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FUTURO E RENOVAÇÃO

O sistema econômico-financeiro apresenta um elemento intermediário complicador das atividades. Para importar, seja dos EUA ou de outros países, é preciso primeiro comprar dólares, ou euros, um pouco mais caro, mas tudo não passa de papel impresso. Se o preço do dólar varia, tudo acompanha, seja o valor das importações ou das exportações. No Brasil, a Petrobras para tirar o atraso aperta no preço dos combustíveis devido ao preço e à variação cambial. Parece que temos vivido um forte artificialismo econômico que algum dia terá de ser sanado com algo mais natural.

Países como o Brasil enfrentam as jogadas da gangorra cambial. Quando a gangorra do real desce, com a desvalorização, é oportunidade para a entrada de dólares. Quando o real valoriza lá em cima é a hora da saída gorda de dólares. Vamos ver que jogo é esse. Enquanto os maiorais EUA e China buscam algum tipo de ajuste aceito por ambos, ocorre o pressentimento de alívio temporário para a guerra comercial. Resta saber que dificuldades vão sobrar para a turma de baixo, fragilizada e desorganizada como o Brasil.

Está chegando a hora do ajuste monetário com possibilidade de piora para o Brasil e outros países. Mas essa piora reduz o consumo o que poderá acabar afetando até o volume das exportações da China. É o mundo da fantasia criado pelo homem quando esse descobriu que podia criar dinheiro do nada e foi montando castelos de areia sem a base firme natural. Agora temos: muitas dívidas, muita ociosidade produtiva, pouco trabalho, e, muita necessidade de consumo não atendida.

O prolongado regime de trabalho escravo trouxe graves consequências para o Brasil. Faltou preparo para a vida da população liberada das fazendas. Não basta o pão para o corpo, é preciso também o pão para a alma para formar uma nação forte, com população apta a buscar o atendimento das necessidades para uma existência condignamente humana. O país ficou dividido devido a falta de esforço para a integração e hoje as dificuldades se tornaram ainda maiores com o crescimento da população com falta de adequada alfabetização, bom preparo, propósitos elevados, perspectivas de progresso pessoal. A data de 13 de maio de 1888 poderia ter se tornado a grande oportunidade do governo e elites de transformar o Brasil numa verdadeira nação ao não planejar a integração da mão de obra liberada das fazendas e não dando escola alfabetizadora aos descendentes, mas esse momento crítico foi estupidamente perdido.

O problema do Brasil foi ter deixado as raposas tomando conta do galinheiro. A galinha punha cobiçados ovos de ouro e a nação se acomodou em berço esplêndido. É preciso despertar desse pesadelo através de bom preparo para a vida, gerando oportunidades e esperança de que com trabalho sério haverá melhora geral. Mas antes é necessário tirar as raposas do galinheiro – as nacionais e as internacionais. De tanto ver triunfar a corrupção e as nulidades no poder, o populismo tem atraído atenção de muitas pessoas desanimadas com a gestão displicente que, ao contrário, deveria ter promovido o progresso efetivo.

Miséria e falta de bom preparo para a vida estão traumatizando o Brasil com atos de descontentamento e violência. Desemprego e queda na renda estão travando a economia. O mundo está perdendo a sua ingenuidade e enfrenta uma situação muito difícil, mas a classe política só pensa em vencer eleições. O novo filme de Bruce Willis mostra bem os efeitos do desemprego e marginalidade. Ele interpreta um médico cuja família foi atacada por ladrões, com cenários em Chicago que mais parece com as cidades violentas do Brasil.

O futuro da humanidade não é animador. Em geral, poucos seres humanos assumem responsabilidade com o futuro. De longa data falta verdade e, habilmente, as reais intenções têm sido acobertadas. Mas estamos no século em que tudo se acelera e nada fica oculto. É preciso enfrentar a realidade, mas também incentivar a sincera vontade de renovar tudo que esteja em desacordo com as leis naturais da Criação, pois o que estiver em oposição a elas perderá a base de sustentação, devendo ruir naturalmente.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O FUTURO E A FORÇA DA VERDADE

Por que o homem nasce na Terra e dura pouco? Seria tolice supor que o nascimento do ser humano é um acontecimento ao acaso após toda evolução do planeta e das espécies, para surgir o homem com capacidade de raciocinar e tomar decisões, mas que acabou esquecendo que está atrelado às consequências de seus atos.

Muitos países, com exportações em nível inferior aos seus compromissos em dólar, acabaram se tornando dependentes de financiar seus déficits nas contas externas. Um novo choque nos juros americanos certamente trará consequências nas cotações do dólar que afetarão as contas e os bolsos da população. Isso também vai afetar o volume de importações o que poderá causar algum embaço às exportações chinesas.

