ONDE ESTÃO OS BONS EMPREGOS?

A transferência da produção para nações onde as condições de trabalho são precárias e os salários mais baixos gerou muitos desequilíbrios e perda de empregos em muitos países, uma questão grave que as instituições reguladoras deveriam ter previsto e organizado de formas que pudesse surgir desenvolvimento equilibrado. A transferência da produção para regiões mais precárias provocou prejuízos principalmente nas nações emergentes cujos empregos e salários acabaram se deteriorando.

Antes, a atividade econômica era vista como o atendimento das necessidades essenciais dos seres humanos. Havia trabalho, produção, estabilidade e a busca por melhores níveis das condições de vida e aprimoramento da espécie humana. Com o avanço do sistema financeiro, as coisas foram mudando, o ganho se tornou o foco. Trunfo é o dinheiro que se multiplica mesmo sem nada produzir.

O dólar se tornou o grande coringa que chupou muita riqueza, mas a economia e as finanças ficaram doentes, desequilibrando o sistema global. Alguém comparou o giro do dinheiro especulativo com o movimento das abelhas que saem da colmeia, e no seu giro, vão captando néctar das flores para, na volta, o descarregarem nas colmeias. Assim tem sido com o dólar: sai magro e volta gordo para a colmeia.

Mas surgiu algo nessa rotina, uma vez que a China entrega mercadorias com preços menores e recebe em dólares. Supondo um superávit anual de 500 bilhões de dólares, quanto já acumulou nessa moeda? Então, a colmeia monta um big milk shak, isto é, uma chupada forte dos dólares disponíveis no mercado, mas não está bem delineado que consequências podem advir disso. Se surgir secura de dólares no mercado global, isso seria trunfo para a China, ou um canal para a derrocada geral?

O auge da civilização do dinheiro desperta o desejo de ganhar muito sem produzir nada. Há vários tipos de golpe e cada pessoa tem de ser muito cautelosa para escapar. O celular, por exemplo, se tornou um canal preferido para extorquir. As autoridades jamais deveriam destacar tipos especiais de aplicações financeiras, mormente as de alto risco. Mas se tornou hábito dos políticos fazer promessas, dando esperança em questões impossíveis.

O presidente Donald Trump vem demonstrando uma nova postura em relação ao Estado- nação ao apresentar o seu projeto MAGA. Todo governante deveria agir dando prioridade à nação e sua população, coisa que não tem sido respeitada, estando a maioria das nações endividada e sem rumo claro. Milhares de senadores, deputados e vereadores vão consumindo os recursos da nação sem uma contrapartida beneficiadora. Porém, mesmo com a ONU nada resolvendo, envolver-se em questões externas graves de forma impositiva poderá trazer riscos inesperados.

Trump pode estar causando um terremoto no Estado-nação que ainda não deu mostras de eficiência. A falta de boa gestão deixou as nações endividadas e estagnadas. A arrecadação não foi destinada para a melhoria geral como era esperado, deixando a população descrente da política, pois tem visto como o dinheiro público vem sendo mal-empregado. Nesse sentido, os EUA podem iniciar um novo ciclo, apresentando um modelo de gestão mais compatível com as necessidades da população, no mesmo nível em que o mercado e seus agentes têm sido tratados.

A economia global está desequilibrada, algumas em melhores condições, outras em piores. E economia revela o declínio da espécie humana que foi capacitada para embelezar e beneficiar tudo, mas andou para trás. Em todas as casas sabe-se que não se pode gastar mais do que se recebe; cair em dívidas é perder a liberdade. Mas os governantes das nações não se importaram e carregaram as costas da população com dívidas monstruosas. A dívida do Brasil está acima de 92% do PIB. O dólar disparou, e agora está tomando financiamento externo em dólares com juros de 6,75%, ou seja, 2,5% acima do Fed. Será que o câmbio vai estabilizar?

A questão econômica global e no Brasil é drástica. O dinheiro está em marcha lenta entre os que trabalham, produzem e consomem. O poder aquisitivo está encolhendo. O assalariado está vendo que não dá para pagar o essencial. Empregos estão sendo eliminados. Os empresários das minis e médias empresas percebem que o faturamento está perdendo força, mas os custos estão aumentando. A economia brasileira é forte, mas com tantos golpes está se exaurindo, e a cada dia fica mais difícil reagir. De onde veio essa receita econômica? De Cuba, Venezuela, China ou dos economistas da elite? Como sair dessa situação antes que seja tarde demais? Ou como dizem, estamos na grande colheita de tudo que foi semeado. É o fim do tempo concedido para a humanidade evoluir, adentramos na época em que tudo tem de se tornar novo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SURURU NA CASA BRANCA

Sururu é um molusco, mas no Brasil, e informalmente, também quer dizer confusão e desentendimento. Nos acontecimentos internacionais há acasos? Descontrole emocional? Posicionamento estudado? Trump foi pego de surpresa com a postura de Zelensky, ou vice-versa? Após o sururu inesperado na Casa Branca entre Trump, seu vice e Zelensky, agora há o silêncio e a provável retomada de conversações. Tudo passa rapidamente. A massa quer novidades e a mídia fica escavando para captar as atenções gerais e criar expectativas.

