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A QUESTÃO DO DINHEIRO

O dinheiro não é a riqueza propriamente; é poder de compra que geralmente perde valor com a inflação, sendo corroído por ter sido criado sem disciplina de forma constante. Pode ser um papel no bolso ou dígitos na conta bancária. Normalmente o dinheiro grosso tem ficado em poucas mãos que não o deixam parado no bolso, mas o fazem se multiplicar com juros ou negócios. Tomemos a Argentina como exemplo; lá um peso argentino chegou a valer um dólar americano, mas hoje são necessários quase mil pesos para obter um dólar.

O drama se tornou gigantesco e atualmente é preciso buscar soluções plausíveis, pois a estrutura do sistema de produção foi alterada e não se pensou que isso provocaria inimaginável miséria com um terço da população sem condições. Muitas pessoas dispõem de pouco dinheiro e precisam dele para adquirir os bens essenciais, sobrando pouco para poupar e investir em bens duradouros.

Trata-se de um problema antigo que se agrava com a perda da capacidade de alcançar a autossubsistência numa região que no passado adotou trabalho escravo, e na qual a renda permaneceu insuficiente para o mínimo. Nada foi feito para dar à população o preparo adequado para um viver condizente com a espécie humana.

Com a criação do dinheiro e das moedas soberanas, houve um estrago geral; estão todos endividados, só o dólar recebeu um tratamento especial para ser a moeda mundial, mas esse também apresenta fraturas criadas por abusos dos homens que controlam a criação de dinheiro. Agora a Argentina poderá experimentar algo novo, mas qual será o resultado do projeto de dolarização? Quem deve em pesos, como vai pagar seus compromissos? Como as empresas e o Estado pagarão os funcionários? Há muitas dúvidas nessa tentativa de milagre monetário.

A China replicou em larga escala o que era praticado pelos bancos ocidentais. E os governantes de várias nações foram displicentes não levando em consideração a autonomia de seus respectivos países, endividando-os de forma perigosa. Segundo relatos divulgados pela imprensa, mais de US$1,3 trilhão (cerca de R$6,3 trilhões) em empréstimos foram concedidos ao longo da última década para financiar a construção de pontes, portos e rodovias em países de baixa e média renda.

Cobiças por dinheiro e poder geraram muitos conflitos. A humanidade desalmada sempre deu espaço para a guerra, gente matando gente. Hoje isso é mostrado amplamente nas TVs. Os recursos naturais foram distribuídos pelo planeta, mas acabaram se concentrando em poucas mãos que acumularam a riqueza, quando deveriam ter propiciado benfeitorias nas regiões de onde a riqueza procedeu. O resultado é miséria, caos e ignorância espalhados pelo mundo, enquanto milionários procuram refúgios especiais para viverem tranquilamente.

As novas gerações estão sendo lançadas na vida adulta antes de estarem prontas, mas logo sobrevém o descontentamento e o cansaço. Manipuladas desde cedo, não fortalecem o bom senso. Lamentáveis foram os acontecimentos no recente show da cantora Taylor Swift no Rio de Janeiro, assim como a selvageria das torcidas no Maracanã durante o jogo Brasil e Argentina. São vergonhosas as imagens de uma nação governada por interesses econômicos e políticos que permitiram que a massa fosse arrastada para a perda do bom senso. Mas já estão começando os preparativos, induzindo o povo para as farras do carnaval, incentivando os exageros e a perda de uma conduta normal. Sem futuro, as novas gerações poderão se tornar fracas antes mesmo de cumprirem o seu papel na vida.

Os jovens têm de entender que não devem ficar esperando que outras pessoas ou o Estado resolvam os seus problemas. Devem buscar independência com força de vontade para aprender todo o necessário para um viver condigno. O ambiente psicossocial tem de favorecer o bom preparo das novas gerações para a vida e o trabalho. Se a população em geral e seus líderes tivessem o firme propósito de que a nossa vida se destina ao aprimoramento da espécie humana, sem prepotência ou tirania, mas buscando o saber das leis da Criação, por certo teríamos evoluído em paz na Terra sob o império da boa vontade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CAPITALISMO, DINHEIRO, SOCIALISMO

O dinheiro se tornou o capital nas mãos daqueles que tinham a habilidade de fazê-lo engordar, tendo sido impulsionado pelas operações de empréstimos a juros, sendo os reis e príncipes os principais tomadores. Daí foi evoluindo para o comércio e produção de bens, absorvendo a mão de obra dos camponeses disponíveis.

