Posts

A PANDEMIA EM PAUTA

A pandemia está evidenciando todas as atividades artificiais às quais a humanidade se subordinou indolentemente. A hora é de nos movimentar, examinar, falar, agir naturalmente para que não sejamos sufocados pela forma prepotente de como são lançadas sobre nós tantas coisas e atitudes reconhecidamente como nocivas para a boa formação das novas gerações, antes que haja a erosão de tudo de bom que ainda restou em nossa cultura.

De maneira geral, as novas gerações não têm recebido bom preparo para a vida. Ou são lançadas no conformismo e estagnação, ou torpedeadas com ideologias marcadas pelo ódio, incapazes de seguir pela estrada da vida construindo e beneficiando. Com isso, falta uma visão elevada que conduza a humanidade para o aprimoramento pessoal e melhor futuro.

A enigmática volta da proliferação do coronavírus, a nova onda, pegou a população de surpresa. Pouco se fala a respeito. O transporte público, no horário de pico, cria uma situação acentuada de risco para muitas pessoas e as autoridades devem buscar soluções adequadas. Faltou conscientização humana, implantou-se medo, surgiram atos de rebeldia, não há união para enfrentar o problema, a preocupação dos políticos é com 2022, querem a volta daquela atmosfera permissiva e da corrupção impune.

Tudo depende do dinheiro, um sistema que exige dos governantes um desempenho sério e eficiente na gestão da economia, juros, câmbio, moeda, mas o que fizeram? O Brasil está na situação de pagar juros desde 1889. Gastam muito, mas o pior é o gasto público em coisas não essenciais e superfaturadas.

No Brasil, tem havido muitas interferências e divergências não só na pasta da saúde. Na China é diferente; há só um poder que todos obedecem. Estão de olhos voltados para o presidente e sua equipe querendo julgá-los. No Brasil, teria de haver conscientização e esforço conjunto para levantar o país, pois em 132 anos de república quase faliram o país na economia, moral e educação.

Diante das incoerências surgidas no capitalismo de livre mercado, o modelo chinês está dando origem a um novo conceito revolucionário da economia envolvendo a junção do Estado com a iniciativa privada graúda em novo modelo de divisão social do trabalho, voltada para a produção em larga escala que transforma o ser humano em mero fator de produção e consumidor, dentro de um cenário de globalização que requer a centralização das decisões econômicas e sociais, em nível planetário, acabando por eliminar com os estados nacionais e suas fronteiras, implantando uma política única em que tudo se subordine às normas gerais do poder central, o Leviatã, o  soberano com poder absoluto sobre todos os súditos, poder concedido por eles mesmos.

Muito se fala no grande reset. Poderíamos imaginar algo como um novo sistema em gestação, em meio a atual situação, com muitas incertezas decorrentes da chamada destruição criativa, como as dores de um parto, para finalmente chegar ao Leviatã global, com moeda única e poder centralizado sobre toda a população e sobre todos os recursos naturais do planeta, no qual somos todos hóspedes temporários.

A humanidade se organizava para produzir e atender suas necessidades e a sobrevivência condigna. As elites organizaram o sistema monetário e a produção do dinheiro fazendo tudo e todos depender dele. O drama da globalização econômica, da movimentação internacional de dinheiro e produtos, foi ter concentrado a produção onde a mão de obra fosse mais barata com melhores condições para produzir e exportar, precarizando tudo.

O ministro Paulo Guedes disse que a covid-19 é “uma tragédia de dimensões bíblicas”. As pessoas não podem mais continuar acomodadas ao papel de fator de produção e consumidor. A hora é de despertar o seu espírito adormecido pelas ilusões do materialismo. O Brasil e o mundo precisam de um renascimento espiritual, ético, moral, econômico. Alvos nobres, com a participação de todos, cuja prioridade seja a construção de uma sobrevivência digna, com naturalidade, que busca a melhora das condições gerais de vida com autonomia, equilíbrio, eficiência, continuado progresso, melhora da qualidade humana, o que não está fácil nesta época de colheita acelerada. Cada indivíduo tem que se movimentar em busca de seus sonhos de evoluir, construir e beneficiar, em Paz e Liberdade!

