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JOVENS NA TERRA

Há aproximadamente 1,8 bilhão de jovens encarnados na Terra com idades entre 10 e 24 anos. No Brasil, são em torno de 30 milhões. Boa parte deles teve uma formação diferente devido aos avanços da TI e jogos eletrônicos. Muitos jovens estão profundamente imersos na cultura digital, nas redes sociais e nas novas formas de interação virtual. O que querem da vida? Aqueles com idades entre 14 e 20 anos têm uma visão de vida moldada por diversos fatores, incluindo tecnologia, educação e mudanças sociais. A mídia em geral deveria estar atenta e produzindo conteúdos instigantes para despertá-los para a realidade, para saírem da vida fantasiosa. O ser humano é espírito. A construção de um projeto de vida é essencial para essa geração, com busca da autoconsciência e espiritualidade, pois isso ajuda a definir metas e caminhos para o futuro.

Há o rolo compressor da mediocridade e dos interesses que vai rebaixando tudo sem que as pessoas percebam, provocando continuado declínio. Como aumentar a quantidade dos que buscam a posição em que a espécie humana deve estar? Algumas pesquisas indicam que a mídia pode influenciar diretamente o comportamento dos jovens, tanto positiva quanto negativamente. Além disso, há estudos que analisam como os jovens interagem com conteúdo midiáticos e como isso afeta sua visão sobre a sociedade. Também existem projetos educacionais que utilizam a mídia para despertar novas perspectivas de vida e incentivar o pensamento crítico, mas não há avanços.

Talvez uma solução seja incentivar a produção de conteúdos que equilibrem entretenimento com reflexão, trazendo temas como propósito, autoconhecimento e impacto social de forma envolvente. Nesse projeto é indispensável o engajamento da mídia tradicional. Há uma sensação de declínio silencioso, impulsionado pela mediocridade e interesses obscuros, o que é profundo e preocupante. Muitas vezes, as pessoas são levadas a uma aceitação passiva do que está ao redor, sem perceber o impacto disso no longo prazo. A cultura do consumo imediato, a superficialidade da informação e a distração constante dificultam a reflexão crítica e a busca por valores mais elevados.

O grande desafio é despertar um senso de urgência para sair do marasmo, incentivar o raciocínio lúcido e a reflexão intuitiva para que mais pessoas percebam a necessidade de não se deixarem amassar pelo rolo compressor da indolência. A maneira como a sociedade molda o pensamento dos jovens hoje determinará o tipo de futuro que teremos. Entre eles predomina o desânimo. Jornalistas, escritores e professores são arquitetos da cultura e da consciência e têm um papel essencial para despertar reflexões, incentivar a crítica construtiva e promover valores que fortaleçam a humanidade. As organizações governamentais não podem continuar alheias a essa questão que vem reduzindo a capacidade de compreensão da finalidade da vida.

As novas gerações têm de estar conscientes de que é possível sobreviver de forma condigna através do esforço próprio. Se essa mudança não acontecer, corremos o risco de um futuro mais automatizado, desconectado emocionalmente e rigidamente pragmático. A tecnologia é uma aliada, mas sem um equilíbrio com valores humanos profundos, podemos perder elementos essenciais como empatia, criatividade e propósito.

Entretanto, sempre há aqueles que resistem a essa corrente e trabalham para reverter essa tendência: são os pensadores, educadores, líderes e indivíduos que promovem uma visão mais consciente do mundo. A mudança leva tempo, mas a observação atenta e a disposição para agir quando possível são essenciais. Se isso não acontecer o futuro será rígido e áspero. Especialmente os jornalistas, escritores e professores deveriam estar atentos ao aprimoramento da espécie humana. Quem sabe possa surgir inesperadamente um novo movimento visando a humanização do ser humano, e fazer com que a nossa espécie retome o lugar que lhe cabe na Criação. Muitas pessoas já estão aguardando por isso!

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O FILHO DO HOMEM E O APOCALIPSE

Muito distante da Terra, a semente espiritual permanecia frágil e inconsciente diante da irradiação da força da Luz, mas ia despontando um impulso para conscientização, o que só poderia se dar através do fortalecimento numa bem determinada distância, e surgiu a Criação com suas leis universais fundamentadas na perfeição da Vontade de Deus.

Após muitos preparos, a semente espiritual pôde se encarnar na Terra para se fortalecer, evoluir e retornar autoconsciente à sua origem, mas no percurso das reencarnações saiu do caminho reto. O corpo perecível subjugou o espírito eterno e, assim, caminhava para o abismo.

Há dois mil anos, O Amor de Deus, essência divina, foi encarnado em Jesus, que veio para restabelecer a ligação com a Luz. Recusado pela humanidade, retornou ao Pai. As Palavras de Jesus, escritas muitos anos depois, arrastaram falhas de memória e imperfeições.

