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HUMANIDADE SADIA DE ALMA E CORPO

Como consequência de descuido com a vida, o viver se tornou mais difícil no século 21 do que nos anteriores. A intensidade das crises econômicas e sociais, seja nos ambientes de trabalho ou nos familiares, se reflete no aumento da pressão sobre a alma. No turbilhão, são poucos os momentos de serenidade e muitas pessoas nem conseguem alcançar esse estado, deixando-se levar nos desencontros da vida.

Quando lançamos o olhar para o nosso tumultuado mundo percebemos que a humanidade vem perdendo a visão mais ampla da vida. O foco é viver o hoje sem olhar para o que vai ser o amanhã. Com as incertezas reinantes, faltam projetos concretos de melhora geral. O movimento é uma das leis da vida. A estagnação é nefasta. O domínio permanente do corpo exige força de vontade. A saúde é a grande riqueza, muitas vezes irresponsavelmente descuidada nesse sistema de vida inumano que o homem forjou ao se afastar da naturalidade, deixando de pesquisar por que e para que se encontra neste planeta. O corpo é o maior presente que o espírito recebeu para sua peregrinação na Criação. A possibilidade de viver mais deveria ampliar o saber sobre a vida, seu significado, suas leis naturais.

O poder das leis da Criação é o grande poder que contém a Vontade Criadora de Deus, o mais importante para o ser humano que, descuidadamente, não se conscientizou de que no reconhecimento e respeito a essa Vontade está o segredo da vida. “Pai Nosso que estais no céu seja feita a vossa Vontade”. As Leis da Criação, também chamadas leis naturais, ou leis universais, ou cósmicas, conduzem a Energia Criadora que a tudo sustenta, e a sua atuação ocorre uniformemente em todas as dimensões, visíveis aos nossos olhos ou não. Através delas, o livre arbítrio tece os destinos individuais e da humanidade como um todo. Cada pessoa recebe de volta as consequências de seus atos, bons ou maus, incluindo os pensamentos, as falas e as ações. São elas: Lei da Reciprocidade, da Gravidade, da Atração da Igual Espécie, do Movimento, do Equilíbrio.

Estamos caminhando para a completa alienação do sentido da vida. Quanto mais persistirmos nessa situação, mais ficamos sujeitos ao atraso, incapacitando as novas gerações para a construção de um futuro melhor e mais humano. Necessitamos de inclusões na educação das novas gerações que atualizem o preparo para a vida através de aprendizado útil e indispensável em questões essenciais da vida como asseio e higiene, alimentação sadia, atividade física, contato com a natureza, importância do trabalho, responsabilidade, amor a terra onde nasceu, refletir intuitivamente, enfim, tudo que desperte o ser humano para o autoaprimoramento, inclusive a responsabilidade de gerar filhos.

O Mandamento “honraras pai e mãe”, recebido por Moisés, era direcionado a homens e mulheres que queriam ter filhos, pois o recém-nascido precisa de cuidados especiais e de bom preparo para a vida. Com o passar do tempo, perdeu-se essa noção. Em muitos casos, os filhos vinham por acaso, e deu no que deu. Possivelmente os dogmas tenham influenciado a ausência de preparo dos jovens em conformidade com as leis naturais. A desorientação acabou descambando para o extremo da libertinagem, desvalorizando o sexo feminino, acarretando enfraquecimento e declínio da espécie humana.

Não podemos permanecer alheiros à forma que a humanidade está vivendo. É indispensável refletir e analisar os acontecimentos e seus impactos para ampliar os horizontes. É uma oportunidade para cada um se fortalecer ao adquirir clareza sobre o que está acontecendo ao seu redor e pressionando corpo e alma.

As engrenagens da vida se aceleram, o tempo vai escapando do nosso controle. Com a progressão das crises, aumentam as dificuldades, a alma fragilizada pouco participa, aumenta a aspereza. Vidas vazias, sem sentido que podem levar à busca de entorpecimento como fuga da realidade opressora e como meio para contornar a pressentida doença da alma e do corpo. O tráfico de drogas ilegais se aproveita e também os distribuidores legalizados. Um negócio de bilhões de dólares para entorpecer a humanidade afastada do significado da vida, e que necessita seguir as leis da Criação para ser sadia de corpo e alma.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A TRAJETÓRIA DO SER HUMANO NA TERRA

Para que o ser humano da atualidade não caminhe sem rumo pela vida, torna-se indispensável que adquira uma visão geral, sem lacunas, sobre todos os tempos, do começo da humanidade até agora, pois atualmente a realidade se acha tão fragmentada que se torna dificílima uma visão do que é a vida. Por isso, este trabalho é dedicado aos jovens de todas as idades que vivem no planeta dos seres humanos – a Terra –, procurando pela verdade da vida e, principalmente, àqueles que tateiam ansiosamente, temerosos de nunca conseguirem encontrá-la.

Uma grande inquietação perpassa a Terra. Grande parte dos seres humanos está insatisfeita com as respostas disponíveis. “Quem procura, acha” significa que o encontro está reservado àqueles que buscam. Eis a grande promessa. Somente poderá achar aquele que efetivamente procurar. No entanto, na vida moderna, os incentivos para a busca estão sendo retirados, havendo uma forte pressão para um viver conectado, sem tempo para sonhar fazendo devaneios em busca da própria intuição.

