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DINHEIRO E DIFICULDADES

Estamos vivendo num mundo desequilibrado e em declínio. Há muito dinheiro circulando, mas permanece a miséria. As dificuldades estão aumentando, pois a humanidade persiste em introduzir erros no seu modo de viver afastado das leis da Criação, estragando o mundo. Há um pessimismo geral. Em vez de se fazer o diagnóstico correto e buscar soluções, há uma enxurrada de negativismo. Faltam objetivos, falta esperança; enquanto isso, o declínio vai caminhando.

A questão da taxa de juros é complicada, mas todos sabem que juros compostos são bola de neve. O dinheiro tem os seus mecanismos, sempre vai inflando, a produção nem tanto, e ultimamente tem minguado. O lamentável tem sido a displicência do governo com o controle e qualidade dos gastos. Parece que jogam fora o dinheiro conseguido com o sacrifício geral nas elevadas taxas dos impostos. Além da taxa de juros, a instabilidade no câmbio também tem provocado perdas e ganhos especulativos.

Longe vai o tempo em que os seres humanos viviam em paz e alegria, pois estavam integrados à natureza, seus entes e suas leis. Muitos indivíduos estão perdidos, poucos estão buscando um rumo adequado de construção benéfica e progresso. Sem um bom preparo para a vida, não poderá haver inclusão num objetivo maior, permanecendo essa confusa vida sem propósito.

O Brasil “do futuro” corre o risco de ficar sem futuro. A educação de qualidade das novas gerações para a vida requer disciplina, esforço perseverante, dedicação, equilíbrio na retribuição por tudo o que recebem, ou seja, o oposto do que está sendo oferecido aos jovens que se tornam indolentes, exigentes, sem vontade de aprender, sem força de vontade.

As novas gerações estão se acomodando na lei do menor esforço. Pouco fazem, pouco querem aprender. O problema está na falta de automotivação e na fraca força de vontade para abrir os olhos e se esforçarem de forma perseverante. O Brasil precisa de pessoas fortes com propósitos enobrecedores, clareza no pensar, bom senso e força de vontade para o bem, aptas a decidir com discernimento próprio.

O ser humano se julga o centro de tudo. Na realidade, é espírito encarnado em um corpo constituído de água e matéria para alcançar a autoconsciência e a compreensão da Criação e suas leis. O corpo tem prazo de validade, mas em vez de aproveitar essa fase para se fortalecer e evoluir, cada indivíduo se considera dono da hospedaria sem querer respeitá-la. Quando chegar a hora, deixará o corpo e seguirá de acordo com a lei da reciprocidade para a planície que fez por merecer. A alma vivifica o ser humano. Se a alma dorme, o espírito não atua, o corpo perambula pela vida perdendo tempo. Colherá tudo que semeou, podendo chegar à autodestruição de sua identidade, ou plenamente desenvolvido, alcançar o reino espiritual.

Muitas coisas afetaram a sustentabilidade do planeta torpedeada pela ganância. Trágicos eventos internos arrebentaram mecanismos naturais que deveriam ter recebido todos os cuidados. Eventos externos, como o aumento da temperatura do Sol, não podem ser descartados. A conciliação do homem com a natureza tem de ser feita no planeta todo, de norte a sul.

O livro Covid – 19 O Grande Reset (Schwab e Malleret, Editora Videeditorial) apresenta mapa das interconexões de riscos atuais, com ênfase na economia. Podemos também enxergá-lo como pontos de acumulação ou mapa dos fios do destino tecidos pelas ações dos seres humanos, o semear. A interdependência, a velocidade e a complexidade estão presentes nos acontecimentos em aceleração que podem causar distúrbios; no entanto, os pesquisadores não sabem prever exatamente quando ocorrerão eventos críticos, ou seja, a colheita boa ou má. O que chamamos de mundo mutável resulta da pressão aumentada da força natural que está acelerando as consequências das decisões dos seres humanos com desencadeamento rápido, o que atua como higienização e advertência para eliminar o superficialismo e imediatismo.

Algo novo deve surgir. Um novo mundo terá de respeitar as leis da Criação, colocando de lado as leis erradas inventadas pelos homens para atender a seus propósitos egoísticos. A Luz da Verdade há de brilhar como sempre deveria ter brilhado sobre a humanidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ALGO VAI ACONTECER?

Os seres humanos receberam a Terra para um tempo de aprendizado, para fortalecer o espírito. Reconheciam a natureza como doadora e os entes da natureza, servos do Criador. Predaram a natureza, fonte da riqueza, criaram o dinheiro de papel e dominaram o planeta achando que estavam no comando, mas a natureza e seus entes agora mostrarão a sua força.

A situação mundial é grave, pois estamos diante de uma fase de transformações aceleradas e é triste ver o despreparo de grande parte da população induzida a um viver puramente instintivo: comer, beber, se divertir, afastado da verdadeira essência humana. Falta o preparo para um viver compatível com a espécie humana, situação que vem se agravando, uma vez que as pessoas estão se afastando da realidade da vida. “Os maus, sem dúvida, compreenderam algo que os bons ignoram”, segundo o cineasta Woody Allen. Mas isso não os livrará da colheita de tudo que semearem.