O que realmente tem acontecido por aqui? A economia vem se arrastando há décadas enquanto 64 mil ocupantes de cargos eletivos não estão cuidando do que deveriam, resultando no atraso na educação, no saneamento básico e na saúde dopovo, no maior endividamento do país em mais de 80% do PIB,na indústria capengando e nasestatais esbulhadas. Esse repertório seria suficiente para provocar uma guinada de seriedade na gestão pública. A população despreparada está insensível. Urge resgatá-la para uma vida digna.

Nos anos 1980/90 quando o Brasil tinha elevada dívida externa, a prioridade para o país era pagar a dívida à custa de seu presente e futuro. O dólar tinha elevado valor e grande parte produzida era exportada. O governo comprava os dólares dos exportadores e pagava dívida, mas para isso tinha que emitir e inflacionar. Para debelar a inflação foi adotada a dolarização, e o Real valeu um por um e até menos até quando deu. Com isso, especuladores ganharam muito na virada. Já o país ganhou atraso. O grande desafio é saber como recuperar a indústria e a expertise da mão de obra num mundo globalizado e de portas abertas.

Pelo mundo, vão surgindo tiranos em profusão nos Estados, nas organizações, nas religiões e nas famílias, dando vazão ao seu desejo de ter poder sem limites, sem qualquer contestação, inibindo os anseios para construir um mundo melhor, o que só seria exequível com liberdade e responsabilidade. Mas como eles estão presos à baixa cobiça, à vaidade e ambição, ao domínio pela força, acabam inibindo o livre olhar para o Alto e o anseio pelo aprimoramento da humanidade.

O Estado nacional democrático tende a perder espaço, mas não há ideia de como será o arranjo entre o poder financeiro ocidental e o poder produtivo da Ásia, nem como será o mundo do trabalho e do provimento de subsistência condignamente humana. Enfim, como será o futuro da humanidade com as transformações derivadas da Quarta Revolução Industrial em sua incessante busca de ganhos por meio da introdução de ampla automação.

Muitos fatores foram atropelados pelo descuido dos homens com o futuro, que com seu imediatismo têm dirigido o mundo para a decadência. A espécie humana não deveria ter decaído tanto, a ponto de hoje as novas gerações não enxergarem horizontes de esperança de progresso. O desastre começa nas prefeituras e se alastra pelos Estados até Brasília. Décadas de descuido favorecendo as absurdas taxas de juros praticadas.

Para onde foi o dinheiro? Se o governo pagou salários e aposentadorias, esse pessoal consome. Masonde está o consumo? Se o pessoal não consome, mas poupa, onde está a poupança? Obras? Mania de fazer coisa grande; pois é lá que está a chance de sobrefaturar e engordar o caixa dois. Um preocupante alarme vem dos institutos de previdência dos municípios, muitos deles com parte do pecúlio estagnado em títulos podres.

O mundo está cheio de perturbadores da paz, que nada fazem para merecê-la. Seja nas atrocidades da Segunda Guerra e tantas outras que perduram até nossos dias, o inferno é o lugar onde poderão derramar sangue a vontade. Paz na Terra e alegria de viver aos homens de boa vontade. Os homens colhem o que semeiam. Descoberto em 1500,o Brasil acabou se tornando um país que ficou muito distante de onde deveria estar com beleza, paz, progresso e felicidade. Força, minha gente! Muito tempo foi desperdiçado com ninharias. Só a força da Luz da Verdade pode insuflar a verdadeira vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

GOVERNOS DE VISÃO RESTRITA

Quando se fala em pôr limites aos arranjos dos mercados, a percepção correta deveria ser de que os homens que comandam os mercados se tornaram restritos materialistas, voltados apenas para os aspectos econômicos e financeiros, pondo de lado a amplitude da extensão humana. O homem que visa possuir muito dinheiro em suas mãos, geralmente só acredita no poder do dinheiro e por isso sempre quer mais, aproveitando-se da situação para impor a sua vontade sobre os demais. Ele “compra” especialistas para que desenvolvam teorias adequadas aos seus objetivos, divulgando-as nas mídias como se fossem verdades inquestionáveis, fazendo tudo convergir para o econômico.

No Brasil, enfrentamos décadas de desmazelo na gestão dos governos federal, estadual e municipal. Teorias e truques aplicados para debelar a inflação, sem o combate das suas causas, criaram uma caótica situação de desajuste nas contas públicas levando a dívida para o equivalente a mais de um trilhão de dólares, contraída por displicência e abusos. A economia ainda está no sufoco dada a desindustrialização, queda nas receitas e perda de empregos, iniciada com a valorização do Real e agressividade da concorrência externa, agravada com as decisões imediatistas dos governos Lula e Dilma, que tudo faziam para se perpetuarem no poder com vistas à implantação de governo totalitário.

Pelo fato de não ter de se preocupar com os traumas eleitorais, a China tem uma grande vantagem nas contendas, o que a faz invejada nos círculos do poder que sonham com a possibilidade de substituir a classe política por funcionários e especialistas contratados. Os EUA, por sua vez, enfrentam elevado déficit duplo, nas exportações e nas contas internas, nas quais já se fazem previsões do montante de um trilhão de dólares para o ano de 2020. É a voragem do descontrole financeiro no mundo. As despesas com juros tendem a superar a casa de 3% do PIB.