A humanidade afundava na escuridão. Jesus, o Amor de Deus, veio para religar os seres humanos à Luz da Verdade. O anticristo, através de seus asseclas, tem detonado tudo. Há milênios, os tiranos cobiçam riqueza e poder. No topo os mandantes; abaixo, as massas dormentes sem direitos. A fatalidade da vida cômoda sem reflexões sobre o sentido da vida. A sina das massas indolentes, a subordinação cega às regras e vida rasteira. Oitenta anos depois da grande guerra a humanidade se acha mais próxima do abismo, sente as dores, mas sem se esforçar na procura, nada encontrará.

Em João 16 – “E disse Jesus: Agora, porém, vou para aquele que me enviou, e nenhum de vocês me pergunta para onde vou. Em vez disso, entristecem-se por causa do que eu lhes disse. Mas, na verdade, é melhor para vocês que eu vá, pois, se eu não for, o Encorajador não virá. Se eu for, eu o enviarei a vocês. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Eu voltarei para o Pai e não me vereis mais. Quando vier o Espírito da Verdade, ele os conduzirá a toda a verdade. Falará sobre a Vontade de Deus e lhes anunciará o que ainda está para acontecer”.

Em Apocalipse 14:14 está mencionada a vinda do Filho do Homem, com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. O Filho do Homem, o Espírito Santo, oriundo da Luz da Verdade, o Portador do Evangelho Eterno, as leis da Criação, para os seres humanos que procuram incansavelmente, e também o Julgador, prometido por Jesus como a última possibilidade de salvação do espírito humano autoconsciente.

Longe vai o tempo em que os seres humanos estavam integrados à natureza. Com intuição atuante e raciocínio lúcido, deveriam ter prosseguido na compreensão correta do significado da vida e da Criação e suas leis.

Estão ocorrendo muitos e variados acontecimentos afetando tudo, mexendo com todos, inquietando, chamando a atenção para o despertar do espírito. Cada pessoa, seguindo seu caminho, meio atordoada, sem prestar muita atenção no que está se passando à sua volta.

Através da atuação das leis universais da Criação, todos são responsáveis e terão de colher tudo que semearem. Para que haja paz entre os homens de boa vontade é fundamental que haja o reconhecimento da realidade espiritual da vida e, para isso, o ser humano precisa sair do marasmo mental e espiritual.

Cabe ao ser humano entender o mundo e as leis universais que o regem, pois foram estabelecidas com a perfeição oriunda da Vontade de Deus, e também, se esforçar para se tornar ser humano verdadeiro, valoroso, com discernimento, bom senso e sabedoria, apto a beneficiar e construir um mundo melhor, com paz e felicidade.

Para saber mais sobre o Filho do Homem recomendo a obra Na Luz da Verdade, de Abdruschin, editada pela Ordem do Graal na Terra.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CENÁRIO GLOBAL ASSUSTADOR

A humanidade parece dopada, não viu o que estava se armando. Cada nação tem de assegurar a sua autonomia. A história mostra que sempre houve grupos que queriam dominar tudo: religião, produção, finanças, comportamento. A Inglaterra chegou a ser designada como a dona dos mares.

No cenário que vem se alinhando há décadas, os Estados Unidos são os detentores da produção de dólares, a cobiçada moeda global que compra tudo e comanda as finanças, mas também é a nação mais endividada. A China construiu a oficina global de manufaturas com custos imbatíveis, exportando para todas as nações, alcançando um desenvolvimento sem precedentes. Duas forças que disputam influência e poder global.

Poderíamos dizer que as novas tarifas adotadas estão atuando como um antidoping da economia global, ultimamente movida por superavaliação dos ativos financeiros, crédito fácil, produção global de custos baixos, mas não se sabe aonde isso chegará. Para manter a atração do dólar, os juros subiram, mas a economia e o mercado de ativos financeiros querem juros baixos. A China precisa do livre comércio para continuar expandindo a sua produção fabril e influência.

A predominância americana e do dólar estão entrando numa galeria estreita. Em 30 anos de preparo, a China alcançou uma posição especial na economia global, produzindo de tudo e fazendo acordos econômicos com várias nações. Trump trouxe, com o tarifaço, um despertar da letargia, mas há muitos interesses econômicos em jogo e perder é a última coisa que querem ouvir; a mesma situação se aplica à população que, em sua indolência, dificilmente aceita perdas nas condições gerais de vida. Enquanto isso, as estagnadas nações emergentes, como o Brasil, permanecem na posição de subserviente.

Os seres humanos deixaram a coisa rolar e a dependência se foi instalando. Mudar agora não está fácil. As discussões se assemelham ao “lavar roupa suja em público”. Enquanto os poderosos se engalfinham, os fios dos destinos estão conduzindo muitos acontecimentos imprevistos que afetam a todos, chamando a atenção para que ocorra o despertar do espírito apático.

Está ocorrendo um problema grave com as novas gerações. Especialistas apontam que há 289 milhões de nem-nem, nem escola, nem trabalho, causando grandes transformações. Há uma enormidade de crianças que estão no mesmo rumo. A geração digital tem todas as informações na palma da mão, mas está sem rumo, não sabe o que quer. Qual será o futuro das famílias? E da humanidade? Como deveria ser o desenvolvimento das crianças?