Ao antigo sistema de trocas foi introduzido o dinheiro intermediando, dando impulso ao comércio e produção visando ganhos. Moedas metálicas e papel moeda. Se o metal limitava a produção de moedas, o papel moeda é maleável em sua fácil impressão. Aqui o diabo fez a festa ao se produzir dinheiro do nada, um maravilhoso privilégio. Mas, por conta disso, surgiram vários inconvenientes, a começar pela inflação que é a perda do valor de compra, e a ampliação na desigualdade de participação no bolo, dando margem ao surgimento da pobreza absoluta e ao desequilíbrio monetário. O instrumento empregado para corrigir é a taxa de juros, que inibe o aumento da inflação, mas também causa desequilíbrios. Vamos tentando até encontrar melhor solução.

Quando se abate uma desgraça, geralmente rola o dinheiro público. Um maná de riqueza que vai para mãos duvidosas. O que farão? Atenderão às necessidades prementes da população, ou darão um jeito? Demonstrativos, comprovantes, podem ser obtidos. Quando há dinheiro extra tudo se facilita, gerando o desapontamento com gestões maldosas e oportunistas.

Irresponsavelmente os seres humanos querem levar vantagens causando prejuízos a outros. Um acúmulo de erros que ocorre não só no Brasil, ou seja, a secular displicência com as contas públicas, falta de seriedade, gastos inúteis não prioritários, desperdícios e desvios. Chegou no ponto crítico, já que a dívida se sobrepõe e não cede. Esse é o ponto a ser tratado objetivamente. Muita teoria nada resolve. O mundo está cheio de defeitos criados pelos homens. Por quê? Porque não percebem como a nossa passagem é efêmera, e como as condições do corpo e da mente se alteram com o passar do tempo; mesmo assim raramente buscam se inteirar do real significado da vida e das leis que a regem.

O futuro sempre deveria ter sido de progresso pacífico e evolução. A paz entre os homens depende da boa vontade, aquela que quer viver respeitando a lei máxima de não causar danos a outros seres humanos para satisfazer as próprias cobiças. Somos todos peregrinos em busca da Luz, algo esquecido pelos milênios de vaidades.

Uma das consequências desse modo de agir e pensar é o conflito entre Ucrânia e Rússia que se alonga mais do que se podia esperar. Além disso, há várias questões pendentes: o dinheiro, o trabalho, a educação, o sistema eleitoral. Na confusão existente parece que há uma perda de controle. Tudo no mundo ocorre de forma imprevista. O que será que vai acontecer no sistema eleitoral? E com o dinheiro, a renda, o trabalho?

O Brasil está recebendo uma enxurrada de dólares, seja pela taxa de juros, ou pela especulação com ativos que ficaram abaixo do valor, mas será terrível se resolverem ir embora todos ao mesmo tempo. Há muito burburinho sobre o dólar americano, a moeda reserva. O que vai acontecer com ele? Será confrontado por alguma moeda nova? Será substituído pela implantação da moeda mundial? Resistirá e permanecerá como a moeda que faz girar a economia mundial desde o pós-guerra?

Vale lembrar que o dólar de prata foi instituído pelo governo americano em 1792. Depois veio o FED, em 1913. No pós-guerra, a libra foi substituída pelo dólar Breton Woods, que permaneceu dominante pelo mundo mesmo após a ruptura de 1971. O dólar americano poderia ser uma moeda permanente, mas abusos do governo ocorreram pelo relaxamento com o crescimento da dívida e formação de bolhas especulativas que fizeram tremer os alicerces. Falam em nova moeda, mas com isso os Estados Unidos passariam a ser uma nação dependente como as demais? Quem controlaria a moeda a ser criada? Que condições imporiam à humanidade? Seja como for, o que todos necessitamos é de uma visão de melhor futuro compartilhada por todos os povos.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DINHEIRO E OS BOMBEIROS

Tudo caminhava, embora aos trancos e barrancos. A pandemia deu uma travada. Dois anos depois começaram a aparecer os buracos que foram se desenvolvendo no setor imobiliário, nas bolsas, no comércio. A pandemia acarretou um choque de realismo eliminando superficialidades. Com isso, muitas famílias aproveitaram para planejar melhor os gastos. A economia ainda vive uma fase de ilusões que se opõe à necessidade de poupar, de fazer uma reserva. Restou um certo desânimo na população e nos empresários que tiveram redução de vendas e lucros.

Como atravessar os abismos abertos? Os governantes do Brasil têm imposto o imediatismo em tudo e o país não evoluiu como poderia, nem as famílias, e o PIB ficou inconsistente. Necessitamos de um PIB satisfatório para o atendimento das necessidades e para favorecer o progresso. Teria o abismo econômico ficado maior do que o esperado?

O dólar tinha boas condições de ser a moeda mundial, mas a interferência das ações especulativas minaram a sua imagem, gerando descontentamentos gerais, surgindo a percepção de se tratar de um privilégio exorbitante, um enorme poder que exige responsabilidade e bom senso para evitar ações unilaterais de confisco e descrédito. As divergências devem ser aparadas para que o conflito econômico-financeiro não avance para outras esferas. No entanto, diante das moedas existentes, o dólar está situado como a mais adequada para as finanças internacionais.