Estamos diante de um momento significativo da humanidade, porém as pessoas ainda permanecem travadas em suas crescentes dificuldades. Estamos adentrando na possibilidade de uma grande ruptura. A humanidade chegou ao limite do materialismo e um grande colapso se anuncia. Percebe-se isso na confusão e desorientação, nas crises econômicas, na alteração do clima e nas depressões e ansiedade. Falta a motivação essencial que só a compreensão do significado da vida pode oferecer para dirigir o querer para projetos enobrecedores que dignifiquem a espécie humana. É preciso procurar para encontrar.

“Procurai e encontrareis!” Essa é a expressão da verdade que deve ser aplicada a tudo na vida. (Mensagem do Graal, de Abdruschin). A frase encerra o funcionamento das leis da Criação. O querer do eu interior gera o impulso para a ação, atraindo a igual espécie; refletindo no silêncio, vamos atraindo respostas e compreensão. Com o avanço da indolência, o eu interior vai emudecendo e as pessoas passam a viver como produto de massa, sem atentar para a vontade própria, sem definir objetivos, sem saber o que procuram. Formam-se caricaturas em de vez de seres humanos investigativos, que pensem com clareza e façam perguntas; que ponham em ação as capacitações que dão a habilidade de observar e analisar os acontecimentos com lucidez, para se conectar com o significado maior da vida, evoluir, ser feliz.

Nos dias atuais de desgastantes lutas pela sobrevivência, no cerne do bombardeio da multimídia eletrônica, o pesquisador sincero se depara com uma enormidade de obstáculos que desviam sua atenção para que fique sem rumo e tenha sua força de vontade enfraquecida, pois, se não esmorecer e confiar no auxílio da Luz, sua força de vontade será vitoriosa.

Em um mundo cada vez mais agitado, há um consenso de que os leitores dispõem de cada vez menos tempo para ler, por isso mesmo este livro tem o propósito de oferecer-lhes um panorama condensado, da trajetória espiritual do ser humano, desde os primórdios até os dias de hoje, apontando os caminhos seguros que cada um almeja e que, individualmente, deverá alcançar com o próprio esforço. Os seres humanos se acomodaram e cessaram a busca. Eis que, atualmente, vai aos poucos se esboçando um despertar para o saber verdadeiro e o poder sobre a vida.

A vida é uma coisa muito séria, mas isso não significa que as pessoas devam ser antipáticas e rabugentas; ao contrário, elas devem ser alegres e otimistas. Contudo, não podemos nos iludir; devemos reconhecer a realidade da forma como se apresenta, com seus altos e baixos, com turbulência e violência, mas sempre com a esperança de que há um futuro melhor a ser alcançado.

A vida terrena exige trabalho, atividade construtiva e beneficiadora. Mas, antes que os seres humanos pudessem existir, deveria surgir, na matéria, uma estrela especial que lhes desse abrigo. O surgimento do planeta Terra é um acontecimento inenarrável, um presente do Criador para que o espírito humano pudesse fortalecer sua autoconsciência.

A história tem seus aspectos invisíveis nem sempre examinados, como, por exemplo, a vinda da corte de Portugal para o Brasil e a união matrimonial do príncipe d. Pedro, que atraiu a vinda da imperatriz Maria Leopoldina, a qual se tornou a principal artífice da independência.

O Brasil, localizado no Hemisfério Sul do planeta, era tido como o país que vivia do lado da felicidade da vida. Mesmo atualmente tem chamado a atenção do mundo pela alegria espontânea do povo. O mesmo acontece com os filmes brasileiros, que são apreciados porque o público gosta de ver a fisionomia alegre dos intérpretes, mas ultimamente a mídia tem explorado à exaustão o “mundo cão” e a miséria humana produzida por criaturas que, com sua capacitação, deveriam produzir unicamente beleza e alegria no maravilhoso planeta que receberam para que pudessem evoluir, pois para isso alcançaram sua independência política no ano de 1822.

A alegria e a criatividade brasileira se originam de uma reduzida conexão intuitiva que tem sido mantida pela simplicidade desse povo que reconhece a existência de um Criador Todo-Poderoso, sem se prender aos artifícios intelectivos que despertam mania de grandeza e violência na cabeça das pessoas que enaltecem o raciocínio, em detrimento do lado espiritual, negando a intuição.

Essa qualidade tem feito do brasileiro uma criatura extraordinária, que ama a paz e a harmonia. Povo do “deixa disso” – pois brigas e guerras não valem a pena –, no Brasil convivem em paz pessoas de todas as raças e religiões. É um país abençoado, cantado em verso e prosa. No entanto, essa alegria natural também se acha sob ameaça. A alegria, a criatividade, o anseio de evoluir e ser feliz não podem ser desprezados ou jogados fora, pois constituem o que há de melhor no coração brasileiro.

Nesta época, mais do que nunca, o brasileiro precisa utilizar-se de todas as suas qualidades para não cair na vala comum dos seres humanos indolentes e robotizados que, por valorizarem apenas aspectos materiais da vida, estão perdendo o ânimo, aumentando assim as estatísticas de suicídios. Este livro também quer homenagear Roselis von Sass, que escreveu vários livros destinados às pessoas que ainda cultivam, consciente ou inconscientemente, o anseio pelo verdadeiro saber espiritual. Tomando os livros escritos por Roselis, e as obras editadas pela Ordem do Graal como fonte, surgiu a ideia de traçar A Trajetória da Humanidade e reunir pérolas do saber espiritual, para o embelezamento da alma.