Enfim, há uma grande embrulhada nas relações econômicas que irá demandar pesados pacotes de ajustes, acarretando consequências para o mundo todo. Problemas sempre existiram, mas agora temos uma aglomeração de consequências de ações do passado pautadas pela lógica de poder e domínio. No entanto, o que se vê é que esperam corrigir as incoerências aplicando o mesmo método. A sociedade acabou caindo nas mãos dos míopes que perderam a visão da finalidade essencial da vida, enxergando apenas seus interesses imediatistas de acúmulo de dinheiro e poder.

Tudo está sendo conduzido para manter a humanidade apática, sem se esforçar para melhor compreensão do significado da vida. Com a aceleração geral dos acontecimentos e agravamento da miséria, as deficiências veem à tona, mesmo assim a humanidade continua lenta na busca da Verdade da vida e da Criação. O elevado espiritual deveria estar acima do material, mas a humanidade teria de conhecer, antes de mais nada, as leis que residem na Criação para viver de acordo com elas e construir de forma benéfica.

O Estado não deve ficar sob a tutela de uma religião, pois em geral elas estão distantes do reconhecimento das leis da Criação, optando por desenvolver uma legislação própria. Da mesma forma o Estado não deve ser empresário nem se imiscuir na atividade econômica que deve ser de natureza privada; porém as empresas, valendo-se de seu potencial financeiro, também não poderiam impor seus interesses ao Estado e à população.

Poucos esforços têm sido feitos no sentido de compreender a natureza e a lógica de suas leis, a essência humana e seus alvos. A grande verdade é que os seres humanos têm sido afastados de mil maneiras da finalidade da vida para não analisarem nem refletirem intuitivamente sobre os acontecimentos que os cercam. A esperança de melhores dias se esvai, assinalando o fim da história; não há futuro.

O terreno árido de nossos dias vai sendo preparado para o domínio da frieza tecnocrática e a robotização, em vez de permitir que o pensamento seja conduzido pela percepção intuitiva que capacita o ser humano a não permanecer na condição de máquina de pensar, mas com visão ampla para extirpar as clamorosas inconsistências desta era de vida vazia de sentido, voltando-se para o aprimoramento da espécie humana e para a construção de um mundo que tenha a esperança de futuro melhor.

Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

QUEM SE IMPORTA COM O FUTURO?

O que querem os planejadores da economia 4.0, ou da Quarta Revolução Industrial como também é denominada? Fala-se em globalizar as questões como a do aquecimento e alteração do clima. A chave está no equilíbrio. As ações humanas não podem se contrapor às leis naturais que regulam a física, a química, a biologia, etc. Emprego, ocupação remunerada, educação, sobrevivência condigna, dar ênfase ao aspecto espiritual da vida, seriam as condicionantes para qualquer planejamento global, sem o que, mais e mais, o ser humano tenderá a ser uma peça sem alma e sem conteúdo, mas isso não tem recebido a necessária consideração, permitindo-se a ocorrência de crescentes desequilíbrios sócio-econômicos-ambientais.

O controle monetário e o combate à inflação se sobrepõem a tudo porque há algo errado no sistema que vai provocando distorções. O Brasil surfou na liquidez global que foi entrando pelas portas abertas, mas onde foi parar todo o dinheiro que entrou para aquisições ou especulação? Se esses montantes tivessem permanecido, pelo menos em parte recirculando, teriam evitado a pesada recessão que estamos vivendo, mas essa possibilidade é reduzida dada a estrutura de país exportador de commodities e importador de industrializados. Por isso, as atividades colaterais vão sendo desativadas com o encolhimento da indústria.

O sistema global está destruindo empregos nos países que ficaram para trás. A explicação mais utilizada para o nervosismo que atingiu os mercados globais tem como pano de fundo a expectativa de que as principais economias do mundo comecem a aumentar as taxas de juros, o que deve enxugar a liquidez global, e tornará as economias emergentes menos atraentes para os investidores. Isso tem ocorrido com frequência. Qual é a lógica desse sistema? Por que surge a instabilidade? O sistema tem permitido abusos e operações especulativas sem seriedade que promovem os desequilíbrios geradores de crises.

Qual será o efeito para o Brasil quando o mundo inteiro começar a fugir do risco e saltar para as aplicações de segurança? E para o resto do mundo? Haverá uma paradeira geral com repercussão nas economias da Alemanha, Japão e China? Como eles reagirão?Quais as causas do desequilíbrio nas contas públicas? Em geral, fala-se dos salários e aposentadorias como se isso fosse um acidente esquecendo-se que se trata de um processo cumulativo empurrado com a barriga enquanto havia crédito farto. O que efetivamente está errado no Brasil, quais as causas do nosso atraso, o que temos feito para corrigir as falhas? Como disse o presidente Trump: “Não podemos esperar por outra pessoa, por países distantes ou burocratas distantes, não podemos fazê-lo. Devemos resolver nossos problemas, construir nossa prosperidade, garantir nosso futuro, ou seremos vulneráveis. Ainda somos patriotas?”.

