RACIOCÍNIO E INTUIÇÃO

…Os seres humanos lenta, porém seguramente, estavam se transformando em seres do cérebro. Em seres do cérebro que julgavam poder dominar sua vida unicamente com o raciocínio preso à Terra…” (Os Primeiros Seres Humanos – Roselis von Sass)

“O espírito é pronto, mas a carne é fraca” – uma frase com dois mil anos. Naquele tempo sabia-se que carne representa o corpo, o espírito encarnado que tem de dominar o corpo e não ser dominado por ele. Atualmente, a palavra carne assumiu conotação mais ligada ao instinto sexual, o que dificulta a compreensão clara do significado da frase, uma advertência para que a vontade espiritual intuitiva, preponderasse sobre a vontade mental do corpo.

Como exemplo, o computador não tem vontade própria, age conforme o programa instalado. Os seres humanos, com predominância do raciocínio, sem a participação da intuição e da voz interior, ficam influenciados pelos “programas” instalados no cérebro pelas novas estratégias tecnológicas de motivação e persuasão que manipulam o querer. Sem perceber, acabam agindo da mesma forma que os computadores.

Sem reflexões e vigilância, o eu interior, a vontade intuitiva, vai se enfraquecendo, permitindo que o cérebro vá sendo invadido pelas imagens e sons externos de forma dominadora, produzindo uma espécie confusa de querer e de formas de pensamentos que atraem a igual espécie e as interferências procedentes do invisível mundo dos pensamentos.

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