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AS BEM-AVENTURANÇAS

O povo, novamente, se agrupara ao redor do Mestre e de seus discípulos. Escutavam-no atentamente e queriam ouvir mais. Jesus, então, sentou-se no alto de uma colina, e a seus pés acomodaram-se todos aqueles que tinham vindo para ouvir as suas palavras. E Jesus falou:

Bem-aventurados aqueles que aceitam com simplicidade o que é verdadeiro, pois deles é o reino dos céus. Não cismeis e não sofismeis acerca de minhas palavras, pois assim jamais chegaríeis a um fim. Não faleis aos vossos semelhantes daquilo que estas palavras despertam em vós, porque, sendo eles diferentes de vós em sua espécie, falariam tão somente daquilo que é próprio a eles, e assim vós os confundiríeis!

Bem-aventurados os homens que são pacientes e afáveis, pois eles dominarão a Terra. Aprendei a esperar e aprendei a vos conter, então um dia tereis em vós o poder para dominar outras pessoas. Vossa própria integridade ensinará aos outros!

Bem-aventurados os que têm de suportar sofrimentos, pois serão consolados! Não vos lamenteis quando a dor cair sobre vós. Suportai-a e sede fortes. Sofrimento algum pode vos atingir sem que o permitais, mas aprendei por meio desse sofrimento e transformai-vos em vosso íntimo, pois assim ele vos deixará, e vos tornareis livres!

Bem-aventurados os que clamam por justiça, pois eles a obterão. Quando pensardes estar sofrendo injustamente, voltai o olhar para o vosso próximo e procurai reparar todo o mal que lhe fizestes algum dia, mesmo julgando ter razão! Ser humano algum tem o direito de fazer um outro sofrer. Se neste ponto fordes puros, então ninguém vos fará sofrer injustamente; irão sentir-se envergonhados diante de vossa grandeza espiritual!

Bem-aventurados os misericordiosos, pois eles alcançarão misericórdia! Não vos enganeis, entretanto, praticando falsa misericórdia, mas considerai se a vossa boa vontade é verdadeiramente útil aos seres humanos!

Bem-aventurados os pacíficos, pois serão denominados filhos de Deus. Para possuir a paz íntima, para transmiti-la aos seus semelhantes, é necessário tal pureza de alma, que poucas pessoas, quando ainda na Terra, poderão ser denominadas filhos de Deus. Um ser humano que encerra em si a verdadeira paz, a paz que provém do Divino, será bálsamo e alívio para os seus semelhantes, curará as suas feridas apenas com a sua presença!

Bem-aventurados os que sofrem por amor à justiça, pois deles é o reino dos céus! Sofrer pela justiça significa sofrer pela Verdade. Arcar com tudo, tudo vencer, para poder permanecer verdadeiro é o que de mais árduo existe para o ser humano durante a sua peregrinação. Significa tudo: viver com justiça, viver com sinceridade até nas mínimas coisas. Custará muita luta, muito sofrimento, mas será viver a vida, vivê-la verdadeiramente, durante toda a sua peregrinação. É assim que deve ser o seu proceder para que lhe seja franqueado o caminho que leva ao reino dos céus.

Bem-aventurados os puros de coração, pois eles verão Deus. Estas palavras encerram tudo, encerram o que de mais elevado o ser humano pode alcançar: ver Deus em Suas obras. O seu coração deve ser puro, límpido como um cristal, para que nenhuma turvação o impeça de ver. Ver é reconhecer! O ser humano cujo coração é puro o terá conseguido; ele poderá ascender à Luz.

Do livro Jesus o Amor de Deus, https://www.graal.org.br/collections/livros-em-portugues/products/jesus-o-amor-de-deus

A CRISE DO CRISTIANISMO

Muitos jovens de hoje não mantêm afinidade com a figura messiânica de Jesus. Então os especialistas tecem a teoria de que o Cristianismo está sendo destruído. Mas o que se passa com os jovens tão desembaraçados e com sentimento de autossuficiência através da Internet?