Poder e dinheiro se tornaram o objetivo das pessoas que se aproveitam das possibilidades que o dinheiro oferece. Então os grandes empreendedores passaram a constituir as grandes empresas de comércio internacional cuja motivação e sintonização tinham como base aumentar o dinheiro e ampliar o seu poder. No rastro, surgiu a atividade bancária. O capitalismo, a civilização do dinheiro atua como estimulante para todas as atividades pessoais, empresariais e de governos, mas acabou gerando gargalos financeiros e abismos sociais.

A questão do dinheiro é basicamente simples, mas ficou complicada ao longo do tempo. Diziam que rico não entra no céu, mas esqueceram de dizer que no inferno também há muitos pobres. Necessitamos dos bens e do dinheiro; o problema é quando acumular dinheiro se torna a prioridade da vida, a grande cobiça, e nada mais interessa nem é respeitado.

Passaram-se séculos de continuada acumulação a ferro e fogo. Os empreendedores mais afortunados passaram a ter influência ampliada na condução dos negócios das nações e de sua população constituída de trabalhadores que deram a sua contribuição para a formar a riqueza, e também se tornaram a classe consumidora. Isso tudo ocorreu a despeito de uma frágil visão espiritualista que intuía a reencarnação, mas que almejava o poder na atual existência.

Surgiram conflitos. Surgiu o marxismo-leninismo, que incapaz de fazer frente ao sistema criado pelo capital, isto é, o dinheiro, desenvolveu uma teoria para a transformação social pregando justiça na remuneração do trabalho, moradia decente, saúde, educação. Para que esses objetivos fossem alcançados, imaginaram a supressão da propriedade privada, inclusive dos meios de produção, e para isso queriam remodelar a estrutura social formada pelos capitalistas no topo, próximos ao governo, e a população formada pelos trabalhadores em geral que também compunham a classe consumidora dos produtos essenciais e dos supérfluos. Uma ideia sedutora acolhida pela sofrida classe trabalhadora e pelas novas gerações.

Nesse cenário ocorrem os embates entre os adeptos dessas duas visões da vida. Não é preciso muito para perceber que a população em geral se acha espremida e manipulada por esses grupos que no fundo visam o próprio poder, influência e controle das riquezas. Esses embates provocam guerras, miséria, sofrimento e nada favorecem para a real evolução da espécie humana. Mas a Terra é o campo do desenvolvimento espiritual do ser humano, e isso deve ser a sintonização prioritária da humanidade.

O unilateralismo materialista está tomando conta do planeta. O corpo do homem é constituído de matéria inerte que é aquecida e vivificada pelo espírito permanente, que tem de buscar o saber das leis da Criação para atuar beneficiando, evoluir e se tornar verdadeiro ser humano, ou na indolência, um mero robô como já está acontecendo. No mundo material perecível tudo depende da natureza, a única que concede a verdadeira riqueza.

Há uma percepção geral de que o tempo para evoluir está acabando. Os freios éticos e morais estão deixando de funcionar, aumentando o perigo. Há conflitos, interesses, projetos de poder, mas também há os fios dos destinos que estão mais alvoroçados, fora do controle dos homens; são eles que trarão os desfechos justos para a humanidade. Impulsionados por nova força da Luz, os fios dos destinos dos seres humanos estão empurrando tudo para o limite crítico; surgirá uma época áspera e objetiva, será o ser ou não ser. Cada ser humano é responsável por si mesmo, por suas escolhas e seu futuro. Uma nova era de paz e boa vontade se acha em gestação.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ALENTO GERAL

É estarrecedor o nível a que a humanidade decaiu. Há uma geoeconomia tenebrosa na qual os líderes tiram proveitos sem favorecer o aprimoramento humano. Atualmente as novas gerações perderam a força de vontade. Há um desalento geral, falta de ânimo e de propósitos enobrecedores, mas a cobiça por riqueza e poder tem aumentado, o que pode arrastar o planeta para ruína total, inerente à desumanização progressiva. As pessoas nascem na “Escola da Vida” prioritariamente para evoluir, se humanizar, mas está faltando conscientização e motivação para essa prioridade fundamental.

