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CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DAS TARIFAS EXTRAS

Quando uma nação, por algum meio, consegue dar força à sua moeda, tudo aquilo que importa de outro país fica mais barato. Brasil e Argentina tentaram isso, mas quebraram a cara. Os EUA, administradores do dólar, se tornaram o grande importador, mas a dívida foi crescendo. Aí veio a exuberância irracional que ficou instigando o mercado dos ativos financeiros por vários anos, mas quando chegou a hora da verdade, trilhões de dólares foram criados do nada para segurar a casa.

Em 2025, o cenário é de dívida elevada, déficit orçamentário, dólar valendo menos, população inquieta. Tarifa é o imposto sobre importações. O presidente norte-americano Donald Trump tenta amenizar a situação com a introdução de tarifas sobre as importações, o que está causando um estremecimento da economia global. O Brasil já aplica tarifas elevadas há tempo, mas permanece atrasado e endividado.

Quais são os objetivos de Trump com essas medidas? Abrir espaço para a produção interna? Criar um obstáculo para o produto importado? Melhorar a capacidade de produzir internamente diante do Capitalismo de Estado? Arrecadação adicional de impostos? Mas quem vai pagar por isso? Haverá uma transferência de renda da população para o Estado. E qual é a novidade? Mesmo assim, ficará sendo uma tributação abaixo do que se paga no Brasil que vai a 40% no carro produzido internamente, e a 70% no importado. No Brasil, paga-se muitos impostos, mas a gestão pública não corresponde com eficiência.

Será que os seres humanos querem se compreender mutuamente, ou querem levar vantagens? Tudo depende do que está sendo objeto da fala, da conversa, da negociação. Quais são os propósitos dos indivíduos e dos grupos? Querem o bem geral ou a satisfação da própria cobiça por riqueza e poder? Querem o progresso da nação e da população, ou a destruição dos adversários políticos? Lamentavelmente, o baixo nível predomina em todas as camadas.

O viver ficou complicado. Os seres humanos perdem o rumo, falta-lhes a consciência do significado da vida e sua finalidade. Tudo vai se afastando da vida real, surge o humanoide, o ser que age de forma meio humana, meio máquina, sem intuição. O viver ficou complicado. Somos todos peregrinos que devem evoluir, mas não se pensa nisso. Surge o vazio e a ânsia de preencher o tempo com qualquer bugiganga sem precisar pensar.

O universo surgiu da sabedoria divina, da irradiação do Criador Todo Poderoso, que ofertou ao germe espiritual a oportunidade de se desenvolver ao máximo, adquirir autoconsciência e contribuir para conservar e embelezar a esfera material seguindo as leis universais da Criação.

O Estado-nação mostra brechas danosas criadas por oportunistas que se aproveitaram da política para iludir a população com promessas inadequadas, e tendo a isca sido fisgada, conseguiam se postar no poder. A descoberta da Inteligência Artificial vem mostrando as ineficiências do Estado e seus governantes. Se o ser humano falha, alguns dizem: “que venha a máquina”, mas será que ela conseguirá ajustar aquilo que o ser humano desvirtuou, ou seja, conduzirá a humanidade para atividades construtivas, surgidas de suas reflexões intuitivas? Isso vai depender da boa vontade e da livre resolução dos seres humanos visando o bem geral, como sempre deveria ter sido.

A humanidade olha amedrontada para a situação do planeta. Não se trata de buscar uma utopia, mas de construir um modo de vida mais decente, mais humano. O que tem impedido isso são as cobiças e a ganância de acumular dinheiro e poder. Os pais não precisam ter muitos filhos que lhes consumam toda a energia, descuidando de si mesmos. O tempo da maioria das pessoas é gasto na frenética corrida pelo dinheiro. As horas de lazer são desperdiçadas em atividades inúteis e até prejudiciais. Muitos vivem precariamente, com reduzida educação, e vão passando pela vida sem se aprimorarem como seres humanos, esquecendo que o futuro melhor depende da continuada atuação benéfica de cada indivíduo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O NOVO DINHEIRO GLOBAL

No pós-guerra, a partir de 1945, adveio uma fase de paz e progresso econômico. Muito já se falou que as identidades culturais e religiosas seriam a principal fonte de conflitos entre os povos, o choque das civilizações, sintetizado pelo cientista político Samuel Huntington. Com a evolução tecnológica e financeira, estão eclodindo conflitos voltados para o poderio econômico. A força do dinheiro fala mais alto. O capitalismo de Estado está moldando uma nova cultura. Se os confrontos religiosos criam fortes embates, os econômicos estão assumindo proporções globais, em que as questões místicas vão perdendo força.

A ampliação do poder econômico cria um cenário para confrontos envolvendo finanças e produtividade entre o capitalismo de livre mercado com grandes corporações, e o Estado capitalista que, pragmaticamente, vai ampliando a sua penetração no mundo todo numa guerra financeira, fabril e tecnológica, buscando uma nova ordem global.

