PARASITA

O filme Parasita, de origem sul-coreana, apresenta uma temática meio realista, meio fantasiosa. A família desempregada vivia num porão precário, fazendo bicos para obter algum dinheiro. Eles têm a malandragem da sobrevivência, mas possuem melhor preparo do que a classe menos favorecida que vive nas grandes cidades do Brasil.

Com tantos recursos ofertados pela natureza, a vida no planeta não deveria apresentar tanta miséria, desde que os seres humanos seguissem as LEIS DA CRIAÇÃO. O viver foi se tornando cada vez mais áspero, surgindo a luta e a astúcia para a sobrevivência; é o que vemos em Parasita. Pessoas que desceram muito na estrada da vida têm dificuldades para saírem do nível em que se encontram por não quererem reconhecer que a causa do declínio está nelas mesmas.

Os que ascenderam na escala social mais abastada se julgam superiores; assim, as classes, umas sobre as outras, não conseguem se entender, nem seguir a regra fundamental de não fazer aos outros o que não quer que façam a si próprias. Numa sucessão de mentiras e golpes, a vida parasitária acaba arrastando tudo para uma situação caótica e insustentável, assim como a humanidade arrastou o planeta a um amplo desequilíbrio que a cada dia fica mais difícil solucionar.

Um filme forte que não deixa margem para solução dos problemas existentes, tanto que na falta de uma conclusão viável, o final vai para os extremos mostrando que se reduz pelo mundo a esperança de dias melhores e as pessoas têm de aceitar a situação de declínio da qualidade de vida. No Brasil, poderíamos dizer que o poder é a grande mansão que abriga a classe política entreguista e corrupta, que defende os interesses dos parasitas que sugam as potencialidades do país, que há décadas vem decaindo na precarização.

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