insustentável que isso causa vai aparecer. As verbas para as atividades essenciais do Estado poderão sofrer um corte drástico.

O que se diz agora é que a Inteligência Artificial criará um índice de produtividade, sem a participação do homem, jamais alcançado, quer dizer não haverá empregos. A proposta é que haja a distribuição de uma pensão para a população em geral.

A Terra se acha na Babilônia global. Significa confusão se expandindo para todos os lados. Confundir é a ordem geral. Tudo que se diz de um lado é contradito do outro. Desordem geral. Tudo sendo lançado sobre a população com o poderoso esguicho da Internet. Televisão, celular, notebook, tudo canalizado para bater diretamente no cérebro sem filtro dos desavisados. Saia dessa. Pense menos. Cultive a serenidade, fortaleça o eu interior.

Por que a humanidade está se desumanizando? Porque saiu do natural, perdeu a clareza e o discernimento, não sabe mais o que é a vida e sua finalidade. A cultura dos povos antigos tinha por base a natureza e a espiritualidade. Depois entrou o misticismo e cultos trevosos com sacrifícios de animais e de seres humanos. Atualmente, os homens querem dominar a natureza sem estudar as suas leis universais. A espiritualidade foi abandonada pela cultura materialista que não quer aceitar que a vida continua. Natureza e espiritualidade são os saberes aptos a retirar os seres humanos da depressão, levando-os a respeitar a vida e evoluir, e não atentar contra ela.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

MUDANÇAS AVASSALADORAS À VISTA

Nas encantadoras praças arborizadas, as pessoas costumavam conversar sobre a vida. No passado, havia o contato face a face, olho no olho, e poucos conflitos que eram resolvidos durante um encontro para um café ou chá. Depois veio o telefone, permitindo sempre uma boa conversa. Esse panorama mudou. Hoje tudo é frio. A maioria prefere deixar uma mensagem e aguardar a resposta, tudo mecânico, nem parecem seres humanos. Estamos no mundo das narrativas, algo inventado com base em meias-verdades que voa para todos os lados para desorientar os incautos que ficam sem saber o porquê das manobras.

E o dinheiro? No mercado financeiro, as oportunidades para fazer grandes boladas de ganhos se reduzem, pois há medo e a ousadia é perigosa. Compram-se moedas na baixa, e depois que estas valorizam, é realizada a venda, além da busca por novas oportunidades para repetir a jogada. São operações que ficaram com ares de cassino, causando prejuízos para a população.

Figuradamente, descuidaram da galinha que está perdendo a capacidade de botar ovos de ouro. Algum dia isso poderia acontecer, mas está acontecendo agora; a economia mundial poderá sofrer o grande impacto decorrente da grande capacidade de produção concentrada em poucas mãos, o que tende a causar desequilíbrio geral. Sem que os homens produzam bens, a pobreza aumenta.

Há um duelo de gigantes. O grupo do dólar tem muitos trunfos e não vai abandonar o que conquistou sem se defender. A China produz de tudo com baixo custo e causa pânico. Quer ampliar a produção de essenciais aliando preço, juros baixos e sua moeda. Ou seja, a guerra econômica tem nos bastidores o controle do dinheiro mundial e do poder mundial. A humanidade criou a moeda e ela se torna a prioridade, mas o que é o dinheiro?

A população da Terra cresceu de forma suave até o século 19, chegando a dois bilhões de almas encarnadas, mas esse crescimento se acelerou no século seguinte, totalizando seis bilhões no ano 2000. A população do planeta está em nível jamais alcançado, mas sem qualidade humana. Faltou, da parte dos dirigentes mundiais, um plano que impedisse a deterioração das condições gerais de vida e a perda da dignidade. Parece que perderam a sensibilidade para o sofrimento dos outros. A bem dizer, quem se importa com isso? A miséria e a pobreza vão se espalhando pelo mundo.