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

A SITUAÇÃO EM 2021

A quem interessam as consequências econômicas negativas do coronavírus? A economia ficou desequilibrada com a globalização e a concentração das fábricas nas regiões de mão de obra barata. Os preços baixaram, os empregos sumiram, a renda e os juros caíram, o dinheiro foi para a volatilidade das bolsas, mas as pessoas continuam precisando de comida. O Brasil pode produzir e vender com preço de mercado, mas a classe política, subordinada a interesses externos, contribui para reduzi-lo a simples entreposto de produtos in natura e dependente de tudo o mais.

Várias décadas perdidas seria simples acaso? A economia do Brasil já teve energia taurina, tanto que chegou a despertar ciumeiras dos “hermanos”. Décadas perdidas como as de 1980, 1990, 2010 e por aí vai. O touro virou um bezerro desmamado, sem forças para aproveitar os próprios recursos naturais. A sina dos eternos devedores, que no dizer do historiador escocês Niall Ferguson, têm de cavar; o Brasil está entre os que não dispõem de trunfos financeiros e por isso tem de “cavar” fundo, apenas para ter uma subsistência precária. Vão dizer que isso é culpa dos exploradores, certo? Mas e o que tem feito a classe política?

Atualmente, há boas tentativas de atenuar os sofrimentos e boas recomendações, mas é preciso saber que estamos atravessando uma fase diferente de todas as outras desde os anos 1950, e cada pessoa tem de encontrar a forma adequada de compreensão e adaptação à situação e, principalmente, às leis da natureza, que eram mais bem conhecidas em tempos passados. A obscura confusão reinante tem de ser iluminada pela Luz da Verdade sobre o significado da vida. A compreensão do significado da vida requer o conhecimento e o respeito às leis da natureza que a tudo sustentam. Querendo ser superiores à própria natureza, os homens inventaram o dinheiro.

A questão não está no sistema, mas em quem criou o sistema, ou seja, os próprios seres humanos que esqueceram a espiritualidade e seguiram na sintonização puramente materialista e deu nisso: a precarização geral. Enquanto a dívida dos Estados Unidos, em 2017, no montante de US$ 18 trilhões, a juros de 1%, acarretava juros de US$ 180 bilhões, o Brasil, com dívida equivalente a US$ 1 trilhão (dólar a R$3,50) geraria encargos da ordem de U$ 155 bilhões, mas os juros Selic estavam em torno de 8% a.a. É fato que o Brasil não emite dólares, mas isso não justifica essa enorme disparidade.

Criam dinheiro, compram papéis encalhados e ouro, que efeito se pode esperar disso? A permanência do ser humano na Terra é transitória; nesse período, tem de sobreviver cuidando do corpo, alimentando-o, respirando ar fresco, movimentando-se. A simples criação de dinheiro ou acúmulo de ouro só trará resultados se promover produção, trabalho e atendimento das necessidades da população.

A ansiedade do século 21 vai avançando. O momento é muito grave, pois muitas pessoas estão dominadas pela confusão, e não é para menos; mentiras, desinformações, atitudes impulsivas, os seres humanos se esqueceram da prometida colheita de tudo que semearam com pensamentos, palavras e ações. Cada ser humano tem de se ocupar com a preservação da saúde para manter o corpo forte e resistente. Não fumar, não abusar das bebidas, cuidar da boa alimentação, ter higiene física e mental, respeitar as leis naturais, buscar ser sadio de corpo e alma e o autoaprimoramento, enfim se esforçar para se tornar um ser humano autêntico. Mas o que tem sido oferecido às novas gerações?