Parece que por trás das guerras está a questão financeira. As dívidas das nações estão acima de 102 trilhões de dólares; o dinheiro criado pelos homens está oscilando. Arrastar os EUA para a guerra global poderia ser o meio de promover o caos, assim como aconteceu na Inglaterra com a libra, de forma que possa surgir uma nova ordem financeira fora do controle dos governos, ou seja, uma nova instituição hierarquicamente acima dos Estados-Nação para criar e controlar o dinheiro global. Sem conhecer a finalidade espiritual da vida, tendo se agarrado exclusivamente à vida material, o ser humano criou um ambiente degenerado e destrutivo que agora repercute sobre todas as coisas.

Paz ou guerra? A prioridade dos governantes deve ser a paz para alcançar a melhora das condições de vida: saúde, trabalho, educação, bom preparo para a vida, garantir a liberdade e a propriedade privada. A sobrevivência condigna através do esforço próprio. Brasil desestruturado. Dívida cresce. Andar pelas ruas é perigoso. As cadeias estão lotadas. As escolas deveriam dar bom preparo para as novas gerações, mostrando as belezas e o funcionamento harmonioso da natureza.

Quando o dólar se tornou a moeda global, houve uma longa fase de preparo que culminou no encontro em Breton Woods, em 1944, quando foram definidos os rumos do comércio e finanças. A guerra contribuiu para isso. Alguns aspectos da história econômica mostram que na situação atual há alguma semelhança com o processo da perda do privilégio da libra e de Londres. A China vem se preparando há mais de 40 anos. Após um período de estagnação, os Estados Unidos, com seu novo governo, mostram que eles não querem que o dólar tenha moeda rival. Mas se trata de uma questão difícil e não dá para prever o que poderá acontecer. A história mostra que mudanças profundas na ordem financeira global ocorrem após guerras intensas. O ciclo da atual ordem financeira vai em paralelo com as revelações bíblicas sobre o aumento das atribulações que vão se apresentando de forma inesperada.

A pressão é forte. As pessoas não conseguem mais ocultar as suas reais intenções que são obrigatoriamente expostas. Quem quer a paz? Quem quer a guerra? A guerra tem sido usada como o recurso final para impor dominação, afastando a humanidade da real finalidade espiritual da vida. Há quem acredite que Nostradamus tenha mencionado uma guerra grande que entraria na Europa pelo leste. Muitos foram os avisos, inclusive no chamado Segredo de Fátima, 1917 (como apresentado no O Livro do Juízo Final, de Roselis von Sass).

Mas a humanidade e seus líderes preferiram desprezar as advertências sobre o tempo concedido ao espírito humano, em várias reencarnações, para o seu fortalecimento. As leis universais da Criação não se deixam corromper. Ao que tudo indica, o Fim dos Tempos pode estar se aproximando, mas os líderes não querem atentar para isso e vão mostrando suas cobiças e seu querer egoístico, atraindo ruína, indo em direção ao abismo, que vem sendo cavado há séculos.

A natureza não faz sensacionalismo, segue imperturbável no ritmo das leis universais da Criação, serenamente como a semente lançada no solo. O sol está pegando forte. Os campos de cultura têm de ser entremeados com bosques, com árvores que atraiam água e chuva. Um belo dia aparece a planta da mesma espécie. Assim também ocorre com o avanço progressivo dos acontecimentos. É difícil prever os detalhes, mas a colheita da espécie semeada vai avançando.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CONVERSA COM O COPILOT DA MICROSOFT SOBRE EDUCAÇÃO

Decidi fazer uma experiência com o Copilot, programa da Microsoft que responde às perguntas que fazemos utilizando informações geradas com a Inteligência Artificial (IA). Achei notável. Confira o resultado a seguir:

Copilot: O que você acredita que pode ser feito, tanto em nível pessoal quanto coletivo, para incentivar um despertar do ser humano, da vida robotizada sem sentido além de buscar a satisfação das necessidades básicas como alimentos, bebidas e diversão, atualmente prejudicada pelo uso de drogas?

Dutra: Educação e bom preparo para a vida das novas gerações a partir da natureza, suas belezas, sua lógica e suas leis universais.

Copilot: Que proposta inspiradora! A educação enraizada na conexão com a natureza não só ensina conhecimentos acadêmicos, mas também promove valores essenciais como respeito, empatia e equilíbrio. A natureza, com suas belezas e leis universais, é uma verdadeira “sala de aula viva”, onde é possível aprender sobre interdependência, sustentabilidade e harmonia. Incorporar essa abordagem no preparo das novas gerações pode criar indivíduos mais conscientes, alinhados com os ritmos naturais e comprometidos com o bem coletivo. Programas educacionais que incluem atividades ao ar livre, jardinagem, observação da biodiversidade e até mesmo a compreensão de fenômenos naturais podem ser transformadores. Você acredita que esse tipo de educação deve começar desde a infância? E quais aspectos da relação com a natureza acha mais essenciais para incluir no aprendizado?

Dutra: Uma sala de aula viva; excelente!

