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VIVER DE CORPO E ALMA

O ser humano é composto de alma e corpo, onde o cérebro atua como o sistema operacional que tem de executar os comandos da alma. Mas afinal o que é a alma? A alma abriga a energia espiritual do ser humano, nela se encontra a individualidade, o eu interior que tem de agir por si, buscar a autoconsciência, sem permitir a infiltração de influências externas no envio de seus comandos ao cérebro.

As pessoas necessitam dedicar mais tempo para compreender o que a alma é. A alma, em sua individualidade, é dotada de características próprias, enquanto o cérebro se deixa padronizar por influências externas. As pessoas têm que viver de corpo e alma, e não apenas com o corpo, como o fazem na maioria das vezes. Isso tudo tem o seu funcionamento em conformidade com as leis cósmicas universais que regem o livre arbítrio impulsionador das vivências para o fortalecimento da alma.

Qual é o grande futuro do ser humano que vai atravessando o tempo em várias fases desde a geração, infância, fase adulta, velhice, sempre se encaminhando para o abandono do corpo, a saída do mundo terreno? O ser humano deveria passar por isso atentamente de forma consciente, porém, muitas pessoas, levadas pelo artificialismo em que vivem, vão avançando sem perceber a importância dessas fases da vida, e quando se dão por si, já se encontram perto da velhice.

É indispensável para o progresso o esforço para manter o domínio do espírito sem permitir influências externas. Colocar de lado as ninharias do dia a dia, elevar os pensamentos, sempre visando produzir algo benéfico para si e para a Criação. Vivemos numa fase caótica da humanidade, o descontentamento e protesto avançam pelo mundo.

Em muitos municípios, como a cidade portuária de Marselha, na França, as empresas estão indo embora fugindo da confusão, permanecendo elevado índice de desemprego. Há um grande contingente ocioso pelo mundo; é preciso criar atividades nobres e produtivas que assegurem uma existência condigna. As pessoas não podem continuar perdendo o rumo. Na vida tudo tem de se pautar pela grande lei do equilíbrio cósmico, mas os seres humanos se julgam acima dessa lei.

“Como és tu ser humano? O que tens feito do tempo que te foi concedido?” O ser humano não pode se prender a conceitos de outras pessoas sem analisar tudo com o eu interior, a alma. Na alma nasce a intuição, que deve comandar o cérebro no pensar, falar e agir. Uma criança ouve por muitas vezes que o Salvador veio para a Terra para livrar a humanidade de seus pecados através de trágica morte na cruz. Enquanto criança, vai ouvindo essa história, mas ao atingir a fase adulta assume a responsabilidade por si mesma e é sua obrigação examinar o conteúdo da crença de seus pais, se verdadeiro ou não. Como o Criador de Todos os Mundos poderia enviar seu filho inocente para, arbitrariamente, apagar os pecados dos seres humanos para que pudessem retornar ao céu?

Para se desenvolver, o espírito teve de ser expelido de seu plano de origem, o reino espiritual, ou como se diz, foi expulso do paraíso para fazer um percurso até ao mundo material, desenvolver-se para a escalada, retornar forte e consciente. É preciso elevar o pensamento para não permitir que a alma seja sufocada pelo intelecto egocêntrico que quer dominar e, em sua mania de grandeza, se julga dono do planeta. Devido à sua espécie material, o intelecto se aprisiona ao perecível mundo material, às suas ilusões, seus prazeres e suas misérias.

Lei da vida é movimento certo no pensar, falar e agir, sempre visando o bem geral, para ampliar a consciência espiritual. Procurar ligação com a fonte da vida. Saber por que e para que nascemos. Já é possível procurar na Internet o saber sobre a Luz da Verdade, o grande auxílio para a humanidade, a Mensagem do Santo Graal. Até agora o ser humano só prevaricou em vez de atrair a energia espiritual para o bem da Terra e preparar o chão para a nova vida, livre dos erros humanos, baseada na naturalidade que reconhece e segue as leis da Criação.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A NOVA CULTURA DO DESEJO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A maioria dos seres humanos não tem a menor ideia do que deseja realmente. Nossa cultura nos induz a pensar em nossos desejos a cada minuto do dia. Como vai ficar a mente dos seres humanos submetidos intensamente a imagens? Como entender como surgem os desejos e as motivações na mente? O que poderemos fazer com o resto de nossas vidas para vivermos com serenidade?

Reportagens, filmes, telenovelas, podem estar sendo montadas para projetar em nossa mente reações determinadas que vão desde uma sensação otimista até a insatisfação, revolta, apatia. O interessante livro A Nova Cultura do Desejo, de Melinda Davis, formada na Universidade de Harvard, é de 2002 e quinze anos depois a pressão das imagens ficou mais forte ainda. Com a crescente pressão vai aumentando o estresse mental-emocional.

O mundo dos pensamentos é uma realidade invisível que influencia a igual espécie, como uma invasão da mente para caçar o cérebro e seu modo de raciocinar. Imagens que vão invadindo a mente, criando visões e sensações no cérebro do raciocínio bloqueando a intuição e seus lampejos para defesa.