A situação é grave, é bom tomarmos consciência. Através de aglomerações e também do não uso, ou uso inapropriado da máscara, o vírus invade o organismo pelas vias aéreas, olhos, nariz e boca. Ele não resiste ao sabão, por isso a necessidade de higiene pessoal, à lavagem das mãos, troca de roupa e sapatos quando se volta para casa após uma saída. Se os humanos se preocuparem com o próximo, o vírus terá que desaparecer. A contaminação existe e exige cuidados, mas há a utilização política do vírus com propósitos eleitoreiros e geopolíticos. É uma guerra, mas também estamos na grande colheita. Se cuidarmos de forma certa do nosso corpo poderemos prosseguir com um pouco de segurança neste caminho áspero e despido de amor.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

CRISE ECONÔMICA E MÁS NOTÍCIAS

Há no mundo um grave problema no preparo das novas gerações que está sendo direcionado unilateralmente para o trabalho e o consumo, sufocando as individualidades. Com a robotização e a padronização da divisão das tarefas, foi gerada uma atmosfera abafadiça que está trazendo o desencanto e estresse nos jovens. As explicações sobre os ensinamentos de Jesus se afastaram daquilo que ele realmente falou. As imposições introduzidas chegaram ao ponto em que a crença cega foi abandonada, mas nada havia para substituí-la.

Com o embotamento espiritual, o intelecto avançou nas ideias ateístas e materialistas. Jesus veio para trazer a Luz e a Verdade sobre a vida para os seres humanos que afundavam nas trevas. Como sair da alienação do significado da vida que se distanciou de propósitos enobrecedores?

Einstein, Darwin, Newton e muitos outros reconheciam a existência de poderosas leis reguladoras da natureza e da vida. Por isso a importância, até hoje não compreendida, de iniciar o aprendizado infantil através das belezas da natureza e seu encadeamento lógico de causas e efeitos, para inspirar novos cientistas como os acima citados que pesquisavam a natureza para adquirir saber real. Como o ser humano deve ser preparado para a vida?

O bom preparo das novas gerações é questão que vem sendo descuidada no Brasil e no mundo, e com isso ameaçando o futuro do país e do planeta. De longa data, estão sendo submetidas ao tratamento pão, circo e indolência para raciocinar com lucidez sobre a vida. Não se trata só de falta de oportunidades para aprender e trabalhar, mas de oportunidades de se aprimorar como ser humano, de sonhar e contribuir para um mundo melhor, trabalhar, progredir, não ser um ignorante inútil.

O coice é um movimento de defesa próprio dos quadrúpedes, que consiste num golpe desferido com as patas traseiras. Tem muita força e pode ferir mortalmente. A aspereza da vida no século 21 pode ser definida como uma sucessão de coices que, vindos de todos os lados, derrubam a energia. Há muitas pessoas brutas no trabalho, no trânsito, nas estradas.

Muitos seres humanos não conseguem evitar serem rudes com o próximo. Isso acontece até entre os diplomatas que cuidam dos interesses das nações. Falta consideração humana. Muitas pessoas estão percebendo que com tantas diferenças de caráter é preciso se resguardar, falar pouco, olhar onde pisa, estar vigilante e em oração, porque estamos vivendo a temporada dos coices.

Vivemos na era das colheitas, os efeitos de todas as ações humanas se aceleram. A falta de visão para a necessidade da evolução espiritual tem acarretado a formação de gerações menos aptas e dispostas a buscar o saber do significado da vida. A falta de integração com as leis da natureza está acarretando desequilíbrios acima da capacidade humana de restabelecer a normalidade.

A pandemia da covid-19 tem movimentado pessoas solidárias de forma espontânea e voluntária. Pessoas que definem seus propósitos e vão atrás, e por isso vivem melhor, se alegram mais, são mais ativas. Mas a falta disso tem afetado a qualidade da espécie humana que tem se tornado mais egoísta, o que se reflete nas famílias, nas empresas e nos governos.