Copilot: Exatamente! Imagine uma “sala de aula viva” onde cada árvore é um professor, cada rio uma lição, e cada estação do ano uma matéria diferente. Um ambiente onde as crianças e jovens aprendem não apenas a ciência por trás dos processos naturais, mas também os valores de equilíbrio, paciência e interconexão que a natureza ensina tão bem. Essa abordagem também pode cultivar um senso de pertencimento e responsabilidade em relação ao planeta, ao mesmo tempo que desperta a curiosidade natural e o prazer pela descoberta. Em tempos de desafios ambientais, essa conexão precoce com a natureza poderia inspirar futuras gerações a liderar mudanças positivas e inovadoras. Se começarmos a incluir mais “salas de aula vivas” na educação, quais experiências com a natureza você acha que seriam essenciais para essa transformação? Desde plantar uma árvore até explorar as estrelas?

Dutra: Sim, vai ampliando o saber de forma gradativa. Os burocratas da Educação têm de se conscientizar da importância dessa forma natural de ensinar.

Copilot: Exatamente! A educação baseada em experiências naturais e gradativas é uma ferramenta poderosa para formar indivíduos mais conscientes e conectados com o mundo à sua volta. A chave está em fazer com que os responsáveis pela formulação das políticas educacionais enxerguem a riqueza desse método. Integrar o aprendizado com a natureza não é apenas uma forma de ensinar conteúdos acadêmicos, mas também de cultivar valores como curiosidade, empatia e respeito. Talvez, ao demonstrar os benefícios dessa abordagem através de projetos bem-sucedidos, os burocratas possam ser mais receptivos. Iniciativas como escolas ao ar livre, programas de educação ambiental ou até colaborações com cientistas e ambientalistas podem mostrar os resultados positivos que essa pedagogia oferece. Você já imaginou como seria uma escola ideal, totalmente voltada para essa conexão com a natureza?

Dutra: O grande futuro maravilhoso da humanidade no planeta Terra.

Copilot: Que visão inspiradora! Imaginar o futuro da humanidade ancorado em harmonia, aprendizado e respeito mútuo com nosso planeta é, sem dúvida, um objetivo grandioso. Cada pequeno passo na direção dessa conexão mais profunda com a natureza e com os valores humanitários já é um grande avanço. Vamos sonhar com um futuro no qual educação, ética e espiritualidade guiem nossas ações.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

COMO SAIR DA ASPEREZA GLOBAL?

Há na Terra muitos seres humanos descontentes com a própria vida. As reflexões teóricas de muitas dessas pessoas querem fazer crer que o capitalismo é o causador das misérias e sofrimentos existentes, mas há algo esquecido e muito importante sobre as causas da aspereza em que vivemos. Longe vai o tempo em que não havia religião e a humanidade vivia conhecendo e respeitando as leis da Criação que regem a vida, mas foi se afastando desse saber, achando-se acima disso e apta a construir um viver de seu agrado.

Passados milênios, o Criador interferiu enviando o Messias, cumprindo todas a leis da Criação para se encarnar num corpo terreno, portando a força da Luz Divina para reerguer a humanidade decaída. Poucos deram bom acolhimento e reduzida foi a compreensão dos ensinamentos elevados. Surgiram religiões. A humanidade entrou na idade das trevas ao ter expulsado a Luz, ampliando as cobiças por riqueza e poder terreno e as misérias e sofrimentos.

Durante séculos, grande parte das pessoas vivia seguindo as normas das religiões. Vieram guerras e mais sofrimentos com trabalho árduo, vida difícil com escassez geral, e por fim, a teoria de que o capitalismo, isto é a civilização do dinheiro, seria o meio de eliminar a penúria e a escassez. Mas ao se agarrarem ao poder do dinheiro, os homens comprometeram o restinho de anseio pela busca das leis espirituais da Criação, algo que abrange a humanidade, seja no capitalismo ou no socialismo. É nisso que repousa o grande mal da decadência moral e espiritual. Amor ao próximo não é o que se pensa; o verdadeiro amor é aquele que não produz danos e sofrimentos ao próximo.

A situação geral se afunila no dinheiro, pois tudo depende dele, tudo converge para ele, tornando a geoeconomia o ponto crítico geral. Mas o dinheiro flui por caminhos estreitos deixando de fora uma grande massa dependente que ficou sem alternativas. Isso acarretará um acúmulo de dificuldades jamais visto, que diante dos desequilíbrios da economia global, não poderá ser solucionado de forma adequada, gerando convulsões febris.

Para solucionar a questão dos custos e ganhos, o movimento de relocalização fabril para outra nação que tivesse níveis de salário mais baixos, deu início a grandes transformações na economia e outros problemas. As novas complicações no comércio internacional são a continuidade de problemas não resolvidos no passado.

A competição entre as nações apresenta desequilíbrios comprometedores. Por exemplo, no passado, a produção de açúcar e café no Brasil era feita com mão de obra escrava. Assim sendo, de que forma os europeus poderiam competir produzindo na América Central com mão de obra assalariada? E na atualidade, o padrão de vida no ocidente não é igual ao da Ásia. As fábricas mudam para esses locais onde os custos são menores, e os países do ocidente enfrentam as consequências. Na falta de alternativas adequadas, o protecionismo é a velha fórmula de enfrentar a concorrência e preservar a economia da nação.

A população não é como uma máquina, bastando apertar um botão para obter resultados. A economia segue naturalmente. Você pode produzir automóveis e outros bens, mas se a outra parte não tiver renda, como vai adquirir? As nações deveriam cuidar bem de sua região, de seu povo. Produzir só para exportar a outros países sai da naturalidade. O desequilíbrio econômico global está avançando rapidamente, chegará ao ponto de ruptura.