A existência na Terra é de curta duração, isso deveria despertar o retorno à busca: “Procurai e Achareis”, isso é o fundamental para que a humanidade não se perca no emaranhado das cobiças e vaidades. Como agirá o sucessor do Papa Francisco? O que fará com os tabus? Como chamará a humanidade e as novas gerações para a vida real? Esperemos que busque a renovação das teorias sem base nas leis universais da Criação, isto é, sem naturalidade. A finalidade da vida deve ser a elevação espiritual sem causar danos a outros para contemplar as próprias cobiças.

As novas gerações tem passado os anos da infância grudadas no celular ou tablet.  Dominadas por notificações, presas aos dispositivos eletrônicos, deixam o tempo passar sem o real aproveitamento para a finalidade a qual a vida na Terra se destina, e acabam ficando sem rumo. Com a forma de viver confinada ao superficialismo e sem reflexão profunda, os seres humanos estão perdendo a capacidade de ver e enxergar, discernir e interpretar o que está se passando à sua volta.

O apagão que surpreendeu a Europa teria sido influenciado por fenômenos solares, como tempestades geomagnéticas. É mais um acontecimento imprevisto chamando a atenção, mas cada pessoa prossegue isoladamente em seu caminho competitivo sem muita consideração para com o outro, ou no que se passa à sua volta. As condições gerais de vida e a convivência nunca estiveram tão abaladas como agora.

Os seres humanos querem dominar a Terra, deixando de reconhecer que não passam de meros hóspedes irresponsáveis, esquecendo que o dono de tudo é o Criador que concedeu a livre resolução aos seres humanos que deveriam buscar a Luz da Verdade, a ponte entre o céu e a Terra. Mas com sua indolência espiritual, de forma consciente ou não, acabam servindo ao anticristo. Logo perceberão que, através da atuação das leis universais da Criação, todos são responsáveis e terão de colher tudo que semearem.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DAS TARIFAS EXTRAS

Quando uma nação, por algum meio, consegue dar força à sua moeda, tudo aquilo que importa de outro país fica mais barato. Brasil e Argentina tentaram isso, mas quebraram a cara. Os EUA, administradores do dólar, se tornaram o grande importador, mas a dívida foi crescendo. Aí veio a exuberância irracional que ficou instigando o mercado dos ativos financeiros por vários anos, mas quando chegou a hora da verdade, trilhões de dólares foram criados do nada para segurar a casa.

Em 2025, o cenário é de dívida elevada, déficit orçamentário, dólar valendo menos, população inquieta. Tarifa é o imposto sobre importações. O presidente norte-americano Donald Trump tenta amenizar a situação com a introdução de tarifas sobre as importações, o que está causando um estremecimento da economia global. O Brasil já aplica tarifas elevadas há tempo, mas permanece atrasado e endividado.

Quais são os objetivos de Trump com essas medidas? Abrir espaço para a produção interna? Criar um obstáculo para o produto importado? Melhorar a capacidade de produzir internamente diante do Capitalismo de Estado? Arrecadação adicional de impostos? Mas quem vai pagar por isso? Haverá uma transferência de renda da população para o Estado. E qual é a novidade? Mesmo assim, ficará sendo uma tributação abaixo do que se paga no Brasil que vai a 40% no carro produzido internamente, e a 70% no importado. No Brasil, paga-se muitos impostos, mas a gestão pública não corresponde com eficiência.

Será que os seres humanos querem se compreender mutuamente, ou querem levar vantagens? Tudo depende do que está sendo objeto da fala, da conversa, da negociação. Quais são os propósitos dos indivíduos e dos grupos? Querem o bem geral ou a satisfação da própria cobiça por riqueza e poder? Querem o progresso da nação e da população, ou a destruição dos adversários políticos? Lamentavelmente, o baixo nível predomina em todas as camadas.

O viver ficou complicado. Os seres humanos perdem o rumo, falta-lhes a consciência do significado da vida e sua finalidade. Tudo vai se afastando da vida real, surge o humanoide, o ser que age de forma meio humana, meio máquina, sem intuição. O viver ficou complicado. Somos todos peregrinos que devem evoluir, mas não se pensa nisso. Surge o vazio e a ânsia de preencher o tempo com qualquer bugiganga sem precisar pensar.

O universo surgiu da sabedoria divina, da irradiação do Criador Todo Poderoso, que ofertou ao germe espiritual a oportunidade de se desenvolver ao máximo, adquirir autoconsciência e contribuir para conservar e embelezar a esfera material seguindo as leis universais da Criação.

O Estado-nação mostra brechas danosas criadas por oportunistas que se aproveitaram da política para iludir a população com promessas inadequadas, e tendo a isca sido fisgada, conseguiam se postar no poder. A descoberta da Inteligência Artificial vem mostrando as ineficiências do Estado e seus governantes. Se o ser humano falha, alguns dizem: “que venha a máquina”, mas será que ela conseguirá ajustar aquilo que o ser humano desvirtuou, ou seja, conduzirá a humanidade para atividades construtivas, surgidas de suas reflexões intuitivas? Isso vai depender da boa vontade e da livre resolução dos seres humanos visando o bem geral, como sempre deveria ter sido.