Há uma boa dose de preocupação com os cuidados com a covid-19: máscara, luvas, álcool, distanciamento social. As estatísticas dizem que acidentes de trânsito, em 2018, atingiram a triste marca de 23,4 mortes por 100 mil habitantes, considerada muito alta. No Brasil, uma pessoa morre a cada 15 minutos por causa de acidentes de trânsito. A cada dois minutos, um ser humano sofre sequelas por causa de ferimentos, então por que essa desgraça que vem se repetindo há anos não tem sido objeto de campanha permanente de educação e prevenção?

O Brasil vem declinando desde os anos 1980; de lá para cá faltou governança competente e idônea. A moda agora é jogar a responsabilidade de todo esse caos no governo atual e sua equipe. Falta honestidade; em vez de cooperarem na recuperação do país, se esforçam para afundá-lo. Como bem afirmou João Paulo Ferreira, presidente da Natura, “vamos entrar em 2021 com onda de más notícias e dificuldades do ponto de vista econômico”. Onde estão os nobres sonhos de melhor futuro?

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A COVID-19 E AS REFLEXÕES

Tudo está mudando rapidamente. Muitas oportunidades estão desaparecendo por causa da nova tecnologia digital. Os negócios em nível mundial se concentram, cada vez mais, nas mãos de poucos, enquanto grande parte da população vai sendo condicionada para uma forma de vida padronizada e distraída, sem se preocupar com o seu significado. As comunicações de massa pouco contribuem para estimular reflexões profundas e intuitivas, e com isso, o ser humano vai ficando enrijecido, com horizontes cada vez mais restritos.

No ocidente havia liberdade e oportunidades. Na região asiática, com seus bilhões de habitantes, a sobrevivência se fazia com precariedade, o que agora se esparrama pelo ocidente, alcançando até os países avançados, projetando o declínio da humanidade e a tentativa de retardar a distopia do embrutecimento geral.

A globalização e o Capitalismo de Estado trouxeram para o livre mercado o confronto na diversidade de legislação trabalhista e política salarial, inviabilizando muitas atividades. Como resolver se para a OMC é tudo a mesma coisa? A CLT é complexa. Na empresa que trabalha sob encomenda, o que fazer quando não houver encomendas? A participação nos resultados poderia ter aplicação mais ampla. Os encargos sobre o pagamento de salários precisam ser ajustados, pois emperram a contratação e reduzem a renda, e consequentemente o consumo. Ajustes devem ser feitos para que a economia se movimente mais e melhor.

Essa crise mundial deveria dar o que pensar aos especialistas e pessoas em geral, sobre a renhida luta pela sobrevivência que impõe precárias condições. A covid-19 é maléfica por provocar muitos contágios sem que se saiba exatamente como evitá-los e como tratar os doentes diante de tantas polêmicas, além da dúvida sobre qual seria a forma adequada para o convívio com o vírus para não cair na paralisação de todas as atividades.

Os países com mão de obra barata se voltaram para o mercado globalizado que agora se restringiu, e assim ficam sem saber o que fazer diante da crise, mas deveriam buscar alternativas econômicas internamente e rever o modo de vida para alcançar um viver mais natural, sem a precarização e miséria, mantendo a disponibilidade e diversificação alcançada nos produtos manufaturados.

Num momento de economia estagnada, de onde poderia surgir uma onda inflacionária? A nova cédula de R$200,00 nada tem a ver com isso. Pensando no essencial, se a comida se tornar escassa e tiver aumentos de preços, poderá surgir daí uma onda de inflação de difícil combate. A ausência de paridades fez das moedas um negócio altamente especulativo. As oscilações no câmbio são, em grande parte, manipuladas em função de interesses específicos.

