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MANIPULAÇÃO DESTRUTIVA

A destruição está presente em tudo, pois a humanidade suga o máximo sem preservar, sem pensar no amanhã. Todos estão recebendo uma dose de manipulação destrutiva, mas os jovens são mais atingidos num estilo avassalador. Há uma história sedutora sendo contada e as pessoas querem saber o que vai acontecer, mas no meio há um recheio meio estragado, manipulador, afastado do bem, desencaminhador: drogas, mentiras, traição, sexualidade degenerada nos filmes e nas TVs, nos jornais e revistas, na internet. Ódio. Medo. Descontentamento. Onde estão os seres humanos “gente boa”?

Está em curso um trabalho secular de destruição e rebaixamento da espécie humana, atacando as novas gerações já na pré-adolescência, e tudo aceito de forma complacente pela população e seus líderes. Os cidadãos de bem acreditavam que as nações seriam geridas com seriedade visando o bem geral. Votando, não esperavam que grupos de interesses particulares tomariam conta do Estado, e deu nisso: dominação e utilização do dinheiro arrecadado do povo para fins diversos, beneficiando uma minoria, promovendo o declínio do Estado-nação e da espécie humana. Há séculos a manipulação destrutiva prossegue manietando as massas indolentes. O ser humano está perdendo a sua essência, os que deixarem anular o seu querer pessoal, serão tratados como máquinas preguiçosas.

No pós-guerra, surgiram no Brasil vários líderes empresariais que deram impulso à indústria em geral. Esses homens construíram um significativo patrimônio, deixando, ao mesmo tempo, marcas positivas em benefício da população como escolas e hospitais. Despontava uma classe média, muitas famílias podiam educar os filhos, saborear pizza no fim de semana. Hoje está tudo difícil. Ainda há aqueles que conseguem consumir pizza transgênica congelada, barata, mas nem todos. Está havendo precarização dos produtos, a qualidade decai.

Há uma agravante no caso do Brasil: os governantes e as elites não se esforçaram para mudar a situação após a independência. Os colonizadores europeus desempenharam um papel nocivo nas terras além-mar da América Latina, África e Ásia. Queriam riquezas, matérias-primas e mercado para seu comércio. A China veio depois numa versão aparentemente diferente, mas na essência quer a mesma coisa. Em consequência, essas regiões permaneceram atrasadas, e sua população decaiu em vez de evoluir. Agora alguns economistas falam disso, mas o atraso continua. Sobre atividades extrativas, os laureados com o Nobel Economia 2024 dizem que elas não favorecem o desenvolvimento da nação e de sua população, beneficiando pequenos grupos de forma restrita.

Foram criadas teorias, mas a economia segue as leis naturais universais. A economia global está engasgada e desequilibrada porque os homens querem ampliar sua riqueza e dominar o planeta, sendo que a sua passagem pela Terra é um tempo concedido para evoluir espiritualmente. Em não reconhecendo isso, vão semeando desajustes, miséria e conflitos. Enquanto o aprimoramento da espécie humana não for colocado como prioridade, os problemas econômicos e desequilíbrios globais não serão solucionados e fatalmente conduzirão a confrontos trágicos. Há muitos bens supérfluos, mas falta renda adequada para consumir o que é essencial.

Os homens querem poder, riqueza, fama. A população e a nação caem no abandono. As novas gerações estão fragilizadas. A humanidade se afastou do coração, do espírito e semeou o caos e insiste em não reconhecer e estudar as leis universais da Criação. A lei da atração da igual espécie não deixa por menos, quem semeia ódio e medo, colherá ódio e medo. Quem pensa no bem com nobreza e semeia o bem, atrairá o bem. Simples assim, com o ódio e a cobiça, a humanidade caminha para a ruína.

A população está descontente porque se deixou iludir com promessas de melhor futuro, mas do jeito como as coisas andaram isso vai se tornado cada vez mais difícil. Todavia, em meio a esse caos, é necessário que haja liberdade para que cada ser humano exerça seu livre querer e assuma as consequências.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

PROMESSAS IRREALIZÁVEIS

A cultura atual da humanidade contém muitas falhas e bases frágeis que estão sendo postas de lado gerando uma ruptura, e nada está sendo colocado no lugar. Quanto mais surgem avanços na tecnologia, mais o ser humano se afasta do seu “eu interior” que gera as individualidades, ficando todos muito parecidos, sem foco, levando uma vida vazia, sem propósitos enobrecedores.

Na vida moderna a fragmentação e a polarização é geral. Dividir e separar tudo e todos. A sensação de ser útil está sendo perdida, pois tudo vai acontecendo de forma acelerada, gerando aspereza, reduzindo a generosidade e empatia, e aumentando o individualismo, a inveja e a ânsia de se sobressair. Que futuro a humanidade poderá ter no atual ambiente decadente e sem motivação?

Foram décadas de descaso geral no ocidente com produção, empregos, consumo, bom preparo das novas gerações para a vida. A globalização permitiu a chegada de produtos com preços menores, e agora chegam os efeitos disso. Não vai ser fácil resolver, não há fórmulas mágicas. Só o trabalho constrói.