O preço dos alimentos e dos medicamentos segue aumentando nos mercados e nas farmácias. Nos aeroportos, também. O consumo pode cair. Esperemos que haja mais gente trabalhando e sendo adequadamente remunerada, impedindo o aumento da pobreza pelo mundo. Sem o aprimoramento da espécie humana e sem o reconhecimento das leis universais da Criação, a decadência será o resultado. Os homens levaram o planeta aos limites extremos e não encontram soluções, por isso talvez estejam aumentando os rumores de guerra.

No ano de 2024 também haverá eleições na Grande São Paulo e municípios do entorno. Um superaglomerado, um superorçamento e muito dinheiro o que equivale a um grande mercado com mais de 20 milhões de consumidores. Muito tentador, mas tem faltado gestores voltados para a continuada melhora das condições de vida, sobrando problemas de difícil solução. Falta bom preparo para a vida de grande parte das novas gerações. O que virá agora? Como pode, uma cidade tão pujante como São Paulo ter sido tão mal gerida por grupos interesseiros que dominam a nação? Quem serão os novos mandantes, a quem obedecerão, o que farão? No mundo em desequilíbrio, a paz está seriamente sob ameaça.

O ser humano tem provocado muitas reações adversas da natureza, mas conhecer exatamente o que está se passando exige amplo saber do funcionamento das leis naturais da Criação. Os homens criaram o direito natural restrito e suas próprias leis, esquecendo que a amplitude das leis naturais envolve o funcionamento de todo o universo. Atualmente há algo diferente, de força avassaladora, atingindo o planeta; algo como uma abrupta mudança cósmica em aproximação causando efeitos incontroláveis e que a humanidade, não sabendo se defender, se torna impotente.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS DECISÕES ECONÔMICAS FRENTE AOS RISCOS

Além das guerras, estão ocorrendo catástrofes em maior quantidade. No Japão, houve um terremoto causando mortes e desespero. O Brasil fez a passagem para o ano novo em relativa paz, mas falta união e sinceridade na busca de um mundo melhor e humano de fato. A humanidade enfrenta o desânimo das novas gerações que estão antecipando o seu desgaste e não nutrem propósitos de vida, colocando o futuro sob ameaça.

Ter esperanças positivas é importante, mas não suficiente. Cada ser humano tem de se movimentar agindo com o propósito efetivo de contribuir para a paz e o aprimoramento com saúde, sabedoria e alegria para que, efetivamente, construa de forma benéfica e espalhe belezas pelo planeta.

Mesmo com todas as exportações do agro, há déficit nas contas internas e externas. Quanto tempo leva para desequilibrar as contas, criando passivo impagável superior às reservas? Quando isso acontece a nação começa a entregar seu patrimônio perdendo a autonomia como já acontece em vários casos. É esse destino que querem para o Brasil?

Apesar da dívida elevada, da instabilidade cambial e dos juros, no passado o Brasil produzia nas pequenas fábricas e dava empregos. Atualmente as fábricas fecharam e tudo ficou dependendo de importações com preços menores, mas a renda estagnou e caiu. A nação continua aumentando gastos. O futuro é preocupante. Os cavaleiros políticos querem vencer mesmo que tenham que sacrificar o animal.

Submetidas às técnicas de manipulação e a uma enxurrada de mensagens enganosas para levar a acreditar em inverdades construídas tecnicamente, as pessoas, em especial as espiritualmente indolentes, estão sendo conduzidas ao emburrecimento geral, que faz desaparecer a clareza no pensar e o raciocínio lúcido, o qual deve ser formado a partir de lampejos intuitivos procedentes do eu interior, aquela percepção que surge de repente indicando um caminho, uma solução.

É lamentável a situação do mundo. Obstinados e teimosos, os homens não buscam o caminho da paz. Os EUA poderiam ter sido o grande modelo de liberdade e progresso para as nações, pois atraíram pessoas de alto potencial, mas ao final tudo se voltou para o materialismo. A sua população vive bem, mas a fantasia está acabando. Com o dólar nas mãos, as autoridades passaram a estender o poder de forma lucrativa em todas as direções. O desapontamento do povo poderá gerar muitas dificuldades internas e, do lado de fora, os concorrentes querem o poder; isso poderá acarretar um sofrimento inaudito para os seres humanos da Terra.