Há no mundo muito dinheiro ocioso e as bolsas estão no limite. A capacidade de produção é alta, mas a renda segue em declínio. Não há onde investir, a não ser no financiamento dos Estados, máquinas de jogar dinheiro fora, mas que atingiram o pico da insustentabilidade da dívida pública. Os governantes pouco zelaram pelas contas internas e externas, lançando mão de experimentos econômicos para curtos períodos de ilusória fartura, produzindo muita dívida e aumento da miséria, permitindo exorbitantes lucros especulativos. A redução dos juros dá um alento à capacidade de endividamento, mas a economia fragilizada não reage. Os estadistas que querem controlar a dívida não recebem apoio e a dependência vai aumentando.

Na diplomacia não há amizades, só interesses. O Brasil poderia estar muito à frente, mas se ressentiu da falta de estadistas sérios, competentes que visam o bem geral do país. Se o dinamismo e os fundamentos naturais da economia não forem mantidos, a retrograda atividade extrativa será preponderante. Felizmente o agronegócio tomou impulso face ao déficit alimentar pelo mundo, mas é pouco para se dizer que o Brasil seja um país independente com produção, emprego, renda, consumo, bom preparo das novas gerações, progresso.

Em meio a tantas dificuldades os seres humanos deveriam parar para pensar sobre suas causas. As Leis da Criação contêm a Vontade Criadora de Deus que possibilitam a vida do ser humano para que este pudesse evoluir observando-as para o bem geral. Em vez disso, e em meio à confusão, as pessoas deveriam buscar a Luz da Verdade para encontrar o rumo certo e compreender o real significado da vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

CARTÕES DE CRÉDITO E COVID-19

Há muitas pessoas displicentes com suas contas, especialmente com o cartão de crédito, mas com milhões de desempregados a questão assume outros contornos. Uma das causas é a Covid-19, mas é também tudo que aconteceu antes. A economia brasileira foi reduzindo a produção destinada ao mercado interno. Faltou melhor planejamento que buscasse o equilíbrio entre produção, trabalho, renda, tudo muito desigual no Brasil desde a fase do trabalho escravo. Como considerar boa para um país a globalização que leva os empregos e a produção para fora, desequilibrando a economia interna?

A economia moderna tomou o antigo jeito mercantilista de produzir para exportar e acumular riquezas e poder, visando superávit em suas contas externas, mas quando o mercado fecha devido a uma crise como a da pandemia, fica sem saber o que fazer. Deveria estar voltada para produzir para a própria população. Esse modelo satisfazia os interesses do mercado financeiro global, mas ao longo dos séculos, tem demonstrado que não promove progresso equilibrado entre as nações.

Foram séculos de descuidos com a saúde e com o preparo das novas gerações. Agora surgiu o dilema: vida ou economia. Mas o essencial é conhecer a finalidade da vida. A atual situação do Brasil mostra as consequências dos maus governos despreocupados com o equilíbrio das contas internas e externas, com o baixo nível de renda e falta de bom preparo da população. Um dos efeitos da má gestão são as muitas obras inacabadas, fruto de projetos ruins, falta de planejamento, e muitas vezes, corrupção.

Produzimos poucas coisas. Dependemos de importação de manufaturas que chegavam com preço arrasador. A renda caiu mais com o desemprego, um problema que se arrasta há décadas com a transferência da produção para a Ásia. As contas públicas e administração da dívida pública estão em caótica situação. Há um problema político de luta pelo poder, mas a economia sofre de males que se acumularam sem que recebessem um tratamento objetivo. O mercado interno é fraco e despreparado, a precarização externa chegou até aqui. Como solucionar esses problemas?

A economia de muitos países segue como carro velho que vai largando partes pela estrada. Apesar de um esfriamento da globalização, a economia mundial não indica a possibilidade de mudanças no sistema, rumando na direção da renda básica universal como a grande panaceia para acomodar a massa que enfrenta escassez de comida e educação.