Como será o ajuste das relações econômicas entre EUA e China? A China tem capacidade econômica e financeira para produzir em larga escala com os custos mais baixos, mas sua produção é destinada a ser trocada por dólares. Deixando de produzir muitos itens, o ocidente vai perdendo a capacidade de obter ganhos de produtividade. Os déficits na balança comercial vão criando processo insustentável. Com a perda da capacidade de produzir e de preparar novas gerações, os países põem em risco o seu futuro. Há também a questão do gasto acima das receitas e dívidas elevadas.

O ser humano nasce na Terra para evoluir espiritualmente. Deve atentar para as questões materiais sem bloquear sua visão espiritual, pois se não fizer isso, fica retido no mundo material tendo de sempre retornar pela incapacidade de seguir para outras regiões mais elevadas. Esse fato tem a ver com o continuado acúmulo de pessoas no planeta, que ligadas aos pendores terrenos, não se esforçam para alcançar o autoaprimoramento, mas haverá um ponto de ruptura onde isso não será mais possível.

Os líderes ditam a forma da ação do Estado. Pelas leis primordiais da Criação deveriam conduzir a nação e o povo na direção do desenvolvimento e aprimoramento da espécie humana. Para assumir o poder é preciso ter pulso e sinceridade na execução da tarefa que lhe cabe. Mas terá de resistir ao contágio do poder.

Muitas pessoas se tornaram indolentes, não examinam, não analisam, vão aceitando tudo sem conversar com o eu interior, com a consciência. Há uma guerra na política. Uns relatam a corrupção no poder indignando a classe média. Em meio à pobreza material, mental e espiritual, outros usam a tática de jogar a pobreza, que vai aumentando, contra os que estão em melhores condições, culpando-os pela miséria alheia, enquanto prometem aos menos favorecidos melhoras irrealizáveis. Assim, para boa parcela dos eleitores, não há análise, se iludem, de forma apaixonada e cheia de ódio, votam nesses manipuladores como um tipo de vingança, mas a pobreza e a decadência prosseguem em seu avanço nivelando tudo por baixo.

Sempre aparecem candidatos fora do padrão do sistema no sentido de influenciar a massa indolente. O poder sobe à cabeça fortalecendo a arrogância e a vaidade. Mas o sistema é rígido, bloqueia alterações que possam afetar os interesses dos controladores intelectivos montados no poder. Falta a visão ampla que teme a justiça superior. Cobiças e inveja conduzem as ações que geram turbulência, e o caos mundial vai se ampliando.

As novas gerações não estão recebendo bom preparo para a vida; para isso seria necessário que os pais dessem o exemplo, mas a sobrevivência ficou atrelada à capacidade de obter dinheiro, o que não está fácil. Surgiu a civilização das aparências, o que se fala não é o que se faz. As alternativas vão se afunilando e os jovens, desanimando. E as atenções se voltam para o preparo de guerras.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O ARCO-ÍRIS DA ECONOMIA

A religião não apreciava os ensinamentos de Jesus: orientar o comportamento das massas, controlar a política, poder e mando. Usar a religião para dominar e manipular a massa é algo maquiavélico. A indolência do indivíduo não lhe permite mais refletir intuitivamente para buscar a verdade. A indolência é fatal. Há uma multidão de seres humanos que vivem de forma displicente, não vigiam e não oram, mantendo adormecida a vontade de ir ao encontro da Luz da Verdade.

Após longos preparativos, deu-se a separação entre política e religião e seus dogmas, o Estado laico, mas não trouxe para a massa o progresso esperado. Os políticos decaíram ainda mais, revelando até onde podem se rebaixar. Péssimos gestores, muito difícil obter melhorias gerais sem que o ser humano busque se tornar realmente humano. O povo caminha apressadamente, para onde vai a humanidade?

A economia é composta de inúmeros itens e processos de produção escassos e essenciais, empregos e consumo, que revelam as dificuldades tanto para nações com planejamento e decisões centralizadas no Estado, como para as de iniciativa privada no comando. A bem dizer há uma balbúrdia que não promove a melhora das condições gerais de vida. Assim a miséria vai aumentando, mas há grupos que sempre se beneficiam da situação. Com o aparecimento de tantos problemas, os bonecos humanos continuam recebendo corda para se moverem, mas a inquietação vai crescendo o que cria dúvidas. Até quando o sistema vai resistir?

Quem controla o dinheiro comanda. A unidade do dinheiro é o dólar, não se sabe até quando; por aí se percebe a dependência das moedas locais como o real. Os políticos da esquerda e direita se confrontam há muito tempo sobre taxa de juros, câmbio, privatização, mas as condições gerais de vida sempre apertam.

As nações da América Latina sempre tiveram problemas para o convívio da moeda própria para operações internas e o preço do dólar. Atualmente, está mais difícil, pois o rearranjo global da produção fabril fez aumentar a dependência das atividades extrativas e agro, e a falta de dólares implica em novas dívidas. O malabarismo monetário tem sido a norma nessas nações sem disciplina no controle dos gastos, mas isso não passa de uma panaceia de efeito limitado. São repúblicas com dificuldades para dar certo porque a atividade econômica vacila e a governança é insatisfatória. É necessário buscar soluções que ativem a economia, gerando produção e empregos.