No planeta com oito milhões de seres humanos encarnados e com crescentes imprevistos climáticos, a economia global se tornou um emaranhado de dúvidas criando um cenário de incertezas. Com isso, todos os indicadores tendem a oscilar ampliando os riscos. É como se fosse uma roleta imprevisível na qual os jogadores não sabem onde colocar as suas fichas. Para as nações há o risco de dificuldades para obter dólares, tendo de se sujeitar a custos mais elevados; para a população o risco é de aumentar a tendência mundial de precarização. Internamente, nas nações, há polarização política. Globalmente, agrava-se a geopolítica diante dos conflitos econômicos entre os Estados Unidos e a China. E de novo escavam pirâmides e túmulos, o segredo encoberto. Estariam os rumos da humanidade gravados nas estruturas de pedra da Grande Pirâmide de Gizé, no Egito?

O Estado-nação aglutina a renda geral; é aí que ingressam os oportunistas, a elite no comando que administra o Estado e não vacila em tirar proveitos. É perceptível que há um esforço para dizimar o Estado-nação, que já teria cumprido a tarefa que lhe foi determinada de chegar ao dinheiro fiduciário, mas caiu na mão de grupos manipuladores oportunistas que se fortalecem para se perpetuarem no poder. A impressão é que os EUA estão fazendo um esforço para recuperar a nação com medidas austeras e imposição de tarifas para reduzir a invasão de manufaturas produzidas externamente.

O planeta Terra está problemático ao extremo com a economia e finanças em desarranjo global. A instabilidade é geral. Eleva-se a cotação do ouro. Um outro tipo de moeda global está sendo gestada com a capacidade de controlar tudo e todos como se fossem gado, sem liberdade, sem força de vontade própria.

O mundo se embrutece. Saindo da infância descomprometida, os jovens se deparam com a brutal aspereza da vida. Melancólicos, sofrem com a percepção da rudeza à sua volta. Os adultos lhes oferecem modelos que os forçam a se refugiarem na prematura atividade sexual e nas drogas. Meninas ficam grávidas antes da hora. Há um conjunto das ações nefastas que tem como alvo atacar a joia da feminilidade para embrutecer o mundo, fortalecendo o medo e o ódio que enfraquece a espécie humana.

O futuro depende da capacidade de alcançar o reequilíbrio geral: ambiental, econômico, monetário e educacional, com liberdade e responsabilidade. Tudo é importante, mas o fundamental é o esforço individual para a reaproximação da espiritualidade perdida. Porém, o querer isso tem de partir do íntimo do ser humano buscando o saber da real finalidade da vida.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

COMO SAIR DA ASPEREZA GLOBAL?

Há na Terra muitos seres humanos descontentes com a própria vida. As reflexões teóricas de muitas dessas pessoas querem fazer crer que o capitalismo é o causador das misérias e sofrimentos existentes, mas há algo esquecido e muito importante sobre as causas da aspereza em que vivemos. Longe vai o tempo em que não havia religião e a humanidade vivia conhecendo e respeitando as leis da Criação que regem a vida, mas foi se afastando desse saber, achando-se acima disso e apta a construir um viver de seu agrado.

Passados milênios, o Criador interferiu enviando o Messias, cumprindo todas a leis da Criação para se encarnar num corpo terreno, portando a força da Luz Divina para reerguer a humanidade decaída. Poucos deram bom acolhimento e reduzida foi a compreensão dos ensinamentos elevados. Surgiram religiões. A humanidade entrou na idade das trevas ao ter expulsado a Luz, ampliando as cobiças por riqueza e poder terreno e as misérias e sofrimentos.

Durante séculos, grande parte das pessoas vivia seguindo as normas das religiões. Vieram guerras e mais sofrimentos com trabalho árduo, vida difícil com escassez geral, e por fim, a teoria de que o capitalismo, isto é a civilização do dinheiro, seria o meio de eliminar a penúria e a escassez. Mas ao se agarrarem ao poder do dinheiro, os homens comprometeram o restinho de anseio pela busca das leis espirituais da Criação, algo que abrange a humanidade, seja no capitalismo ou no socialismo. É nisso que repousa o grande mal da decadência moral e espiritual. Amor ao próximo não é o que se pensa; o verdadeiro amor é aquele que não produz danos e sofrimentos ao próximo.

A situação geral se afunila no dinheiro, pois tudo depende dele, tudo converge para ele, tornando a geoeconomia o ponto crítico geral. Mas o dinheiro flui por caminhos estreitos deixando de fora uma grande massa dependente que ficou sem alternativas. Isso acarretará um acúmulo de dificuldades jamais visto, que diante dos desequilíbrios da economia global, não poderá ser solucionado de forma adequada, gerando convulsões febris.

Para solucionar a questão dos custos e ganhos, o movimento de relocalização fabril para outra nação que tivesse níveis de salário mais baixos, deu início a grandes transformações na economia e outros problemas. As novas complicações no comércio internacional são a continuidade de problemas não resolvidos no passado.

A competição entre as nações apresenta desequilíbrios comprometedores. Por exemplo, no passado, a produção de açúcar e café no Brasil era feita com mão de obra escrava. Assim sendo, de que forma os europeus poderiam competir produzindo na América Central com mão de obra assalariada? E na atualidade, o padrão de vida no ocidente não é igual ao da Ásia. As fábricas mudam para esses locais onde os custos são menores, e os países do ocidente enfrentam as consequências. Na falta de alternativas adequadas, o protecionismo é a velha fórmula de enfrentar a concorrência e preservar a economia da nação.