A vida é breve. O tempo é curto. Não há espaço para frases supérfluas. Tampouco se busca aliciar leitores. São pérolas oferecidas àqueles que procuram compreender o significado da vida com sinceridade e bom senso. Afinal, pérolas não devem ser atiradas aos insensatos, mas ser apresentadas àqueles que buscam pelas joias da sabedoria. A recompensa é possibilitar o reconhecimento do saber da Luz da Verdade e, com este saber, o fortalecimento interior para alcançar a liberdade espiritual. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (João 8:32).

Livro: A Trajetória do Ser Humano na Terra
Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra

COMÉRCIO E CONVIVÊNCIA PACÍFICA

O sistema econômico tem sido predatório; a governança, oportunista e corrupta. A ONU prevê aumento da população dos atuais 7,6 bilhões para 11 bilhões para as próximas décadas. Esse aumento preocupa porque já estamos no limite do planeta e com o nível de vida tendendo à precarização. As elites do Ocidente se colocaram numa posição de intangibilidade, enquanto surgia um desarranjo econômico decorrente da produção asiática voltada prioritariamente para exportações e acúmulo de divisas, acarretando o fechamento de indústria e destruição de empregos. Os países têm o direito e o dever de buscar melhores condições para sua população, mas sem equilíbrio nas relações entre os povos os conflitos tenderão a recrudescer.

A forma da implantação da Zona Franca de Manaus acabou favorecendo a estagnação, pois enquanto as zonas francas eram implantadas visando à exportação, a de Manaus se tornou um artificial corredor de importados que inviabilizou a industrialização fora dela.

Quando o Brasil implantou uma dolarização disfarçada para combater a inflação, afetou profundamente a insípida estrutura industrial. Com o reducionismo imposto à indústria, surgiram várias consequências negativas, como o atraso geral na esfera de produção, na capacidade técnica da mão de obra e no bom preparo das novas gerações. Nesta fase eleitoral, o que dizem os candidatos sobre a situação da indústria, o que recomendam para recuperar o atraso, pois não dá para importar tudo, nem há dólares suficientes?

O pós-guerra ensejou melhora nas condições de vida nos EUA e Europa. No Brasil, os efeitos não foram sentidos na mesma dimensão, pois o país não foi governado com seriedade. Na China, a rigidez de Mao Tse-Tung foi posta de lado. Deng Xiaoping e seus sucessores deram início a uma virada econômica que favoreceu a melhora das condições de vida do povo e gerou reservas volumosas em dólares. Enquanto isso, estagnavam os rendimentos da classe média no Ocidente. Estamos num momento significativo, mas a grande maioria não consegue ver o futuro com nitidez. Enfrentaremos a confrontação e o caos econômico ou teremos novas diretrizes que permitam uma convivência de progresso pacífico entre os povos?

No livro A queda do Ocidente? Uma provocação, Kishore Mahbubani, da Universidade de Singapura, diz que o ingresso da China na OMC em 2001 representou a entrada de quase um milhão de trabalhadores no sistema comercial global, o que resultaria na perda de postos de trabalho no Ocidente, declínio de salários reais, redução na participação no PIB e aumento da desigualdade, e que as elites não se deram conta desse processo transformador da Ásia. Aqui fica uma dúvida: não perceberam ou deixaram rolar para tirar proveito? Mas houve um desequilíbrio na produção e comércio global que favoreceu a Ásia, enquanto países como o Brasil sofreram perdas na indústria e no preparo das novas gerações. Como corrigir?

É preciso que exista um denominador comum entre as diversas moedas que ficam sujeitas a variações ditadas por interesses de forma que os ajustes feitos em algumas delas repercutam em outras, gerando consequências positivas ou negativas dependendo da situação da economia de cada país envolvido. No jogo intricado do câmbio, tornaram-se possíveis as variações estratégicas ou especulativas que atuam a favor de uns em prejuízo de outros, mas o descontrole poderá levar a consequências perigosas. Quem consegue descobrir como se move esse mercado cambial global? Fato que com dólar mais caro importa-se menos bugigangas da China, mas também se viaja menos para a Flórida.

Quando a produção se concentra numa região, aumenta a produtividade, mas em outras, os empregos se reduzem. Onde obter consumidores para a enorme capacidade de produção? Acirra-se a concorrência. Surge um desequilíbrio na economia global. Como chegar a um denominador comum que favoreça todos os povos? A tentativa de impor tarifas surge como uma revolta à atual situação de comércio internacional do livre mercado que permitiu o desarranjo, admitindo igualdade de tratamento diante de fatores desiguais, afora o câmbio. Os efeitos se mostram em todos os países cuja balança comercial tem apresentado déficits. Como o equilíbrio nas transações gerais poderá ser estabelecido sem provocar rupturas? Algo deve ser feito; a hora exige bom senso de todos visando a melhora das condições gerais de vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

SABOREAR A VIDA SEM ILUSÕES

Quando as pessoas vivem de ilusões, a economia acaba indo junto. Os capitães da indústria perceberam o movimento de globalização da produção com ganhos de escala e venderam suas fábricas, mas faltou percepção do governo. A indústria foi minguando e as importações aumentando; assim, o Brasil retornou à condição de exportador de matérias-primas. Ao lado disso, o voluntarismo provocado pelo projeto de reeleição, dando-se ao direito de em vez de consertar, fazer mais besteiras ainda. Agora são muitas frentes de crises internas e externas, com o prenúncio de valorização do dólar que talvez seja benéfico para uma guinada.