No arranjo monetário internacional, as questões cambiais e a falta de dólares foram o pivô de muitas crises políticas, pois o dólar comanda tudo. Essa moeda subiu mais de 12% ante o real. Tudo está caro. Não se compra nada por menos de 10 reais. O orçamento familiar está no limite. Qual a causa? O aperto monetário ou produção baixa? Como produzir e competir com a superprodução mundial com preços baixos?

Há tantos índices de preços, mas o dólar é o fundamental. Se sobe, tudo acompanha. A taxa de juros tem sido o meio para atrair dólares para equilibrar as contas. O cenário está complicado. Como deter esse ciclo nefasto para a economia e obter melhora das condições de vida?

Na vida, o colorido do arco-íris vai perdendo espaço. É um sintoma mundial: o colorido da diversidade individual substituído pelo branco e preto da massificação geral. Tudo caminhando para a vala comum da ignorância. Os bonecos sem vontade própria precisam de corda para continuar pulando. Na economia, há sombras travando a produção e a renda.

O tempo que deveria ter sido aproveitado para o aprimoramento e evolução da espécie humana foi desperdiçado com futilidades. O planeta deveria estar banhado de luz e beleza, mas vai ficando cada vez mais feio por onde passa o homem. O mal querer vai mostrando as tristes consequências. Tudo vai decaindo. As nações estão se armando. O cenário é de guerras. A humanidade não percebe o estrago que causou, não há mais tempo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A LAMENTÁVEL SITUAÇÃO ATUAL DO PLANETA

É desoladora a situação do planeta com guerras econômica e armada. Com tantas dificuldades, a Argentina jogou a toalha. No Brasil, o déficit é enorme. Nos EUA, dívida gigante. Europa, sem rumo. China e Rússia, opondo-se ao “privilégio exorbitante” do dólar. Qual é a origem de todo esse caos?

Criado o Estado-nação, uma elite mal-intencionada açambarcou a finança e fez dela o que bem lhe aprouvesse em vez de se dedicar com responsabilidade a construir um futuro melhor; a maioria dos líderes políticos age dessa forma. Assim se passa no mundo; o presente revela a irresponsabilidade do passado e aponta o futuro sombrio.

A humanidade desalmada sempre deu espaço para a guerra; gente matando gente. Hoje isso é mostrado amplamente nas TVs, ao vivo. A natureza dotou o planeta de riquezas que deveriam gerar benfeitorias para os povos, mas essas ficaram em poucas mãos que espalharam miséria e ignorância pelo mundo. O que acontece numa nação que entra em situação de guerra? O poder do governo aumentaria ao possibilitar ações arbitrárias? Medo e ódio se ampliam. Estão preparando a Terceira Guerra Mundial?

A pretensão da Venezuela sobre o rico território da Guiana seria mais um acontecimento envolvendo a humanidade no processo de transformações progressivas que estão ocorrendo na Terra? O ser humano não consegue entender e captar o significado amplo. As trevas estão exercendo forte influência, atraindo o mal, arrastando tudo para o abismo. As leis da Criação atuam. É preciso confiar na Divina Providência em sua tarefa de extirpar o mal para que os seres humanos, voltados para o bem, possam evoluir em paz seguindo a vontade Criadora da Luz.

Muito se fala sobre desigualdade. Aumentou a massa dos assalariados ou beneficiados com programas de renda, mas em contrapartida a renda pessoal vem caindo e o papel dinheiro perde valor. A riqueza se concentra. Os detentores de dinheiro grosso vão acumulando e assumindo os recursos naturais, que são a verdadeira riqueza colocada pelo planeta para favorecer o aprimoramento da espécie humana, mas falta conhecimento sobre o funcionamento da natureza e suas leis para conduzir o mundo material de forma construtiva para a continuada melhora das condições gerais de vida.

No Brasil, agrava-se a situação da segurança pública. É preciso muito cuidado, pois assaltos e roubos estão aumentando nas grandes cidades. O índice de homicídios avança. Famílias também são atacadas em suas residências. Recentemente, ocorreu uma situação traumática em que um bando armado pulou o muro de uma residência durante a madrugada, imobilizou o cachorro e esperou que os moradores acordassem para serem rendidos. Sabiam tudo: nomes, atividades, recursos. A segurança pública está fragilizada. Só podemos confiar na Luz e na Providência e ser vigilantes para alcançar proteção do Alto.

Queremos ser um país que tenha educação, que respeite e trate bem o meio ambiente, enfim tudo que é necessário para que um país seja um verdadeiro país, no sentido mais amplo. Precisamos de líderes que pensem com clareza e sabedoria, tendo como prioridade o progresso. Para isso precisamos oferecer às novas gerações o adequado preparo para que transformem o Brasil num maravilhoso e sonhado país de liberdade, com progresso espiritual, material, paz e alegria.

O ser humano é espírito em busca de evolução, mas estranhamente ousa negar essa realidade introduzindo decadência e miséria na face da Terra. Várias roupagens encobrem a cobiça daqueles que só querem conquistar riqueza e poder seja através da religião, ideologia, teorias econômicas etc. Há muitas religiões criadas pelo homem, mas a espiritualidade é uma só, subordinada às leis universais do Criador que, respeitadas, promovem o progresso em paz e alegria.