A humanidade olha amedrontada para a situação do planeta. Não se trata de buscar uma utopia, mas de construir um modo de vida mais decente, mais humano. O que tem impedido isso são as cobiças e a ganância de acumular dinheiro e poder. Os pais não precisam ter muitos filhos que lhes consumam toda a energia, descuidando de si mesmos. O tempo da maioria das pessoas é gasto na frenética corrida pelo dinheiro. As horas de lazer são desperdiçadas em atividades inúteis e até prejudiciais. Muitos vivem precariamente, com reduzida educação, e vão passando pela vida sem se aprimorarem como seres humanos, esquecendo que o futuro melhor depende da continuada atuação benéfica de cada indivíduo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O NOVO DINHEIRO GLOBAL

No pós-guerra, a partir de 1945, adveio uma fase de paz e progresso econômico. Muito já se falou que as identidades culturais e religiosas seriam a principal fonte de conflitos entre os povos, o choque das civilizações, sintetizado pelo cientista político Samuel Huntington. Com a evolução tecnológica e financeira, estão eclodindo conflitos voltados para o poderio econômico. A força do dinheiro fala mais alto. O capitalismo de Estado está moldando uma nova cultura. Se os confrontos religiosos criam fortes embates, os econômicos estão assumindo proporções globais, em que as questões místicas vão perdendo força.

A ampliação do poder econômico cria um cenário para confrontos envolvendo finanças e produtividade entre o capitalismo de livre mercado com grandes corporações, e o Estado capitalista que, pragmaticamente, vai ampliando a sua penetração no mundo todo numa guerra financeira, fabril e tecnológica, buscando uma nova ordem global.

No planeta com oito milhões de seres humanos encarnados e com crescentes imprevistos climáticos, a economia global se tornou um emaranhado de dúvidas criando um cenário de incertezas. Com isso, todos os indicadores tendem a oscilar ampliando os riscos. É como se fosse uma roleta imprevisível na qual os jogadores não sabem onde colocar as suas fichas. Para as nações há o risco de dificuldades para obter dólares, tendo de se sujeitar a custos mais elevados; para a população o risco é de aumentar a tendência mundial de precarização. Internamente, nas nações, há polarização política. Globalmente, agrava-se a geopolítica diante dos conflitos econômicos entre os Estados Unidos e a China. E de novo escavam pirâmides e túmulos, o segredo encoberto. Estariam os rumos da humanidade gravados nas estruturas de pedra da Grande Pirâmide de Gizé, no Egito?

O Estado-nação aglutina a renda geral; é aí que ingressam os oportunistas, a elite no comando que administra o Estado e não vacila em tirar proveitos. É perceptível que há um esforço para dizimar o Estado-nação, que já teria cumprido a tarefa que lhe foi determinada de chegar ao dinheiro fiduciário, mas caiu na mão de grupos manipuladores oportunistas que se fortalecem para se perpetuarem no poder. A impressão é que os EUA estão fazendo um esforço para recuperar a nação com medidas austeras e imposição de tarifas para reduzir a invasão de manufaturas produzidas externamente.

O planeta Terra está problemático ao extremo com a economia e finanças em desarranjo global. A instabilidade é geral. Eleva-se a cotação do ouro. Um outro tipo de moeda global está sendo gestada com a capacidade de controlar tudo e todos como se fossem gado, sem liberdade, sem força de vontade própria.

O mundo se embrutece. Saindo da infância descomprometida, os jovens se deparam com a brutal aspereza da vida. Melancólicos, sofrem com a percepção da rudeza à sua volta. Os adultos lhes oferecem modelos que os forçam a se refugiarem na prematura atividade sexual e nas drogas. Meninas ficam grávidas antes da hora. Há um conjunto das ações nefastas que tem como alvo atacar a joia da feminilidade para embrutecer o mundo, fortalecendo o medo e o ódio que enfraquece a espécie humana.

O futuro depende da capacidade de alcançar o reequilíbrio geral: ambiental, econômico, monetário e educacional, com liberdade e responsabilidade. Tudo é importante, mas o fundamental é o esforço individual para a reaproximação da espiritualidade perdida. Porém, o querer isso tem de partir do íntimo do ser humano buscando o saber da real finalidade da vida.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A META PRIMORDIAL DA HUMANIDADE

O grande enrijecimento se torna o maior entrave para as pessoas saírem da indolência. O cérebro domina cada vez mais amplamente, mas no século 21 se tornou preguiçoso e comodista, sufocando o eu interior de forma cada vez mais intensa. Com o passar do tempo, as novas gerações estão piorando; é cada vez menor a percepção do que é a vida. Quando o indivíduo chegar à velhice poderá perceber quanta besteira andou fazendo, quanto tempo jogou fora com coisas inúteis. Será ainda pior se mesmo na velhice continuar pensando que a vida é um parque de diversões onde a única finalidade é jogar o tempo fora sem dar espaço para a intuição, a voz interior, passando pela vida como se não existisse.