As administrações das cidades do Brasil descuidaram de tudo. No final do século passado havia uma nascente indústria que perdeu o rumo. Com falta de emprego e de preparo, aumenta a violência. Não se trata apenas de queda na arrecadação. Tem muito dinheiro malgasto no Brasil. Em vez de ir para a indústria, os investimentos foram para os shoppings com estrutura cara num tempo mais promissor. Com a queda nos empregos e tendência para precarização com o novo ciclo de importados baratos, juntou baixa renda com a necessidade de escoar produção de qualquer jeito, nas praças, feiras, lojinhas, outlets nas periferias, com meia nota, sem nota. Efeitos da guerra comercial global? Um novo problema a exigir governança apta e séria para segurar o país.

O diretor da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevedo, disse que dois terços do comércio global ocorrem por cadeias globais de valor. Pergunta-se: o Brasil está participando disso, em que montantes? Ou tem apenas cedido mercado consumidor e empregos?

Possivelmente, o sucesso da China em se capitalizar através do acúmulo de dólares se deva ao modo relaxado como o Brasil e outros países têm sido governados, com indisciplina, ausência de prioridades e seriedade no investimento do dinheiro público, desmazelo nas contas internas e externas, descaso com educação e saúde, infindável fome tributária para cobrir déficits intermináveis, descuido com o mercado externo. Tudo isso acarretou desastrosas medidas paliativas e chegamos próximos ao descalabro com a paralização dos serviços de transportes rodoviários. Passaram-se décadas de mau governo no Brasil. O processo para reverter essa situação é longo e penoso, mas tem de ser perseverado.

O modelo de desgoverno da Venezuela se reflete na questão dos imigrantes que fogem para o Brasil aos milhares e ficam pelas ruas de Roraima, sem moradia, sem trabalho. O que o prefeito pode fazer? Acolhimento de imigrantes que chegam sem planejamento é um grande estorvo para cidades malcuidadas, sem recursos para atender aos seus próprios habitantes naturais.

O Estado passou a ser uma plataforma de interesses particulares internos e externos. O desequilíbrio fiscal se agravou com o mau uso do dinheiro e a corrupção. Com a globalização e a ausência de gestores fiéis ao desenvolvimento do país, o caos se tornou tendência natural. É preciso sanear o país internamente, fortalecer o preparo da população e promover intercâmbio sadio entre os povos.

O ser humano dispõe da percepção intuitiva e da percepção intelectiva, sendo esta facilmente manipulável de fora quando não permite que a intuição se manifeste. Saboreie a vida, o grande presente que cada um pediu; ela deve ser aproveitada integralmente com a percepção intuitiva para que, penetrando através do cérebro, alcance o eu interior, pois é através da existência terrena que o núcleo espiritual fortalece a autoconsciência e a sua individualidade, fazendo desabrochar as capacitações próprias. Saboreie a vida com sua percepção para que alcance o eu interior.

Cada pessoa tem de vencer a si mesma na busca do caminho certo, pois já foi observado como a mania de grandeza e a teimosia desencaminham o ser humano. Quem ainda busca a compreensão do significado da vida? Com o impacto da aspereza do século 21, a espécie humana vai perdendo a consciência de sua missão de construir de forma a sempre beneficiar o planeta visando melhorar as condições gerais de vida. Em vez de tantas inutilidades, os estudantes deveriam aprender a história geral da civilização para observarem atentamente onde os seres humanos se deixaram levar por sentimentos menores, mostrando-lhes as figuras éticas e morais que propunham a elevação da espécie e que, devido ao seu idealismo, acabaram sendo depreciadas.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A ECONOMIA E AS LEIS DA VIDA

A economia do Brasil não está conseguindo desenvolver a necessária reação para voltar ao crescimento, pois a indústria se debilitou e isso trouxe graves consequências nos empregos, no desenvolvimento técnico, no preparo da mão de obra e das novas gerações. Quando um país passa a depender cada vez mais de importações, uma parcela da riqueza não recircula mais internamente, vai para o exterior. Com a perda na renda, fica difícil desenvolver atividades que cubram os custos e gerem lucros.

As guerras cambiais provocam grande confusão na economia. O desajuste cambial implica que um país exportador possa reduzir o preço em dólares desvalorizando a sua moeda, o que vai afetar muitas indústrias de outros países devido ao custo interno de produção superar o de importação. Investidores acabam fechando fábricas e indo para o mercado financeiro onde engrossam o volume de operações financeiras cujo volume supera o PIB global, deixando sobrar pouca renda para a vida real.

É através da efetiva responsabilidade dos gestores públicos nas prioridades, nas contas, gastos, situação financeira que tem início a educação geral. É pelo exemplo de seriedade e dedicação na busca de um futuro melhor que se combate a descrença geral. A educação é problema de todos, a começar pelos pais na responsabilidade de gerar filhos. Estamos decaindo, a cada ano, devido ao deficiente preparo das novas gerações que não recebem estímulos para ser responsáveis e para se esforçar, visando melhor futuro próprio e o do país, achando que outros têm a obrigação de lhes dar respaldo e divertimentos.