Vivemos a era das imagens e seus efeitos determinantes sobre as formas como as pessoas conduzem o seu modo de viver. Muitas coisas acontecem no crânio que, sem a participação da intuição, fica mais sujeito às influências externas. Para Melinda, nossos cérebros não evoluíram adequadamente para se tornarem o que deveriam ser agora.

Nos seres irracionais a sobrevivência é fundamento de toda a sua vida; nos humanos também, mas dotados de espírito teria de haver a motivação de sobrevivência para alcançar a espiritualidade. A robotização dos seres humanos está aniquilando a vida interior, levando-os a agir como autômatos, passando a usar apenas com o raciocínio afastado do eu que está no íntimo. Com o aumento do estresse mental e do fastio emocional poderá surgir uma nova convergência na busca por algo mais elevado que proporcione saber real, paz de espírito e felicidade. Após séculos de buscas sem resultados, muitas pessoas ainda buscarão pelo Santo Graal e seus enigmas na Criação como a nova prioridade da vida.

Neste início do ano de 2018, todos percebem o aumento da aceleração no ritmo de vida intensificando a agitação geral; quase não há tempo para refletir, a urgência geral leva as pessoas a saírem um pouco da dormência e pensarem no fim dos dias.

Já em 1969 a escritora Roselis von Sass falava do “crescimento das doenças, explicando elas são consequências do modo de viver nocivo à saúde. Alimentação errada, fumar, beber, sono insuficiente, vida sexual doentiamente aumentada e a televisão como um novo foco formador de doenças. Tudo contribuindo para perturbar o trabalho rítmico do organismo, conduzindo materiais venenosos no corpo, pressionando o sistema nervoso de forma desagradável, colocando os seres humanos em constante inquietação nervosa e desassossego”. (O Livro do juízo final)

Na vida estressante e caótica, o conjunto dos cérebros (cérebro e cerebelo) tem de funcionar harmonicamente para a compreensão correta da vida para impedir que o sofrimento psíquico nos destrua e descobrir que o segredo da mente serena está na conservação pura do foco dos pensamentos, livre do domínio das influências externas.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora).  E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O GRANDE DESAFIO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

O grande atraso do Brasil decorre da falta de preparo da população que tem permanecido apartada dos reais problemas da vida, sendo condicionada a um viver de quimeras e ilusões, esquecendo que o progresso pessoal e do país é fruto do trabalho dedicado na autoeducação e na concretização dos propósitos enobrecedores. Futebol, carnaval e telenovela são importantes como lazer, não como finalidade de vida.

Há um confuso embate político e uma forte tentação dos políticos de esquerda para abraçar o capitalismo de Estado, centralizando o poder, interferindo em tudo, assustando, ameaçando a já precária liberdade. Os de mercado estão tensos, dado o aumento da insatisfação da população induzida a acreditar que o Estado pode tudo, mas ao crer nisso podem estar entrando num caminho tormentoso para a liberdade. Poucos querem ver a razão. Sem autenticidade e busca de equilíbrio, a solução fica muito difícil.

O grande desafio para quem assumir a presidência está em transformar o Brasil num país com progresso ordenado. Como o país poderá planejar suas contas internas e externas com equilíbrio, sustentabilidade, empregos e bom preparo da população? Reduzir tamanho do Estado, cortar despesas supérfluas, ajuste da carga tributária poderia dar fôlego ao orçamento, mas ainda fica a grande questão de como dar equilíbrio e sustentabilidade à conta corrente do país com o exterior, sem ter de ficar eternamente dependente de financiamento externo.

A ascensão do dinheiro e sua crescente influência vêm ocorrendo há alguns séculos, mas parece que ainda não foi encontrada a maneira certa de manter o equilíbrio entre os países e entre produção, comércio, emprego e consumo. Com a ausência do equilíbrio, surgiram as perturbações constrangedoras como crises, estagnação, desemprego, progressão das desigualdades, tudo retendo o avanço da humanidade chegando mesmo a promover retrocessos.

A análise das contas da previdência divulgada pelo economista Delfim Netto mostra que os números de 2007 (R$ 306 bilhões e R$ 338 bilhões para receita e despesa) atingiram em 2016, respectivamente, R$ 635 e R$ 875 bilhões. O déficit cresceu de R$ 32 bilhões para R$ 240 bilhões, à taxa exponencial de 25% ao ano! Uma questão de demografia, mas também de incompetência e displicência gerencial do Estado com a ausência da busca do progresso equitativo e bom preparo da população. No fundo há também a não menos complicada questão global da mudança na estruturação dos empregos.

Como desenvolver e fortalecer as competências emocionais das novas gerações num mundo tão acelerado em que nada se consolida, onde tudo se vai automatizando e robotizando? A forma de viver se tornou muito estressante. Precisamos de formas mais sábias de viver que preservem a humanidade e a sensibilidade das novas gerações. Elas têm de ser orientadas para a compreensão da natureza, suas belezas, suas leis, sua lógica, pois é na natureza que vamos encontrar as bases da ciência.