Há um vídeo que mostra uma jovem judia, nascida no Brasil, que foi morar em Israel, narrando a tragédia pela qual passou no alvorecer do dia 7 de outubro de 2024. Ao ver isso, surgiram na minha mente essas terríveis palavras: na Terra há ódio e mais ódio provocando o desmoronamento das bases da boa convivência. Há muitos seres humanos que foram puxados para a Terra, mas não aproveitam a sua estada temporária para evoluir.

É lamentável situação em que se encontra a humanidade em 2025, em que se verificam piores condições do que em 1925. Por que muitos seres humanos não se esforçam para compreender a finalidade da vida? Em cem anos aumentou a manipulação nociva feita por pessoas acessíveis às trevas que visam a destruição do espírito humano. Em vez de aspirarem pela Luz, ficam remoendo descontentamento e insatisfação, semeando ódio, terrorismo, bandidagem, assassinatos. A insatisfação e o ódio é como se uma piscina de água límpida e brilhante tivesse recebido uma descarga de esgoto, ficando imunda. Em vez de beneficiar, construir e embelezar, a humanidade mostra a sua face destrutiva. Vamos limpar a mente com sentimentos e pensamentos voltados para o bem na busca da Luz da Verdade e do Amor do Criador.

A globalização possibilitou a ampliação dos desequilíbrios na economia afetando produção, trabalho, remuneração, consumo, educação, e gerando concentração da renda. O que se vê agora é uma série de medidas protecionistas e respectivas retaliações que não solucionarão a questão básica do desequilíbrio decorrente do ganho de uns e perdas de muitos. Sem boa vontade e respeito aos direitos do próximo, não se alcançará a paz e o progresso.

Vários preparadores do caminho para a Verdade estiveram na Terra para orientar a humanidade: Buda, Zoroastro, Lao Tsé. Diante do irremediável declínio, o Criador enviou a Luz para a humanidade para ofertar os esclarecimentos sobre as leis da natureza que refletem a Vontade do Criador. E um inocente, que ensinava para os seres humanos que deveriam refletir sobre a vida e a Criação com naturalidade para entender a finalidade da vida na Terra, foi julgado e condenado como se fosse um criminoso.

O planeta Terra foi concedido para a evolução da humanidade com boa vontade e paz, mas se transformou no lugar onde o homem se tornou o lobo do homem. Os fracos não têm vez, são tratados como se fossem escravos sem vontade. As nações são desorganizadas para que grupos de mau caráter possam assumir o poder e o controle. O recente episódio de tiroteio nas ruas do Rio de Janeiro mostra bem isso. Crescem o medo e o ódio.

Falta um esforço contínuo para dar bom preparo para a população, desenvolver indústrias produtivas, trabalho, renda, consumo. O governo lança a isca dos auxílios, mas com isso elimina a disposição para o trabalho, quem recebe deve retribuir. As estruturas vão detonando. Se no passado ocorreu a guerra do ópio, agora está muito pior, pois as inúmeras drogas avançam sobre as novas gerações fragilizando-as. A humanidade vai perdendo a sensibilidade intuitiva e vai se afastando do cumprimento da sua meta primordial.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

COMO SAIR DA ASPEREZA GLOBAL?

Há na Terra muitos seres humanos descontentes com a própria vida. As reflexões teóricas de muitas dessas pessoas querem fazer crer que o capitalismo é o causador das misérias e sofrimentos existentes, mas há algo esquecido e muito importante sobre as causas da aspereza em que vivemos. Longe vai o tempo em que não havia religião e a humanidade vivia conhecendo e respeitando as leis da Criação que regem a vida, mas foi se afastando desse saber, achando-se acima disso e apta a construir um viver de seu agrado.

Passados milênios, o Criador interferiu enviando o Messias, cumprindo todas a leis da Criação para se encarnar num corpo terreno, portando a força da Luz Divina para reerguer a humanidade decaída. Poucos deram bom acolhimento e reduzida foi a compreensão dos ensinamentos elevados. Surgiram religiões. A humanidade entrou na idade das trevas ao ter expulsado a Luz, ampliando as cobiças por riqueza e poder terreno e as misérias e sofrimentos.

Durante séculos, grande parte das pessoas vivia seguindo as normas das religiões. Vieram guerras e mais sofrimentos com trabalho árduo, vida difícil com escassez geral, e por fim, a teoria de que o capitalismo, isto é a civilização do dinheiro, seria o meio de eliminar a penúria e a escassez. Mas ao se agarrarem ao poder do dinheiro, os homens comprometeram o restinho de anseio pela busca das leis espirituais da Criação, algo que abrange a humanidade, seja no capitalismo ou no socialismo. É nisso que repousa o grande mal da decadência moral e espiritual. Amor ao próximo não é o que se pensa; o verdadeiro amor é aquele que não produz danos e sofrimentos ao próximo.