O que caracteriza o ser humano como personalidade individual é a intuição que deve ser levada em consideração para que suas ações não fiquem inteiramente subordinadas aos impulsos intelectivos, o que poderia torná-lo robô facilmente manipulável. Se os seres humanos e seus líderes tivessem o firme propósito de que a vida se destina ao aprimoramento, sem prepotência ou tirania, mas buscando o saber das leis da Criação, por certo teríamos evoluído em paz na Terra sob o império da boa vontade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CAPITALISMO, DINHEIRO, SOCIALISMO

O dinheiro se tornou o capital nas mãos daqueles que tinham a habilidade de fazê-lo engordar, tendo sido impulsionado pelas operações de empréstimos a juros, sendo os reis e príncipes os principais tomadores. Daí foi evoluindo para o comércio e produção de bens, absorvendo a mão de obra dos camponeses disponíveis.

Poder e dinheiro se tornaram o objetivo das pessoas que se aproveitam das possibilidades que o dinheiro oferece. Então os grandes empreendedores passaram a constituir as grandes empresas de comércio internacional cuja motivação e sintonização tinham como base aumentar o dinheiro e ampliar o seu poder. No rastro, surgiu a atividade bancária. O capitalismo, a civilização do dinheiro atua como estimulante para todas as atividades pessoais, empresariais e de governos, mas acabou gerando gargalos financeiros e abismos sociais.

A questão do dinheiro é basicamente simples, mas ficou complicada ao longo do tempo. Diziam que rico não entra no céu, mas esqueceram de dizer que no inferno também há muitos pobres. Necessitamos dos bens e do dinheiro; o problema é quando acumular dinheiro se torna a prioridade da vida, a grande cobiça, e nada mais interessa nem é respeitado.

Passaram-se séculos de continuada acumulação a ferro e fogo. Os empreendedores mais afortunados passaram a ter influência ampliada na condução dos negócios das nações e de sua população constituída de trabalhadores que deram a sua contribuição para a formar a riqueza, e também se tornaram a classe consumidora. Isso tudo ocorreu a despeito de uma frágil visão espiritualista que intuía a reencarnação, mas que almejava o poder na atual existência.

Surgiram conflitos. Surgiu o marxismo-leninismo, que incapaz de fazer frente ao sistema criado pelo capital, isto é, o dinheiro, desenvolveu uma teoria para a transformação social pregando justiça na remuneração do trabalho, moradia decente, saúde, educação. Para que esses objetivos fossem alcançados, imaginaram a supressão da propriedade privada, inclusive dos meios de produção, e para isso queriam remodelar a estrutura social formada pelos capitalistas no topo, próximos ao governo, e a população formada pelos trabalhadores em geral que também compunham a classe consumidora dos produtos essenciais e dos supérfluos. Uma ideia sedutora acolhida pela sofrida classe trabalhadora e pelas novas gerações.

Nesse cenário ocorrem os embates entre os adeptos dessas duas visões da vida. Não é preciso muito para perceber que a população em geral se acha espremida e manipulada por esses grupos que no fundo visam o próprio poder, influência e controle das riquezas. Esses embates provocam guerras, miséria, sofrimento e nada favorecem para a real evolução da espécie humana. Mas a Terra é o campo do desenvolvimento espiritual do ser humano, e isso deve ser a sintonização prioritária da humanidade.

O unilateralismo materialista está tomando conta do planeta. O corpo do homem é constituído de matéria inerte que é aquecida e vivificada pelo espírito permanente, que tem de buscar o saber das leis da Criação para atuar beneficiando, evoluir e se tornar verdadeiro ser humano, ou na indolência, um mero robô como já está acontecendo. No mundo material perecível tudo depende da natureza, a única que concede a verdadeira riqueza.

Há uma percepção geral de que o tempo para evoluir está acabando. Os freios éticos e morais estão deixando de funcionar, aumentando o perigo. Há conflitos, interesses, projetos de poder, mas também há os fios dos destinos que estão mais alvoroçados, fora do controle dos homens; são eles que trarão os desfechos justos para a humanidade. Impulsionados por nova força da Luz, os fios dos destinos dos seres humanos estão empurrando tudo para o limite crítico; surgirá uma época áspera e objetiva, será o ser ou não ser. Cada ser humano é responsável por si mesmo, por suas escolhas e seu futuro. Uma nova era de paz e boa vontade se acha em gestação.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS CONSEQUÊNCIAS DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Todos sabem como é delicada a situação de depender de terceiros, mas por que deixam que isso aconteça? O Brasil sempre ficou atrelado a interesses externos, desde a produção e exportação de açúcar, café, entre outras commodities. Com tantos recursos naturais e mão de obra, o país poderia ter construído uma economia menos dependente e se tornado mais próspero. Sem visão e sem empenho, os governantes do país o acorrentaram aos poderes e interesses externos há mais de 200 anos. O atraso latino-americano vem desde as repúblicas montadas para atender a interesses particulares. A população até que ensaiou uma evolução, mas a pobreza material e espiritual domina amplamente.