Ocidente e Oriente miraram no crescimento do capital financeiro deixando de lado o capital humano, isto é, o desenvolvimento integral do ser humano, sua qualidade física, mental, espiritual. Agora, com a permanência da inflação, novamente, mais penalizada será a população em geral. É necessária a atuação de estadistas e empresários sábios que cooperem para que haja equilíbrio na economia interna e externa.

As finanças têm a sua importância, mas o capital humano não pode permanecer na displicência, pois as novas gerações não estão recebendo bom preparo para a vida comprometendo um futuro melhor. É preciso que os jovens estejam atentos e acordem, pois se ficarem acomodados serão dominados pela base que receberam na infância, passando a serem simples produtos de massa, e não verdadeiros seres humanos, com discernimento próprio. Para um bom desenvolvimento, as crianças precisam ser incentivadas para contar e escrever histórias.

Certa criança não compreendia as brigas e conflitos e disse: “Por que as pessoas fazem tantas maldades, será que ninguém explicou que a vida pode ser maravilhosa? Uma pessoa de coração não faz maldades. Elas não aprenderam que o coração deve ser o condutor?”

Muitas atividades estão se ressentindo. Com as grandes transformações na área econômica, os modelos anteriores perdem espaço diante das gigantes da internet. Custos crescem. Salários dos trabalhadores em geral se comprimem. Como superar as crises e manter as condições sociais da população?

Na periferia proliferam as moradias precárias. As cidades estão crescendo para cima, mas no chão o trânsito é caótico. Os da direita defendem o capital e seus detentores; os da esquerda defendem o poder na mão dos homens de Estado, mas a população é manipulada, distraída com muito circo e pouco pão para que não seja um incômodo. Tudo está ficando difícil, os responsáveis percebem isso, mas sem saber o que fazer vão enrolando, e alguns cuidam de encher o próprio bolso.

Com seu livre arbítrio o homem pode escolher a escada que sobe rumo à humanização, ou a que desce aos abismos do embrutecimento. Pode escolher desenvolvimento e elevação do espírito, ou agarrar-se ao mundo material na crença de que com a morte tudo se acaba. Pelo que se observa, a escolha foi para a descida, que também afundou a Terra que se distanciou do Céu. Mas a aspereza é brutal e as engrenagens estão emperrando em todos os setores da vida. As profecias apontavam para a conflagração geral, todos contra todos, mas ainda há uma certa disciplina; o dia da grande colheita está se aproximando.

A atmosfera de esperança no futuro está cedendo lugar para um clima de incertezas e receios gerais que enfraqueceram a demanda. O sistema induzia à ideia de que haveria continuada melhora geral; como isso não ocorreu, o comportamento dos consumidores se tornou contido. As coisas começaram a piorar com o surgimento do polo fabril asiático, com menor custo de mão de obra e que sofre menos impacto das crises financeiras e taxas de juros, que passou a produzir para exportar. As autoridades têm de buscar o equilíbrio na atividade econômica a fim de que haja produção, renda e consumo, e um bom alento sobre o futuro.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS PORTAS DO INFERNO

“A humanidade abriu as portas do inferno. O nosso foco aqui são as soluções climáticas e nossa tarefa é urgente. Um calor terrível está provocando efeitos terríveis”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao abrir a Cúpula de Ação Climática, em Nova York, no dia 20 de setembro.

Os oceanos tendem a ficar mais quentes porque o Pacífico Tropical, sendo a maior bacia oceânica do planeta, libera parte de seu calor excedente para a atmosfera, o que eleva sua temperatura. O El Ninho é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Esse evento acontece em decorrência do enfraquecimento dos ventos alísios e costuma ocorrer em intervalos de dois a sete anos.

A radiação solar, sensivelmente mais quente, distribuída de forma desigual sobre a superfície terrestre, gera uma diferença de pressão atmosférica entre o Equador e os polos. Com altas temperaturas e elevada umidade do ar, o calor aumenta. Os gases de efeito estufa aprisionam o calor. As alterações do clima assustam a humanidade que sempre deixa tudo para a última hora enquanto estiver tirando proveitos.

Estamos na Primavera de 2023 e as previsões meteorológicas apontam para uma elevação da temperatura nos próximos dias em várias regiões do Brasil; inclusive na cidade de São Paulo estão previstas temperaturas acima de 36°C. Em meio a tantas controvérsias surge a novidade: o sol está mais quente e sobre ele não temos controle; só nos resta buscar a sombra de árvores frondosas.