No que diz respeito à acumulação da riqueza monetária, a prioridade tem sido assegurar contínua ampliação da quantidade de dinheiro líquido, o que cria um embaraço entre o atendimento das reais necessidade da espécie humana e a ânsia de acumular dinheiro com pronta liquidez. Para isso foram desenvolvidas as engrenagens da acumulação que passaram a orientar tudo, porém gerando instabilidade e a centralização do dinheiro e seu poder de forma crescente, deixando o atendimento às necessidades fundamentais em segundo plano. Grandes investimentos são bancados pelo Estado que, uma vez em funcionamento, ensejam a privatização. Atualmente visando ampliar o seu espaço, a China se tornou a grande investidora pelo mundo.

A norma tem sido buscar ganho financeiro e poder a qualquer custo. Mas disso resultaram estragos de monta na espécie humana que se afastou do devido lugar que deveria ocupar, tendo também descuidado do autoaprimoramento e da natureza, que espelha o pulsar da vida no planeta. Tudo depende de dinheiro que está caro como meio para combater a perda de poder aquisitivo da moeda. Por isso serão produzidos menos bens. O que fazer para que a miséria não aumente mais ainda? Tudo teria sido tão melhor, mais belo, se as pessoas buscassem seriamente o significado da vida e do Amor do Criador, que por graça permite o desenvolvimento e transformação da semente espiritual em genuíno ser humano.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

TERRA, RESUMO GERAL

A população do planeta cresceu e regrediu. Os seres humanos estão agindo como máquinas programadas, acorrentados a futilidades, sem um querer próprio, sem ações beneficiadoras. Falta movimento espiritual. O dólar se tornou a moeda preferida da economia e foi avançando pelo mundo. Os dirigentes locais perderam o foco regional e se submeteram à pressão dos objetivos externos.

O rendimento estagnou. Segundo divulgação do IBGE, o rendimento domiciliar per capita no Brasil em 2022 foi de R$ 1.625,00, variando de R$ 814,00 no Maranhão a R$ 2.913,0 no Distrito Federal. Eis a grande questão que os governantes passaram ao largo. Uma nação tem de oferecer oportunidades para sua população sobreviver, mas com esses números não fica difícil entender a miséria e atraso em muitas regiões do Brasil. Some-se a isso a grande evasão de riquezas retiradas clandestinamente para fora do país. O Estado-nação é um bolo grande, mas a população fica com 10%, o que acontece com o restante do bolo?

O que esperar para 2024? O Brasil será beneficiado pelo movimento de volta para casa das indústrias? Haverá bons empregos, saúde, boa educação e preparo para a vida? A questão da educação tem de incluir a busca pelo significado e finalidade da vida e a compreensão da natureza da qual o ser humano se serve para sua subsistência. A humanidade enfrenta o desânimo das novas gerações que estão antecipando o seu desgaste, e não nutrem propósitos de vida, colocando o futuro sob ameaça.

O dinheiro arrecadado, quando no controle de mãos sem cuidados, sem responsabilidade, propicia muitas negociações escusas que acabam prejudicando a nação e sua população em benefício da minoria. Esperava-se que os Bancos Centrais independentes evitassem a desordem monetária e financeira, mas por que a situação só tem piorado? Mesmo com todas as exportações há déficit nas contas internas e externas.

A estabilidade econômica, progresso e vida de qualidade requerem a coesão entre população e empresas visando a melhora das condições de vida e o bem geral, sem a pretensão de dominar a Terra. Na Criação, tudo segue movimento evolutivo; a humanidade deveria ter buscado o aprimoramento. A excessiva intervenção dos homens que governam o Estado está afundando as nações, transformando as pessoas em robôs.