A situação geral se afunila no dinheiro, pois tudo depende dele, tudo converge para ele, tornando a geoeconomia o ponto crítico geral. Mas o dinheiro flui por caminhos estreitos deixando de fora uma grande massa dependente que ficou sem alternativas. Isso acarretará um acúmulo de dificuldades jamais visto, que diante dos desequilíbrios da economia global, não poderá ser solucionado de forma adequada, gerando convulsões febris.

Para solucionar a questão dos custos e ganhos, o movimento de relocalização fabril para outra nação que tivesse níveis de salário mais baixos, deu início a grandes transformações na economia e outros problemas. As novas complicações no comércio internacional são a continuidade de problemas não resolvidos no passado.

A competição entre as nações apresenta desequilíbrios comprometedores. Por exemplo, no passado, a produção de açúcar e café no Brasil era feita com mão de obra escrava. Assim sendo, de que forma os europeus poderiam competir produzindo na América Central com mão de obra assalariada? E na atualidade, o padrão de vida no ocidente não é igual ao da Ásia. As fábricas mudam para esses locais onde os custos são menores, e os países do ocidente enfrentam as consequências. Na falta de alternativas adequadas, o protecionismo é a velha fórmula de enfrentar a concorrência e preservar a economia da nação.

A população não é como uma máquina, bastando apertar um botão para obter resultados. A economia segue naturalmente. Você pode produzir automóveis e outros bens, mas se a outra parte não tiver renda, como vai adquirir? As nações deveriam cuidar bem de sua região, de seu povo. Produzir só para exportar a outros países sai da naturalidade. O desequilíbrio econômico global está avançando rapidamente, chegará ao ponto de ruptura.

Os povos têm de evoluir de forma beneficiadora. O ser humano da atualidade pôs de lado muitas coisas boas, inclusive a experiência dos mais velhos. As novas gerações, liberadas de costumes tradicionais, acham que não precisam de nada que os mais velhos tenham para oferecer.

A época é áspera, sem amor. Onde houver oportunidade, podemos lançar palavras que levem a reflexões elevadas, mas em meio à indolência espiritual isso fica contra a correnteza. Com o enrijecimento progressivo, as pessoas estão embrutecendo. A convivência humana está abalada, mais difícil, cada indivíduo pensando só em si e em seus interesses. A nossa vontade intuitiva forte voltada para o bem recebe grande auxílio e proteção, algo que todos devem examinar atentamente. Sigamos em frente voltados para o bem que o auxílio chegará.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A PAZ COMPROMETIDA

Quando a paz não é cultivada com seriedade, os acontecimentos desastrosos se sucedem e chacoalham tudo, mas as pessoas não acordam para a vida. Com o passar do tempo, as novas gerações estão piorando. É cada vez menor a percepção do que é a vida. Quando chegar a velhice elas poderão perceber quanta besteira andaram fazendo, quanto tempo jogaram fora com coisas inúteis. Será ainda pior se mesmo na velhice continuarem pensando que a vida é um parque de diversões onde a única finalidade é jogar o tempo fora sem dar espaço para a intuição, a voz interior, passando pela vida como se não tivessem existido. Ninguém deve jogar fora o precioso tempo concedido.

Estamos numa fase de falta de respeito e consideração. É correto a escola impor comportamento digno da espécie humana, mas com toda libertinagem, as novas gerações, em vez de se prepararem bem para a vida, estão perdendo o rumo. A intuição, que representa o querer interior que gera força de vontade, ficou meio esquecida e sem esse gatilho as ações e atitudes têm pouca força para subsistir.

O problema da humanidade são as suas metas que ficaram afastadas das leis da natureza, cujas consequências de séculos de abusos adentraram num ciclo de aceleração. A vida na Terra poderia ser maravilhosa. Mesmo com investimentos trilionários, o equilíbrio natural jamais retornará sem que haja uma nova postura diante da vida e sua finalidade.

A classe média é importante porque não tem a arrogância dos mais ricos nem a amargura dos mais pobres, mas está perdendo espaço, encolhendo. O problema da humanidade é a falta de propósitos enobrecedores e de seriedade; sem isso nada pode ir para frente por já sair contaminado dos cérebros egocêntricos.

A paz mundial está fundamentada em bases precárias. A população se deixa envolver pelas distrações, bebidas alcoólicas e drogas, perdendo a força de vontade, o que a está levando ao descalabro. Na falta de atitude sinceras dos homens, a natureza está forçando uma tomada de consciência.

O governo de uma nação deve olhar para a situação interna e as condições externas. Desde o pós-guerra, o dólar assumiu o papel de moeda global. Os governantes, de pires na mão, pediam socorro sem planejarem uma situação de estabilidade cambial para não caírem no abismo do déficit e da dívida. Em meio às dificuldades, surgem jogadas especulativas. Levam o dólar para fora gerando caos cambial. Esperam a taxa de juros subir, aí os dólares reaparecem.