Por mais de um século os Estados Unidos tiveram trânsito livre no Brasil, nos negócios e nos recursos naturais. Poderiam ter contribuído mais para o fortalecimento da nação e do preparo das novas gerações do país. Com sua atitude possibilitaram o avanço da China na esfera econômica, e quiçá na política. Enquanto a China não descuida da boa formação de suas lideranças e do bom aproveitamento das oportunidades econômicas, o Brasil afundou na corrupção, dívidas e despreparo da população. Quem se habilita em contribuir para arrancar o Brasil de sua miséria moral e material?

Quem se importa com o futuro do Brasil que ainda não saiu da condição de país inexpressivo sem propósitos próprios de melhora geral? Isso se deve em grande parte à falta de preparo da população e da classe política que pouco se importou com o futuro do país. Muitas transformações estão ocorrendo no mundo afetando profundamente a vida. Os nervos estão tensos. A inquietação e a ansiedade adentram na mente via cérebro, enquanto a intuição permanece frágil para atuar e auxiliar. Sem teimosia, de forma flexível, o ser humano tem de buscar com simplicidade e naturalidade o equilíbrio-físico-emocional-espiritual para ser feliz.

Os desequilíbriossempre surgem quando se desconhece o funcionamento do todo, o funcionamento das leis naturais que regem a Criação. O homem realizou várias descobertas, mas parou de olhar para o conjunto ao se deixar seduzir pelo ganho imediato. Para tudo existe a solução correta, mas deveria ter pesquisado seriamente com sinceridade, tendo sempre como meta a melhora geral e o beneficiamento do planeta com equilíbrio entre os povos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

QUAL SERÁ O FUTURO DO PLANETA?

Terra, planeta maravilhoso que enseja ao ser humano a possibilidade de evoluir em concordância com as leis naturais da Criação. Desprezando essas leis, ocupando 10 milhões de quilômetros cúbicos, conseguimos causar danos ao todo de um trilhão de quilômetros cúbicos, mas agora enfrentamos desastrosas consequências.

É preciso dar prioridade ao que é prioritário. Os políticos e gestores, eleitos ou designados, têm agido de forma egoística pensando apenas em si, esquecendo que foram colocados em seus postos para pensar nos problemas e dar soluções para a melhora geral. A escassez de água já ameaça; é preciso investigar a causa da redução no volume de chuvas o que exige sabedoria e bom senso que desapareceram com a arrogância e sede de poder e ganhos. No interior havia muitas nascentes; hoje, a menos de cem metros o córrego já está poluído por esgoto.

O Estadão publicou artigo do jornalista Fernando Reinach sobre as alterações que estamos provocando no planeta: “O desenvolvimento tecnológico, o uso dos estoques de riquezas naturais e o aumento brutal do número de humanos estão modificando rapidamente esse 10 milhões de quilômetros cúbicos. E essa alteração está se espalhando pelo restante do planeta. Lá embaixo os aquíferos estão sendo poluídos e lá em cima a camada de ozônio foi reduzida. Esse minúsculo e único volume de toda a galáxia em que vivemos está se modificando. Se as condições desses 10 milhões de quilômetros cúbicos mudarem significativamente, nós desapareceremos, e nada vai mudar no universo. Afinal, são só 10 milhões de quilômetros cúbicos.”

O ser humano é o espírito que dispõe do intelecto para auxiliar na vida material, no entanto o intelecto tem se sobreposto ao espírito levando ao enrijecimento do pensar e sentir que tende a reduzir a condição humana ao estado de máquina sem conteúdo, afastada da Luz, cujo comportamento vai sendo catalogado e acumulado pelos supercomputadores para criar rígidas normas de conduta da massa sem individualidade, para serem seguidas conscientemente ou mais provavelmente não.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o sistema de segurança do Brasil “está falido” e que a criminalidade se transnacionalizou. Pode-se dizer que não se trata só do sistema da segurança. Muitas coisas não estão funcionando bem, como se pode observar na falta do bom preparo das novas gerações às quais são dadas múltiplas oportunidades de receber mensagens negativas e imagens de modelos inadequados de atitudes e comportamento. Soma-se a isso a falta de propósitos e de coesão na esperança de melhora. Atribui-se o caos ao déficit financeiro, que se agravou com a adoção de medidas inadequadas no combate da crise econômica global, as quais retardaram a recuperação. Além disso, enfrentamos a corrupção infiltrada na gestão pública que aumenta a ineficiência do Estado.