O dinheiro se tornou o componente básico da economia e da vida. Os bens em geral, para se transformarem em dinheiro, requerem uma fase de preparação e da reunião de componentes e montagem para estarem disponíveis. O dinheiro tem produção instantânea com influência imediata sobre a economia, por isso mesmo exige bom senso e responsabilidade para assegurar o equilíbrio e o bom funcionamento econômico. A displicência e demagogia com o dinheiro tem acarretado muitos problemas para a humanidade e miséria também. Os homens querem o privilégio de ter o controle do dinheiro para poderem controlar tudo.

O capitalismo de estado introduziu um forte dirigismo da produção de bens. O capitalismo financeiro democrático está fortalecendo os Bancos Centrais que aumentam sua influência no mercado financeiro através de sua capacitação de criar dinheiro, mas devem ser cautelosos para não se enredarem com o aumento dos riscos. O capitalismo de estado conseguirá atuar no dirigismo monetário? O que poderá surgir desse confronto? Os BCs são como os bombeiros que apagam os incêndios e devem ser cautelosos com o uso de combustível. Quem poderia imaginar que o dinheiro se tornaria essa coisa com volatilidade diária?

Os reis não precisam seduzir os eleitores para assumir o posto. Será que precisam convencer alguém que estão aptos? Atualmente, as eleições se tornaram circo, vence quem consegue fisgar os eleitores usando de todos os meios que o dinheiro possibilitar, apelando para o lado emocional para arrebatar sentimentos, mantendo a distração com mentiras e invencionices.

O reinado vem do berço, qual o fundamento? Monarquia ou república, qual a diferença? Em qual delas a população evolui continuamente vivendo em paz e felicidade? Cada povo tem o governo que merece. Estaria ocorrendo uma transformação mundial que eliminaria a soberania interfronteiras acabando com os sistemas eleitorais?

Os indivíduos têm de se tornarem verdadeiros seres humanos, não se restringindo ao básico: comida, bebida, prazeres e procriação. Poder e dinheiro formam a base onde se apoia a sociedade, e para distrair a atenção tudo é intermeado por relações sexuais. O sexo é o enigma, a motivação, que mantém muitos seres humanos obcecados, como se fosse a única finalidade da vida. O animal cumpre o seu papel, mas o homem, em vez de evoluir está regredindo.

O estudo da economia tem de levar em conta a história econômica, o que aconteceu e por quê. O mesmo vale para o tempo presente, o que está acontecendo nas questões essenciais, como produção, comércio, mão de obra, consumo, dinheiro e sua criação, juros e câmbio, bolsas, especulações, e o equilíbrio entre as nações. Não bastam os modelos matemáticos, é preciso entender por que há tanta miséria pelo mundo, fome, inflação. E então, usar a intuição e o cérebro para projetar um futuro melhor e evolução para a humanidade hospedada no planeta.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SEMEAR O FUTURO

A humanidade se encontra diante da grande colheita de todas as suas ações. Não há equilíbrio. Os esquemas ficam meio escondidos, não favorecendo muito a nação e seu povo. Prevalece o açambarcamento dos recursos naturais de forma que se produza onde o custo seja baixo para vender aos que ainda podem pagar. Se quisermos um mundo melhor, em continuado progresso, tem de acabar a luta por riqueza, poder e dominação, travada pelos poderosos contra a população em geral, e colocar em prática a estreita cooperação, visando o bem geral e a sustentabilidade.

O poder e os ganhos ficam com os graúdos enquanto a miséria vai se espalhando. Estão levando parte do Brasil para fora. Um exemplo é o da superfície do estado de Minas Gerais que está se tornando um grande buraco de difícil recuperação após a extração do minério de ferro, assim como ocorre com o buraco da dívida que não para de crescer. Das dívidas soberanas a mais complicada é a americana por envolver a moeda mãe das outras, o dólar. As complexidades são pouco debatidas. Havia um plano? Qual era? De tempos em tempos o teto da dívida é elevado. Como essa situação avançará pelo mundo?

As desmoralizações dos sistemas estão gerando mal-estar, comprometendo a democracia com o aumento do desinteresse e indiferença. Há insatisfação da população mal disfarçada, aproveitada por quantos cobiçam o poder mesmo que para isso tenham de favorecer a decadência geral. Com oito bilhões de almas encarnadas, o que deveria ser o Estado-nação? As ações da humanidade estão convergindo unilateralmente para o dinheiro, que vai suprimindo tudo o mais através das ações dos homens que não querem que o espírito atue naturalmente. As pessoas foram perdendo a percepção de que não passam de simples criaturas com a permissão de viver para evoluir.

O desenvolvimento em bases imediatistas é instável por natureza, portanto sujeito a mutações e destruição. Os seres humanos teriam de ter criado condições de vida em continuada melhora, pois o que importa é o aprimoramento de todos; se isso é posto de lado, a instabilidade da vida se manifesta, pois faltou responsabilidade. Era esperado que todos os avanços tecnológicos trariam melhorias gerais, promovendo qualidade de vida. Em vez disso muitas invenções trouxeram aumento da precarização. O natural seria que todos que se esforçassem e se dedicassem não deveriam viver precariamente na Terra. O que a inovação criada pela Inteligência Artificial trará para a humanidade?