Diante da péssima condição humana de se viciar com entorpecentes em vez de evoluir com força de vontade beneficiadora, o presidente Donald Trump vai tomando decisões fortes para deter a decadência, faz ameaças contra a entrada do fentanil (opioide usado como medicamento para amenizar a dor) e de componentes para fabricá-lo; mas para defender os EUA ele deve proteger o dólar e seus controladores contra ações que possam enfraquecer a sua força.

Falta sustentabilidade ao sistema global da política, economia e vida, uma vez que há séculos predominam interesses arraigados. Continuamente, a riqueza tende a se concentrar, enquanto a miséria segue avançando. A energia da Luz, reforçada com a prometida vinda do Filho do Homem, provocará os efeitos que estavam no modo espera.

O que o ser humano semear, colherá. Simples assim são as leis da Criação, explicadas por Jesus, com parábolas e imagens da natureza. Muito desse saber acabou sendo perdido, mas tudo que o ser humano decide terá consequências, por isso o mais importante na vida é querer o bem geral. A falta disso acarretou esse viver áspero e hostil, sem o verdadeiro amor. As consequências estão chegando, é só abrir os olhos.

Nos relacionamentos entre os seres humanos há uma lei básica, antiga, mas que foi suplantada por interesses, cobiças e competição. Trata-se da lei fundamental de não causar dano ao outro para satisfazer a própria cobiça. Quando ela for amplamente conhecida e respeitada, tudo entrará numa tendência de melhora contínua, cada indivíduo viverá em paz e evoluirá.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

OTIMISMO OU PESSIMISMO?

Não confunda o otimista com o sonhador fora da realidade. O pessimista sempre enxerga o pior em qualquer situação. Hoje enfrentamos uma onda de pessimismo sobre guerras, crise econômica, carestia, doenças. Há pessoas que gostam de promover o pessimismo. Ter dinheiro e poder não implica otimismo, mas gera arrogância e mania de grandeza, perda da essência humana, desumanização, enfim, pessimismo. Mas, nas engrenagens da Criação, o ser humano é um passageiro que não passa de grão de areia, enquanto poderia fazer muito pelo beneficiamento e embelezamento da Terra, agindo com otimismo que é a confiança na atuação justa das leis universais da Criação.

O arrogante deixa o ego crescer, lhe falta humildade, repele as críticas e nada quer saber sobre empatia e necessidades dos outros, com esquisitices, sem respeito pelas opiniões alheias. É o tal. Quer ser obedecido. Cria as próprias leis sem sustentação natural impondo-as sobre os demais.

A falta de dinheiro se tornou fonte de pessimismo. A renda cai, os preços sobem. Faltou bom senso geral na América Latina. Os governantes não foram capazes de administrar a carteira cambial, pouco fizeram, gastaram tudo, criaram dívidas pesadíssimas e as colocaram nos ombros da população. Se tivessem agido com austeridade, sem gastos supérfluos, aplicado o dinheiro em obras essenciais e no desenvolvimento da população, poderíamos estar passando ilesos diante dos privilégios exorbitantes do dólar e sua escassez.

Como esperar que a turma do dólar não tomasse posição defensiva? Mais de 70 anos no controle, dando as cartas na finança global. Se outra moeda desbancar o dólar, a dívida americana de mais de 30 trilhões se tornaria pesadelo global, trazendo sofrimento e miséria. Dólar próximo a seis reais seria uma represália ou descuido?

Charles de Gaulle, líder francês, se opunha aos privilégios do dólar. Depois veio o iene japonês e mais recentemente o Yuan chinês. O Brasil está entrando nisso de gaiato e poderá vir a ser o bode expiatório na história. A humanidade precisa de uma moeda que não se preste para ficar nas mãos de tiranos que só pensam em si e em seus prazeres, nisso incluído o de ser o mandante global.

A humanidade criou muitos problemas, destruição e miséria. Uns dizem que a culpa é do capitalismo; outros, do comunismo. Mas são apenas ideias dos homens. A Terra foi ofertada para o desenvolvimento espiritual dos seres humanos que deveriam beneficiar e embelezar a vida. Com arrogância, se julgam donos, querem rapinar destruindo, mas não passam de hóspedes mal-agradecidos, agarrados ao dinheiro, que sujam a hospedaria. Mas o retorno de suas ações está se aproximando velozmente.

Existe o Estado-nação em que as empresas produzem e o mercado financeiro que movimenta o dinheiro. Os dirigentes estão sempre olhando para a próxima eleição. Aqueles que produzem querem garantia de retorno; o mercado financeiro visa ganhos e controle do dinheiro. Sempre surgem divergências entre esses grupos e quem paga é a população. Se todos estivessem sintonizados na melhora das condições gerais e no avanço da qualidade de vida, o poeta diria: “que maravilha viver”. Consideração, paz, progresso e felicidade estariam pelo ar. Mas no século 21, tudo ficou bem difícil, sem que haja remédio à vista. Faltam estadistas competentes, idôneos. Falta bom preparo para a vida para as novas gerações.