Em meio a tantas desgraças, a sociedade se sente acossada pela síndrome de pânico, sendo que na América Latina esse problema é mais grave ainda. As pessoas estão assustadas, inquietas. Em meio às crises econômicas esse é mais um fator para manter a estagnação geral.

A moeda é dita como produto do Estado, mas na verdade é o poder na mão daqueles que o comandam, e razão da revolta de outros, cuja moeda está longe de ser a moeda internacional que todos acolhem. Se ela sair do físico virtual e passar para o digital possibilitará a ampliação do controle dos movimentos. Aí entram as dúvidas sobre as atividades da sociedade moderna e a grande sombra que permeia os cartéis no mercado das drogas que atuam como multinacionais escorregadias e bem estruturadas. Haverá algum tipo de arranjo?

Cautela é a palavra para o momento. O Brasil está perto do labirinto das dívidas dominantes, mas ainda não está nesse nível. Precisa cuidar atentamente das contas e não permitir que políticas governamentais imediatistas lancem a nação numa vala profunda. Se a inflação mundial se instalar, o Brasil será fisgado pelas importações que terão seus custos elevados, algo a ser meticulosamente planejado.

O espírito intui, o intelecto raciocina. Quando o espírito não se fortalece e deixa o intelecto se impor, a intuição vai perdendo força e o indivíduo também perde a força de vontade, e vai se acomodando, pois lhe faltam propósitos. Assim, vai deixando a vida rolar e, consequentemente, seu pensar vai perdendo naturalidade, simplicidade, agilidade e clareza. O pensamento fica confuso e o raciocínio perde a lucidez; é o enrijecimento.

Então os especialistas que buscam atender aos interesses do poder, acham que a solução para lidar com a questão do baixo aprendizado das novas gerações deverá ser introduzir o pensamento artificial direcionado pelas máquinas para que os indivíduos tenham alguma funcionalidade para o sistema, mas com isso o ser humano acaba perdendo a sua a essência, a conexão com a alma.

É lamentável a situação em que se encontra grande parte dos estudantes. Inseguros, sem clareza no pensar, estão sem rumo. A velha estrutura foi impactada pelo realismo das poucas expectativas para o futuro. O que fazer? Para que fazer? O que somos nós? O que é a vida? O desemprego dos jovens é brutal. Em vez de ser eterno aprendiz, em meio à estagnação, as novas gerações estão desaprendendo a viver. Infelizmente a qualidade da educação tem piorado. Aulas chatas, alunos desinteressados.

Como os estudantes poderão ter prazer de estudar e construir o próprio futuro se perderam a esperança em um mundo melhor, e estão desconectados da própria alma e da intuição, que são a essência do ser humano? Deveriam estar sabendo ler e escrever bem. O meio digital é importante no ensino e poderá ser um simplificador em meio a tantas teorias distantes da realidade, raramente utilizadas ao longo da vida; mas o professor deve explicar na lousa, fazendo uso do giz para boa conexão com os alunos e para facilitar a compreensão do conteúdo abordado na aula.

Aprender com quem sabe fazer. Aprender fazendo. Esse parece ser o jeito certo de aprender em vez de ser envolvido por toda a teoria para depois se ajustar na vida real; o ensino precisa de atualização ante a aceleração geral. Muitos estudantes gostariam de ter aulas que os tornassem aptos para utilizar na prática e imediatamente o conhecimento adquirido. O Brasil está ficando para trás e caminhando aceleradamente para a dependência econômica e tecnológica, comprometendo seriamente o futuro.

A situação real é que o espírito fica aprisionado no corpo dominado pelo cérebro e pelos instintos corporais, sem ter condições de se manifestar para colocar em movimento a essência do ser humano. A vida é um eterno aprendizado, uma jornada para evoluir, mas aqui chegando, as pessoas se esquecem da finalidade da existência e se deleitam com as ninharias do mundo material enquanto o espírito cai na indolência e fraqueza, e não cumpre nem dez por cento do que poderia e deveria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DECADÊNCIA OCIDENTAL OU MUNDIAL?

Há muitos fatos que atestam a decadência do ocidente que está perdendo espaço na luta pelo poder. Mas todo o nosso mundo se transformou no vale de lágrimas da decadência humana. É o mundo construído após a voz do espírito ter sido deixada de ser ouvida, assinalando a erosão dos valores espirituais, morais e culturais. Querem restabelecer a ordem à força, cortando a liberdade e a individualidade; mas sem o reconhecimento da realidade espiritual da vida o declínio não será detido. O ser humano nasce para evoluir e ser um beneficiador do mundo.

O final da sangrenta segunda guerra acenou com a promessa de paz, mas as cobiças dos homens permaneceram. O mundo vive a nova tragédia transformada em circo. A questão básica é que as nações possam gerar emprego, renda e condições gerais de vida satisfatórias sem se tornarem reféns das dívidas.

Com a globalização, o Brasil voltou a ser fornecedor de commodities e as condições de vida caíram no caos. Que o país não se transforme amanhã na caótica Argentina. Dá para evitar? Enquanto os EUA se defrontam com déficits extrapolando os limites de endividamento, a China ostenta volumosa reserva de mais de três trilhões de dólares como trunfo geopolítico.