Cada indivíduo tem o dever de fortalecer o querer próprio que, partindo do íntimo, desabrocha em seu cérebro para agir ou não. Os manipuladores querem adentrar no cérebro através da visão, audição e estímulos contidos nas mensagens. Se o indivíduo não tiver fortalecido o seu querer e força de vontade estará sujeito a que outros decidam por ele.

Qual é a causa do mal e da miséria existente no maravilhoso planeta Terra? Os revoltados contra o sistema, dominados pelo medo e cheios de ódio, querem detonar tudo, querem o fim do sistema áspero, custe o que custar. Acontece que o tempo está chegando ao final e a humanidade se acha diante da grande colheita, e tudo que não estiver vibrando de acordo com as leis do Criador terá de ser renovado ou perecerá. Quem procurar vai encontrar o caminho para a Luz.

Estamos nos finalmente do futuro, tudo patina e derrapa. Aumenta a inquietação. O presente é consequência do passado e causa do futuro, e todo semear traz a colheita! O melhor futuro surgirá quando a grande colheita estiver concluída anunciando uma nova era de paz, progresso e felicidade! Moderação é a palavra. Vamos com calma. Ontem passou. Cada novo dia traz a oportunidade para um novo movimento espiritual na direção do progresso.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

BRASIL, 523 ANOS

No passado, o objetivo dos europeus era a conquista de riquezas. Dentre os povos da Europa, os portugueses eram mais aptos para descobrir novas terras. Em 22 de abril de 1500 Cabral aportou na Terra de Vera Cruz; uma promessa diante da Europa degenerada. Uma terra onde os seres humanos deveriam viver em paz visando o progresso. Mas em vez de um verdadeiro lar de seres humanos, as cobiças fizeram do Brasil o quintal dos poderosos, exploraram e ainda exploram tudo. Um povo de boa índole foi surgindo na nova terra, mas os astutos cuidaram de manter os governantes cativos e as gerações no atraso e indolência para obterem o máximo proveito.

O Brasil tinha em Pedro II um monarca de boa formação que amava a terra brasileira. Mas a cobiça dos homens dominados pelo intelecto logo pôs tudo a perder, e apesar de todos os recursos com que foi dotado pela natureza, o país caiu na miséria e imoralidades. Atualmente, seu povo está alquebrado, sem esperança, sem alegria. É preciso que o Brasil, com gratidão no coração, desperte para a vida real e saia da miséria espiritual e material.

Vale destacar que num longo processo, a Terra foi criada como mesa posta dotada de tudo para atender às necessidades dos seres humanos que tinham a obrigação de compreender e respeitar as leis naturais da Criação. O viver da humanidade deveria ser uma peregrinação para a evolução.

A Terra foi criada pelo Todo Poderoso para dar a possibilidade aos espíritos para se tornarem verdadeiros seres humanos autoconscientes, como atendimento ao seu impulso interior e seu livre arbítrio. Ao ingressar na vida material, não deveriam ter escolhido outra coisa, pois foi o que pediram, mas tomando caminhos errados, semearam caos e miséria criando cenários caóticos de desmanche da sociedade.

A miséria é um pesadelo criado pelos homens e que não deveria existir se as pessoas não tivessem tanta ganância e cobiça, pois a economia poderia seguir um ritmo natural, sem provocar essas crises que se traduzem em austeridade para nações que já estão no limite de uma subsistência condigna para grande parcela da população.

Após a crucificação do Filho de Deus ficaram as sombras. Os discípulos seguiram por várias regiões. Em Roma estavam Paulo, Pedro e outros apóstolos, dando esclarecimentos sobre os ensinamentos de Jesus. No entanto, pessoas astutas iam moldando os acontecimentos de acordo com seus interesses. Muita água foi misturada ao vinho. A essência das palavras de Jesus já não era mais a mesma.

Quando as novas gerações não recebem bom preparo para a vida o futuro fica ameaçado. O desequilíbrio geral avança pelo planeta porque todos querem receber, mas poucos retribuem. Assim se passa no mundo, na atividade econômica, nas relações em família, no trabalho e na sociedade. Há pelo mundo muita educação negativa que não dá bom preparo aos jovens. Fala-se muito em espiritualidade, mas as crianças deveriam saber que têm uma alma que guarnece o espírito, cuja atuação terá início quando sair da fase infantil. É um tema a ser bem desenvolvido para o bom preparo das novas gerações.

Os jovens precisam conhecer a trajetória espiritual da humanidade com seus erros e acertos. Para que haja paz e progresso, a família e a educação devem propor um alvo comum de conquista do bem e melhora nas condições gerais de vida para que essas ações promovam o aprimoramento do ser humano que está em processo de embrutecimento de forma bem visível, sufocando a sua essência.