O planeta Terra abriga um poderoso conjunto de recursos para a vida. O descuidado ser humano, em oposição às leis naturais da Criação, não fez o necessário esforço para o autoaprimoramento e acabou extrapolando na geração de filhos e na desequilibrada exploração da natureza. A população da Terra cresceu acima do esperado, enquanto o sistema econômico não acompanhou, mantendo-se na rigidez, seja no capitalismo de mercado ou de Estado; querem as matérias-primas, sem prever uma forma de manter, de forma adequada, as pessoas em suas regiões de origem.

Milhares de imigrantes se juntam com o propósito de entrar através do México nos Estados Unidos, onde já há um crescente número de sem-teto, resultando numa grande massa sem adequado preparo para a vida. É o êxodo da pobreza. A situação mundial vai se complicando a cada dia mais com crises e guerras. O que dezenas de especialistas poderiam sugerir nesse cenário de desconfiança, ódio e medo? A espécie humana extrapolou, mas deveria estar se esforçando por um modo de vida condigno, caminhando pela Terra de forma construtiva e beneficiadora para criar paz e beleza à sua volta.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

EDUCAÇÃO DETONADA

As decisões não podem ser tomadas de forma imediatista e separadas do conjunto, seja para governantes, empresários e seres humanos em geral. Depois do estouro pecuniário, o mundo todo quer estabelecer meta para a inflação recolhendo liquidez, impondo austeridade para a população, mas os gastos dos poderes executivo, judiciário e legislativo permanecem em crescimento.

A principal falha na economia é o sobe-desce, quando o certo seria a estabilidade geral, para evitar o crescimento ilusório que provoca o surgimento de bolhas artificiais. Criam dinheiro, baixam os juros. Pessoas, empresas e especuladores tomam empréstimos com baixo custo. Na subida dos juros vem o escorregão geral, e como consequência caem vendas, aumenta o desemprego, alguns ficam mais ricos e muitos, mais pobres. Ao tecer essas avaliações a intenção não é criticar ou semear discórdias, mas alertar para que não sejam tomadas decisões imediatistas que podem causar muitos danos.

O cenário mundial está turbulento com polarização e omissão. Cada lado fica atacando um ao outro, jogando sujeira no ventilador, mas pouco se faz para melhorar as condições gerais de vida. O objetivo parece ser manter a população entretida. Pessoas e empresas lutam pela sobrevivência e não conseguem se opor aos desmandos que vão tendendo aos absurdos. O mundo está repleto de discórdias e insatisfações que, incentivadas, vão provocando caos geral. Há muitas preocupações com a situação social de desigualdade na sociedade humana. Colocar dinheiro na mão de governantes como tem sido feito não resolveu a questão da pobreza e despreparo das populações. Maneiras mais efetivas com objetivos e responsabilidade devem ser adotadas, entre elas a educação e bom preparo das novas gerações.

O público aprecia os filmes em que prevalecem modelos que praticam a justiça e o amor, mas o que se vê é muita violência gratuita. As histórias precisam de mais amarração, mas em geral são pobres, servindo como canal para a violência e sexualidade. A época é áspera, mas um pouco mais de consideração humana faria bem.

A humanidade deve reconstruir a educação detonada por teorias afastadas das leis da natureza. Na infância, as crianças devem ser tratadas como são para aprender as belezas e a lógica da natureza, a ciência das ciências, e as letras manuscritas precisam ser incluídas, pois auxiliam a pensar com clareza e refletir com lucidez. Os pais devem dominar o idioma. No passado, aprendia-se os rudimentos do ler e escrever em casa. Quanto às novas gerações, precisam de aptidão para aprender sempre e se tornarem cidadãos úteis e benéficos para a sociedade.