A população não é como uma máquina, bastando apertar um botão para obter resultados. A economia segue naturalmente. Você pode produzir automóveis e outros bens, mas se a outra parte não tiver renda, como vai adquirir? As nações deveriam cuidar bem de sua região, de seu povo. Produzir só para exportar a outros países sai da naturalidade. O desequilíbrio econômico global está avançando rapidamente, chegará ao ponto de ruptura.

Os povos têm de evoluir de forma beneficiadora. O ser humano da atualidade pôs de lado muitas coisas boas, inclusive a experiência dos mais velhos. As novas gerações, liberadas de costumes tradicionais, acham que não precisam de nada que os mais velhos tenham para oferecer.

A época é áspera, sem amor. Onde houver oportunidade, podemos lançar palavras que levem a reflexões elevadas, mas em meio à indolência espiritual isso fica contra a correnteza. Com o enrijecimento progressivo, as pessoas estão embrutecendo. A convivência humana está abalada, mais difícil, cada indivíduo pensando só em si e em seus interesses. A nossa vontade intuitiva forte voltada para o bem recebe grande auxílio e proteção, algo que todos devem examinar atentamente. Sigamos em frente voltados para o bem que o auxílio chegará.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DINHEIRO E O PROGRESSO DA HUMANIDADE

A história dos Estados Unidos tinha uma raiz voltada para a espiritualidade, mas surgiu a teoria que quem ganhasse muito seria um protegido do Criador. Isso fez secar a raiz, um acontecimento que se espalhou pela Terra inteira gerando consequências pesadas. Em 2025, ano em que houve a troca de governo naquele país, poderia assinalar uma virada, mas o futuro é nebuloso.

Inflação e juros chegaram a níveis alarmantes. A mais elementar noção em economia é a de não gerar déficits em dólares, algo que os EUA deixam passar por serem os emissores dessa moeda, mas a dívida elevada poderá criar problemas. O Brasil é deficitário em suas contas internas e externas, o que é grave. Sem equilíbrio nas contas, como assegurar a autonomia? A corda apertou, dólar surpreendeu, a Selic subiu para 13,25% aumentando as dificuldades. Mas, que explicação dão os governantes e seus economistas?

Os americanos recebem em dólar e pouco se ressentem das oscilações cambiais. No Brasil e nas outras nações é mais complicado, pois suas populações recebem pagamentos nas respectivas moedas locais. No Brasil, se o dólar não tem estabilidade e sobe, a renda vai caindo além do desgaste inflacionário que se multiplica com o câmbio desvalorizado. O drama atual é que os preços dos produtos, alimentos e serviços estão subindo e a renda encolhendo. O que dava para comprar em 2023, agora requer mais dinheiro porque a renda não acompanha. A longo prazo, a pobreza geral tende a aumentar sem que se vislumbrem soluções produtivas, a não ser que o número de beneficiados pelos auxílios do Estado vá aumentando.

Na era da IA não haverá necessidade de estadistas sábios, pois grande parte da população estará agindo como robô sem alma. O presidente norte-americano Donald Trump quer pôr ordem na casa, mas na economia global a desordem é geral. O capitalismo está forte e dominante financeiramente, mas como competir com a produção de menor custo do capitalismo de Estado?

Está desequilibrada a competição e a concorrência entre empresas de mercados mais abertos com economias que adotam um modelo de capitalismo de Estado, onde o governo exerce um forte controle sobre a produção, comércio e consumo, podendo oferecer produtos a custos mais baixos. Que consequências isso trará para a humanidade?

Muitos países poderão enfrentar a desastrosa guerra das multidões. Quando uma nação estiver cercada por mentiras, falta de bom preparo para a vida, ausência da força da feminilidade incorrupta, e ainda constatar o predomínio da corrupção, violência, bandidagem, sequestro, roubo, insurgência, desemprego e fome, estará na tempestade perfeita da tragédia humana, a grande colheita do juízo final.

Além disso tudo, há muitas situações que não deveriam acontecer. Há uma pressa geral, muitos descuidos, falta de sensibilidade e percepção; assim vão acontecendo acidentes e outras ocorrências devido à falta de vigilância em quase todas as atividades, como ocorreu com passageiro que caiu da escada do avião ao desembarcar. O tempo é curto. Os custos e as receitas recebem mais prioridade que a preciosa vida humana.

As crianças e os jovens vão à escola para aprender, mas o celular tem sido um fator de distração da mente, afastando-os da vida real. Eles precisam de bom preparo para a vida, de modo a serem beneficiadores e conservadores do planeta, conhecendo as leis da natureza que a tudo abrangem. Isso tudo é essencial para que os jovens tenham raciocínio lúcido, bom senso, iniciativa, consideração humana, desenvolvendo a capacitação para refletir intuitivamente.

Devem ainda reconhecer o poder da palavra, o dom de se comunicarem bem para que possam exteriorizar os nobres sentimentos da alma, utilizando-se delas de forma correta, com seriedade e sinceridade. Enfim, precisam ter força de vontade e individualidade para não se tornarem robôs, devendo reservar espaço para descobrir a finalidade da vida, e entenderem o porquê de os seres humanos nascerem na Terra.