Muitos acontecimentos denunciam a decadência da humanidade, mas tudo fica para depois. A visão dos homens está se estreitando, reduzindo sua condição humana. Um comportamento ético e respeitoso com a vida e a natureza teria evitado tantas desgraças que se aproximam.

As pessoas estavam acostumadas com o arquivo físico e achavam o que procuravam. Veio a Internet e de repente houve um salto, e agora tudo está pressionando, não vamos mais ao banco, não há com quem se possa conversar, tudo frio e chato: “escolha a opção desejada para que a máquina possa lhe ajudar”. Mas esta nem sempre ajuda e fica num interminável blablabá. É preciso raciocinar como a máquina para ser atendido, mas ela fica impassível e se você errou, azar seu. O mal-estar vai se expandindo, afastando as pessoas da vida e seu significado.

A atividade econômica estável esbarra no sistema produtivo que se estruturou com base em dispendioso custo fixo e financeiro, que na recessão superam as receitas. Então surgiram grandes conglomerados que ficaram dominadores, mas a força de trabalho também, e daí surgiram embates. A novidade veio do capitalismo de Estado que impõe a regulamentação. Para onde tenderá a economia mundial? Há os adeptos de concentração do poder nos homens de Estado, e os que querem o poder na iniciativa privada. No entanto, ambos dependem do dólar, a moeda mundial corrente. Quem vai comandar?

Esquecendo o espírito e sua voz interior a fim de atender desembaraçadamente as exigências materialistas, o ser humano dificilmente encontrará alguma felicidade, pois estará sempre procurando algo para suprir o vazio de sua vida sem finalidade mais elevada do que o atendimento das necessidades físicas. Atualmente ficou mais difícil, pois as pessoas criaram uma frieza no seu viver sem empatia, o que exige comportamento mecânico, rígido, sem a mobilidade intuitiva que vai além da percepção materialista.

É calculado o PIB, Produto Interno Bruto, e não se examina a questão do bem-estar geral, a Felicidade Interna Bruta (FIB), em que a prioridade de uma sociedade não deveria ser somente o crescimento econômico, mas a integração do desenvolvimento material com o psicológico, o cultural e o espiritual, sempre em harmonia com a natureza e suas leis da qual a Terra faz parte.

O viver nas grandes cidades está no limite assustador no trânsito, na segurança, na qualidade de vida, na luta pela sobrevivência, mas só quando se aproximam do insustentável, das portas do inferno, é que os homens começam a pensar em soluções. Depois de milênios de mentiras tomadas como verdades, a humanidade se encontra como um Titanic sem rumo, mas ao longe, como um farol de esperança, se encontra a Luz da Verdade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

MESSIAH

Na série primorosa de ficção da Netflix, um homem carismático se envolve com religião e geopolítica, tornando-se um mensageiro, como ele próprio se autodenomina, e arrasta multidões de seres humanos que esperam o Guia Espiritual de acordo com suas crenças. Jesus Cristo disse que não voltaria, e em seu lugar viria o Filho do Homem, mas se retornasse à Terra, como seria recebido pelos poderosos?

A presença de um estranho no ninho não é bem-vinda, pois os homens poderosos, do ocidente e do oriente, são movidos pelas cobiças por riqueza, poder e influência, ficando preocupados e temerosos de que aquele homem carismático possa influenciar a massa contra o sistema. Estamos na fase dos falsos profetas. O seriado pode ser encarado como uma simulação dos acontecimentos perturbadores da ordem pública e suas consequências. É uma trama bem-feita com a amenização da tragédia provocada para restabelecer a rotina da vida.

Jesus, o Messias, encarnação de essência divina, há dois mil anos recebeu um corpo terreno da forma como todos o recebem, de acordo com as leis naturais. Ele trouxe a Luz da Verdade das leis naturais da Criação para a humanidade que havia perdido o rumo, por ter enclausurado o espírito, impedindo-o de atuar, o que a afastou do Criador e suas leis. Ao recompor a verdade perdida, e diante da conspiração trevosa dos sacerdotes, Jesus retornou à sua origem, pedindo ao Pai o envio do Filho do Homem para concluir os esclarecimentos sobre a Vontade de Deus, e aplicar o Juízo Final.