O avanço econômico e tecnológico da China foi surpreendente. O grande problema dos seres humanos é que não conseguem estabelecer um progresso equilibrado. A transferência das fábricas para a China acarretou alguma melhora no sofrido povo de Mao Tse Tung, mas afetaram a renda e empregos noutras regiões, criando um novo protagonista nas finanças mundiais, gerando o grande desequilíbrio geral, agravado com desequilíbrio na natureza.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, disse que as explosões recentes em seu país foram provocadas pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônia, produto que tanto pode ser usado na fabricação de fertilizantes agrícolas quanto de explosivos. O Líbano se tornou um ponto de concentração das incoerências humanas e dos pensamentos maléficos que se materializam nos problemas criados pela humanidade, decorrentes da forma de viver em desacordo com as leis da Criação. Destruição, insegurança, desemprego, mortos e feridos, economia desequilibrada, crise no abastecimento.

A frase “sadio de alma, corpo e mente” mostra o conjunto que forma o ser humano: a alma ou espírito, no comando; e o corpo, do qual faz parte a mente através da atividade intelectiva, que deveria refletir intuitivamente, mas quer a supremacia, anulando o espírito e forjando um mundo áspero, sem coração, como é o mundo atual que alma nenhuma consegue reconhecer como humano.

A consideração humana é uma atitude vinculada à humildade espiritual. Pessoas arrogantes que se julgam superiores, oferecem pouca consideração ao próximo por considerá-lo insignificante. Insensíveis ao sofrimento alheio, caminham pela vida como se fossem os donos do mundo, buscando o máximo de satisfação para si mesmos. Como bem disse Abdruschin: “Concedido vos é peregrinar através da Criação! Caminhai de tal maneira, que não causeis sofrimento a outrem, para satisfazer com isso qualquer cobiça”. Pensando no bem geral, podemos contribuir fortemente para a paz e a bem-aventurança da humanidade.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

SERÁ O FIM OU O RECOMEÇO DO BRASIL?

O que temos ensinado aos jovens que ingressam nas faculdades de economia? A questão não está no sistema, mas em quem o criou, ou seja, os próprios seres humanos que esqueceram a espiritualidade e seguiram na sintonização puramente materialista e deu nisso, a precarização geral da vida. No afã de minimizar os custos e manter os ganhos, as indústrias foram para a Ásia, mas dessa forma foram subtraídos empregos e renda. Em seu imediatismo, o ser humano destrói as condições de subsistência e também sua morada temporária.

Os ares estão mais leves, a quarentena está mostrando quanta displicência há no modo de vida frenético de produzir coisas úteis e muitas bugigangas que servem para nada. Pessoas indo e vindo desordenadamente, todos no mesmo horário lotando trens, ônibus, avenidas. O olho gordo do ganho foi o biombo que escondeu toda a insensatez e que agora foi lançado por terra pela epidemia, convidando ao bom senso e à busca do sentido da vida.

Estamos sob a tempestade bem montada. Aviões estão no chão. Ações sobem puxadas pelos ventos, mas descem quando o vento diminui. Colocou-se muita dependência na oficina chinesa, mas quem poderia pensar que algum dia ela pudesse dar uma parada? Bancos Centrais cortam os juros. Aumentam a liquidez. Recompram papéis. Evitam o caos financeiro.

A epidemia global do covid-19 ocasionou uma parada geral. Os ativos se depreciam, o PIB permanece estagnado com possibilidade de queda. Faltam empregos. O coronavírus está impactando todas as atividades. O dinheiro deixa de circular, os negócios ficam paralisados, o que acontecerá com os empregos e o PIB?

O Brasil está em clima semelhante ao dos anos 1980, com a dívida externa e sua outra face inflacionária. Tudo andava devagar. Agora a dívida está em reais, mas é gigante, e de novo andamos em clima de país endividado necessitando de dinheiro, sem alternativas para agir. Não há máscaras nem equipamentos necessários para os profissionais da área de saúde; tardiamente se percebe a importância da indústria nacional.

Congressistas e governadores demandam dinheiro, mas a renda da população em geral e dos servidores públicos se precariza. Quem está disposto a investir em produção? Exclua a carga tributária, baixe os juros e mesmo assim o importado produzido em larga escala chega mais barato. Mas o produto importado demanda dólares que estão em fuga, agora com cotação mais real.

