A COSTUREIRA DOS SONHOS (SIR)
De forma diferente do estilo Hollywood, os filmes produzidos na Índia tendem a transcorrer suavemente com menos cenas de impacto. A protagonista Ratna (Tillotama Shome), do filme A costureira dos sonhos (Sir), representa uma mulher de coragem que teve a ousadia de sonhar com uma vida melhor. Nascida na vila, orientada desde cedo que nasceu para trabalhar para os outros para ter o que comer, sem direito a uma vida própria, a não ser obedecer às rígidas tradições do sistema de castas, umas sobre as outras. Ratna trabalhava em Mumbai como doméstica no apartamento de um engenheiro rico chamado Ashwin (Vivek Gomber). Ali, no apartamento, se passa a maior parte das cenas, o contraste entre uma pessoa instruída e de posses e outra dependente de seu trabalho para um viver no aperto, mas dotada do bem senso que a vida lhe ensinou.
Ashwin estranha que ela acredite em Deus e pergunta se ela não fica aborrecida e revoltada com as condições antinaturais em que vive, mas ela responde que nada pode fazer para mudar isso, pois desde criança tinha sido habituada a encarar essa situação naturalmente. Mas queria ser costureira estilista para ter uma condição melhor de vida do que as viúvas em geral que ficam presas à casa dos sogros.
Ratna percebe claramente como é difícil a união entre um homem e uma mulher quando são flagrantes as diferenças culturais e econômicas, como se vivessem em mundos diferentes, mas não se pode negar o encanto do relacionamento entre os jovens. Com força de vontade, Ratna vai ao encontro de um caminho de esperança para sua vida sofrida. Ashwin também conseguirá se desligar da decepção causada por sua noiva. O filme dirigido por Rohena Gera apresenta uma conscientização da questão da sociedade dividida por castas vista pelas novas gerações e, ao mesmo tempo, uma possível acomodação.
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