Com os erros de memória e inserções, pouco restou das palavras originais de Jesus, abrindo espaço para a crença cega, amparada em frágeis alicerces. Depois de milênios de conceitos errados tomados como verdades, a humanidade se encontra como um Titanic sem rumo em meio à grande colheita em andamento. A missão do Filho do Homem aqui na Terra é a continuação e a conclusão da missão do Filho de Deus, ambos genuínos emissários de Deus, trazendo a Força da Luz para purificação, elevação e renascimento. Agora é a hora em que a crença tem de se tornar convicção através de análises irrestritas em concordância com as leis naturais da Criação em sua lógica perfeita.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

INTUIÇÃO

“Etimologicamente, Hipotálamo, diretamente do grego, significa o mais profundo, o quarto, o tálamo nupcial. Talvez por isso Descartes chamou o hipotálamo de “casa da alma“, a sede onde repousa a alma, há muito tempo, Aristóteles dizia que no hipotálamo a personalidade do homem se concretizava porque nele os sentimentos se encontravam.

O hipotálamo e a amígdala cerebral são duas estruturas fantásticas que proporcionam uma visão equilibrada dos riscos, medos, paixões e deficiências. Eles constituem o nosso capital emocional. As emoções nascem da atividade do nosso sistema nervoso. Eles fornecem o mais intrínseco dos comportamentos e, claro, são essenciais para a vida.” Texto de Fernando Bayon – https://www.eoi.es/blogs/fernandobayon/2014/12/23/el-cerebro-emocional-i/

Abdruschin, em sua obra Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, fala da oficina do cérebro, onde entra a intuição e é desenvolvido o raciocínio. A intuição procede da alma, do espírito, e o raciocínio trabalha na adequação ao espaço tempo. A intuição é captada pelo cerebelo que a envia para a oficina onde os órgãos do cérebro a tornam compreensível, mas hoje grande parte dos seres humanos tem o cerebelo enfraquecido, prevalecendo o sentimento produzido pelo cérebro e instintos. O ser humano é o espírito ignorado e enclausurado. Dê espaço a ele e verás o mundo e a vida em sua forma natural.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

Intelecto, Entendimento, Raciocínio, Intuição

Intelecto significa a capacidade de compreender o que se passa a nossa volta. A palavra vem do latim e significa ler por dentro, entendimento, raciocínio, reflexão. É uma capacitação exercitada através da inteligência. A ciência tem seu ponto de partida na atividade intelectiva cujo campo é a realidade material, das coisas objetivas situadas no tempo e espaço, ou seja, coisas finitas, separadas da realidade espiritual.

Entendimento significa a capacidade de avaliar os seres e as coisas; julgamento, opinião. É a capacidade intelectiva de perceber e compreender as coisas. Também originada do latim “intendere”, pode significar ainda “estender”, estando relacionado com o que seria a ideia metafórica do entendimento: o ato de estender ou esticar os conhecimentos, com a finalidade de chegar ao objetivo pretendido.

A ação metafórica de “esticar”, ou seja, o “estender” os conhecimentos, faz com que o indivíduo consiga chegar a um entendimento consigo mesmo ou com outra pessoa, pois consegue sair de sua “zona de conforto” e perceber outros pontos de vista. Também significa o entendimento entre pessoas que chegam a um acordo sobre alguma questão.

Raciocínio é o exercício da razão pelo qual se procura alcançar o entendimento de atos e fatos, que permite formular ideias, elaborar juízos, e deduzir algo a partir de uma ou mais premissas. É o ato ou maneira de pensar ou raciocinar. É uma sequência de juízos ou argumentos usados para chegar a uma determinada conclusão. O raciocínio é um fenômeno mental produzido por um cérebro em funcionamento saudável. Existem diferentes tipos de raciocínio, como o dedutivo e o indutivo. Enfim, são palavras de significado próximo, o essencial é que tudo isso tem origem no cérebro frontal.

A intuição é definida como a capacidade de perceber, discernir ou pressentir uma explicação independentemente de qualquer raciocínio ou análise. Mas o raciocínio pouco pôde compreender sobre a origem e significado da intuição. Diz Abdruschin em sua obra Na Luz da Verdade Mensagem do Graal que a intuição é a voz interior, da alma que todo ser humano tem, e é captada pelo cerebelo. A intuição provém de outras esferas; é a percepção de que além do mundo material há outras áreas fora do alcance do cérebro; é simples e clara, enquanto o raciocínio se restringe ao mundo material, e deveria ser empregado no exame e utilização da intuição.