Sem familiaridade com os livros desde a infância, será difícil formar uma geração de leitores, mas o resultado também dependerá do conteúdo que é lido. Os jovens têm de ser preparados para se integrarem nos projetos que abraçarem, isto é, estar com o querer pessoal envolvido com o objetivo, o que nos diferencia do robô. Nesse caso, a intuição está desperta, mostrando, ao raciocínio, pontos falhos e pontos que podem ser melhorados, algo que deveria ser comum a todos os seres humanos que utilizam todo o seu potencial. Sobrecarregar o cérebro infantil com teorias não pode trazer melhores resultados do que aprender vendo fazer e fazendo, comparando o artefato com o desenho técnico com medidas e detalhes.

Provavelmente o cérebro de Einstein trabalhasse com alguma harmonia com o cerebelo, que faz a ponte com o mundo invisível fora da categoria tempo espaço; por isso, o grande apreço do cientista pelo estudo da natureza, pois é nela que comprovamos o funcionamento das leis que atuam no Universo, sempre impulsionando o desenvolvimento enquanto não sejam desprezadas pelos humanos que geralmente tendem a querer dominar a natureza em vez de compreendê-la e se adaptar a ela.

O ser humano necessita do aprendizado na Terra; é envolvido pela alma e se liga ao corpo com cérebro circunscrito ao tempo-espaço, e o cerebelo, que faz a ponte com a intuição, mas não pode permitir que o cérebro domine unilateralmente. A matéria de que é feito o corpo terreno é perecível, mas o ser humano é muito mais do que isso, e não poderia ter se deixado subjugar pelo materialismo.

Quem somos nós? De onde viemos? Qual o significado da vida? Seria tolice supor que não haja significado após toda evolução por que passou o planeta e as espécies, para surgir o homem com capacidade de raciocinar e tomar decisões, embora ficando atrelado às consequências. Teria de se tornar ser humano, mas tendeu para ser o “homo economicus” que praticou muita destruição pela Terra, inclusive escravização e racismo, em vez de prosseguir a trajetória evolutiva para o bem. Com o impacto do materialismo e a aspereza do século 21, a espécie humana vai perdendo a consciência de sua missão de compreender o funcionamento das leis da vida para construir de forma a sempre beneficiar o planeta.

Para assegurar o progresso equilibrado, o Estado não deve ser empresário, nem se imiscuir na atividade econômica que deve ser de natureza privada; deve cuidar da defesa, coibir abusos e criar oportunidades de progresso geral; porém, as empresas também não podem impor seus interesses particulares ao Estado, e no conjunto, todos integrados no propósito de melhorar as condições gerais de vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O SIGNIFICADO DA VIDA

Com o avanço da inteligência artificial, os humanos serão substituídos na maioria dos trabalhos que hoje existem. Novas profissões irão surgir, mas nem todos conseguirão se reinventar e se qualificar para essas funções. O que acontecerá com esses profissionais? Como eles serão ocupados? Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, pensa ter a resposta.

“Você realmente quer viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, perseguindo alvos ilusórios e obedecendo leis imaginadas? Goste disso ou não, esse já é o mundo em que vivemos há centenas de anos”.
https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2018/01/uma-nova-classe-de-pessoas-deve-surgir-ate-2050-dos-inuteis.html

Vamos dar uma olhada no artigo do escritor Yuval Noah Harari, falando sobre religião e a indolência do ser humano, buscando entender o que ele nos diz.
https://www.theguardian.com/technology/2017/may/08/virtual-reality-religion-robots-sapiens-book

Outra versão do artigo:

O que é uma religião, se não um grande jogo de realidade virtual desempenhado por milhões de pessoas juntas? Religiões como o Islã e o Cristianismo inventam leis imaginárias, como “não comem carne de porco”, “repita as mesmas preces um número determinado de vezes por dia”, “não faça sexo com alguém do seu próprio gênero” e assim por diante. Essas leis existem apenas na imaginação humana. Nenhuma lei natural exige a repetição de fórmulas mágicas, e nenhuma lei natural proíbe a homossexualidade ou a ingestão de porco. Muçulmanos e cristãos atravessam a vida tentando ganhar pontos em seu jogo de realidade virtual favorito. Se você reza todos os dias, você obtém pontos. Se você esqueceu de orar, você perde pontos. Se, no final da sua vida, você ganhar pontos suficientes, depois de morrer, você vai ao próximo nível do jogo (também conhecido como o paraíso).

E quanto à verdade? E a realidade? Realmente queremos viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, buscando objetivos criativos e obedecendo leis imaginárias? Bem, goste ou não, esse é o mundo em que vivemos há milhares de ano.
http://fernandessc.wixsite.com/blog/single-post/2017/06/23/O-significado-da-vida-em-um-mundo-sem-trabalho

Apagão espiritual

Em seu artigo, Yuval Harari aponta o apagão mental, que na verdade é precedido do apagão espiritual. Quando o espírito se enfraquece, ele vai apagando, dá para adivinhar o que sobra do ser humano. Mas por que isso vem acontecendo há milhares de anos? Como agir para atuar efetivamente como um ser humano consciente em cooperação com as leis da Criação? O problema é a indolência espiritual, a falta de vontade de se movimentar, em vez de aceitar e absorver conceitos impostos sem se esforçar para fazer uma pesquisa intuitiva de modo consciente.