No trabalho observa-se cansaço e desinteresse em muitos ambientes. O dinheiro é importante, mas é preciso perseverança e tempo para construir uma poupança. Diante das dificuldades, as novas gerações estão meio desanimadas. Falta-lhes um propósito nobre, apaixonante, que desperte as atenções para algo maior que enobreça a vida na Terra. Como os líderes e as famílias poderão provocar isso atraindo paz e progresso beneficiador para a vida? Vamos esperar que a Luz da Verdade ilumine os caminhos da humanidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A PAZ COMPROMETIDA

Quando a paz não é cultivada com seriedade, os acontecimentos desastrosos se sucedem e chacoalham tudo, mas as pessoas não acordam para a vida. Com o passar do tempo, as novas gerações estão piorando. É cada vez menor a percepção do que é a vida. Quando chegar a velhice elas poderão perceber quanta besteira andaram fazendo, quanto tempo jogaram fora com coisas inúteis. Será ainda pior se mesmo na velhice continuarem pensando que a vida é um parque de diversões onde a única finalidade é jogar o tempo fora sem dar espaço para a intuição, a voz interior, passando pela vida como se não tivessem existido. Ninguém deve jogar fora o precioso tempo concedido.

Estamos numa fase de falta de respeito e consideração. É correto a escola impor comportamento digno da espécie humana, mas com toda libertinagem, as novas gerações, em vez de se prepararem bem para a vida, estão perdendo o rumo. A intuição, que representa o querer interior que gera força de vontade, ficou meio esquecida e sem esse gatilho as ações e atitudes têm pouca força para subsistir.

O problema da humanidade são as suas metas que ficaram afastadas das leis da natureza, cujas consequências de séculos de abusos adentraram num ciclo de aceleração. A vida na Terra poderia ser maravilhosa. Mesmo com investimentos trilionários, o equilíbrio natural jamais retornará sem que haja uma nova postura diante da vida e sua finalidade.

A classe média é importante porque não tem a arrogância dos mais ricos nem a amargura dos mais pobres, mas está perdendo espaço, encolhendo. O problema da humanidade é a falta de propósitos enobrecedores e de seriedade; sem isso nada pode ir para frente por já sair contaminado dos cérebros egocêntricos.

A paz mundial está fundamentada em bases precárias. A população se deixa envolver pelas distrações, bebidas alcoólicas e drogas, perdendo a força de vontade, o que a está levando ao descalabro. Na falta de atitude sinceras dos homens, a natureza está forçando uma tomada de consciência.

O governo de uma nação deve olhar para a situação interna e as condições externas. Desde o pós-guerra, o dólar assumiu o papel de moeda global. Os governantes, de pires na mão, pediam socorro sem planejarem uma situação de estabilidade cambial para não caírem no abismo do déficit e da dívida. Em meio às dificuldades, surgem jogadas especulativas. Levam o dólar para fora gerando caos cambial. Esperam a taxa de juros subir, aí os dólares reaparecem.

Diante da péssima condição humana de se viciar com entorpecentes em vez de evoluir com força de vontade beneficiadora, o presidente Donald Trump vai tomando decisões fortes para deter a decadência, faz ameaças contra a entrada do fentanil (opioide usado como medicamento para amenizar a dor) e de componentes para fabricá-lo; mas para defender os EUA ele deve proteger o dólar e seus controladores contra ações que possam enfraquecer a sua força.

Falta sustentabilidade ao sistema global da política, economia e vida, uma vez que há séculos predominam interesses arraigados. Continuamente, a riqueza tende a se concentrar, enquanto a miséria segue avançando. A energia da Luz, reforçada com a prometida vinda do Filho do Homem, provocará os efeitos que estavam no modo espera.

O que o ser humano semear, colherá. Simples assim são as leis da Criação, explicadas por Jesus, com parábolas e imagens da natureza. Muito desse saber acabou sendo perdido, mas tudo que o ser humano decide terá consequências, por isso o mais importante na vida é querer o bem geral. A falta disso acarretou esse viver áspero e hostil, sem o verdadeiro amor. As consequências estão chegando, é só abrir os olhos.

Nos relacionamentos entre os seres humanos há uma lei básica, antiga, mas que foi suplantada por interesses, cobiças e competição. Trata-se da lei fundamental de não causar dano ao outro para satisfazer a própria cobiça. Quando ela for amplamente conhecida e respeitada, tudo entrará numa tendência de melhora contínua, cada indivíduo viverá em paz e evoluirá.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

OTIMISMO OU PESSIMISMO?

Não confunda o otimista com o sonhador fora da realidade. O pessimista sempre enxerga o pior em qualquer situação. Hoje enfrentamos uma onda de pessimismo sobre guerras, crise econômica, carestia, doenças. Há pessoas que gostam de promover o pessimismo. Ter dinheiro e poder não implica otimismo, mas gera arrogância e mania de grandeza, perda da essência humana, desumanização, enfim, pessimismo. Mas, nas engrenagens da Criação, o ser humano é um passageiro que não passa de grão de areia, enquanto poderia fazer muito pelo beneficiamento e embelezamento da Terra, agindo com otimismo que é a confiança na atuação justa das leis universais da Criação.