Com o predomínio do intelecto e sua capacidade de raciocinar, o cerebelo acabou meio desativado e esquecido, e a intuição confundida com o falho sentimento que se origina da junção do raciocínio com os instintos do corpo. O sentimento não é bom conselheiro, porém a voz interior geralmente traz imagem alertadora e não deve ser posta de lado.

“A intuição é espiritual, está acima dos conceitos terrenos de espaço e tempo. O sentimento é constituído de fina matéria grosseira, dependente dos instintos e do raciocínio, portanto de nível interior” (Mensagem do Graal). Os seres humanos deveriam dedicar mais atenção à sua percepção intuitiva, e não cair nos engodos do sentimento.

A TRANSFORMAÇÃO UNIVERSAL

Há muitas questões que preocupam a humanidade: mudanças climáticas, água potável, alimentos, empregos. Agora também o dólar, as notas verdes que azularam. São problemas criados ao longo do tempo que foram sendo remendados e que agora repercutem gerando inquietação e instabilidade, evidenciando que não é fácil encontrar soluções duradouras, o que preocupa as novas gerações sobre como será o seu futuro, já que as condições gerais são bem mais complicadas que no tempo de seus pais.

No século passado, duas grandes guerras consolidaram o poder dos EUA e do dólar.  Consolidado o Estado-nação os governantes deveriam ter promovido o aprimoramento da espécie humana e das condições gerais de vida de forma continuada. A esperada paz não foi alcançada. Passados 78 anos o mundo se defronta com graves desequilíbrios econômicos. O que acontecerá desta vez? Como ficará o atual embate entre Estados Unidos e China?

Os abusos criaram a insatisfação. O povo cansou das promessas dos políticos. O fato é que o problema maior está nos próprios indivíduos e no seu viver displicente, sem respeito às leis naturais da Criação, e que sempre trazem de volta as consequências das ações dos homens. A educação deve formar seres humanos verdadeiros, bem-preparados para a vida, aptos a contribuir para o aprimoramento da espécie. Fora disso, será a coisificação do indivíduo.

O futuro da humanidade está ameaçado. Não se deve usar de rigidez, mas as crianças têm de aprender que retribuir pelo que recebem é lei da vida. Os pais não são escravos dos filhos. Nascer é uma graça inimaginável que tem de ser aproveitada para o bem e o autoaprimoramento.

A Terra, com seus 5 bilhões de anos, foi organizada com perfeição pelo funcionamento automático das leis da natureza. Cabia ao homem reconhecer e respeitar os mecanismos naturais. No século 21, a Terra está em desequilíbrio, na natureza, na economia, no relacionamento entre os povos. As epidemias e outras doenças resultam do desequilíbrio. As causas têm de ser examinadas e adotadas as soluções corretas. A humanidade tem de reconhecer que ela é a causadora desses desequilíbrios.

A cegueira é geral e está aumentando. Como ampliar a visão? A nossa origem é a importante questão que deve ser estudada desde a juventude em todo o planeta, pois a humanidade ainda não se aplicou o suficiente para conhecer as leis da Criação e o significado da vida, que deveria se desenvolver em paz, progresso e felicidade.

As dificuldades pelas quais passam as pequenas empresas geradoras de empregos revela que a economia requer mudanças, seja no capitalismo de mercado, ou no de Estado. A transformação do trabalho em mercadoria gerou miséria. Algo não funciona a contento num planeta com 8 bilhões de almas encarnadas e recursos limitados. Qual seria a fórmula apropriada?

O Fórum Econômico Mundial fala no Grande Reset. Será que uma nova regulamentação sobre atividades e lucros e a centralização das decisões trarão a solução? O fato é que os sistemas em geral podem conter vícios e serem astutamente burlados, pois o problema está no ser humano e suas cobiças que adulteram os fins de qualquer sistema.