A vida se tornou corrida, áspera, com pouca esperança. Poucos seres humanos ainda pressentem a grandeza de Jesus. Quem sabe da sua origem? Quem sabe a razão de sua vinda para esta Terra tão carregada de estupidez e baixarias? Quem conhece o real significado dos ensinamentos de Jesus?

A história da vida de Jesus ficou permeada de mistérios e incompreensões que agridem a atitude rebelde dos jovens do século 21. Então ficou fácil desconstruir a imagem do Enviado de Deus. O homem, separando-se do espiritual, a sua essência, ligou-se firmemente ao material, esquecendo progressivamente da espiritualidade. Jesus veio para restabelecer a perdida conexão com o mundo espiritual para impedir a desumanização do homem que deveria se tornar ser humano através de sua livre resolução. Mas os seus ensinamentos foram transmitidos sem a natural clareza e simplicidade como foram apresentados, resultando algo complicado e de difícil compreensão. Não é de se estanhar que muitos permaneçam a distância. A Mensagem do Graal, de Abdruschin apresenta com clareza o Fenômeno Universal.

 

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A REVOLUÇÃO DE JESUS

Existem muitas histórias sobre Jesus, porém pouco se sabe sobre a verdade. Jesus pertencia à classe média, nunca tendo passado por necessidades. Ademais, mantinha relações de amizade com muitas pessoas ricas e cultas. Quando adulto, era proprietário e gerente de um próspero negócio de carpintaria, com vários empregados, o qual havia herdado de José. Quando foi ter com João Batista, a fim de ser batizado por ele, este lhe disse: “Senhor, eu é que deveria pedir batismo a vós”. Ao reconhecer a sua missão, Jesus entregou os negócios para sua família terrena e partiu. Note, ele não a repartiu com os pobres.

No entanto surgiu a ideia de Jesus ser um revolucionário político. Para a humanidade que havia se afastado da Luz da Verdade, a Mensagem de Jesus foi tida como revolucionária, pois colocava em cheque os pressupostos estabelecidos e indolentemente aceitos. Jesus não se interessava pela política, como era o caso de Judas Iscariotes, nem pelo poder que se concentrava nas mãos das autoridades religiosas. Mas opunha-se frontalmente ao sistema de vida restrito ao puramente material, gerador da miséria, como alvo prioritário da humanidade cuja antena para o espiritual havia sido baixada pelo raciocínio supercultivado.

A espada que Jesus empunhava era a Palavra oriunda da Luz que desfazia os mitos e as falsas interpretações, mas o legado de Jesus ficou prejudicado por incompreensões e erros na transmissão, dando margem às interpretações erradas aceitas sem serem examinadas seriamente, até que o escritor alemão Abdruschin fez a reconstituição na Mensagem do Graal, obra ainda pouco pesquisada pelos estudiosos de temas religiosos. Como não conseguiam fazer calar a sua voz vibrante, ele foi capturado, torturado e executado sem que pudessem imputar-lhe qualquer ato culposo. Pilatos, num gesto de incompreensão, lavou as mãos.

Segundo Abdruschin, “é um grande erro as criaturas humanas acreditarem que pela morte na cruz esteja garantido o perdão de seus pecados… As explicações de Jesus que tudo abrangia mostram, em quadros práticos, a necessidade de observar e dar apreço à vontade divina, que se encontra nas leis da Criação, bem como aos seus efeitos, na obediência e na desobediência. Sua obra libertadora consistiu em trazer essa explicação, que devia mostrar as falhas e os danos das práticas religiosas, pois ela trouxe em si a Verdade, a fim de iluminar a escuridão crescente do espírito humano… Uma grande lacuna na possibilidade de compreensão de tudo isso advém apenas da circunstância de os seres humanos ainda não haverem procurado essas leis de Deus na Criação, não as conhecendo, por conseguinte, até hoje, tendo apenas encontrado aqui e acolá pequenos fragmentos disso, onde justamente tropeçaram”.