Os povos têm de evoluir de forma beneficiadora. O ser humano da atualidade pôs de lado muitas coisas boas, inclusive a experiência dos mais velhos. As novas gerações, liberadas de costumes tradicionais, acham que não precisam de nada que os mais velhos tenham para oferecer.

A época é áspera, sem amor. Onde houver oportunidade, podemos lançar palavras que levem a reflexões elevadas, mas em meio à indolência espiritual isso fica contra a correnteza. Com o enrijecimento progressivo, as pessoas estão embrutecendo. A convivência humana está abalada, mais difícil, cada indivíduo pensando só em si e em seus interesses. A nossa vontade intuitiva forte voltada para o bem recebe grande auxílio e proteção, algo que todos devem examinar atentamente. Sigamos em frente voltados para o bem que o auxílio chegará.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DINHEIRO E O PROGRESSO DA HUMANIDADE

A história dos Estados Unidos tinha uma raiz voltada para a espiritualidade, mas surgiu a teoria que quem ganhasse muito seria um protegido do Criador. Isso fez secar a raiz, um acontecimento que se espalhou pela Terra inteira gerando consequências pesadas. Em 2025, ano em que houve a troca de governo naquele país, poderia assinalar uma virada, mas o futuro é nebuloso.

Inflação e juros chegaram a níveis alarmantes. A mais elementar noção em economia é a de não gerar déficits em dólares, algo que os EUA deixam passar por serem os emissores dessa moeda, mas a dívida elevada poderá criar problemas. O Brasil é deficitário em suas contas internas e externas, o que é grave. Sem equilíbrio nas contas, como assegurar a autonomia? A corda apertou, dólar surpreendeu, a Selic subiu para 13,25% aumentando as dificuldades. Mas, que explicação dão os governantes e seus economistas?

Os americanos recebem em dólar e pouco se ressentem das oscilações cambiais. No Brasil e nas outras nações é mais complicado, pois suas populações recebem pagamentos nas respectivas moedas locais. No Brasil, se o dólar não tem estabilidade e sobe, a renda vai caindo além do desgaste inflacionário que se multiplica com o câmbio desvalorizado. O drama atual é que os preços dos produtos, alimentos e serviços estão subindo e a renda encolhendo. O que dava para comprar em 2023, agora requer mais dinheiro porque a renda não acompanha. A longo prazo, a pobreza geral tende a aumentar sem que se vislumbrem soluções produtivas, a não ser que o número de beneficiados pelos auxílios do Estado vá aumentando.

Na era da IA não haverá necessidade de estadistas sábios, pois grande parte da população estará agindo como robô sem alma. O presidente norte-americano Donald Trump quer pôr ordem na casa, mas na economia global a desordem é geral. O capitalismo está forte e dominante financeiramente, mas como competir com a produção de menor custo do capitalismo de Estado?

Está desequilibrada a competição e a concorrência entre empresas de mercados mais abertos com economias que adotam um modelo de capitalismo de Estado, onde o governo exerce um forte controle sobre a produção, comércio e consumo, podendo oferecer produtos a custos mais baixos. Que consequências isso trará para a humanidade?

Muitos países poderão enfrentar a desastrosa guerra das multidões. Quando uma nação estiver cercada por mentiras, falta de bom preparo para a vida, ausência da força da feminilidade incorrupta, e ainda constatar o predomínio da corrupção, violência, bandidagem, sequestro, roubo, insurgência, desemprego e fome, estará na tempestade perfeita da tragédia humana, a grande colheita do juízo final.

Além disso tudo, há muitas situações que não deveriam acontecer. Há uma pressa geral, muitos descuidos, falta de sensibilidade e percepção; assim vão acontecendo acidentes e outras ocorrências devido à falta de vigilância em quase todas as atividades, como ocorreu com passageiro que caiu da escada do avião ao desembarcar. O tempo é curto. Os custos e as receitas recebem mais prioridade que a preciosa vida humana.

As crianças e os jovens vão à escola para aprender, mas o celular tem sido um fator de distração da mente, afastando-os da vida real. Eles precisam de bom preparo para a vida, de modo a serem beneficiadores e conservadores do planeta, conhecendo as leis da natureza que a tudo abrangem. Isso tudo é essencial para que os jovens tenham raciocínio lúcido, bom senso, iniciativa, consideração humana, desenvolvendo a capacitação para refletir intuitivamente.

Devem ainda reconhecer o poder da palavra, o dom de se comunicarem bem para que possam exteriorizar os nobres sentimentos da alma, utilizando-se delas de forma correta, com seriedade e sinceridade. Enfim, precisam ter força de vontade e individualidade para não se tornarem robôs, devendo reservar espaço para descobrir a finalidade da vida, e entenderem o porquê de os seres humanos nascerem na Terra.

No trabalho observa-se cansaço e desinteresse em muitos ambientes. O dinheiro é importante, mas é preciso perseverança e tempo para construir uma poupança. Diante das dificuldades, as novas gerações estão meio desanimadas. Falta-lhes um propósito nobre, apaixonante, que desperte as atenções para algo maior que enobreça a vida na Terra. Como os líderes e as famílias poderão provocar isso atraindo paz e progresso beneficiador para a vida? Vamos esperar que a Luz da Verdade ilumine os caminhos da humanidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DIA ZERO

Nova série na Netflix em seis capítulos

Conceitualmente, Dia Zero se refere à vulnerabilidade de segurança em sistemas de informática que permitem ataques cibernéticos sofisticados por hackers, por meio da utilização de brechas no software antes que possam ser corrigidas, sendo que o desenvolvedor tem apenas zero dia para conseguir eliminá-la.