Na Terra tumultuada por variados acontecimentos, frequentemente se fala numa iminente transformação universal. Mas no que consiste essa transformação? O fundamental fica omitido na suposição de que os homens introduzirão grandes transformações, pois as condições de sobrevivência se revelam insuportáveis diante de tantas coisas erradas que dificultam o viver. A grande transformação tem de se processar na espécie humana que não age da forma como era esperado dela que deveria construir, beneficiar e embelezar tudo onde põe as mãos. Como bem enfatizou Abdruschin, no livro Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, “A sabedoria de Deus governa o universo! Lutai, criaturas humanas, para pressentir no reconhecimento a sua grandeza!”.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

A GRANDE VIRADA DA HUMANIDADE

No início dos anos 1990, o mundo olhava para a economia mundial e via Japão e Europa se posicionando frente aos Estados Unidos. Especialistas temiam que os EUA pudessem perder a posição de comando geral. O Japão avançava na tecnologia produzindo para o mercado mundial o que a Europa chamava de seu. Em todo esse alvoroço, não vislumbravam que a China poderia, em poucas décadas, se tornar a grande fábrica mundial, produzindo de tudo, avançando na tecnologia, como a nação apta a fazer frente aos EUA, país que havia tomado a dianteira após a Segunda Guerra Mundial construindo a economia mais próspera da Terra.

A marcha para colocar as finanças em destaque acabou reduzindo a produção industrial que foi para a Ásia, livre do sindicalismo, mas subordinada ao partido único. A renda declinou, mas avançaram as hipotecas para manter o padrão de vida. Após décadas de displicência, o inchaço dos ativos revelou a fragilidade do sistema. A humanidade se encontra diante do impasse criado pela rivalidade entre os EUA e a China. As empresas se esforçam para utilizar a mão de obra de menor custo enquanto a China vai reduzindo a fabricação para terceiros.

O filme A Grande Virada (2010) mostra as consequências do que situações como essa podem causar. Fábricas fecharam e os industriais foram produzir na Ásia, eliminando empregos em seus locais de origem. Na ficção, os atores Ben Affleck, Tommy Lee Jones e Chris Cooper figuram entre os desempregados, e Kevin Costner como construtor autônomo. Na trama, com muitas contas a pagar, dificuldade em conseguir novo emprego, os demitidos perderam o rumo. Um deles teve de se ajustar ao salário de ajudante de construção. Outro, decepcionado com o chefe e com a frieza no lar, resolve montar um novo estaleiro. Destaque para família de um dos demitidos, cuja esposa lutadora e seu menino revelam maturidade. Assim como na ficção, na realidade a produção fabril dos EUA não se recompôs, passando a enfrentar a crise com a China.

Qual será o futuro? A economia que está aí já causou muitos danos e está longe de ter criado melhores condições de vida. Muitas nações exportam as matérias-primas, mas não melhoram as condições de vida da população; aumentam o PIB, mas reduzem a participação das pessoas que trabalham nos resultados. Não há respeito à natureza. Há um nítido contraste entre o tamanho das dívidas soberanas e o crítico estágio da humanidade. As condições gerais estão apertando, aumentam as doenças da alma e do corpo.

O relacionamento entre os povos chegou a limites extremos, com armadilhas difíceis de serem superadas: dinheiro, poder econômico, poder militar. Podem estar gerando um inferno insuportável. O medo está no ar. Os seres humanos, espiritualmente indolentes, abdicam do querer próprio para aderir às crenças de grupos com os quais se afinam. A pressão aumentada da força natural está acelerando as consequências das decisões com desencadeamento rápido, o que atua como higienização e advertência para eliminar o superficialismo e imediatismo, mas cria instabilidade.

Os homens tomam decisões atendendo aos seus interesses, mas tudo tem consequências segundo as leis universais. Palavras bonitas nada significam, pois os efeitos mostram as reais intenções dos tomadores de decisões. A situação do mundo é resultado das decisões, dos governos e da população em geral. Mas agora os efeitos aparecem imediatamente, não ficam mais para o futuro distante.

Falta intuição. A pressão para seguir a maioria é forte, e isso significa que esse sentimento domina o homem da massa, ou seja, aquele que abandona o que a sua intuição diz para seguir a manada. Isso constringe a individualidade, vai moldando o comportamento mesmo contrariando o querer próprio, a personalidade. A uniformização elimina a diversidade; a sociedade perde, deixando de se beneficiar com o desaparecimento da criatividade individual. Vencem os interesses particulares.