Abdruschin esclarece na obra Na Luz da Verdade Mensagem do Graal que “É DEVER sagrado do espírito humano pesquisar por que se encontra na Terra, ou por que motivo vive nesta Criação, à qual se encontra ligado por milhares de fios. Nenhum ser humano se tem em conta de tão insignificante, para crer que sua existência fosse sem finalidade, se ele mesmo assim não a tornasse. A tal respeito considera-se ele em todo o caso demasiado importante. Entretanto, são apenas poucos os seres humanos que conseguem, penosamente, libertar-se a tal ponto da preguiça de seu espírito, para se ocupar sinceramente em pesquisar qual a sua finalidade na Terra”.

Assim agindo em busca incessante, escaparia do veneno paralisante da inércia, adquirindo conhecimento, e não se tornaria um robô manipulado de espírito adormecido. “Despertai ser humano” para não engrossar as fileiras das bilhões de pessoas imersas em fantasias, sem vontade própria forte. Ou seja, um viver sem autenticidade, afastado do significado da vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A BUSCA DA VERDADE DA VIDA

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Com a Palavra de Jesus esclarecedora do significado da vida e do funcionamento da Criação, acabou ocorrendo uma inversão de seu significado simples, claro e natural: “A simplicidade, puramente objetiva, teve, sim, de sucumbir no momento em que o culto principal se tornou estritamente pessoal, voltado para o Portador da Luz!”.

As trevas odeiam a Luz, como demonstram os acontecimentos perpetrados pela humanidade contra Jesus, o Filho de Deus, e que bem poderiam se repetir nos dias de hoje. 144 mil seres humanos fizeram a promessa de ajudar na obra de esclarecimento da Verdade, a Vontade do Criador, pois o ser humano afastou-se do saber do significado espiritual da vida. A grande maioria, porém, ficou enredada nos meandros do materialismo e da vaidade, deixando o Mestre Abdruschin só e isolado. Em 1938, foi preso pela polícia nazista e submetido a cárcere domiciliar, impossibilitado de falar livremente, e só não foi enviado aos campos de concentração porque seus amigos comprovaram a sua linhagem germânica de longa data. Abdruschin, pseudônimo de Oskar Ernest Bernhardt (1875-1941), sempre exigiu que os seres humanos se preocupassem com as palavras e não com a pessoa do autor. Por essa razão os aspectos de sua vida terrena sempre foram deixados de lado.

“Uma explicação da vontade divina é sempre no fundo apenas a interpretação do funcionamento da sua Criação, na qual vivem os seres humanos que a ela pertencem. E conhecer a Criação significa tudo! O ser humano, conhecendo-a, facílimo lhe será utilizar-se de tudo quanto encerra e oferece. O poder utilizar, por sua vez, proporciona-lhe toda a vantagem. Assim, brevemente reconhecerá e cumprirá a verdadeira finalidade da existência e, beneficiando tudo, ascenderá rumo à Luz, para alegria própria e somente para bênção de seu ambiente”. (Ver: Pai Perdoai-lhes, pois Não Sabem o que Fazem, Mensagem do Graal).

“Com a sua Mensagem NA LUZ DA VERDADE, Abdruschin deu aos seres a possibilidade de se libertarem, espiritual e terrenamente, do caos atual, de levarem uma vida digna na matéria e um dia voltarem para sua pátria espiritual. O ser humano tem seu livre arbítrio, podendo decidir se seu caminho deve conduzir rumo a Luz ou para as trevas… Essa Mensagem constitui uma âncora de salvação para aqueles que ainda mantêm dentro de si uma fagulha para o bem. Uma âncora de salvação que Abdruschin em sua imensurável bondade ofereceu aos seres humanos ainda no último minuto, apesar do falhar abalador”. (Harry von Sass, 1992).

A Mensagem do Graal Na Luz da Verdade, de Abdruschin, edição em três volumes. No entanto, nada impede que o leitor estude a Criação através da primeira edição de 1931, pois ambas procedem da mesma origem.

Benedicto Ismael Camargo Dutra, estudioso da Mensagem do Graal, de Abdruschin.
https://youtu.be/n8kThZj-bRo

A UBERIZAÇÃO DA VIDA

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Os recursos naturais do Brasil são os mais valiosos do planeta e, por isso, muito cobiçados. A população tem de ser conscientizada e preparada para a correta utilização desses bens. As florestas não podem continuar sendo destruídas. Os recursos naturais asseguram a continuidade da vida, sendo a água é o sustentáculo, porém ar, água, solo, e florestas estão deteriorando de forma exponencial.

No momento atual, países, empresas e entidades enfrentam uma fase muito difícil. O estrago em Mariana, decorrente do vazamento da Samarco, que despejou uma montanha de resíduos tóxicos no rio Doce, revela a displicência com a vida, com as criaturas, com a natureza, tudo pelo pensamento unilateral voltado para os interesses materiais. A recuperação das florestas, das nascentes, da fauna, poderia se constituir numa atividade para dar ocupação, renda e conhecimento sobre a natureza e a vida para essas populações desassistidas desde os tempos do Brasil Colônia, mas em vez disso permanece o despreparo, baixa escolaridade, atraso, e falta de motivação para a continuada melhora.

Uma bem coordenada pela autocracia chinesa resultou em continuadas vantagens na balança comercial, enquanto o Ocidente ficou viciado em ganhos financeiros especulativos, gerando desníveis globais na concentração de renda. Isso pode afetar o nível de empregos, mas provavelmente não afeta o equilíbrio das contas do dólar sempre bem planejadas. O que poderíamos fazer para não cairmos numa autocracia global?