O arrogante deixa o ego crescer, lhe falta humildade, repele as críticas e nada quer saber sobre empatia e necessidades dos outros, com esquisitices, sem respeito pelas opiniões alheias. É o tal. Quer ser obedecido. Cria as próprias leis sem sustentação natural impondo-as sobre os demais.

A falta de dinheiro se tornou fonte de pessimismo. A renda cai, os preços sobem. Faltou bom senso geral na América Latina. Os governantes não foram capazes de administrar a carteira cambial, pouco fizeram, gastaram tudo, criaram dívidas pesadíssimas e as colocaram nos ombros da população. Se tivessem agido com austeridade, sem gastos supérfluos, aplicado o dinheiro em obras essenciais e no desenvolvimento da população, poderíamos estar passando ilesos diante dos privilégios exorbitantes do dólar e sua escassez.

Como esperar que a turma do dólar não tomasse posição defensiva? Mais de 70 anos no controle, dando as cartas na finança global. Se outra moeda desbancar o dólar, a dívida americana de mais de 30 trilhões se tornaria pesadelo global, trazendo sofrimento e miséria. Dólar próximo a seis reais seria uma represália ou descuido?

Charles de Gaulle, líder francês, se opunha aos privilégios do dólar. Depois veio o iene japonês e mais recentemente o Yuan chinês. O Brasil está entrando nisso de gaiato e poderá vir a ser o bode expiatório na história. A humanidade precisa de uma moeda que não se preste para ficar nas mãos de tiranos que só pensam em si e em seus prazeres, nisso incluído o de ser o mandante global.

A humanidade criou muitos problemas, destruição e miséria. Uns dizem que a culpa é do capitalismo; outros, do comunismo. Mas são apenas ideias dos homens. A Terra foi ofertada para o desenvolvimento espiritual dos seres humanos que deveriam beneficiar e embelezar a vida. Com arrogância, se julgam donos, querem rapinar destruindo, mas não passam de hóspedes mal-agradecidos, agarrados ao dinheiro, que sujam a hospedaria. Mas o retorno de suas ações está se aproximando velozmente.

Existe o Estado-nação em que as empresas produzem e o mercado financeiro que movimenta o dinheiro. Os dirigentes estão sempre olhando para a próxima eleição. Aqueles que produzem querem garantia de retorno; o mercado financeiro visa ganhos e controle do dinheiro. Sempre surgem divergências entre esses grupos e quem paga é a população. Se todos estivessem sintonizados na melhora das condições gerais e no avanço da qualidade de vida, o poeta diria: “que maravilha viver”. Consideração, paz, progresso e felicidade estariam pelo ar. Mas no século 21, tudo ficou bem difícil, sem que haja remédio à vista. Faltam estadistas competentes, idôneos. Falta bom preparo para a vida para as novas gerações.

Otimismo ou pessimismo? A técnica é um processo material contínuo iniciado na idade da pedra. Nisso a Inteligência Artificial, com suas capacitações, poderá alcançar mais sucesso que o homem. Já, as invenções são outra coisa que requerem intuição e conhecimento das leis universais da natureza. Atualmente, o homem está perdendo a capacidade espiritual intuitiva e o raciocínio lúcido; sem isso fica como um robô programável, criando um vazio no qual a IA encontra um campo aberto para criar um modo de vida mecânico, desumano. Como escreveu Kissinger em sua obra póstuma, Genesis, otimismo seria “Criar um mundo em que a IA se torne mais parecida com o ser humano, ou um mundo em que nós nos tornemos mais parecidos com a IA”, um pessimismo que está se tornando realidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

APOSENTAR, COMO?

Falta sustentabilidade ao sistema, predominam interesses arraigados há séculos. Continuamente, o dinheiro perde valor e tende a se concentrar nas mãos de poucos, enquanto a miséria segue avançando. A energia da Luz está reforçada, provocando os efeitos que estavam no modo espera. Algo triste pelo Brasil afora é o desmazelo com a água e com o saneamento. No passado, todos viam a gravidade, mas deixavam para lá, até que um surto de virose mexeu com a população num momento especial, durante a época do Natal. Esperemos que prefeitos e governadores percebam a urgência que essa tragédia de país atrasado mostrou para o mundo.

As áreas com remanescente florestal continuam sendo destruídas e ocupadas sem saneamento básico. A destruição florestal tem sido absurdamente elevada, derrubando tudo, deixando o ar cada vez mais pesado. Atualmente, em São Paulo, muito se fala nas reformas da rodovia Raposo Tavares. O Rodoanel está no limite na junção com a Regis, levando caos para Embu das Artes; então se torna indispensável revitalizar e consolidar a APA (Área de Proteção Ambiental) de Embu das Artes, bem como a reserva florestal de Morro Grande, no município de Cotia, onde se localiza manancial de água de excelente qualidade. Esperemos que o governador Tarcísio de Freitas atente para essa inadiável necessidade da Grande São Paulo.