Diante da paradeira econômica mundial sempre ressurge como explicação o tema da estagnação secular que soa um tanto dogmática, pois não explica a causa da não recuperação da economia que pode estar associada à existência de excesso de poupança e liquidez, e de poucas opções de investimentos, mormente no ocidente que perdeu a competitividade nos custos de produção e reduziu a capacidade de gerar empregos e consumo, até mesmo de bens essenciais.

A situação poderá piorar muito se houver novo choque de elevação dos juros externos. Então, o que está meio estagnado tenderá a decair mais, gerando uma nova crise global. Mas só manter os juros baixos e continuar financiando contas públicas não restabelecerá o equilíbrio econômico entre os países ricos e os demais.

O Estado democrático assumiu posição destacada, mas tendeu para populismo e institucionalização da corrupção. Com o advento do capitalismo de Estado, com poder e controle centralizados na política, criaram-se duas visões diferentes de lidar com a economia e com a liberdade. Os avanços tecnológicos da quarta revolução industrial estão ensejando tentativas para reinventar o Estado, mas a grande transformação para o bem exige a reinvenção do homem, devendo o ser humano cumprir efetivamente a sua tarefa de construir, beneficiar e evoluir. Mas para isso tem de reconhecer e respeitar as leis naturais da Criação que expressam a Vontade do Criador.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O QUE SERÁ 2019?

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A desordem econômica é mundial. Bolsas valorizam, consumo cai. O Brasil exporta minério de ferro e importa aço. Como vão ficar os países que perderam o rumo no desenvolvimento pleno pela falta de estadistas sábios? A indústria no Brasil não logrou alcançar economia de escala essencial para o aumento da produtividade e redução de custo; afora isso, após os anos 1980 não resistiu à concorrência com os importados e já dá sinais de esgotamento.

Os responsáveis pela gestão econômica e monetária não quiseram aprender a lição sofrida da crise da dívida e continuaram gerindo o país como piratas. Com a entrada da oposição em 2002 no comando do governo, as engrenagens emperraram cada vez mais. Atualmente a dívida continua aumentando, a gasolina também e a nota do país foi rebaixada. O que será de 2019?

A regra de ouro das contas públicas estabelece que a União não pode se endividar para pagar gastos correntes, mas apenas fazer despesas com investimento e refinanciamento da dívida. É preciso entender que a atual situação caótica do país foi causada pela indolência de todos que se deixaram engodar pelos palradores e se acomodaram às benesses. Pintaram e bordaram enquanto puderam com carnaval, televisão, futebol e ganhos. Quem ainda se lembra quanto custaram os estádios da copa? Só com bom preparo para a vida e anseio de construir um Brasil melhor poderá haver algum progresso.

Uma tarefa prioritária de nosso existir é a busca por esclarecimentos sobre a finalidade da existência, e se isso não for feito desde cedo, a fase da velhice deve ser aproveitada para esse propósito com toda a energia. Uma explicação da Vontade Divina é a interpretação do funcionamento da sua Criação e suas leis, sem isso falta a base para o real saber.

Os sistemas criados pelos homens deveriam atender as necessidades humanas com liberdade e seriedade, gerando ganhos. Mas acabaram se voltando para gerar lucros e poder, deixando as necessidades humanas a cargo dos incompetentes Estados e seus perdulários estadistas, e assim as crises se tornaram inevitáveis. Neste país abandonado, de escassez de homens de bem, a maior parte da classe política só quer levar vantagens. Estamos no ponto de viragem enfrentando as consequências de todos os erros.

Os franceses também reclamam da falta de empregos. A economia global ficou desequilibrada. De um lado consolidou-se o “financeirismo” e de outro surgiu um processo que foi concentrando a indústria na Ásia. Quem precisa de dólares tem de pagar juros, que elevados, valorizam o câmbio. Pode-se perceber nisso a interferência do princípio do moderno mercantilismo que visa o acúmulo de dinheiro forte. Como restabelecer a simetria, pergunta o presidente da França Emmanuel Macron. Qual a tendência futura? Sem um consenso geral, os esforços para fortalecer o nacionalismo econômico tenderão ao acirramento das relações comerciais. O sistema atual tem provocado desemprego e queda no PIB e na arrecadação, desorganizando ainda mais a precária situação, acarretando aumento da dívida para que os Estados possam atender seus encargos.

No século passado, ainda havia um grupo de especialistas que examinavam os problemas do mundo e propunham soluções visando melhor futuro. Com a expansão do apagão mental e declínio da cultura, coube aos políticos tomar decisões ao sabor do imediatismo e dos interesses dominantes, criando-se um aglomerado de ações inadequadas ao progresso real.

Clóvis Rossi, jornalista e colunista do jornal Folha de São Paulo, classificou Oprah Winfrey e Luciano Huck como os novos profetas da autoajuda que se insinuam como prováveis campeões de votos. Vale lembrar o texto da Bíblia que diz: “naqueles tempos surgirão muitos profetas. Cuidado com os falsos profetas, bons de conversa. Vocês os reconhecerão por seus frutos.”