Somos cidadãos do Cosmos, porém ainda não compreendemos como surgiu a Criação e o porquê. O ateísmo se tornou uma prática entre os pesquisadores, o que é lamentável, pois tudo evidencia a existência de uma ordem na Criação orientada pela Vontade do Criador. Os pesquisadores sinceros poderiam se esforçar mais no sentido de compreender a Criação e suas leis cósmicas. Qual a finalidade de nossa existência? De onde viemos e para onde vamos? Por que existe tanto sofrimento na Terra? Quais são as leis que regem o mundo?

Não é por acaso que as leis da natureza funcionam em rigorosa lógica. Como Jesus explicava, a matéria surgiu como o grande campo para o cultivo da semente espiritual para que pudesse desenvolver seus talentos, retornando à casa como o filho pródigo, deixando para trás tudo quanto é material. As religiões dogmatizaram tudo, gerando, no inconformismo dos pesquisadores, a ideia do ateísmo. No entanto, a pesquisa sincera dos fundamentos das leis da natureza deveria levar ao saber oposto a isso.

No Universo existem sistemas que podem ser reconhecidos por todos e são chamados pelos estudiosos de Leis da Natureza. Essas leis são encontradas na simplicidade de cada dia, como no dar e receber, no plantar e colher. Entre elas, podemos destacar a lei da gravidade, a lei do movimento, a lei da atração, a lei da ação e reação. Na Mensagem do Graal, Abdruschin discorre sobre o funcionamento das chamadas Leis da Natureza ou Leis da Criação, evidenciando sua relevância para o entendimento do Universo e do cotidiano de cada um, dando as bases para uma construção duradoura. A Mensagem mostra o caminho para que o ser humano possa atingir vibrações mais altas por meio de suas intuições, seus pensamentos, suas palavras e ações, promovendo harmonia em nosso ambiente tão nefastamente influenciado pelos maus pensamentos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

MARIA MADALENA

O filme Maria Madalena, de Garth Davis, mostra um aspecto especial ao desmontar o conceito de Jesus como revolucionário. Mostra que Judas, sim, queria provocar um levante contra Herodes e contra Roma, o que não era a finalidade da vinda do Messias, que trazia Luz para afastar as trevas e alertava para a transitoriedade da vida destinada à evolução do espírito. Mas os seres humanos estavam apegados demais à vidinha material egocêntrica para despertar e buscar intensamente a compreensão do significado da existência, fato que ia ao encontro do Anticristo, o lutador contra a espiritualidade. Jesus foi severo com os vendilhões do templo que conspurcavam a Casa do Senhor com negócios e com a mentira de que, sacrificando animais, as pessoas poderiam viver como melhor lhes aprouvesse.

O restante do filme é eivado de aspectos confusos, longe da grandeza do evento universal. Após a morte na cruz, Jesus apareceu à Maria Madalena, espiritualmente, não em carne, pois o corpo material segue as leis da natureza estabelecidas pelo Criador de Todos os Mundos.

O “procurai e achareis” não surtiu o efeito esperado diante da crescente indolência espiritual. Jesus disse que voltaria para a sua origem, o Divinal. Mas quando anunciou a vinda do consolador da humanidade (o Filho do Homem), para apresentar a visão geral da Criação sem lacunas, sobre todos os tempos, desde o começo da humanidade até agora, interpretou-se indevidamente que ele voltaria. Para a exata compreensão desse fato, a obra Na Luz da Verdade, de Abdruschin, traz os esclarecimentos, desfazendo os equívocos desde a origem do ser humano, enquanto que grande parte das demais obras e filmes foca, preferencialmente, no terrível sofrimento infligido a um inocente. “Pai perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem”.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A GRANDE TAREFA

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Em sua transitória permanência na Terra, a tarefa prioritária do ser humano é aprimorar-se na convivência com seus semelhantes e contribuir para o contínuo beneficiamento e embelezamento geral e melhora das condições de vida. Diferentes raças e povos constituem o conjunto das criaturas humanas, mas estas foram enveredando cada vez mais por funestos caminhos, acarretando o oposto do que deveriam realizar, provocando a destruição da beleza, da ordem e da paz.