Há o risco de que a atual guerra convencional se amplie pelo mundo abrindo espaço para a nuclear. Os fios do destino são formados pelas decisões dos homens e promoverão a grande colheita. Seriam irresponsáveis os indivíduos colocados no comando das nações para deixar isso acontecer? Eles nem imaginam, que com suas decisões, serão desencadeados acontecimentos que poderão trazer para a humanidade, envolvida por cobiças e prazeres, a merecida colheita com absoluta justiça, destruindo o mal e fortalecendo o bem para que haja paz e progresso de forma que os indivíduos de boa vontade construam belezas e beneficiem o mundo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A ERA DA APATIA

A inquietação é crescente. Os acontecimentos imprevistos se sucedem. As pessoas acreditam naquilo que querem, por isso não verificam e espalham a informação verdadeira ou a fake. Falta lucidez; poucos querem buscar a verdade sobre a humanidade e seu comportamento. Poucos buscam o sentido da vida e vão vivendo em função de ilusões e fantasias como se fossem vegetais sem vontade própria, perambulando pela vida sem propósitos nobres, sem rumo.

As comunicações estão sendo conduzidas para manter a humanidade apática, sem se esforçar para melhor compreensão do significado da vida. Com a aceleração geral dos acontecimentos e agravamento da miséria, as deficiências vêm à tona, mesmo assim a humanidade continua lenta na busca da Verdade da vida e da Criação. O elevado espiritual deveria estar acima do material, mas para isso é necessário, antes de tudo, conhecer as leis que residem na Criação para viver de acordo com elas e construir de forma benéfica.

Tudo está em movimento coordenado pelas leis da Criação. A situação está difícil. Pense no bem geral. Confie no funcionamento justo das leis da Criação. Quando chegar a hora, as coisas irão para o rumo certo. Tudo é consequência da poderosa irradiação que desce de altura inalcançável e vai criando os mundos em seu movimento; o homem é complemento disso e com a própria ignorância está interagindo de forma negativa.

No passado, não havia a ciência teórica dos intelectuais. Pessoas simples falavam com a natureza tentando compreender suas leis, e aos poucos iam percebendo a existência do Criador. Hoje, se desde cedo as crianças tiverem contato com a natureza poderão se tornar verdadeiros cientistas unindo a ciência da natureza com a religião. O ser humano tem vontade própria, se descuidar disso se torna um acomodado, sem iniciativa, manipulável, e cada vez com menos força de vontade. O primeiro passo a ser dado é ter a percepção e motivação para buscar a educação adequada aos seus propósitos. Se não fizer isso com firmeza, acabará se transformando num inútil sem futuro: os nem estudo, nem trabalho, sem saber por que nasceram e o que devem fazer na vida.

A novidade influenciadora é a eletrônica e seu alcance: as mídias sociais, o novo pão e circo para entreter as massas e ao mesmo tempo dirigir suas ações – o que compram, o que leem, como se vestem, como se relacionam com outras pessoas, tudo examinado em poderosa máquina de Inteligência Artificial. A manipulação e influência é tanto maior quanto menor for a participação da intuição, o querer próprio do ser humano que, partindo do íntimo, desabrocha em seu cérebro para agir ou não. A influência externa adentra ao cérebro através da visão, audição e estímulos contidos nas mensagens. Se o indivíduo tiver força de vontade atuante ele decide, caso contrário decidem por ele.

Estamos na era da Inteligência Artificial, algo criado para suprir as próprias deficiências, pois há séculos o ser humano decai devido ao travamento da intuição, que pouco participa das livres resoluções. O espírito tem visão mais ampla que o cérebro, mas ao neutralizar a ação do espírito, o indivíduo cai no enrijecimento como máquina. A ciência afastada das leis da natureza é teoria para justificar fins egoísticos de cobiça de poder. O ser humano precisa de bom senso, raciocínio lúcido, capacidade de compreensão. As novas gerações não podem perder a essência humana.

Movimento certo é lei da vida. Não é fácil dar bom preparo aos indivíduos, dada a indolência interna e incentivada de fora com ilusões e falsa felicidade. O ser humano, como espírito livre, não pode permanecer afastado da luz da verdade universal e da sagrada responsabilidade de examinar e analisar tudo com clareza e lucidez, e agir em prol do bem, pois sem a Luz da Verdade caminhará pelas trevas escravizado pelas ilusões, tornando-se inútil para a Criação. Conhecereis a Luz da Verdade e ela vos libertará, mas isso exige movimento e ação incansável.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ESCOLA E EDUCAÇÃO

Em meio à turbulência, agendas mesquinhas giram em torno do cumprimento de formalidades vazias. Não há patriotismo, não há objetivos nobres aglutinadores das vontades. A desagregação vai tomando conta de tudo face à acelerada atuação da reciprocidade, a colheita de tudo que a humanidade semeou.

A escola está enfrentando muitas dificuldades para dar bom preparo para os estudantes. Nos anos 1950, a escola pública funcionava bem na cidade de São Paulo e os estudantes iam direto para o exame nas universidades e passavam. Depois vieram os cursinhos, necessários para enfrentar o vestibular. Tudo mudou nas famílias, na disposição dos jovens, nas escolas e professores. Vale ressaltar que a ciência da natureza é fundamental para os jovens, pois é nela que está a base para todas as demais ciências e para a sustentabilidade do planeta. Educar é preparar para a vida, aprimorando a essência humana em vez de embrutecê-la e desvalorizá-la.