Diz a sabedoria milenar: o que o ser humano semear, colherá. Muito desse saber acabou sendo perdido pela indolência, mas tudo que o ser humano decide tem consequências, por isso o mais importante na vida é querer o bem geral. A falta disso acarretou esse viver áspero e hostil, sem o verdadeiro amor. As consequências estão chegando, é só abrir os olhos. A humanidade passa sua vida, alguns acumulando riqueza, muitos trabalhando e consumindo o que podem. Enquanto essa realidade da vida não for levada em consideração, a humanidade continuará dando cabeçadas e semeando misérias, em vez de evoluir com naturalidade.

O ano 2025 promete virada geral. Os Bancos Centrais estão desenvolvendo a moeda digital. Imagine o fim do tradicional dólar papel, algo que era impensável. Estamos caminhando para o fim da liberdade e, ao mesmo tempo, constatamos a ampliação do poder daqueles que açambarcaram o controle da riqueza. O dinheiro virtual possibilita a introdução do controle sobre todas as coisas que o indivíduo faz. Vão acabar com a propina internacional? E as grandes negociatas e tantas operações clandestinas? Ou só a classe de baixa renda será controlada em tudo?

É dever do ser humano ser cuidadoso com as suas contas para viver com independência. No entanto, o sistema funciona na base de baixos salários, requerendo que este seja gasto em consumo para manter as engrenagens rodando. As instabilidades do sistema travaram a possibilidade de planejar a aposentadoria. O sistema tomou o rumo da concentração do dinheiro e da produção, reduzindo as oportunidades do bom preparo para a vida e para o trabalho para uma geração meio acomodada, com fraca força de vontade para dar impulso à trajetória evolutiva da humanidade. Se nos EUA a aposentadoria está complicada, imagine no Brasil e nos outros países. Mas o trabalho faz parte da vida, ficar totalmente inativo não é saudável. Algo deu errado, pois com tantos recursos naturais disponíveis, a humanidade não conseguiu desenvolver um sistema equilibrado, sem a miséria visível em muitas nações.

O celular introduziu algo novo, dada a velocidade com que conecta as pessoas a acontecimentos externos. A rapidez com que isso é feito suprime o tempo de análise e as informações vão se amontoando na mente até tomar todo espaço, passando a interferir no bom funcionamento do cérebro. Ainda não se conhece exatamente todas as consequências, mas percebe-se que não são salutares. É bem-vinda a proibição do uso desses aparelhos por alunos nas escolas, um local destinado ao aprendizado. As crianças devem aprender que o trabalho faz parte da vida, e que todos têm de ser responsáveis por seus atos.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A ASTÚCIA DO ANTICRISTO

O espírito inconsciente recebeu a oportunidade de adquirir a autoconsciência, mas para isso teria de se afastar do paraíso e ingressar na trajetória evolutiva pela Criação material, ligando-se a um corpo perecível no ventre materno, resultando no nascimento. Cumprido o período da encarnação, o espírito se afasta, aguardando nova encarnação, devolvendo o corpo à terra. O espírito é eterno, por isso terá de reconhecer o significado e finalidade da vida para retornar à casa como espírito desenvolvido que aproveitou bem o tempo concedido.

A humanidade passou por vários estágios para o seu desenvolvimento espiritual na Terra. A primeira fase foi a rústica, quando o ser humano estava em estreito contato com a natureza e seus entes, agindo intuitivamente. O que restou dessa fase levou o nome de paganismo, em que havia as solenidades de agradecimento aos Enteais, servos do Criador, auxiliares na construção e conservação do universo. A fase seguinte foi a do desenvolvimento do cérebro que deveria ser um auxiliar da alma, para finalmente levar os seres humanos ao reconhecimento do Criador Todo-Poderoso.

Nessa fase os seres humanos tropeçaram, se deixando levar pela trevosa arrogância e vaidade despertadas pelo intelecto e sua capacidade de raciocinar. Mas o intelecto é ligado ao mundo material, incapaz de alcançar as Alturas, sendo facilmente influenciável pelas trevas, interpondo-se à alma intuitiva apta a vislumbrar a eternidade. Coração é a maneira como o espírito, ligado à alma, é designado pela humanidade. Sem atentar para o que diz o coração, os seres humanos caminharão para a autodestruição.

O Natal não é a festa rústica praticada pelos camponeses e dedicada pelos povos antigos ao Sol e seu regente enteal Apolo. É a solenidade da Noite Sagrada, a noite do nascimento do Filho de Deus, enviado pelo Amor de Deus para despertar a humanidade que caminhava para a autodestruição em seu torpor, afastada do significado e finalidade da vida, recusando a Luz Divina contida nos esclarecimentos sobre a Criação, colocando seu portador na cruz romana, num requintado assassinato.

A situação mundial se acha extremamente alterada. Há algum tempo as pessoas sentiam um grande prazer e alegria em viajar, fosse internamente ou para outros países. Atualmente se percebe a ausência daquela atmosfera leve e agradável, o clima de férias. Atualmente há um clima tenso de ansiedade; falta serenidade, pois estão acontecendo muitas coisas fora do normal ao mesmo tempo.