Os ensinamentos devem estar voltados para a formação de verdadeiros seres humanos, pois não descendemos do macaco; somos espíritos que receberam um corpo previamente evoluído por milênios. A sociedade tem de olhar atentamente para o bom preparo das novas gerações que necessitam desenvolver o bom senso e raciocinar com lucidez. Devemos usar o cérebro e o coração. Quando o coração fica insensível, o cérebro embrutece e o mundo perde a paz e a alegria de viver. Os indivíduos precisam definir alvos que sejam beneficiadores, planejando e executando com força de vontade e pensamentos firmes.

Educação e bom preparo para a vida precisam ser aprimorados. No passado, as crianças aprendiam vendo as atividades dos adultos, e depois tomavam consciência da teoria. Hoje estamos no inverso; os cérebros são sobrecarregados com muita teoria e informações, algumas inúteis, mas o aluno não vivencia o aprendido, embora tenha pendurado no cérebro muitas coisas que às vezes nem entende, só para passar de ano, mas pouco assimila por não ver a lógica da coisa na prática.

Por longo período a humanidade foi gerenciada e controlada pelas normas da Igreja. A situação se modificou radicalmente no século 20, no pós-guerra. A cultura ocidental americana se tornou dominante. A indolência espiritual foi sendo ampliada. O que era levemente insinuado, passou a ser exibido às claras. Está surgindo nova disputa pelo controle. China e Rússia querem participar do controle para se sentirem em segurança, mas a humanidade vive instabilidade e incertezas, e está se encaminhando para o enrijecimento, perda da intuição e da individualidade, isto é, está sufocando o humano em si. Quem vai salvar a humanidade?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ESCOLA E EDUCAÇÃO

Em meio à turbulência, agendas mesquinhas giram em torno do cumprimento de formalidades vazias. Não há patriotismo, não há objetivos nobres aglutinadores das vontades. A desagregação vai tomando conta de tudo face à acelerada atuação da reciprocidade, a colheita de tudo que a humanidade semeou.

A escola está enfrentando muitas dificuldades para dar bom preparo para os estudantes. Nos anos 1950, a escola pública funcionava bem na cidade de São Paulo e os estudantes iam direto para o exame nas universidades e passavam. Depois vieram os cursinhos, necessários para enfrentar o vestibular. Tudo mudou nas famílias, na disposição dos jovens, nas escolas e professores. Vale ressaltar que a ciência da natureza é fundamental para os jovens, pois é nela que está a base para todas as demais ciências e para a sustentabilidade do planeta. Educar é preparar para a vida, aprimorando a essência humana em vez de embrutecê-la e desvalorizá-la.

Atualmente, os jovens passam muitas horas brincando com os jogos eletrônicos que consomem um tempo enorme para nada, não sobrando tempo nem vontade para a leitura e atividades benéficas. Não se deve encher a cabeça das novas gerações com inutilidades. O ser humano precisa de bom senso, raciocínio lúcido, iniciativa, capacidade de compreensão. Não se pode permitir que os jovens percam a essência humana que se esvai quando a busca pela compreensão do significado da vida é abandonada. A motivação fundamental para a vida tem de proceder da essência humana, do querer do eu interior para construir e beneficiar, e não ser originada do medo e das ilusões.

A ciência, afastada das leis da natureza, é teoria criada pelos homens para justificar seus fins egoísticos de cobiça de poder. Especular com as moedas é uma barbaridade que traz nefastos efeitos para a população. Em geral, as crises financeiras se originaram na desenfreada especulação, bolhas e retraimento que exigem a criação de dinheiro para não aniquilar a economia, e as consequências são os excessos de liquidez e de produção deficiente que exige importações de manufaturas mais baratas de regiões onde a mão de obra recebe o mínimo salário para a subsistência precária.

O “financeiríssimo”, a busca do ganho máximo, agravou as condições de vida nas nações atrasadas. A mudança das fábricas para a Ásia ampliou o desequilíbrio e o atraso, enquanto os EUA perdem espaço na geoeconomia. O que esperar dessa nova ordem que vem surgindo? Não há para onde fugir enquanto os indivíduos de todas as classes continuarem se esvaziando de sua essência humana.