Atualmente, os jovens passam muitas horas brincando com os jogos eletrônicos que consomem um tempo enorme para nada, não sobrando tempo nem vontade para a leitura e atividades benéficas. Não se deve encher a cabeça das novas gerações com inutilidades. O ser humano precisa de bom senso, raciocínio lúcido, iniciativa, capacidade de compreensão. Não se pode permitir que os jovens percam a essência humana que se esvai quando a busca pela compreensão do significado da vida é abandonada. A motivação fundamental para a vida tem de proceder da essência humana, do querer do eu interior para construir e beneficiar, e não ser originada do medo e das ilusões.

A ciência, afastada das leis da natureza, é teoria criada pelos homens para justificar seus fins egoísticos de cobiça de poder. Especular com as moedas é uma barbaridade que traz nefastos efeitos para a população. Em geral, as crises financeiras se originaram na desenfreada especulação, bolhas e retraimento que exigem a criação de dinheiro para não aniquilar a economia, e as consequências são os excessos de liquidez e de produção deficiente que exige importações de manufaturas mais baratas de regiões onde a mão de obra recebe o mínimo salário para a subsistência precária.

O “financeiríssimo”, a busca do ganho máximo, agravou as condições de vida nas nações atrasadas. A mudança das fábricas para a Ásia ampliou o desequilíbrio e o atraso, enquanto os EUA perdem espaço na geoeconomia. O que esperar dessa nova ordem que vem surgindo? Não há para onde fugir enquanto os indivíduos de todas as classes continuarem se esvaziando de sua essência humana.

É fácil para o poder público gastar o dinheiro dos impostos; difícil é aumentar a receita de forma coerente. Produzir utilidades é a variável essencial na equação da melhora das condições gerais de vida na nação. Com aumento da carga tributária e queda na renda, aumenta a precarização visível em torno do rodoanel e das rodovias que cortam a grande São Paulo; o declínio é pavoroso. As cidades do ABCD paulista, além de Taboão da Serra, Embu das Artes, Osasco, Caieiras, Francisco Morato, Franco da Rocha, enfim o círculo completo, apresentam uma triste e pavorosa visão da decadência.

O Estado, tornado um centro de captação de recursos tributários, atraiu o olho gordo de pilantras que fizeram dele um puxadinho para se refestelarem na mordomia e poder. Não há perspectiva para mudar essa situação. Se em São Paulo o consumidor de carne está pagando ICMS de 4,5%, não seria o caso de criar uma taxa única sobre as exportações de itens essenciais e commodities que requerem trabalho, água, solo e outros insumos?

O Fim dos Tempos vai chegar a qualquer dia, mas atualmente se observa um terrorismo negativista paralisante, que introduz o veneno do medo. Há séculos o ser humano está decaindo devido ao travamento da intuição, que pouco participa da inata capacidade de livres resoluções. O espírito tem visão mais ampla que o cérebro, mas ao neutralizar a ação do espírito, o indivíduo cai no enrijecimento como máquina. A ciência afastada das leis da natureza é teoria para justificar fins egoísticos de cobiça de poder. O ser humano precisa de bom senso, raciocínio lúcido, capacidade de compreensão. As novas gerações não podem continuar perdendo a essência humana.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

VALORES HUMANOS

Há estimativas de que 90% dos seres humanos dormitam no comodismo e indolência, aceitam adversas condições gerais de vida e não despertam para a realidade nem mediante os mais lúcidos esclarecimentos. Isso não é bom para os indivíduos que não se desenvolvem o quanto podem, nem para a nação que fica com baixo potencial humano. Quando as novas gerações não recebem bom preparo para a vida o futuro fica ameaçado.

Falta conscientização e até vontade para reverter a situação de marasmo, o que traria resultados surpreendentes; mas isso requer o empenho de todos na busca do desenvolvimento dos valores humanos. Para que haja crescimento, é indispensável que haja boa educação, quando entendida como o bom preparo para a vida.

Atualmente não temos tempo para nada. O comodismo sempre nos pega quando ficamos descuidados. Tendemos para a acomodação por preguiça. Acomodados, não aproveitamos o tempo, não crescemos, não evoluímos. E não percebemos o essencial, como por exemplo, que a água e a energia elétrica, duas faces da mesma moeda, estão sob ameaça. Ambas dependem da boa preservação das matas, sobretudo as florestas próximas às nascentes, margens de rios, mananciais, coisa que temos desprezado ao longo dos séculos, arrasando a vegetação nativa, transformando o solo em deserto, exterminando a fauna silvestre. Ainda desconhecemos o que é ser humano e, irresponsavelmente, destruímos a natureza.

Na atualidade, tudo se afunila nas finanças, o que está tirando a perspectiva ampla da ciência econômica, restringindo tudo ao aspecto financeiro, ao dinheiro. O outro lado disso é o aumento galopante das dívidas. Os Banco Centrais injetam dinheiro para incentivar o consumo e a produção, o que resulta num estímulo que movimenta a economia. No ocidente, importador de bens, essa estratégia mais tem gerado aumento das dívidas e inflação do que estabilidade da atividade econômica, trazendo a insegurança geral nos empregos com o fechamento de milhares de empresas.