O cenário econômico foi desbalanceado. Os povos deveriam ter equilíbrio em suas relações. As riquezas naturais ficaram concentradas quando deveriam ter permitido a melhora das condições gerais de vida. Veio o dinheiro em papel e com ele as bolsas que, antes de olharem para os investimentos, deixaram os ativos em continuada inflação que atraem aplicações especulativas. Os investimentos estão paralisados. O desequilíbrio vai agravar tendendo para a estagnação secular. Os Estados-nação endividados terão dificuldade para superar as pressões financeiras, de segurança, sanitária, alimentação e outras. Faltarão gestores a altura dos desafios. É essa a realidade a enfrentar.

Pessoas simples confiavam no dinheiro, mas em muitas oportunidades foram desapontadas vendo seu capital ser corroído por medidas que visavam sanear os abusos, os quais beneficiaram alguns. O dinheiro e o poder se tornaram a prioridade. A atividade sexual desenfreada se tornou o escapismo das massas aflitas com baixo poder aquisitivo. Agora há o cansaço, a superpopulação, a crescente necessidade de alimentos, a luta pelo domínio das riquezas naturais. O dinheiro controlado digitalmente em seus movimentos cria, na prática, a fase final do processo desenvolvido há dois séculos. Haverá ganhadores? Quem serão os perdedores?

O Brasil está criando o DREX, o dinheiro digital com nome estranho. O X já substituiu o engraçadinho pássaro do Twitter. Vamos buscar um nome melhor, pois o X não carrega boas impressões. Os Bancos Centrais, além de controlarem o dinheiro, vão controlar tudo que o cidadão comum fizer com ele? Democrático? Com pouco dinheiro o pessoal já está “Durex”.

Estamos enfrentando a grave questão da saúde psíquica e mental. No passado, os pais tinham tempo para dar esclarecimentos às crianças, mas hoje está difícil. Sem esperanças no mundo, sem uma base firme e propósitos de vida, os jovens vão decaindo, perdendo a fibra. São seres humanos que precisam se fortalecer e estarem aptos para enfrentar o futuro. Um drama de segurança pessoal e nacional.

São sintomas da decadência geral. Aumentam os crimes e outras ações maldosas, isso em grande parte decorre devido à falta de bom preparo para a vida. As mães e avós faziam isso, mas hoje as crianças ficam sujeitas ao que a escola ensina. Pelo visto pouco ensinaram. As pessoas estão ansiosas, sem paciência, sem bom senso, o que se reflete na forma de agir e de dirigir. Falta consideração e respeito às mínimas regras de boa convivência.

As novas gerações estão desaprendendo a fazer uso das palavras da língua mãe. Que pobreza de vocabulários! Que raciocínio confuso! Que pensamentos desordenados. E as continhas elementares, mal sabem somar algarismos representativos de dezenas. Que futuro terão esses jovens estudantes? Que tipo de cidadãos estão sendo formados? Que futuro terá a nação e o mundo?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS NAÇÕES E AS DÍVIDAS

O Capitalismo funcionou bem nos Estados Unidos porque havia condições favoráveis para a fabricação e comercialização de produtos, o que gerava resultado e podia oferecer salários de bom nível aos trabalhadores e invejável padrão de vida. Nos demais países, sempre havia uma carência de capital e resultados. Isso gerou um descontentamento e ódio à riqueza, surgindo daí a atração por regimes socialistas; assim teve início uma divisão de classes sociais.

Com a transferência de muitas fábricas para a Ásia a situação foi se modificando e a renda dos trabalhadores declinou. Os empregos foram reduzidos e atualmente aqueles que oferecem melhores salários estão restritos às novas tecnologias. Isso está criando problemas econômicos e sociais, mormente agora em que a economia se ressente de inflação, elevação da taxa de juros e recessão.

A busca por mão de obra de menor custo concentrou a produção industrial na Ásia, onde a legislação trabalhista é bem flexível. A dependência decorrente disso alertou as autoridades ocidentais para a necessidade de desmembrar a produção para outras regiões, antes que pudesse surgir um novo tipo de imperialismo industrial.

Agora discute-se os prováveis riscos da dispersão da produção entre várias nações.  A situação tem semelhança com a difícil fase inicial da Revolução Industrial. Falta uma visão ampla de segurança nacional, de empregos e renda, e aprimoramento da espécie humana. Falta equilíbrio nas relações entre os povos e com a natureza.

Desde o tempo do casal real da França, Luiz XVI e Maria Antonieta, os déficits públicos se tornaram uma constante, com gastos supérfluos e sem foco no desperdício. Um rei e uma rainha têm por dever olhar para o povo, cuidar das condições de vida, elevar o potencial humano. Triste ver que isso não acontecia. A pobreza ficava do lado de fora e os reis não olhavam para ela. O rei não impunha controle nas contas do Estado que gastava muito em suntuosidades supérfluas, o que acabou conduzindo para a ruína.

Cortada a cabeça do casal real, veio o Estado Republicano, uma esperança; mas os governantes dos Estados se revelaram tão indiferentes à situação da população quanto os reis arrogantes, e os desmandos com dinheiro público só pioraram. O Estado se tornou o sorvedouro do excesso da liquidez financeira.