Os seres humanos deveriam estar trabalhando para o bem geral, mas cobiças ocultas interferem e impedem o surgimento da paz e progresso amplo para todos os povos que se esforçam de forma abençoada. Algo novo deve surgir. A grande virada. Um novo mundo terá de respeitar as leis da Criação, colocando de lado as leis criadas pelos homens para atender a seus propósitos egoísticos.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A JORNADA DA HUMANIDADE

As sementinhas – os germes espirituais – haviam se formado no limite da Irradiação da Luz. Não dispunham de forças para ir em frente, mas tomava corpo o impulso inconsciente para o despertar. Naquele local em que se encontravam eram frágeis, não tinham força, teriam de ser afastados para longe para o fortalecimento, pois só assim poderiam retornar para casa fortes e autoconscientes.

A irradiação da Luz ia até ao extremo da região espírito-enteal e retornava. Teve início o grande processo do Faça-se a Luz, a Criação Posterior, o Amor de Deus possibilitando a grande jornada das sementes espirituais. Para isso a força da Luz teria que avançar além dos limites, dando origem à Criação. Assim surgiram os sóis e os planetas tendo como patrono o Filho do Homem.

As sementes com forte impulso próprio eram expelidas para além, para outros ambientes onde iam recebendo os presentes das fadas que ofertavam as vestimentas adequadas. No trajeto, seguiam o impulso, definindo sua forma de atividade, positiva masculina, ou passiva feminina. Ambas fortes, porém, diferentes na forma de atuação.

Enquanto isso formava-se a estrela Terra, onde pela força da irradiação toda matéria evoluía preparando a vestimenta, a alma e o corpo terreno. Surgiram os primeiros seres humanos encarnados para evoluírem, dotados de livre resolução, intuição, intelecto e cérebro para raciocinar, dando início à grande jornada. Tinham a tarefa de captar energia espiritual e aplicá-la em suas realizações.

Milênios se passaram, o espírito foi moldando o corpo humano belo e sadio, até chegar o momento em que o raciocínio alcançaria o estágio de amplo funcionamento para auxiliar a realização de seu puro querer no mundo material. O intelecto é algo espantoso que concede o poder de raciocinar, planejar, reunir os recursos, construir, embelezar e beneficiar a Terra, o lar no mundo material.

Afastados do saber das leis da Criação formadas pela Vontade de Deus, os seres humanos transformaram o maravilhoso planeta numa panela de pressão que vai aumentando, tendendo para o limite. Medo, ódio e revolta são sentimentos que vão ganhando corpo. Os servidores das trevas se aproveitam, semeando caos, o dia explosivo da desforra.

A Jornada da humanidade se iniciou com a descida dos germes espirituais para a matéria. Milhões de anos se passaram. A jornada saiu da rota, mas está se aproximando do ponto de ruptura. Os germes espirituais deveriam estar desenvolvidos, fortes e luminosos. Muitos se perderam no mundo material, não dando chance para que o espírito pudesse se fortalecer, acorrentando-se ao perecível mundo material.

Quando chegar ao ponto de ruptura, aqueles que saíram da rota por vontade própria e sem terem aproveitado o tempo concedido, serão separados. Não poderão passar para a fase seguinte, mas a matéria na qual estão aderidos será triturada, retirando a individualidade e autoconsciência alcançadas pelo germe espiritual, que será recolhido à sua origem e desprovido da forma humana. A ruptura está no ar, mas poucos querem saber qual é o seu gravíssimo significado. Havia muitas esperanças. Muitos seres humanos buscavam algo mais do que prazeres e o atendimento das necessidades básicas. Mas, ao mesmo tempo, crescia a mania de grandeza e a cobiça por poder.

“Vigiai e orai”. Cada novo dia traz a oportunidade para um novo movimento espiritual na direção do progresso. Com Amor e Justiça a Luz cumpriu! No entanto os seres humanos se mantêm na dormência. Nem duas guerras mundiais conseguiram o despertar da indolência espiritual. Estamos vivendo num ambiente saturado de coisas ruins. Sem gratidão pelo pão, não pode haver felicidade. Nos anos 1930, Abdruschin apresentou a Palavra de Deus, trazida anteriormente por Jesus, sob nova forma, na obra “Mensagem do Graal”, ofertando para a humanidade a explicação sobre a Criação e suas leis, e o significado da vida, com novas revelações. “Procurai, e encontrareis! Pedi, e vos será dado! Batei, e vos será aberto!” (Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, Abdruschin -Não se trata de nova religião).