O mundo adentra na grande crise da transformação que se apresenta sob múltiplas faces, mas na verdade se trata da grande crise da humanidade que, em sua extensão, mostra o grande atraso gerando um mundo hostil onde deveria existir apenas paz, progresso e alegria. O ano de 2019 dará continuidade à ebulição em andamento, influenciada pelas decisões do presente ano. Se forem movidas pela cobiça de poder, o que poderemos esperar senão o agravamento geral? Esperemos que haja um mínimo de sabedoria e desprendimento.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ECONOMIA E ECOLOGIA TÊM DE ANDAR JUNTAS

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Como tirar proveito dos resultados da globalização sem comprometer o que já havia sido conquistado em termos de qualidade de vida? O mundo se defronta com temas preocupantes como a redução dos empregos, a ascensão de líderes populistas e nacionalistas, o progressivo avanço das alterações do clima e a disseminação de ódio entre os seres humanos.

O capitalismo e a economia de mercado criaram oportunidades possibilitando a saída de bilhões de pessoas da pobreza. No entanto, após a crise de 2008, a globalização passou a ser execrada, pois afetou a vida de muitas pessoas, tanto nos países desenvolvidos como nos emergentes que se defrontam com a concorrência internacional, reduzindo a esperança quanto à conquista de futuro melhor para os descendentes.

Nos séculos passados, a elite pensante estava atenta à trajetória da humanidade. Com o passar do tempo o foco foi mudando e hoje o planeta se apresenta com tumores e cicatrizes, e de novo os cientistas buscam fazer alertas sobre as ameaças que pairam sobre a nossa espécie.Também o economista Angus Deaton demonstrou sua preocupação nesse sentido no livro A grande saída.

O sistema asiático de gestão do Estado, com centralização do poder, conta com mão de obra farta e de baixo custo, possibilitando competitiva oferta massiva de bens. Enquanto os EUA guerreavam no Iraque, os asiáticos iam consolidando sua posição. Hoje, o presidente Trump encena mudanças, mas para reverter a situação teria de haver um esforço de equilíbrio global entre os países para estabelecer um ganha-ganha na produção, comércio, empregos e consumo, sem esquecer o bom preparo da população.

Em países como o Brasil, apesar de tudo que se exporta em commodities, ainda há déficit nas contas. Os homens e as nações se digladiam pelo poder e riqueza eissonão é de agora. A fase inicial do liberalismo caracterizava-se por sangrenta competição que considerava a economia como a grande selva que esparramou miséria pelo planeta. Tudo foi sendo conduzido de forma a camuflar a cobiça por riqueza e poder, mas na falta de uma visão responsável sobre o futuro surgiram consequências inconvenientes, abrindo-se espaço para os revoltados, fanáticos e para os populistas que cativam a massa indolente com disseminação de ódio e promessas irrealizáveis.

A elite governante não se ocupou com a ampliação da miséria e com a melhora das condições gerais. O poder estatal mostra a sua incapacidade e incoerência. A boa administração das nações depende de equipes coordenadas que visem à continuada melhora das condições de vida, em paz e com liberdade, agindo com seriedade e apoiadas por uma população bem preparada e imbuída dos mesmos propósitos.

O progresso depende do bom preparo das novas gerações para a vida de forma a possibilitar oaproveitamento de todos os talentos; sem isso, a estagnação será fatalmente alcançada. O grande laboratório para aprendizado está no contato com a natureza, sua beleza e sua lógica. Um vídeo pode mostrar as belezas, mas é necessário ver as coisas de perto, por a mão na massa, ver fazer, fazer de fato, tudo contribuindo para a boa assimilação, descortino, iniciativa, decisão. Com os novos processos tecnológicos, corre-se o risco de osindivíduos passarem a agir como máquinas, sem intuição própria, sem concentração, apenas executando comandos.

Economia e ecologia deveriam andar juntas, mas a “financeirização” de tudo, que dá prioridade ao ganho financeiro especulativo, foi o grande divisor, retirando o olhar responsável pelo futuro. Cada pessoa que nasce tem o impulso para evoluir voltado para o bem e ao reconhecimento do significado da vida e das leis da natureza para trazer sua contribuição beneficiadora. No entanto, o impulso pode ser desviado para o mal, impondo decadência e destruição. O homem tem de se tornar ser humano de fato.

A Criação não surgiu por acaso; existem leis da natureza que regem a vida. O estudo sério e objetivo da ciência da natureza em sua beleza, coerência e lógica pode conduzir as novas gerações ao reconhecimento da finalidade da vida e ao autoaprimoramento para se tornarem beneficiadoras do mundo. Mas é necessário que cada indivíduo esteja atento e desperto para a consciente tomada de decisão.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

COMO RECONSTRUIR O BRASIL

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A desconstrução do Brasil começou com o descuido no preparo das novas gerações e na aceitação da corrupção endêmica. E como regredimos! As famílias constituídas por imigrantes europeus tinham mais consistência do que as brasileiras da atualidade que desaprenderam a letra do Hino Nacional e as cores da bandeira. A partir dos anos 1970 experimentamos um declínio continuado que exigirá muitas décadas para a recuperação, desde que haja vontade forte de construir um país decente e humano.