Com a invasão cultural os países jovens e menos preparados estão perdendo o sentimento pátrio. No Brasil, muitas pessoas mal sabem o vocabulário português, mas utilizam várias palavras estrangeiras sem saber exatamente o significado, a pronúncia, a origem. Costumes, bandeira, história, nada significam diante da avalanche de informações e motivações superficiais. Declina o potencial da população; não há propósitos; as pessoas seguem alheias ao real significado da vida. Se as nações tendem a desaparecer por interesses e influências alienígenas, o que virá em seu lugar?

De onde vem a desigualdade econômica? Como se formam grandes fortunas? Com ações imorais como a corrupção, especulação em geral e privilégios. O PIB e lucros se formam com a participação de todos que produzem, utilizando recursos da natureza anteriores ao homem. A desigualdade na renda se combate com oportunidades gerais, com o esforço dos indivíduos para trabalhar bem e para ampliar seu potencial de forma contínua. Se o ganho vem do trabalho de todos, por que não estabelecer participação no resultado, avaliando o mérito individual?

O Brasil vacilou e agora não sabe como se recuperar, pois enfrentou a inflação com valorização cambial, descuidou do equilíbrio das contas internas e externas, e conforme tabela do crescimento apresentada pelo economista Delfim Neto, desde 1994 vem apresentando crescimento inferior aos emergentes. Há o receio de que a maioria dos candidatos às eleições 2018 não esteja preparada para reconhecer o problema e promover melhoras no crescimento e na qualidade de vida. Precisamos de políticos idôneos e empenhados com o progresso do país escolhendo equipes competentes.

Privatizar é necessário, pois o Estado-empresário não dá certo porque tudo fica nas mãos dos mandarins que fazem o que querem para beneficiarem a si mesmos. Endividar o país para privatizar tem um aroma de safadeza que vem arruinando o Brasil há décadas. O país perdeu o rumo ao permitir que as maracutaias fossem aceitas, levando à falta de seriedade que desestrutura tudo e incrementa a violência. Governo endividado, empresas em dificuldades, população descontente, produção reduzida.

Despreparo. Trabalhador ganhando pouco. Bônus para ganhos especulativos financeiros. Em contrapartida não há participação nos lucros embora toda a equipe deva dar a sua colaboração. A retração no mercado interno e o aumento da concentração de renda podem ter como uma das prováveis causas a “Uberização” da produção mundial com o processo de redução do custo que vai acarretando desemprego crescente onde os custos sejam inelásticos.

O estudante brasileiro tem de criar mais disposição para estudar. Quando a pessoa tem potencial acima do que sua atividade requer, consegue expandir; caso seja de potencial inferior, a atividade tende a estagnar ou regredir. Por isso, para alcançar o progresso real, é indispensável que as pessoas busquem a ampliação do seu potencial de forma continuada.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A VIDA E O MUNDO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Como entender a vida e o mundo? O ser humano, dotado de livre arbítrio, deveria ter compreendido que a cada resolução decorre uma consequência subordinada às leis da vida. Assim, quem semeia arroz sabe que vai colher arroz. Tudo que semeamos será colhido, como a miséria atual, a degradação ambiental, o declínio da qualidade. Charles Darwin captou o processo da evolução cuja finalidade era desenvolver um corpo para que o ser espiritual tivesse a oportunidade de se desenvolver para o bem e tornar-se um ser humano de fato e não um ser descartável. No entanto, vivemos o auge das crises morais, econômicas e políticas. A corrupção se expandiu como nunca. A incompetência da classe governante e o despreparo da população estão desorganizando a vida civilizada.

No filme De canção em canção (Song to song), o controvertido diretor e roteirista Terrence Malick apresenta o estágio do caos atual em que a humanidade vive. A trama mais parece uma colcha de retalhos formada por pedaços da vida de personagens que vivem no século 21. São pessoas sem rumo que gostam de vida boa, mostrando como a humanidade está acomodada. Os seres humanos pressentem que devem procurar a Luz, mas não se importam em ser ludibriados com falsas explicações sobre o verdadeiro significado da vida, contanto que não tenham de pensar por si no futuro, nem se preocupar com a sua responsabilidade sobre o que pensam, falam e fazem.

O mundo está repleto de espíritos com vontade fraca para dar direção nobre à própria vida; são joguetes do domínio do raciocínio preso aos pendores e vícios que amarram o ser às baixarias da vida até ao fastio, desperdiçando o tempo da vida no atual corpo terreno. Quem sabe se numa próxima encarnação buscarão a Luz da Verdade para se tornarem seres humanos completos.

Fazemos parte do majestoso desenvolvimento progressivo da Criação. No entanto, temos de respeitar os limites naturais em tudo, e não praticar ações nocivas a nós mesmos e à natureza, pois ficamos subordinados às consequências de nossos atos. O problema é que, ao longo da nossa evolução, em vez de buscarmos a estrita colaboração com as leis naturais da Criação, optamos por um caminho perigoso que está contribuindo para destruir as condições necessárias para a vida, transformando a Terra num vale de lágrimas, sem paz e sem amor.

Quando as pessoas oram dizendo Pai Nosso Seja feita a vossa vontade, isso requer conhecer a Vontade de Deus que se inscreve nas leis da Criação. De nada adianta fazer tudo errado e dizer Seja feita a Vossa Vontade sem observar essas leis. O espírito deve ser ativo e vigilante; sua vontade deve ser o leme para dar direção à vida do ser humano encarnado, mas o grande inimigo é a indolência que põe o espírito para dormir enquanto o raciocínio vai assumindo o domínio.