É fácil para o poder público gastar o dinheiro dos impostos; difícil é aumentar a receita de forma coerente. Produzir utilidades é a variável essencial na equação da melhora das condições gerais de vida na nação. Com aumento da carga tributária e queda na renda, aumenta a precarização visível em torno do rodoanel e das rodovias que cortam a grande São Paulo; o declínio é pavoroso. As cidades do ABCD paulista, além de Taboão da Serra, Embu das Artes, Osasco, Caieiras, Francisco Morato, Franco da Rocha, enfim o círculo completo, apresentam uma triste e pavorosa visão da decadência.

O Estado, tornado um centro de captação de recursos tributários, atraiu o olho gordo de pilantras que fizeram dele um puxadinho para se refestelarem na mordomia e poder. Não há perspectiva para mudar essa situação. Se em São Paulo o consumidor de carne está pagando ICMS de 4,5%, não seria o caso de criar uma taxa única sobre as exportações de itens essenciais e commodities que requerem trabalho, água, solo e outros insumos?

O Fim dos Tempos vai chegar a qualquer dia, mas atualmente se observa um terrorismo negativista paralisante, que introduz o veneno do medo. Há séculos o ser humano está decaindo devido ao travamento da intuição, que pouco participa da inata capacidade de livres resoluções. O espírito tem visão mais ampla que o cérebro, mas ao neutralizar a ação do espírito, o indivíduo cai no enrijecimento como máquina. A ciência afastada das leis da natureza é teoria para justificar fins egoísticos de cobiça de poder. O ser humano precisa de bom senso, raciocínio lúcido, capacidade de compreensão. As novas gerações não podem continuar perdendo a essência humana.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ EVOLUÇÃO

Estamos diante de catástrofes naturais como o terremoto que atingiu a Síria e Turquia, o ciclone na Nova Zelândia, muito frio e neve em algumas regiões ou calor excessivo em outras, e tudo isso em meio à crise econômica e rumores de mais guerras. É trágico que as lutas sejam feitas com equipamentos fabricados pelo homem para destruir bens e pessoas. Qual a causa dessa tragédia neste maravilhoso planeta dotado de tudo para dar sustentabilidade à vida dos seres humanos peregrinos?

Uma imagem antiga mostrava a associação do homem com a máquina mesclando tecnologia e intuição, algo que ficou meio perdido. A inteligência artificial poderia recompor essa perda? Pode ser, mas teria de pesquisar as leis espirituais da Criação, que não são alcançáveis pelo intelecto. Uma solução essencial é educar e dar bom preparo para a vida às novas gerações, estejam morando em favelas ou em qualquer bairro.

Europeus que vieram para o Brasil em busca de melhores condições de vida educaram seus filhos num país estranho. Muitos descendentes se destacaram em diversas atividades ajudando a construir o Brasil, mas algo travou as gerações subsequentes, interrompendo a marcha do progresso pessoal e nacional. O que se passa com a educação no Brasil que não formou muitos leitores de livros, nem para ler através da Internet? A época é difícil para livrarias, os custos fixos devem ser mínimos, pois as receitas ficam estagnadas. Que modelo poderia dinamizar a livraria Cultura?

Atualmente, as crianças recebem uma carga de informações através das mídias, mas os conteúdos estão longe de oferecer exemplos de vida responsável. Falta formar o ser humano na direção do autoaprimoramento, capacitando-o a beneficiar e melhorar as condições gerais de vida no planeta tendo em vista o progresso real no caminho de evolução. Tudo na Terra poderia ter sido diferente se o ser humano mantivesse sua intuição voltada para a melhoria geral. Os corpos caminham, mas onde está a alma?

Chegaram as portas na obra civil, mas não há marceneiros para instalá-las. Faltam eletricistas, encanadores e tantos outros profissionais. Tudo isso e mais firmeza de caráter é o que a educação tem de promover para o florescimento de uma nação próspera e pacífica. Há um grande atraso na educação, pois para a formação de seres humanos generosos, criativos e inovadores temos de colocar a natureza, suas belezas e lógica perfeita como prioridade na educação infantil.