Vivemos numa época que não preza mais a verdade. Estamos na era da pós-verdade, dos ataques à moral. O bullying e a infâmia são as armas desleais utilizadas por inimigos e pessoas de baixo nível que querem desorientar e confundir. Cada um que examine a si mesmo e às reações que teve quando atacado injustamente com falsidades e mentiras. O ser humano não é uma barata. É preciso uma forte couraça para se safar desse tipo de ataque.

Numa relação sadia com seus cidadãos, o Estado não deveria se agigantar para manter a população acomodada, desfrutando das migalhas enquanto os tubarões ficam com o filé. Um povo forte, bem preparado, não precisa de Estado grande que interfira em tudo, mas que defenda os interesses econômicos, culturais e espirituais da nação.

Dizem que o país está dividido e isso é natural porque antes todos estavam iludidos com as migalhas. Apenas uma parte abriu os olhos e viu a realidade; outros permanecem no engano. Tudo contribui para a cegueira: a imprensa, as TVs, as fakenews, mas principalmente a indolência do ser humano que vê e não quer enxergar, não quer ativar as próprias capacitações para analisar e refletir.

Passamos a importar de tudo, pois era mais simples e barato. Isso começou em 1995. Em menos de 30 anos acabamos com a indústria e o país enfraqueceu. Exportamos madeira, importamos móveis. A globalização foi o grande engano. Com dólar mantido barato artificialmente, as indústrias não puderam resistir à concorrência do importado feito com mão de obra barata. O poder está na economia produtiva não na especulação, que trouxe o desemprego, queda na renda e a precarização geral aceita pelos governantes, inclusive nos EUA. A rota da decadência prossegue. O que fará a classe política? Será o fim do Brasil como pátria livre ou um recomeço?

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ATIVIDADES BENÉFICAS

A epidemia do covid-19 está mostrando as práticas inúteis e superficiais que fazemos, que absorvem nosso tempo de vida, que poderiam ser abandonadas e não fariam falta nenhuma para o bem da humanidade. Algumas coisas, porém, foram postas de lado sem critério, sendo as principais, o trabalho, o estudo e a atividade física. O trabalho deveria ser mais bem pensado, com menos horas de atividade e mais horas de estudo. O sistema 24 horas por 7 dias das semanas já se revelou antinatural; as noites foram feitas para o repouso.

Enfim, tudo que a humanidade faz ficou impregnado da ânsia pelo dinheiro retirando a naturalidade de suas atividades e o sentido humano, o significado e finalidade da vida. Em vez de a humanidade atuar naturalmente para atender às próprias necessidades de forma condigna, todas as pessoas acabaram sendo apenas meros fatores de atividades econômicas para o acúmulo de dinheiro e poder nas mãos da classe que quer se comportar como se fosse dona do planeta, deixando de lado a amplitude da vida e da Criação, que inclui o aquém e o além, sendo tudo uma só coisa e cuja separação foi feita por seres humanos intelectivos e materialistas para alienar a humanidade da vida real. Com a pressão reforçada da Luz da Verdade do Criador, todas as consequências da forma errada de viver estão surgindo aceleradamente, de forma dramática, para que sejam extirpadas da face da Terra e a humanidade possa beneficiar tudo através de alegres atividades e evoluir em paz.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O CHOQUE COVID-19

Após 25 anos de juros extravagantes, veio a baixa. Aqueles que tinham se habituado a manter o consumo com a renda fixa perderam o rumo e foram seduzidos pela renda variável sem perceber que tudo já estava superavaliado. Com a queda dos rendimentos, ficaram falando sozinhos. Agora os países já endividados vão sendo seduzidos para ampliar o gasto, mas como não emitem, teriam de aumentar a dívida, o que poderia conduzir ao cadafalso pelos governos irresponsáveis e aproveitadores. Como aumentar a produção, emprego e renda? Depois de décadas de imediatismo econômico e desmazelo no trato da finança pública, o coronavírus põe tudo à mostra.