O Japão, nação de economia pujante, ostenta elevado índice de endividamento, equivalendo a US$ 9 trilhões, ou seja, a 230 % do PIB. Ainda bem que a taxa de juros está em 0%, qualquer elevação vai pesar. A dívida dos Estados Unidos também chegou ao teto e o Congresso negocia a elevação do mesmo para a máquina pública não emperrar. A riqueza real tem sua origem na natureza. O homem inventou o dinheiro e o transformou em ídolo. Criou-se uma teoria de pobreza, mas não sendo dominada pela riqueza ela é útil, por que desprezá-la?

A China, grande importador de commodities em geral e alimentos, informa que pela primeira vez em 60 anos a sua população caiu, com a taxa de natalidade nacional atingindo recorde de queda, correspondendo a 6,77 nascimentos por mil pessoas. A população do país, em 2022, estimada em 1,4 bilhão, teve uma redução de 850 mil em relação a 2021. Com as dificuldades em obter informações estatísticas sobre a China pergunta-se se o declínio teve algo a ver com a pandemia.

O século 20 foi trágico em termos de matança de militares e civis na primeira e segunda grande guerra. O que os humanos aprenderam? Sobra insensatez, falta flexibilidade. Atualmente a população da Rússia é de 50 milhões de pessoas, e a Ucrânia conta com menos de 50 milhões. O que pensam os dirigentes dessas nações e os da Otan? Está valendo a pena toda a matança? Por que ficam alimentando o conflito em vez de buscar apaziguamento?

Estamos presenciando acontecimentos nunca imaginados que pudessem ocorrer. Nunca se viu tantas mentiras, roubalheiras e indecência como atualmente, e a situação tende a piorar, pois nada mais é sagrado. A humanidade permanece estagnada devido às lutas pelo poder. No mundo todo, as nações contraíram elevada dívida social e financeira, pois não evoluíram tanto como era esperado para levar os povos à plena florescência espiritual e material.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O EXCESSO DE DINHEIRO

Se há mais dinheiro engrossando a liquidez do que bens essenciais disponíveis, o mercado fica engasgado e reage movendo os preços para cima. Os descuidos com o dinheiro tanto da parte de governos, como de empresas, especuladores e pessoas físicas têm sido amplos. A moeda tem de circular e se nesse movimento produzir bens que são consumidos, há equilíbrio, mas se circula e só produz ganho financeiro, sem acrescentar nada, fatalmente chegará o dia em que a conta não fecha, como o atual momento econômico mundial de inflação, juros altos e ameaça de recessão.

Apesar da inflação e queda na renda, o mercado sentia que a política do Guedes ia aumentando a procura, produção e faturamento. O mundo mudou porque as pessoas estão saindo da superficialidade; empresas famosas entram em crise, há perda de valor. A economia do Brasil afundou tanto desde os anos 1980 que estava difícil esperar melhora, mas se ficarem inventando teorias esdrúxulas, ainda levará bom tempo para o país recuperar seu dinamismo. Se não houver equilíbrio no câmbio, nas contas, produção, empregos, renda e educação, cairemos no abismo.

Com arrecadação federal de mais de 2 trilhões de reais seria possível fazer muita coisa sem deixar a dívida crescer, dependendo de quem administra sabiamente, mas os poderes só pensam no gasto e querem mais, e ao final do ano não há nada de produtivo para a nação. Os empreendimentos comerciais, públicos ou gerais, são como um pomar. Há que se cuidar das árvores para que deem frutos de boa qualidade.

Puxar o tapete é uma expressão que indica atitudes de pessoas astuciosas para tirar alguém do caminho e se beneficiar. É a vida com as suas dificuldades e consequências num mundo onde, para satisfazer as próprias cobiças, não há receios para causar danos a outros, seja no trabalho ou em qualquer agremiação, ou mesmo ao presidente do país. É triste, mas nada de desânimo, pois com tempo a coisa ruim é esquecida para que possamos seguir em frente, lembrando que todos colherão o que semearem.

Esperemos que os preços estabilizem, que as escolas eduquem para a vida e o trabalho, que a saúde receba os adequados cuidados. Que não haja desvio de verbas. Que a humanidade progrida de fato, sabendo que todos os seres humanos estão reencarnados para evoluírem. O Brasil precisa reencontrar o caminho próprio, pois se ficar à mercê da globalização, continuará servindo como mercado para os países exportadores escoarem suas manufaturas.

Os seres humanos se afastaram da natureza e suas leis universais, perderam a naturalidade, e não reconhecem mais os sinais emitidos por ela, como acontece com os animais que, instintivamente, percebem o que está por vir e buscam refúgio seguro. Pesquisadores da Nasa na Universidade do Havaí, que estuda a ciência da mudança do nível do mar, alertam sobre o provável aumento das enchentes nas cidades litorâneas, pois o ciclo lunar provocará aumentada influência sobre as marés inundando muitas cidades, dificultando todas as atividades.

Capitalismo, Socialismo, Neoliberalismo, Capitalismo de Estado, nada resolveu a tragédia do declínio da humanidade, a principal espécie vivendo no planeta, única dotada de intuição e raciocínio, fora do lugar que deveria ocupar. Passados mais de 80 anos do pós-guerra faltou boa vontade para resolver o enigma. Um bilhão vivendo nas mais precárias condições de vida.