Otimismo ou pessimismo? A técnica é um processo material contínuo iniciado na idade da pedra. Nisso a Inteligência Artificial, com suas capacitações, poderá alcançar mais sucesso que o homem. Já, as invenções são outra coisa que requerem intuição e conhecimento das leis universais da natureza. Atualmente, o homem está perdendo a capacidade espiritual intuitiva e o raciocínio lúcido; sem isso fica como um robô programável, criando um vazio no qual a IA encontra um campo aberto para criar um modo de vida mecânico, desumano. Como escreveu Kissinger em sua obra póstuma, Genesis, otimismo seria “Criar um mundo em que a IA se torne mais parecida com o ser humano, ou um mundo em que nós nos tornemos mais parecidos com a IA”, um pessimismo que está se tornando realidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O GRANDE PODER DO DINHEIRO

Após a primeira guerra mundial, a classe trabalhadora queria um tratamento melhor. Surgiram planos grandiosos de bem-estar social que superaram as receitas dos estados-nação. Mas a economia é rígida; sem produção e lucros não há o que distribuir. Quando a produção e os ganhos se avolumaram, a riqueza foi se concentrando. Preocupado com o equilíbrio das contas e com os trabalhadores, John Maynard Keynes, economista britânico e membro do Partido Liberal do Reino Unido, cujas ideias mudaram a prática da macroeconomia, foi derrotado. Criou-se o dólar, mas as nações atrasadas se endividavam, e a população assumia o passivo. Uma nova economia terá de surgir, com trabalho e, quem trabalhar, deverá ter condições de se alimentar e viver condignamente.

Com a evolução do dinheiro e as aspirações de acumulação do capital e poder, a riqueza e a produção foram se concentrando, mas poderia ter sido buscado o equilíbrio para evitar a destruição ambiental e o crescimento da miséria. Poderiam ter distribuído ações preferenciais aos trabalhadores que participariam dos dividendos; em vez disso, passaram a imprimir dinheiro para atender às obrigações sociais e acalmar a insatisfação. Mas surgiu a inflação e, no final, o dinheiro seguiu concentrado, gerando dívidas e juros elevados.

Evidentemente, a crença cega jamais poderia ter conduzido a humanidade ao nível de evolução que deve alcançar. Por outro lado, o raciocínio, por mais lógico que seja, sem a reflexão intuitiva, se circunscreve ao ambiente material, espaço e tempo. Com a evolução do dinheiro, a religião não atendia às aspirações da acumulação do capital, e aqui o raciocínio se impôs com toda frieza. Sem equilíbrio, a humanidade poderá seguir na direção do abismo da autodestruição.

O economista Celso Furtado estudou a fundo a história econômica do Brasil, entendendo que é necessário ter dinheiro para investir na produção para tirar a economia do ciclo vicioso de dependência da demanda externa do agro, mas o sonho não se realizou. Grande parte do bolo da produção nacional está sendo repassada ao governo e, com a reforma tributária em andamento, vai aumentar. Quanto mais dinheiro entra, mais dinheiro desaparece sem que atenda ao essencial. Com Pix ou sem ele o cerco vai chegar para a classe média, mas os vultosos volumes de dinheiro acabarão achando os meios de permanecer no anonimato.

Em seu discurso de posse, o presidente norte-americano Donald Trump falou que quer dar um basta nas atividades que estão extraindo as forças da nação americana promovendo o declínio; apesar do poder do dólar, que ele quer manter forte, quer também integridade e união da população para a construção de um futuro melhor. Um plano ousado que visa ampliar a produção e a disposição dos americanos. Trump pretende taxar os importados em vez de taxar o que os trabalhadores produzem.

O erro das nações tem sido buscar riquezas em outras nações através da força e escravidão. Cada nação deve ter líderes sérios e competentes para cuidar de si mesma, de seu povo, de suas riquezas, manter equilíbrio nas relações com outras nações, e acima de tudo não descuidar do bom preparo para a vida das novas gerações. Quando o Estado- nação é açambarcado pela tirania logo chega a miséria.

O dinheiro tem sido usado como meio de dominação. Quem possui muito dinheiro se julga poderoso. Quem cria e controla o dinheiro tem o poder. Quando os seres humanos compreenderem o real significado da vida e viverem respeitando as leis da Criação, teremos a pacífica evolução espiritual, o verdadeiro Amor conduzindo o modo de viver. Uma diretriz acima das ciências criadas pelo homem, deve ser o alvo comum para levar ao aprimoramento. Muitas coisas são feitas para rebaixar o ser humano e mantê-lo sob domínio.

O planeta não pode continuar seguindo a rota das guerras e do caos geral e financeiro. Basta de imediatismo. A educação, a conscientização e o desenvolvimento de uma visão de longo prazo são essenciais para a sobrevivência e prosperidade. A falta desses elementos pode, de fato, colocar em risco nosso futuro. Estamos numa fase na qual pouco respeito é dado à lei do equilíbrio. Mas com o descontentamento gerado pela falta de equilíbrio e bom senso, surge desânimo e desinteresse pela vida. Estar atento ao que se passa é um meio de se sentir vivo, participante, atuando e resolvendo problemas, galgando melhoras gerais.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br