Para conhecer a vida e seu significado o ser humano tem de compreender e respeitar o mundo animal. Respeitar a natureza e suas leis que foram instituídas pela Criador para o bem geral da humanidade que não quer acatar e respeitar, mas age seguindo seu ego e seus vícios, promovendo a destruição.

O líder também precisa saber avaliar os seus colaboradores e, aproveitando os seus talentos, dar a eles oportunidades para realizar trabalho de qualidade com dedicação. Mas na política valem os interesses e acordos, pouco importando a capacidade profissional. A situação atual do planeta atesta a incompetência administrativa e o despreparo geral.

Tudo que está oculto vem sendo mostrado, gerando insatisfações e descontentamentos, impedindo o bom entendimento entre todos. Há forte tendência para retirar o humano do ser, impulsionando a decadência geral. A sexualidade exacerbada tem sido o gancho para fisgar os desatentos. As pessoas vão sendo enredadas na teia que as pressiona para a atividade sexual através de pensamentos, literatura, imagens. Mas a atividade sexual é algo natural, instintivo, não precisa de estímulos externos, a não ser como meio para manter as pessoas acorrentadas.

Quando as novas gerações não recebem bom preparo para a vida o futuro fica ameaçado. O desequilíbrio geral avança pelo planeta, porque todos querem receber, mas poucos retribuem. Assim se passa no mundo, na atividade econômica, nas relações em família, no trabalho e na sociedade. Os jovens precisam conhecer a trajetória espiritual da humanidade com seus erros e acertos. Para que haja paz e progresso, a família e a educação devem propor um alvo comum de conquista do bem e melhora nas condições gerais de vida para que essas ações promovam o aprimoramento do ser humano que está embrutecendo de forma bem visível, sufocando a sua essência.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ANNE COM E

À primeira vista pode parecer uma série para o público infantil, com um começo fabuloso, mas apresenta temas adultos que as crianças não compreendem e podem ser induzidas a erros. As crianças deveriam a aprender a importância da intuição para ouvir o que a sua alma diz.

A trama acontece numa pequena vila de fazendeiros, no final da década de 1890, centrada em Anne, uma jovem órfã que depois de sofrer em orfanatos e em casas de estranhos, é enviada por engano para viver com dois irmãos, uma senhora mais velha e um senhor, seu irmão mais novo, ambos solteiros. A série procura mostrar o amadurecimento de uma moça que precisa lidar com numerosos desafios, lutando por amor e aceitação e por seu lugar no mundo.

Fria e de natureza bela, a série canadense é a adaptação para a TV de uma obra clássica da literatura infantil (Anne of Green Gables), escrita em 1908 por Lucy Maud Montgomery, e retrata os problemas que geraram as condições atuais de vida no planeta. Inicia com o problema de crianças órfãs, sem lar, seja pela morte dos pais, mães sem condições de criar os filhos, crianças abandonadas. Uma visão das consequências de gerar filhos sem a devida consciência e responsabilidade. Mostra ainda a alegria de Anne ao conseguir ter um lar e uma família, e as dificuldades de ter que lidar com a mentalidade tacanha da vizinhança fofoqueira, crianças maldosas, a rigidez de professores daquela época, e a tendência de mulheres imitarem os homens.

A série também retrata o conflito e o preconceito com afrodescendentes e a forma como preceptores religiosos tratavam as crianças índias, criadas em liberdade junto à natureza, e resistentes em se adaptar às disciplinas rígidas e insensíveis.

Outro ponto abordado é a complexa questão da encarnação de pessoas com atributos femininos em corpos masculinos e vice-versa, uma questão que demanda pesquisa ampla incluindo as leis espirituais da Criação. Enfim, nessa série a espécie humana é desnudada em sua ignorância e crueldade, mas também enfatiza gestos de sincera amizade e nobreza, inspirando um futuro melhor.