Muito teve de lutar Jesus para combater esse mal que leva os seres humanos a desperdiçarem o precioso tempo recebido com a ressurreição, isto é, a oportunidade dada pelas reencarnações. A indolência os fez esquecer as leis da Criação, inclusive a lei da reciprocidade que traz para cada pessoa a colheita de tudo o que semeou na vida. A indolência levou muitos seres humanos a acreditar na antinatural ressurreição da carne após o corpo ser abandonado pela alma. Formaram-se antagonismos e conflitos, os preconceitos e as teorias comunistas; o comodismo e a preguiça de examinar e compreender a vida por esforço próprio, analisando tudo com o espírito através da reflexão intuitiva.

A incompreensão sobre a vida se expandiu pela Terra. O raciocínio procura por todos os meios impedir o despertar do espírito para a vida real, para a evolução através do saber e para atividades nobres e beneficiadoras. Aproxima-se a grande colheita de tudo que foi semeado e, com ela, a limpeza e o chamado para a nova vida, para aqueles que em seu coração desejarem ardentemente seguir a Vontade de Deus.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”; “2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” e “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”. E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

SOMBRAS PAIRAM SOBRE A HUMANIDADE

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

O problema atual da humanidade é que a fé no homem foi perdida, pois com sua cobiça e egoísmo tornou vazia e insipiente a presença da espécie que deveria elevar o nível e a qualidade de vida no planeta. Mas com o seu embrutecimento, teceu quadros de absoluta miséria e feiura, emoldurando com ilusões e teorias toscas e incoerentes a existência que deveria ser simples e natural para ser proveitosa. Urge resgatar os valores da essência humana, pois a vida tende a se tornar mecânica.

Há muita teoria econômica, mas o dinheiro vai numa direção só. Para que haja paz e progresso no mundo, tem de haver equilíbrio nas contas entre os povos, aspecto descuidado pela maioria dos governantes. O tabelamento de preços é condenado por grande parte dos economistas, mas não se alarmam quando a cotação do dólar – mercadoria rara nos países deficitários – fica com preço fixo, aumentando os déficits sem que surjam oportunidades de aumentar o PIB e a renda pessoal. A economia se rege por muitas variáveis, mas as análises têm sido restritas; deveriam ser mais abrangentes no contexto da democracia e da globalização e direcionar para soluções duradouras.

Num mundo desequilibrado, não se olha mais para a essência das coisas. O tamanho da dívida do Estado sempre deve ser levado em consideração e não apenas a capacidade de administrá-la, pois os encargos permanecem sugando continuamente. O Estado tem de dosar bem isso e não descuidar de sua tarefa de criar oportunidades para a melhora das condições de vida.

Para onde vai o Brasil? O país tem sido laboratório para os mais estapafúrdios experimentos: planos Cruzado, Bresser, Color, Real, sempre com juros acima da média mundial, sempre desatento com os déficits interno e externo. Manteve-se dólar barato sem ter disponibilidade de dólares, abriram-se as portas, mas a indústria foi golpeada, e caímos nas mãos da pior classe política, deseducadora das novas gerações. E agora? O problema está no presidente Temer e a descoberta de atos corruptos ou já estava tudo estragado desde o início do século, e no governo Dilma desandou de vez? Como vai ficar o Brasil? O que quer a população? Como modelar o seu querer para o bem diante do atual quadro sinistro e incertezas para as eleições de 2018?

Chegamos ao ponto crítico. Não basta um nome que possa angariar votos; o problema é o sistema viciado com a classe política buscando oportunidades para ganhar milhões em jogadas nocivas para o país, agindo como se fosse dona de tudo levando o Brasil para o abismo, enquanto o viver e a cultura vão decaindo brutalmente, gerando descrença geral nos homens.

Quem são os mandantes do mundo? A Venezuela foi insurgente, nunca esteve tão mal como agora. Há grupos interessados em adentrar numa aventura de fortalecer o poder do Estado, mas isso não trará nada de bom, pois tais grupos querem a tomada do poder para si e seus fins. Faltam líderes estadistas que visem o bem geral. A classe empresarial global precisa de maior flexibilidade, ser responsável com a humanidade e abandonar o “tudo para nós e nada para os outros” que inspirou o colonialismo e a exploração de uns pelos outros.

O futuro depende da boa formação das novas gerações. Falta conscientização e motivação para as crianças estudarem. São motivadas para tudo quanto é besteira menos para entender a vida e se prepararem para agirem como seres humanos de qualidade. Esta falha é primeiro dos pais e depois do governo federal, Estados e municípios que não olham para as novas gerações como o futuro, deixando-as incultas e sem fornecerem uma base sadia de aprendizado e bom relacionamento com as pessoas em geral, oferecendo-lhes conteúdo de valor por livros, internet, vídeos, em vez da baixaria disponível.

Após as mortes e mutilações provocadas pela Segunda Grande Guerra, muitos estudiosos passaram a refletir sobre os fundamentos da civilização humana. Atualmente, essa triste lembrança ficou apagada e as pessoas não mais pesquisam o significado da vida enquanto o viver vai se tornando áspero e vazio, em oposição à Vontade do Criador que ofertou a Terra para o progresso dos seres humanos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7