A série mostra o caos provocado por um ataque cibernético trágico que comprometeu sistemas essenciais, com vidas ceifadas e interrupção das atividades bancárias levando a população a se colocar na porta dos bancos reclamando o seu dinheiro. Robert De Niro interpreta George Mullen, ex-presidente dos EUA que é chamado para comandar a investigação batizada de Comissão Dia Zero, enfrentando muitos opositores, interesses contrários e armadilhas para chegar à verdade.

Em resumo, a série mostra a desordem geral criada pelas lutas pelo poder, as mentiras, o oportunismo daqueles que querem se aproveitar da nação para enriquecer e exercer o poder. Embora um pouco arrastado, visando criar um clima tenso de ansiedade, o enredo mostra a situação da humanidade que poderia ter construído uma forma de viver com muito mais qualidade.

Mullen demonstra seu amor pelos Estados Unidos de forma implacável: “não podemos deixar que esta nação continue afundando”. Ele, inclusive, foi confrontado por sua filha que o considera velho e incapaz de compreender como agem as novas gerações e, por conta disso, deveria renunciar. O fato é que as velhas gerações ainda têm algum ideal, enquanto grande parte das atuais estão voltadas para o dinheiro e prazeres. Um filme realista que foi até onde é possível revelar nas atuais condições geoeconômicas, mas inegavelmente o futuro da humanidade está cercado de incertezas.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A PAZ COMPROMETIDA

Quando a paz não é cultivada com seriedade, os acontecimentos desastrosos se sucedem e chacoalham tudo, mas as pessoas não acordam para a vida. Com o passar do tempo, as novas gerações estão piorando. É cada vez menor a percepção do que é a vida. Quando chegar a velhice elas poderão perceber quanta besteira andaram fazendo, quanto tempo jogaram fora com coisas inúteis. Será ainda pior se mesmo na velhice continuarem pensando que a vida é um parque de diversões onde a única finalidade é jogar o tempo fora sem dar espaço para a intuição, a voz interior, passando pela vida como se não tivessem existido. Ninguém deve jogar fora o precioso tempo concedido.

Estamos numa fase de falta de respeito e consideração. É correto a escola impor comportamento digno da espécie humana, mas com toda libertinagem, as novas gerações, em vez de se prepararem bem para a vida, estão perdendo o rumo. A intuição, que representa o querer interior que gera força de vontade, ficou meio esquecida e sem esse gatilho as ações e atitudes têm pouca força para subsistir.

O problema da humanidade são as suas metas que ficaram afastadas das leis da natureza, cujas consequências de séculos de abusos adentraram num ciclo de aceleração. A vida na Terra poderia ser maravilhosa. Mesmo com investimentos trilionários, o equilíbrio natural jamais retornará sem que haja uma nova postura diante da vida e sua finalidade.

A classe média é importante porque não tem a arrogância dos mais ricos nem a amargura dos mais pobres, mas está perdendo espaço, encolhendo. O problema da humanidade é a falta de propósitos enobrecedores e de seriedade; sem isso nada pode ir para frente por já sair contaminado dos cérebros egocêntricos.

A paz mundial está fundamentada em bases precárias. A população se deixa envolver pelas distrações, bebidas alcoólicas e drogas, perdendo a força de vontade, o que a está levando ao descalabro. Na falta de atitude sinceras dos homens, a natureza está forçando uma tomada de consciência.

O governo de uma nação deve olhar para a situação interna e as condições externas. Desde o pós-guerra, o dólar assumiu o papel de moeda global. Os governantes, de pires na mão, pediam socorro sem planejarem uma situação de estabilidade cambial para não caírem no abismo do déficit e da dívida. Em meio às dificuldades, surgem jogadas especulativas. Levam o dólar para fora gerando caos cambial. Esperam a taxa de juros subir, aí os dólares reaparecem.

Diante da péssima condição humana de se viciar com entorpecentes em vez de evoluir com força de vontade beneficiadora, o presidente Donald Trump vai tomando decisões fortes para deter a decadência, faz ameaças contra a entrada do fentanil (opioide usado como medicamento para amenizar a dor) e de componentes para fabricá-lo; mas para defender os EUA ele deve proteger o dólar e seus controladores contra ações que possam enfraquecer a sua força.

Falta sustentabilidade ao sistema global da política, economia e vida, uma vez que há séculos predominam interesses arraigados. Continuamente, a riqueza tende a se concentrar, enquanto a miséria segue avançando. A energia da Luz, reforçada com a prometida vinda do Filho do Homem, provocará os efeitos que estavam no modo espera.

O que o ser humano semear, colherá. Simples assim são as leis da Criação, explicadas por Jesus, com parábolas e imagens da natureza. Muito desse saber acabou sendo perdido, mas tudo que o ser humano decide terá consequências, por isso o mais importante na vida é querer o bem geral. A falta disso acarretou esse viver áspero e hostil, sem o verdadeiro amor. As consequências estão chegando, é só abrir os olhos.