Uma questão que ainda intriga: por que um Pai enviaria seu filho para um planeta inóspito para ser trucidado? Sabia que com a capacidade da livre resolução tudo poderia acontecer. Se a crucificação fosse o objetivo, em sua perfeição, o Filho jamais diria: “Pai afasta de mim esse cálice”, e depois, “perdoai-lhes pois não sabem o que fazem”. Não sabem o que fazem é um desvairo insuflado pelo inimigo da Luz, o anticristo que atua influenciando os seres humanos que acolhem em seus pensamentos ideias trevosas habilmente implantadas. Naquele dia trágico teve início o pesado carma da humanidade.

Em seu Amor, o Criador queria despertar a humanidade que estava emparedando a alma, para que não se tornasse um joio imprestável. Uma alma emparedada perde a visão da eternidade e fica chafurdando pela matéria entre uma encarnação e outra, até ao dia em que terá de prestar contas dos talentos recebidos, e se a espiga estiver vazia, tudo lhe será tomado.

A raiz dos males está na falta de boa educação e bom preparo para a vida. O homem, através da técnica, consegue avançar no progresso material, mas tem regredido por não se ocupar com o que lhe é essencial: o progresso espiritual. A finalidade da Missão de Cristo foi trazer a Luz da Verdade com o Amor de Deus, e respectiva severidade, em forma adequada para a humanidade daquela época, que já havia perdido a capacidade de alcançá-la, e afundava na escuridão criada por seu modo errado de viver. Mais uma vez o Criador envia, através do Filho do Homem, a Verdade e o Amor, desta feita acompanhado da severa Justiça de Deus.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O G20 E A EDUCAÇÃO

A Cúpula de Líderes do G20 trouxe para o Rio de Janeiro 55 delegações para debaterem sobre a situação atual das nações. Recepções e comemorações, parecia estarmos nos anos dourados. Mas a realidade na Terra, conturbada por guerras, violência e catástrofes naturais é de aspereza. Falta bom preparo para a vida. A educação, questão crítica da humanidade, deveria ser simples, natural e objetiva, sem ideologias, dogmas ou misticismo, em harmonia com a natureza, uma vez que sua finalidade é preparar adequadamente as pessoas para progredirem de forma pacífica. Mas os homens estão perdendo a boa vontade, e a paz está seriamente ameaçada. Como se estivesse de olhos vendados, a humanidade vai afundando o pé na lama; quanto mais afunda, mais difícil fica escapar do abismo.

“O mundo está entrando num novo período de turbulência e mudança”, disse Xi Jinping, presidente da China, a Keir Starmer, ministro inglês, em uma reunião bilateral no Rio de Janeiro, durante a Cúpula do G20. Os chineses deram grande mostra de patriotismo na chegada da sua delegação à capital fluminense. Na China, os jovens têm oportunidade de receber boa educação. É isso que falta no Brasil. Diariamente, uma forte dose de achincalhe desanima as novas gerações que permanecem indiferentes ao futuro próprio e ao da nação. A achincalhação de tudo, tão na moda, é uma arma utilizada para destruir as noções inatas no ser humano que, ao se deixar ser envolvido, perde a capacidade de analisar e refletir, e tudo vai caindo no modo relaxado e irresponsável de viver.

A população está descontente porque se deixou iludir com promessas de melhor futuro, mas do jeito como as coisas andaram isso vai se tornado cada vez mais difícil. Todavia, em meio a esse caos, é necessário que haja liberdade para que cada ser humano exerça seu livre querer e assuma as consequências.

Parece que as pessoas estão agindo por impulsos sem fazer análise das consequências de suas decisões. A humanidade materialista elegeu o dinheiro como o grande ídolo e a motivação prioritária da vida. A despeito da grande pobreza global, há enorme massa de liquidez independente buscando ganhos especulativos, mas a economia real de produção e comércio se apresenta nebulosa. Também as criptomoedas estão recebendo do nada forte impulso de valorização.

A questão do dinheiro é bem complicada. De um lado está a produção, o comércio de bens e serviços, o trabalho e o consumo. De outro, enorme massa de liquidez independente que se movimenta rapidamente na busca de ganhos. No meio há a gestão pública, sempre gerando déficits, e a política de juros e cambial tentando impedir que o dinheiro perca poder aquisitivo. Trata-se de um emaranhado confuso que desafia autoridades e economistas. A principal ferramenta utilizada tem sido a taxa de juros, mas a sua elevação acarreta o aumento da dívida pública já elevada. Para onde tenderá essa situação?

A educação é o ponto crítico da humanidade devido às introduções tendenciosas nas instituições de ensino. Importa destacar que dispor de uma área econômica fraca não é bom, mas se a educação for fraca e faltar bom preparo das novas gerações para a vida, a situação é ainda mais trágica. Como a nação poderá se fortalecer com tanta ignorância, falta de bom senso e de iniciativa? O ser humano está perdendo a naturalidade, se esvaziando da sua essência, perdendo o rumo de um viver sadio.

O celular está tomando o tempo dos jovens e se impondo como vício. O foco vai embora. A mente fica acomodada. O tempo se esvai sem que tenha havido bom proveito. As crianças não brincam, só ficam com os dedos e a atenção presa no conteúdo, geralmente medíocre. Parabéns para a Deputada Marina Helou, autora do projeto que proíbe o uso dos celulares pelos estudantes na escola.