A economia é formada por um conjunto de fatores. Há quase 40 anos o Brasil entrou na espiral reversa que gira para baixo pagando dívidas, cedendo espaço aos corruptos, e essa prática vem se mantendo até hoje. Decaímos na educação, na atuação do governo, no relaxamento das contas internas e externas. Enquanto nossa produção industrial estagnava e encolhia, a dos outros países ganhava com a economia de escala e se aproveitava da política adotada no Brasil de combate à inflação com valorização cambial e juros elevados. Não precisava mais pesquisa e desenvolvimento, pois importar era a solução. Um golpe mortal.

Sem seriedade, as instituições foram abusadas denegrindo a democracia para atender a interesses pessoais em vez de cumprir o seu papel junto à sociedade. Estamos no limite. Segundo analistas a corrupção é endêmica, no entanto chutar o pau da barraca não conduz ao saneamento. A corrupção tem de ser erradicada com a colaboração e integração das forças idôneas da nação. Mas se essas forças idôneas não fizerem prevalecer a justiça e a busca de um país sério e humano, o futuro da pátria será sombrio. Como reconstruir o Brasil?

A universidade tem a missão de formar seres humanos de valor para que contribuam para a melhora geral das condições de vida. Politicagem, ideologias de plantão, carreirismo e busca de sucesso pessoal, tudo tem contribuído para o declínio do padrão. As instituições de ensino teriam de ser neutras e equivaler a centros de saberes para o bem da humanidade que tem de abrir os olhos e procurar o conhecimento do significado da vida.

O homem tem predado a natureza incansavelmente para atender a sua cobiça, sempre querendo mais. De longa data, homens eruditos acalentam o sonho profético do domínio milenar com a administração planetária em suas mãos. Mal sabem que acima de tudo atuam as leis da Criação que agora mostram a sua força para colocar o homem em seu lugar.

As mudanças climáticas estão trazendo furacões, revezamento de calor e frio intensos, e chuvas em excesso ou insuficientes que avançam pelo planeta. Novos desafios se sobrepõem aos já existentes na economia, religiões e conflitos raciais. Desde 2007, onze países estão construindo um muro verde na África, de leste a oeste para atingir oito mil quilômetros de extensão por quinze de largura. Uma proeza ambiental. Quando não havia árvores, o vento escavava e desgastava o solo. Mas está mais protegido agora. As folhas viram compostagem e a sombra aumenta a umidade do ambiente. Assim, há menos necessidade de água. O muro verde retém a desertificação, e as pessoas permanecem na região. No Brasil, o manto verde da Amazônia está sendo dilacerado. A consequência será o inverso.

Neste dramático século 21 que assinala os mais estapafúrdios comportamentos da história da humanidade, observamos inquietude e desorientação de almas que não exercitam mais o seu querer, e vão vagando pela vida atrás de ilusões desperdiçando o precioso tempo para evoluir. O que estamos fazendo para conter o descalabro que se avizinha?

O futuro é sempre consequência dos caminhos trilhados. De forma simples os humanos colhem o que semeiam; os sábios percebem isso e conseguem prever o futuro. O ser humano é dotado de alma que desencadeia os acontecimentos com a sua motivação e vontade. As máquinas não têm alma, mas atraem as consequências da vontade de seus geradores. Num mundo onde as almas foram esquecidas, só se pode esperar pelo enrijecimento voltado para a dominação. O bom futuro depende da exata compreensão do significado da vida e das leis universais que a regem.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

DESARRANJO PLANETÁRIO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Enfrentamos um desarranjo global na gestão pública. Os líderes se afastam da ideia de que são responsáveis para imprimir melhora geral na qualidade humana e nas condições gerais de vida. Cresce a população, crescem as despesas, falta bom senso. O aumento populacional gera um aumento de encargos e problemas que se agravam com a falta de bom preparo para a vida e integração com a natureza, permanentemente atacada pelo imediatismo.

O grande desequilíbrio global na produção, comércio, empregos e consumo vai se agravando. A OMC, o FMI, a ONU, todos teriam de olhar para isso e encontrar meios de restabelecer o equilíbrio econômico e financeiro entre os países para que sejam evitadas as guerras comerciais pelos mercados e o progresso se faça sem os atuais desníveis que aumentam a miséria e pobreza, com igualdade de oportunidades, mas sem o paternalismo nefasto do manto do Estado.

O Brasil, um parceiro frágil, está sendo condenado exatamente em que? Em defender empregos ou empresas? O que a OMC diz de países cuja mão de obra não perde tempo no transporte porque dorme no emprego e não se preocupam com a preservação da natureza e sustentabilidade?