Nos relacionamentos entre os seres humanos há uma lei básica, antiga, mas que foi suplantada por interesses, cobiças e competição. Trata-se da lei fundamental de não causar dano ao outro para satisfazer a própria cobiça. Quando ela for amplamente conhecida e respeitada, tudo entrará numa tendência de melhora contínua, cada indivíduo viverá em paz e evoluirá.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

OTIMISMO OU PESSIMISMO?

Não confunda o otimista com o sonhador fora da realidade. O pessimista sempre enxerga o pior em qualquer situação. Hoje enfrentamos uma onda de pessimismo sobre guerras, crise econômica, carestia, doenças. Há pessoas que gostam de promover o pessimismo. Ter dinheiro e poder não implica otimismo, mas gera arrogância e mania de grandeza, perda da essência humana, desumanização, enfim, pessimismo. Mas, nas engrenagens da Criação, o ser humano é um passageiro que não passa de grão de areia, enquanto poderia fazer muito pelo beneficiamento e embelezamento da Terra, agindo com otimismo que é a confiança na atuação justa das leis universais da Criação.

O arrogante deixa o ego crescer, lhe falta humildade, repele as críticas e nada quer saber sobre empatia e necessidades dos outros, com esquisitices, sem respeito pelas opiniões alheias. É o tal. Quer ser obedecido. Cria as próprias leis sem sustentação natural impondo-as sobre os demais.

A falta de dinheiro se tornou fonte de pessimismo. A renda cai, os preços sobem. Faltou bom senso geral na América Latina. Os governantes não foram capazes de administrar a carteira cambial, pouco fizeram, gastaram tudo, criaram dívidas pesadíssimas e as colocaram nos ombros da população. Se tivessem agido com austeridade, sem gastos supérfluos, aplicado o dinheiro em obras essenciais e no desenvolvimento da população, poderíamos estar passando ilesos diante dos privilégios exorbitantes do dólar e sua escassez.

Como esperar que a turma do dólar não tomasse posição defensiva? Mais de 70 anos no controle, dando as cartas na finança global. Se outra moeda desbancar o dólar, a dívida americana de mais de 30 trilhões se tornaria pesadelo global, trazendo sofrimento e miséria. Dólar próximo a seis reais seria uma represália ou descuido?

Charles de Gaulle, líder francês, se opunha aos privilégios do dólar. Depois veio o iene japonês e mais recentemente o Yuan chinês. O Brasil está entrando nisso de gaiato e poderá vir a ser o bode expiatório na história. A humanidade precisa de uma moeda que não se preste para ficar nas mãos de tiranos que só pensam em si e em seus prazeres, nisso incluído o de ser o mandante global.

A humanidade criou muitos problemas, destruição e miséria. Uns dizem que a culpa é do capitalismo; outros, do comunismo. Mas são apenas ideias dos homens. A Terra foi ofertada para o desenvolvimento espiritual dos seres humanos que deveriam beneficiar e embelezar a vida. Com arrogância, se julgam donos, querem rapinar destruindo, mas não passam de hóspedes mal-agradecidos, agarrados ao dinheiro, que sujam a hospedaria. Mas o retorno de suas ações está se aproximando velozmente.

Existe o Estado-nação em que as empresas produzem e o mercado financeiro que movimenta o dinheiro. Os dirigentes estão sempre olhando para a próxima eleição. Aqueles que produzem querem garantia de retorno; o mercado financeiro visa ganhos e controle do dinheiro. Sempre surgem divergências entre esses grupos e quem paga é a população. Se todos estivessem sintonizados na melhora das condições gerais e no avanço da qualidade de vida, o poeta diria: “que maravilha viver”. Consideração, paz, progresso e felicidade estariam pelo ar. Mas no século 21, tudo ficou bem difícil, sem que haja remédio à vista. Faltam estadistas competentes, idôneos. Falta bom preparo para a vida para as novas gerações.

Otimismo ou pessimismo? A técnica é um processo material contínuo iniciado na idade da pedra. Nisso a Inteligência Artificial, com suas capacitações, poderá alcançar mais sucesso que o homem. Já, as invenções são outra coisa que requerem intuição e conhecimento das leis universais da natureza. Atualmente, o homem está perdendo a capacidade espiritual intuitiva e o raciocínio lúcido; sem isso fica como um robô programável, criando um vazio no qual a IA encontra um campo aberto para criar um modo de vida mecânico, desumano. Como escreveu Kissinger em sua obra póstuma, Genesis, otimismo seria “Criar um mundo em que a IA se torne mais parecida com o ser humano, ou um mundo em que nós nos tornemos mais parecidos com a IA”, um pessimismo que está se tornando realidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

QUEM NÃO VIVE PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER (MAHATMA GANDHI)

“Dar desinteressadamente, ajudar onde for necessário, ter compreensão pelo sofrimento do próximo, bem como por suas fraquezas, chama-se receber, pois esse é o caminho reto e verdadeiro para o Altíssimo!” (Na Luz da Verdade, de Abdruschin – Vol I – Despertai, pag. 37)

José Guimarães Duque Filho*

Conceito da palavra servir: prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções; servir a Pátria; ter utilidade, dar auxílio.