A Terra se situa numa zona de transição. Acima dela há culturas mais elevadas que buscam o aprimoramento espiritual. Abaixo há um progressivo declínio destrutivo. Cabe ao ser humano decidir livremente de onde quer ser influenciado, com fluidos mais leves, enobrecedores, ou as pesadas brumas que vem de baixo promovendo decadência e miséria.

Os poderosos do G20 se reuniram na Indonésia, tendo como foco a economia e o poder. No Egito, na COP27, cientistas se debruçaram sobre a sustentabilidade do planeta com 8 bilhões de almas encarnadas. Só ter dinheiro não é suficiente; deveriam se sintonizar para receber intuições inspiradoras para enfrentar as consequências da atuação das leis universais que estruturam a Criação. Mas quem as estuda, quem as conhece com amplitude? Através delas são construídos os mundos, é dever dos seres humanos se aprofundarem no saber de como a natureza funciona.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

RUMOS DA ECONOMIA

Em 1944, no final da Segunda Guerra Mundial, 45 países assinaram o acordo de Breton Woods consolidando o sistema financeiro regido pelo dólar que passaria a ter controle de boa parte da economia mundial e da distribuição de capitais pelo mundo. Para assegurar a adesão das sensíveis nações europeias foi adotada a paridade e conversibilidade em ouro, a qual foi rompida em 1971 conjuntamente com a desvalorização do dólar, causando forte impacto, pois o crédito havia ampliado a oferta da moeda tornando o acordo insustentável. A prosperidade do pós-guerra estava estagnando, surgindo inflação e desemprego. Ainda nos anos 1970, o super aumento do preço do petróleo revolucionou a economia e o sistema monetário.

O princípio do desenvolvimento equilibrado inclusivo e sustentável entre os povos foi posto de lado, tendo sido substituído por uma velada economia do salve-se quem puder pegando em cheio os militares que governavam o Brasil. O sistema monetário internacional tinha de levar a isso, face ao artificialismo em que se desenvolveu, fazendo com que os produtores de petróleo elevassem o preço do barril de US$7,00 para US$70,00, levando o Brasil a implantar o Proálcool.

Com o aumento do preço do petróleo, as pressões dos sindicatos por reajuste de salários e a desestruturação da produção, surgiu uma grande inflação nos anos 1970, gerando uma progressiva complicação econômica. Diz-se que se o governo emite e põe o dinheiro em circulação gera inflação, mas não ocorre a mesma coisa quando emite dívida? O importante é que haja produção para atender ao consumo, empregos e renda.

O endividamento em dólar disparou, as taxas de juros também. Tudo isso foi criando ambiente favorável ao crescimento da inflação; produzir se tornou mais custoso; havia desemprego e perda de renda freando a economia. A inflação acabou sendo dominada com austeridade, juros elevados, dolarização e importações, posto que a China passou a integrar elevado contingente de mão de obra de menor custo na produção de manufaturas.

Os ganhos foram superando os investimentos em produção e gastos em infraestrutura gerando grande massa de liquidez especulativa, sem ter em que aplicar. O keinesianismo queria impedir o caos transferindo a responsabilidade de investir para o governo, o que acabou não dando certo. A China criou o capitalismo de Estado e, com a globalização, a OMC deu a ela o status de país parceiro do capitalismo de livre mercado exportando os seus manufaturados para todos os lados. E tudo foi se encaminhando para esse caos econômico que inclui desemprego, endividamento alto, desequilíbrio geral.

Muitos países como o Brasil não conseguiram sustentar mais a sua moeda em relação ao dólar com juros elevados, encarecendo os importados. O futuro tende a ser mais severo, com limitação dos recursos naturais e geoeconomia agressiva. Haverá dinheiro sobrando e miséria aumentando.

Com o deslocamento da produção para a Ásia, a economia americana criou um vazio. O “made in” se tornou o ponto crítico na produção mundial. Países que privilegiaram as importações, incluindo o câmbio valorizado, perceberam que se fragilizaram. O novo acordo comercial promovido pela China é um fato natural, já que a Ásia abriga mais de 60% da população mundial e o capitalismo de estado criou nova forma de produzir e comercializar. A questão é, qual moeda será empregada nas relações.

“Os países desenvolvidos podem se dar ao luxo de fornecer um enorme alívio para as suas sociedades, e estão fazendo isso, mas o mundo em desenvolvimento está à beira da ruína financeira e da crescente pobreza, fome e sofrimento indizível”, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na reunião do G-20.

O Brasil precisa entrar no rumo certo. O gasto do dinheiro público deve promover o progresso real. Os países têm sido geridos com desvios e desequilíbrio geral, nas contas internas, externas e na balança comercial. Agora enfrentamos a estagnação econômica que avança pelo mundo, e fica mais difícil sair do atraso. Faltam estadistas sábios e melhor preparo das novas gerações para conduzir o Brasil ao lugar que lhe cabe. O presente é consequência das ações passadas e, sem mudança do querer para o bem, a colheita da mesma espécie será inexorável.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br