O impulso primário do homem para a busca de sua origem transcendental aos poucos foi cedendo a prioridade para a procura de realização exclusivamente no perecível mundo material. Isso foi conveniente para aqueles que cobiçam poder terreno conduzindo as massas à indolência máxima. Os homens da Religião, do Estado, e do Capitalismo de Mercado e também tinham em mira o poder. Agora as coisas estão confusas. Com o surgimento do Capitalismo de Estado, a indolência e a robotização do ser humano tende a ser total.

Para não cair nisso os seres humanos devem buscar viver autenticamente, sempre visando o bem. Em seu entorpecimento, as pessoas vão se acomodando na vida rotineira como sonâmbulos, perdem o estímulo para definir propósitos e ir atrás, e também perdem a iniciativa que deveria buscar a realização de sua vontade intuitiva ora bem adormecida. No entanto, de todos os lados a mente recebe, principalmente da mídia, lembretes que impulsionam os indivíduos a agirem: alguém fumando ou bebendo, brigando, xingando, comprando algo, e tantas coisas mais que não levam a lugar nenhum. Enquanto a vida vai transcorrendo na mediocridade paralisante, faltam lembretes positivos, tais como: ajudar alguém, ler um bom livro, falar uma palavra amiga, procurar o bem geral e o real sentido da vida.
* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ALMA: A ESSÊNCIA DO SER HUMANO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A frieza do mundo em 2029 é o cenário do filme Vigilante do Amanhã (Ghost in Sell). Na trama, Cutter (Peter Ferdinando) é o poderoso CEO da Hanka Corporation que quer construir uma arma letal, transplantando o cérebro humano para resistentes corpos manufaturados, mas que não tenham alma. Ele quer criar seres que sejam frios, sem coração e obedientes, sem nunca questionar sua autoridade. Cutter discorda do método da Dra. Ouelet (Juliette Binoche), que permite que a consciência da Major Mira Killian (Scarlett Johansson), uma das pessoas transplantadas, não seja apagada de todo. Cutter queria que suas criaturas agissem como máquinas sem capacidade de refletir, mas Aramaki (Takeshi Kitano), o coordenador da segurança, revela sabedoria e comanda Mira no combate ao crime, dando a ela um tratamento humano, o que também desagrada ao diretor da companhia.

A alma dá vida ao corpo, mas com o trabalho do cérebro pré-programado, entra em dormência, não consegue se manifestar e deixa de ser ouvida. Quantos seres humanos não se encontram nessa situação? Observando atentamente, o filme leva ao debate sobre a dicotomia entre cérebro e coração. Cutter não quer que o coração se manifeste, pois isso leva as pessoas a refletir sobre a existência e o significado da vida. Mas como grande parte das obras da atualidade, o filme também trata superficialmente essa questão prioritária – a da formação de uma civilização humana evoluída, sem o descaramento para obter lucros de qualquer forma, com o mínimo esforço e falta de respeito pelos demais. O descaso se amplia e as pessoas vão sendo coisificadas sem se darem conta disso.

Mira ansiava por ser ela mesma, não uma máquina. Queria olhar os acontecimentos e discernir por si; ter conexão com o eu interior. Não queria ser conduzida pelos comandos e estímulos externos recebidos pelo cérebro sem permitir que o eu interior, a alma, se manifestasse. No mundo real, o fisiologista russo Ivan Pavlov descobriu a influência do condicionamento (reflexo condicionado) no comportamento dos seres humanos que facilmente vão se acomodando, bloqueando a conexão com o eu interior, se tornando produtos de massa, dóceis e manipulados porque pensam pouco por si mesmos. Todos vão ficando parecidos uns com os outros, agindo de forma semelhante, enquanto as características individuais desaparecem.

Atualmente, com o modo de vida vazia de sentido, muitas pessoas parecem estar perdidas, sem foco, sem visão da vida real. Sem possuir uma vontade forte, se deixam arrastar por um sistema de comunicação doentio, que trava a consciência promovendo a falta de clareza e incapacitação para refletir por si, canalizando as energias para o supérfluo. No passado, muitos seres humanos, apesar da pouca escolaridade, tinham contato com a vida real e sua sabedoria, pois com a faculdade de ouvir a própria intuição, tinham clareza e agiam com bom senso. Então vem a pergunta: o que é o ser humano? É o espírito, guarnecido pela alma encapsulada no corpo terreno (ghost in shell) e que preexistia há milênios, tendo, através da reencarnação, a nova possibilidade de permanecer por mais um novo período no grande ponto de transição que é a Terra, de onde poderá desembaraçar-se das trevas dos erros humanos, reencontrar-se consigo mesmo e com o perdido caminho da iluminação, para não ficar vagando a esmo pelos séculos como alma presa aos pendores que o agrilhoam ao mundo material.

Na ficção, Mira é perseguida por Cutter que, preocupado com o sucesso de seu projeto, quer destruí-la antes que ela consiga recuperar a consciência humana. Na vida real, os seres humanos também têm de lutar para recuperar a consciência própria para despertarem novamente e não serem apenas simples teleguiados sem vida própria.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”; “2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” e “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”. E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7