Onde encontrar a narrativa do dinheiro? Como ele foi tomando o espaço e se tornando o dominador do planeta? O que vale é o dinheiro, não as pessoas. Até onde isso vai? Criou-se um ciclo vicioso no qual economia e finanças passaram a depender da injeção de dinheiro para manter o consumo e suportar a valorização dos ativos. As dívidas se elevam e com a volta das taxas de juros crescem mais ainda gerando uma situação complicada para ser resolvida com dívidas equivalendo a mais de três vezes o PIB mundial.

Nos Estados Unidos, a dívida pública está próxima ao teto aprovado pelo congresso, de mais de 31 trilhões de dólares. Esse limite terá de ser elevado. Caso a aprovação da elevação seja retardada, quais seriam as consequências? Enquanto os Estados Unidos colocam bilhões de dólares em guerras, a China utiliza seu volumoso superávit comercial para penetrar e influenciar as nações atrasadas, e vai angariando vantagens na geoeconomia mundial.

A China vai avançando, ganhando espaço nos países mal geridos e endividados. Os Estados Unidos promovem a valorização do dólar. As nações endividadas ficam com a corda no pescoço, estagnando sem conseguir evoluir para um melhor futuro.

Sonolenta, a humanidade se encontra diante da moderna Babilônia, mas já está sendo despertada de seu cômodo dormitar. A confusa babel tem vivido de aparências, sem perceber que por trás dos vistosos biombos se escondem mentiras, corrupção e irresponsabilidade com o futuro. O mundo se tornou uma baderna sem controle gerando pânico e depressão.

Diante da grande colheita, o circo mundial está pegando fogo. Não dá para ficar perdendo tempo com discussões estéreis. Chega de mentiras e ilusões irrealizáveis. A humanidade precisa do abrigo seguro da Luz da Verdade sobre a vida. Tudo está tumultuado, para onde quer que se olhe há problemas complicados criados pelo homem. Os elos foram separados, divididos. Falta a corrente pelo bem, a coesão por um futuro digno da espécie humana. Pra frente Brasil!

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: TECNOLOGIA A FAVOR OU CONTRA A HUMANIDADE?

Falta foco e soluções para as questões fundamentais da vida como trabalho, alimentação, educação, moradia e aprimoramento humano. O percentual de pobreza e precariedade foi crescendo pela Terra sem parar, assim como a concentração da riqueza. A miséria humana tende a se alastrar com provável colapso nas áreas de abastecimento de água, alimentos, empregos e saneamento básico.

O tão divulgado ChatGPT, fruto da tecnologia de Inteligência Artificial (IA), é uma aplicação construída pela OpenAI, empresa norte-americana que teve Elon Musk como um dos seus fundadores. Essa tecnologia se baseia num modelo gerativo de linguagem que rapidamente busca respostas para as perguntas, superando a agilidade mental do ser humano. O que diria a IA sobre a origem da vida e sua finalidade? Ela voaria sobre milhões de noções existentes, parciais e incompletas, e daria sua sentença situando o viver no limite da matéria, o que para muitas pessoas poderia ser considerado como verdade.

No entanto, os seres humanos têm de perceber que são espírito e não apenas a matéria perecível, uma conclusão que a máquina jamais chegará, assim como não saberá qual é a real motivação dos usuários, pois num mundo repleto de ódios, poderia se tornar altamente destrutiva.

O dinheiro, essa poderosa invenção, hoje criado do nada, comanda a vida na Terra, e se multiplica sem nada produzir, gerando abismos que terão de ser ultrapassados. A humanidade ainda não encontrou a forma equilibrada de criar dinheiro, mas isso não impede a ação de seus controladores, dos oportunistas, dos especuladores, e a vida que deveria ser bela e feliz fica desvalorizada diante da moeda que compra tudo, até o caráter dos homens.

Na sua trajetória, o dinheiro que acabou sendo criado pelo arbítrio de uma elite, faz a economia girar, mas se o excesso não for represado, perde valor, arruína os preços. A maneira encontrada foi elevar a taxa de juros, pois o dinheiro solto acelera a jogatina da bolsa, valorizando os papéis de forma artificial, ao mesmo tempo em que desvaloriza as moedas. Os preços sobem, os salários baixam. Os custos sobem, as vendas caem. Então as atividades vão ficando estagnadas. Baixa a renda. Empregos se reduzem. Alimentos e energia extrapolam. A economia das nações fica engessada.

As cidades vão inchando, se tornando inviáveis para os indivíduos, para os governos, para a humanidade. O que fazer para sobreviver sem se endividar? Tendo em vista a continuada decadência espiritual da humanidade, nada foi como poderia e deveria ter sido. Os elevados valores humanos não influenciaram na melhoria das condições de vida e no progresso espiritual. Nos anos após a segunda guerra mundial houve momentânea sensibilização, mas logo a seguir a imagem dos dias difíceis se foram apagando da memória, e de novo a humanidade trilhou o caminho da indolência espiritual, da acomodação, da preguiça de pensar com clareza sobre a vida e seu significado.