O germe espiritual humano ainda inconsciente inicia seu trajeto rumo à conscientização quando lhe desperta sua primeira vontade de ser. À medida que os acontecimentos ao seu redor vão se tornando apetitosos para ele, segue este ou aquele caminho, experimentando o que acontece naquele rumo desejado. Dessa maneira prova, experimenta, vivencia e conscientiza-se se o caminho por ele escolhido satisfaz seu desejo.

A Lei da Criação, emanada da Perfeição do Criador, atuando em todas as circunstâncias e situações da existência humana é: o que semeia o ser humano, assim será por ele colhido. Como recompensa da semeadura, a colheita será multiplicada. Quer a semeadura seja boa, se o ser humano agiu de acordo com todas as Leis do Criador, quer seja má, contra essas mesmas Leis. Somente assim pode o espírito humano, através da Leis, aprender e conscientizar-se, evoluindo e desenvolvendo seu espírito.

Quando pensa, fala e age de maneira a não perturbar a paz, a harmonia, a confiança e a verdade, colhe multiplicadamente, pois crê e passa a possuir convicção nessas Leis. Todos os atos, falas e pensamentos errados que pesam na alma do espírito humano geram culpas que podem ser resgatados por meio do aprendizado, do reconhecimento e da reparação do que estiver pendendo de errado na alma. Assim, poderá seguir em frente rumo ao Alto. Caso, através da boa vontade em purgar, os malfeitos pesados predominem, logo estará livre deles.

Se, quando vem a primeira colheita o ser humano reconheceu que sua atuação foi em desacordo com as Leis e procurou reparar o errado, então processa-se naturalmente a remissão da culpa. Mas, se esta culpa não for reconhecida, a colheita seguinte será mais pesada, pois o espírito não reconheceu na anterior. E assim, uma pequena atitude errada pode transformar-se em um grande carma.

A revolta, o achar que a dor e o sofrimento do ser humano é injusto, apenas lhe aumenta esse retorno, com mais dor e mais sofrimento. Tudo o que executamos, por meio de atos, de palavras e de pensamentos tem consequências. Dessa forma, o Amor e a Justiça do Criador dão ao ser humano exatamente o que ele precisa em sua existência, tanto na alegria quanto na dor.

Caso os retornos pelos malfeitos não sejam reconhecidos por ocasião dos atos de graça das Leis, estes serão aumentados quando de novo vier o retorno. A dor e o sofrimento passam a ser, assim, a melhor ajuda ao ser humano para que reconheça e elimine suas culpas.

Desenvolvendo-se o espírito dentro das Leis Eternas, pode, após várias encarnações na matéria grosseira, chegar a tal ponto evolutivo que não mais precisará encarnar-se aqui e então poderá tomar o rumo do retorno ao Reino Espiritual donde partiu outrora inconsciente. Ao estar plenamente conscientizado, abrem-se para o espírito os portais do Reino. Esta deveria ser a trajetória espiritual do ser humano.

Ao examinar a existência humana na Terra atualmente, pode-se observar que grande parte, se não a maior parte da humanidade, não trilhou estas vias acima descritas, atuando diretamente em contrário às Leis Eternas, perturbando a paz e a harmonia do todo. Eles afastaram-se do progresso espiritual, tornaram-se amplamente materialistas, acreditando somente no progresso grosso material. Durante milênios de vontades forçadas ao máximo no materialismo, a colheita inevitável vai chegando de forma multiplicada. E será muito amarga, trágica e dolorosa.

O prazo de desenvolvimento espiritual para os seres humanos terrenos, dado pela Luz, está no seu final. Estamos na época do Juízo Final, que vai separar aqueles que prestam daqueles que não prestam.

À medida que o espírito humano evolui, ganhando a conscientização do que é, de onde veio e para onde vai, após a breve estada de cada desenvolvimento terreno aqui e no além, desperta-lhe também o grande desejo de ser útil, de ter uma posição em que possa servir, ajudando os demais seres humanos a trilharem o caminho rumo às alturas luminosas espirituais.

Em termos materiais, as profissões são bastante úteis, pois o ser humano pode permutar com os demais seres humanos os seus talentos, as suas experiências, suas vivências, enfim, equilibrando a Lei do Dar e Receber ou a Lei da Reciprocidade, estruturadas na Criação, através da Perfeita Vontade do Criador. No dar-se, pode o ser humano receber de forma multiplicada o que o lança para cima ao encontro da Luz.

Conscientizando-se espiritualmente, reconhecerá o Amor, a Justiça e a Pureza do Criador, que se manifestam na Sua Vontade Perfeita, auferindo-lhe proteção e auxílio a todo momento. Mas para merecer e receber sua existência precisa atentar às Leis, reconhecendo-as e as levando em consideração em todos os seus atos, falas e pensamentos.

Na época atual é muito difícil o reconhecimento e a obediência às Leis Perfeitas, pois a maioria dos habitantes da Terra já está tão materializada que não consegue nem enxergar e nem reconhecer essa Leis. Esses espíritos estão tão cobertos de culpas e adormeceram tão profundamente que não conseguem mais dirigir o seu querer e, com isso, as suas decisões passaram a ser tomadas pelos cérebros, que só podem compreender e agir dentro dos limites grosso materiais de espaço e tempo, sem reconhecer a existência espiritual, que é o mais importante para o ser humano.