No Brasil, especialmente em São Paulo, a educação já está seriamente comprometida há décadas. É preciso explicar e corrigir porque grande parte dos alunos, após oito anos de escola básica, não sabe ler nem escrever de forma adequada. A falta de bom preparo para a vida prejudica a saúde da população, apesar do grande volume de dinheiro consumido pelo MEC e secretarias da educação. Já foi dito que o problema não é a falta de dinheiro, mas de responsabilidade das autoridades, das famílias, dos professores e dos alunos mal-acostumados.

Há mútua interdependência entre a natureza e suas leis pouco estudadas, e os seres humanos que habitam o planeta. Sem essa harmonização, o que se espalham são os efeitos maléficos. Muito se fala sobre a interferência da IA nas profissões e na economia, mas pouco é dito sobre o que é essencial, ou seja, no que essa tecnologia poderia contribuir para o aprimoramento da humanidade que está destruindo sua própria sanidade psíquica e a natureza.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.library.com.br/home e www.vidaeaprendizado.com.br

PROMESSAS IRREALIZÁVEIS

A cultura atual da humanidade contém muitas falhas e bases frágeis que estão sendo postas de lado gerando uma ruptura, e nada está sendo colocado no lugar. Quanto mais surgem avanços na tecnologia, mais o ser humano se afasta do seu “eu interior” que gera as individualidades, ficando todos muito parecidos, sem foco, levando uma vida vazia, sem propósitos enobrecedores.

Na vida moderna a fragmentação e a polarização é geral. Dividir e separar tudo e todos. A sensação de ser útil está sendo perdida, pois tudo vai acontecendo de forma acelerada, gerando aspereza, reduzindo a generosidade e empatia, e aumentando o individualismo, a inveja e a ânsia de se sobressair. Que futuro a humanidade poderá ter no atual ambiente decadente e sem motivação?

Foram décadas de descaso geral no ocidente com produção, empregos, consumo, bom preparo das novas gerações para a vida. A globalização permitiu a chegada de produtos com preços menores, e agora chegam os efeitos disso. Não vai ser fácil resolver, não há fórmulas mágicas. Só o trabalho constrói.

Como será o ajuste das relações econômicas entre EUA e China? A China tem capacidade econômica e financeira para produzir em larga escala com os custos mais baixos, mas sua produção é destinada a ser trocada por dólares. Deixando de produzir muitos itens, o ocidente vai perdendo a capacidade de obter ganhos de produtividade. Os déficits na balança comercial vão criando processo insustentável. Com a perda da capacidade de produzir e de preparar novas gerações, os países põem em risco o seu futuro. Há também a questão do gasto acima das receitas e dívidas elevadas.

O ser humano nasce na Terra para evoluir espiritualmente. Deve atentar para as questões materiais sem bloquear sua visão espiritual, pois se não fizer isso, fica retido no mundo material tendo de sempre retornar pela incapacidade de seguir para outras regiões mais elevadas. Esse fato tem a ver com o continuado acúmulo de pessoas no planeta, que ligadas aos pendores terrenos, não se esforçam para alcançar o autoaprimoramento, mas haverá um ponto de ruptura onde isso não será mais possível.

Os líderes ditam a forma da ação do Estado. Pelas leis primordiais da Criação deveriam conduzir a nação e o povo na direção do desenvolvimento e aprimoramento da espécie humana. Para assumir o poder é preciso ter pulso e sinceridade na execução da tarefa que lhe cabe. Mas terá de resistir ao contágio do poder.

Muitas pessoas se tornaram indolentes, não examinam, não analisam, vão aceitando tudo sem conversar com o eu interior, com a consciência. Há uma guerra na política. Uns relatam a corrupção no poder indignando a classe média. Em meio à pobreza material, mental e espiritual, outros usam a tática de jogar a pobreza, que vai aumentando, contra os que estão em melhores condições, culpando-os pela miséria alheia, enquanto prometem aos menos favorecidos melhoras irrealizáveis. Assim, para boa parcela dos eleitores, não há análise, se iludem, de forma apaixonada e cheia de ódio, votam nesses manipuladores como um tipo de vingança, mas a pobreza e a decadência prosseguem em seu avanço nivelando tudo por baixo.

Sempre aparecem candidatos fora do padrão do sistema no sentido de influenciar a massa indolente. O poder sobe à cabeça fortalecendo a arrogância e a vaidade. Mas o sistema é rígido, bloqueia alterações que possam afetar os interesses dos controladores intelectivos montados no poder. Falta a visão ampla que teme a justiça superior. Cobiças e inveja conduzem as ações que geram turbulência, e o caos mundial vai se ampliando.

As novas gerações não estão recebendo bom preparo para a vida; para isso seria necessário que os pais dessem o exemplo, mas a sobrevivência ficou atrelada à capacidade de obter dinheiro, o que não está fácil. Surgiu a civilização das aparências, o que se fala não é o que se faz. As alternativas vão se afunilando e os jovens, desanimando. E as atenções se voltam para o preparo de guerras.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br