Jesus, o Enviado do Amor de Deus para redespertar a humanidade de seu torpor, trouxe com palavras simples e claras a explicação sobre a naturalidade da vida. Após a sua crucificação e o assassinato de Paulo e Pedro por ordem de Nero, a clareza dos seus ensinamentos foram sendo afastados da lógica natural. Por mais de 1500 anos prevaleceu o obscurantismo. O cristianismo foi se afastando da naturalidade dos ensinamentos de Jesus sobre a vida e a Criação. A falsidade foi tomando o lugar da autenticidade que se expressa com clareza, simplicidade e naturalidade, e com isso as discórdias não tardaram a surgir. A busca do sagrado foi perdendo força entre os humanos. Enquanto a religião e a crença cega iam perdendo terreno, aumentava a descrença e o ateísmo.

A luta dos homens pelo poder vem de longe. Foram séculos de obscurantismo e imposições. Com o advento do dinheiro e do crédito, teve início o processo de mudança na estrutura do poder dominante, o que desenvolveu um tríplice embate entre religião, capital e socialismo, todos disputando riqueza e poder terreno. Segundo o historiador Robert S. Wistrich, em discurso proferido em Munique em dezembro de 1926, Hitler aumentou ainda mais as incompreensões sobre a missão de Jesus classificando-o como revolucionário contra o capital. Tamanha inverdade caiu no agrado dos socialistas, mas Jesus, procedente do Divino, sempre renunciou ao poder terreno e dizia: ”Meu Reino não é deste mundo”, expressando assim que o seu poder não se situava no mundo material, o que desagradou Judas que queria expulsar os romanos fazendo de Jesus rei dos judeus.

Enquanto Hitler tecia falsidades, o escritor Oskar Ernest Bernhardet, ou Abdruschin, como preferia ser chamado, dava andamento à sua obra Na Luz da Verdade Mensagem do Graal. Abdruschin explicava a naturalidade da missão de Jesus desde o seu nascimento em Belém até a sua morte. Opunha-se frontalmente à forma como Hitler tratava os judeus, tendo sido preso por isso e acusado de ser judeu, e só não foi para um campo de concentração porque seus amigos comprovaram sua origem ariana de 400 anos. De 1939 a 1945 a Europa viveu a mais trágica e sangrenta guerra que o mundo já presenciou.

Mesmo no pós-guerra, o essencial, a preservação e o aprimoramento da espécie humana, com a adequada utilização dos recursos naturais e a sustentabilidade da vida continuou sendo soterrado. Estamos enfrentando o grande apagão espiritual, moral, mental, emocional que vai lançando suas garras sobre a humanidade, engrossando as fileiras das pessoas sem preparo para a vida, focadas prioritariamente nas ninharias e coisas negativas. Para onde quer que se olhe há muitas desgraças.

Em sua cobiça por poder e vingança o homem sempre pensa que sairá vitorioso, mas sem olhar para o significado da vida, vai adentrando por caminhos tortuosos podendo chegar a um ponto sem volta – a grande encruzilhada da humanidade -, na qual os pequenos reis despóticos não vacilam em arrastar tudo para a perdição para alcançar seus objetivos mesquinhos.

A realidade se sobrepõe a todas as teorias engendradas. O planeta está diante dos limites críticos na natureza, no clima, na população de pouco preparo para a vida, na economia e finanças, na moral e no social. Por interesses ou teimosia, muitas pessoas não querem ver que há no planeta um grande processo de transformação em andamento. Como fundamento da religiosidade, o homem tem que entender a Criação e as leis que regem a vida refletindo a perfeição do Criador.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7