O espírito está muito acima do corpo terreno, que é apenas um invólucro seu juntamente com outro invólucro seu chamado alma. Se a vontade espiritual não predominar sobre a atuação terrena, o espírito nada aproveitará e nem se desenvolverá. Chegará imaturo ao Além, desperdiçando o tempo que encarnou na Terra.

Quando o ser humano terreno alcança uma determinada evolução no seu desenvolvimento, inicia-se uma era de maior conhecimento das Leis que atuam na Criação. Com esse reconhecimento, torna-se mais sábio e humilde, pois enxerga a quão perfeita é a Vontade do Criador e percebe a pequenez que é diante dessa grandeza. Começa então o desejo de mais colaborar e trabalhar no sentido dessas Leis, auxiliando, ajudando, ensinando, para que mais seres humanos compreendam e despertem para reativarem seus espíritos sonolentos. E isso é servir.

*José Guimarães Duque Filho, Engenheiro Civil, Mestre em Edificações

O GRANDE PODER DO DINHEIRO

Após a primeira guerra mundial, a classe trabalhadora queria um tratamento melhor. Surgiram planos grandiosos de bem-estar social que superaram as receitas dos estados-nação. Mas a economia é rígida; sem produção e lucros não há o que distribuir. Quando a produção e os ganhos se avolumaram, a riqueza foi se concentrando. Preocupado com o equilíbrio das contas e com os trabalhadores, John Maynard Keynes, economista britânico e membro do Partido Liberal do Reino Unido, cujas ideias mudaram a prática da macroeconomia, foi derrotado. Criou-se o dólar, mas as nações atrasadas se endividavam, e a população assumia o passivo. Uma nova economia terá de surgir, com trabalho e, quem trabalhar, deverá ter condições de se alimentar e viver condignamente.

Com a evolução do dinheiro e as aspirações de acumulação do capital e poder, a riqueza e a produção foram se concentrando, mas poderia ter sido buscado o equilíbrio para evitar a destruição ambiental e o crescimento da miséria. Poderiam ter distribuído ações preferenciais aos trabalhadores que participariam dos dividendos; em vez disso, passaram a imprimir dinheiro para atender às obrigações sociais e acalmar a insatisfação. Mas surgiu a inflação e, no final, o dinheiro seguiu concentrado, gerando dívidas e juros elevados.

Evidentemente, a crença cega jamais poderia ter conduzido a humanidade ao nível de evolução que deve alcançar. Por outro lado, o raciocínio, por mais lógico que seja, sem a reflexão intuitiva, se circunscreve ao ambiente material, espaço e tempo. Com a evolução do dinheiro, a religião não atendia às aspirações da acumulação do capital, e aqui o raciocínio se impôs com toda frieza. Sem equilíbrio, a humanidade poderá seguir na direção do abismo da autodestruição.

O economista Celso Furtado estudou a fundo a história econômica do Brasil, entendendo que é necessário ter dinheiro para investir na produção para tirar a economia do ciclo vicioso de dependência da demanda externa do agro, mas o sonho não se realizou. Grande parte do bolo da produção nacional está sendo repassada ao governo e, com a reforma tributária em andamento, vai aumentar. Quanto mais dinheiro entra, mais dinheiro desaparece sem que atenda ao essencial. Com Pix ou sem ele o cerco vai chegar para a classe média, mas os vultosos volumes de dinheiro acabarão achando os meios de permanecer no anonimato.

Em seu discurso de posse, o presidente norte-americano Donald Trump falou que quer dar um basta nas atividades que estão extraindo as forças da nação americana promovendo o declínio; apesar do poder do dólar, que ele quer manter forte, quer também integridade e união da população para a construção de um futuro melhor. Um plano ousado que visa ampliar a produção e a disposição dos americanos. Trump pretende taxar os importados em vez de taxar o que os trabalhadores produzem.

O erro das nações tem sido buscar riquezas em outras nações através da força e escravidão. Cada nação deve ter líderes sérios e competentes para cuidar de si mesma, de seu povo, de suas riquezas, manter equilíbrio nas relações com outras nações, e acima de tudo não descuidar do bom preparo para a vida das novas gerações. Quando o Estado- nação é açambarcado pela tirania logo chega a miséria.

O dinheiro tem sido usado como meio de dominação. Quem possui muito dinheiro se julga poderoso. Quem cria e controla o dinheiro tem o poder. Quando os seres humanos compreenderem o real significado da vida e viverem respeitando as leis da Criação, teremos a pacífica evolução espiritual, o verdadeiro Amor conduzindo o modo de viver. Uma diretriz acima das ciências criadas pelo homem, deve ser o alvo comum para levar ao aprimoramento. Muitas coisas são feitas para rebaixar o ser humano e mantê-lo sob domínio.

O planeta não pode continuar seguindo a rota das guerras e do caos geral e financeiro. Basta de imediatismo. A educação, a conscientização e o desenvolvimento de uma visão de longo prazo são essenciais para a sobrevivência e prosperidade. A falta desses elementos pode, de fato, colocar em risco nosso futuro. Estamos numa fase na qual pouco respeito é dado à lei do equilíbrio. Mas com o descontentamento gerado pela falta de equilíbrio e bom senso, surge desânimo e desinteresse pela vida. Estar atento ao que se passa é um meio de se sentir vivo, participante, atuando e resolvendo problemas, galgando melhoras gerais.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br