Está parecendo filme de James Bond. Há boatos que falam de jogada da China em parceria com os globalistas. Artigos em jornais especulam que a economia da China poderá tombar. Mas o que está se passando no planeta? Estatísticas externas indicam que o vírus mata e contagia com facilidade. Para religiosos se trata do começo do fim. Procurando por um pouco de lógica nos acontecimentos, religiosos dizem que a humanidade semeou ventos e colhe tempestades, mesmo assim não querem saber da Vontade de Deus. Estamos atravessando a grande crise gerada pelo ser humano que abandonou a intuição, a voz do espírito.

O projeto de globalizar a produção mostra as consequências. O que farão os 7,8 bilhões de habitantes da Terra? A crise do vírus mostra as superficialidades da humanidade e adverte sobre o seu modo de viver extravagante que transformou a vida em renhida luta pela sobrevivência.

Em 2020 estamos enfrentando uma situação inédita. Tirando farmácias e remédios, a economia está parando. A crise pegou a todos meio desprevenidos, mas esperançosos de melhoras. Ninguém sabe qual será o pacto global, nem quais serão os desfechos determinados pelas leis da Criação.

Alguém está planejando como lidar com essa interrupção geral? Se não houver bom direcionamento, o planeta poderá cair no caos. A mídia continua em campanha de informar e assustar. Prevenção e cuidados são necessários e importantes, mas pânico não. Estamos atravessando uma época muito difícil. Querem parar o Brasil? As trevas se revolvem procurando oportunidades para semear ruína.
Essa época difícil exige muita vigilância e oração sincera. A parada forçada cria nas pessoas um clima estranho de aposentadoria. Temos de impedir que inquietação e a intranquilidade nos atinjam, fazendo reflexões com sinceridade e bom senso. Para que nascemos? Muitas pessoas continuam fazendo barulho sem querer entender que a indolência espiritual é a causa da ruína no planeta.

Mais de quatro milhões de anos foi o tempo necessário para que o planeta adquirisse as condições de vida e sustentabilidade, o mundo em equilíbrio pela automática atuação das leis naturais da Criação. “Mediante a vontade e os pensamentos, os seres humanos dirigem os destinos de toda a Criação posterior, bem como os deles mesmos, e nada sabem disso. Favorecem o florescer ou o fenecer, podem alcançar soerguimento na maior harmonia ou também aquela confusão caótica que atualmente se dá! Ao invés de construir sensatamente, malbaratam desnecessariamente o tempo e a energia com tantas vaidosas futilidades”. (Abdruschin, Mensagem do Graal, vol.2)

A condição essencial para controlar surtos de vírus é a higiene. Cumprimentos muito próximos são problemáticos, vamos evitar beijos e abraços, todos vão entender e colaborar. Mantenha as mãos limpas, cumprimente com um sorriso. Ensinem as crianças a terem mais confiança.

O Brasil precisa de um renascimento espiritual, ético, moral, econômico. Alvos nobres que devem contar com a participação de todos, cuja prioridade seja a construção de um país digno, que busca a melhora das condições gerais de vida com autonomia, equilíbrio, eficiência, continuado progresso, melhora da qualidade humana de sua população tão descuidada pelo poder público. Mas não é tarefa fácil dada a cobiça pela cadeira do Presidente. Cada indivíduo tem que se movimentar em busca de sua libertação espiritual, seus sonhos de evoluir, construir e beneficiar.

Os auxílios da Luz sempre estão disponíveis, mas é preciso a gratidão, os pensamentos voltados para o bem, e a confiança de que tudo se encaminhará para o desfecho certo de acordo com as leis da Criação. Coragem, perseverança, força, serenidade, confiança no Criador Todo-Poderoso. Cultivando a gratidão, a paz e a vontade voltada para o bem, a alegria virá.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7