A tecnologia deveria ser empregada para elevar o espírito humano, mas tem sido usada prioritariamente para fins imediatistas, contribuindo para a destruição e esvaziamento da sensibilidade e capacitações humanas. O ser humano não pode ser transformado num ser insensível, que perdeu o contato com o eu interior, que não sabe aproveitar as suas horas de lazer para se instruir e se aprimorar, optando por jogar fora o seu precioso tempo com futilidades. Os Estados-Nação acabaram sendo rebaixados à condição de objeto a serviço de interesses particulares de cobiças por riqueza e poder, por isso agora oscilam.

Quando caímos num congestionamento com milhares de caminhões, ônibus e automóveis, a única saída é esperar pacientemente. Mas quando vemos os preços subindo, os empregos desaparecendo, o descontentamento e o medo ditando o ódio, surge a percepção que estamos em meio ao caos final, mas não se trata do fim de tudo, e sim um processo natural de restauração e recomeço para os seres humanos que perceberem, enfim, que são espírito e não apenas a matéria perecível na qual se aprisionaram. Em verdade, isso é um chamado para despertar da dormência, refletir, ampliar a consciência e desfazer conceitos errados, para então racionar com lucidez, simplicidade, clareza e naturalidade, de modo a semear um mundo melhor com gratidão, amor e paz.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ EVOLUÇÃO

Estamos diante de catástrofes naturais como o terremoto que atingiu a Síria e Turquia, o ciclone na Nova Zelândia, muito frio e neve em algumas regiões ou calor excessivo em outras, e tudo isso em meio à crise econômica e rumores de mais guerras. É trágico que as lutas sejam feitas com equipamentos fabricados pelo homem para destruir bens e pessoas. Qual a causa dessa tragédia neste maravilhoso planeta dotado de tudo para dar sustentabilidade à vida dos seres humanos peregrinos?

Uma imagem antiga mostrava a associação do homem com a máquina mesclando tecnologia e intuição, algo que ficou meio perdido. A inteligência artificial poderia recompor essa perda? Pode ser, mas teria de pesquisar as leis espirituais da Criação, que não são alcançáveis pelo intelecto. Uma solução essencial é educar e dar bom preparo para a vida às novas gerações, estejam morando em favelas ou em qualquer bairro.

Europeus que vieram para o Brasil em busca de melhores condições de vida educaram seus filhos num país estranho. Muitos descendentes se destacaram em diversas atividades ajudando a construir o Brasil, mas algo travou as gerações subsequentes, interrompendo a marcha do progresso pessoal e nacional. O que se passa com a educação no Brasil que não formou muitos leitores de livros, nem para ler através da Internet? A época é difícil para livrarias, os custos fixos devem ser mínimos, pois as receitas ficam estagnadas. Que modelo poderia dinamizar a livraria Cultura?

Atualmente, as crianças recebem uma carga de informações através das mídias, mas os conteúdos estão longe de oferecer exemplos de vida responsável. Falta formar o ser humano na direção do autoaprimoramento, capacitando-o a beneficiar e melhorar as condições gerais de vida no planeta tendo em vista o progresso real no caminho de evolução. Tudo na Terra poderia ter sido diferente se o ser humano mantivesse sua intuição voltada para a melhoria geral. Os corpos caminham, mas onde está a alma?

Chegaram as portas na obra civil, mas não há marceneiros para instalá-las. Faltam eletricistas, encanadores e tantos outros profissionais. Tudo isso e mais firmeza de caráter é o que a educação tem de promover para o florescimento de uma nação próspera e pacífica. Há um grande atraso na educação, pois para a formação de seres humanos generosos, criativos e inovadores temos de colocar a natureza, suas belezas e lógica perfeita como prioridade na educação infantil.

Para conhecer a vida e seu significado o ser humano tem de compreender e respeitar o mundo animal. Respeitar a natureza e suas leis que foram instituídas pela Criador para o bem geral da humanidade que não quer acatar e respeitar, mas age seguindo seu ego e seus vícios, promovendo a destruição.

O líder também precisa saber avaliar os seus colaboradores e, aproveitando os seus talentos, dar a eles oportunidades para realizar trabalho de qualidade com dedicação. Mas na política valem os interesses e acordos, pouco importando a capacidade profissional. A situação atual do planeta atesta a incompetência administrativa e o despreparo geral.

Tudo que está oculto vem sendo mostrado, gerando insatisfações e descontentamentos, impedindo o bom entendimento entre todos. Há forte tendência para retirar o humano do ser, impulsionando a decadência geral. A sexualidade exacerbada tem sido o gancho para fisgar os desatentos. As pessoas vão sendo enredadas na teia que as pressiona para a atividade sexual através de pensamentos, literatura, imagens. Mas a atividade sexual é algo natural, instintivo, não precisa de estímulos externos, a não ser como meio para manter as pessoas acorrentadas.

Quando as novas gerações não recebem bom preparo para a vida o futuro fica ameaçado. O desequilíbrio geral avança pelo planeta, porque todos querem receber, mas poucos retribuem. Assim se passa no mundo, na atividade econômica, nas relações em família, no trabalho e na sociedade. Os jovens precisam conhecer a trajetória espiritual da humanidade com seus erros e acertos. Para que haja paz e progresso, a família e a educação devem propor um alvo comum de conquista do bem e melhora nas condições gerais de vida para que essas ações promovam o aprimoramento do ser humano que está embrutecendo de forma bem visível, sufocando a sua essência.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br