No embate pelo poder econômico, a situação mundial é grave. Há desequilíbrio entre produção, comércio e finanças. China e Estados Unidos compartilham os mercados, mas a China dispõe de população preparada internamente e nas universidades do mundo; acumulou capital e desenvolveu eficiente parque industrial. A influência dos EUA no comércio internacional vai se reduzindo e as consequências para o povo americano são imprevisíveis. Vai surgindo nova plataforma de comércio entre os países, alimentada pela necessidade de matérias básicas e oferta de industrializados com preços baixos.

Quanto ao Brasil, o risco é de se perpetuar como fornecedor de primários com efeitos sobre o progresso e a qualidade de vida, a menos que tenhamos estadistas lúcidos e sinceros para realizar barganhas equilibradas que possibilitem melhor educação e evolução. A China mantém considerável montante de superávit da balança comercial. Uma boa soma para investir pelo mundo. Qual será a tendência para o futuro da economia mundial? Como as contas vão fechar? China injeta dinheiro. Qual é o efeito sobre o país destinatário? Aumenta emprego, a economia cresce? Como a China recupera o valor investido? A transação traz ganhos para os dois lados?

Com primarismo, improvisação e incompetência mais de 80% dos municípios encerraram 2016 em situação fiscal difícil ou crítica. Apenas 13,8% das prefeituras foram consideradas de boa gestão. O Brasil afundou na dívida e no despreparo das novas gerações, o que torna a situação ainda mais difícil, mas isso está sendo deixado para depois. A disputa da hora é sobre quem vai ficar no comando após a eleição 2018. Estão apagando o fogo do déficit, da previdência, dos escândalos, mas precisamos de planos que promovam a recuperação geral e renascimento do país.

Muitas festas. Muita bebida, sexo, drogas, tudo adornado com a corrupção. Velhos políticos se perderam em orgias, assim como estamos perdendo as novas gerações nos embalos das madrugadas. Que futuro poderemos ter? Como o Brasil poderá promover dinamismo na economia apesar da dívida e sua projeção maligna? Quais são as alternativas que permitiriam sair do fundo do poço na produção, empregos, renda e dinheiro em circulação, enfim consumo condigno em um país de tantos recursos mal aproveitados? Mas não faltam candidatos cobiçando a presidência em 2018. Fala-se no controle do déficit e da dívida nos próximos cinco anos, no ajuste da previdência, mas não se dedicam a um plano sério de renascimento e recuperação do país. O egoísmo e a vaidade dominam o cérebro atordoando a boa vontade. Para se promoverem pseudo-estadistas não vacilam em vender tudo, mesmo que não lhes pertence.

A visão de melhor futuro depende da qualidade dos líderes, dos estadistas, da boa educação e preparo da população. Além disso, é necessário que o mercado interno seja fortalecido e haja dinheiro circulando naturalmente, coisa sempre escassa no Brasil de juros altos e baixa escolaridade. Precisamos estabelecer alvos nobres que tenham como prioridade a melhora geral das condições de vida no planeta e aprimoramento da nossa espécie.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

IMPACTOS POSISTIVOS

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

O paternalismo, dos pais da pátria aos pais dos brasileiros, sempre traz impactos, na maioria das vezes, negativos. É preciso educar as novas gerações para que se tornem fortes, independentes, e para isso esses jovens precisam estar dispostos a aprender e a fazer, na vida e no trabalho. É fundamental valorizar o trabalho. No Brasil os trabalhadores recebem em média 25% do que ganham os trabalhadores dos Estados Unidos; no Chile chega a 50%. Faltam estímulos e equilíbrio entre o que se faz e o que se recebe, caso contrário o país não anda. Está difícil produzir, os concorrentes importados com preços menores avançam, mas reduzem empregos. Devemos examinar atentamente as condições do Brasil e buscar soluções que promovam o progresso. As condições que possibilitam o crescimento dos populistas demagogos têm de ser extirpadas.

O que acontecerá em 2018, o pleito continua incerto. O caixa 2 tem sido a ruína na definição dos vencedores das eleições, desde as municipais até a presidência, e representa uma grande oportunidade para os piores no legislativo ou executivo. O custo é a regressão do Brasil aos seus estágios de república das bananas com seus líderes oligárquicos, demagogos e caudilhistas pensando só em si, no poder e nos seus interesses. Quanto mais sabemos sobre a real situação do Brasil, mais estarrecidos ficamos. O país precisa ser conduzido para alcançar progresso real.

A globalização deveria ser aproveitada no que ela traz de bom, mas é necessário contornar as tendências ao desequilíbrio financeiro entre os povos. Desde Breton Woods a economia do mundo gira em função de dólares. Japão, Coreia do Sul, China e Índia buscaram adequada política cambial e monetária, resultando em produção, empregos e acúmulo de reservas na moeda líder. O Brasil tem feito o oposto no câmbio e juros, e seu passado é de pouco trato na educação e produtividade.

No passado, a moeda forte era a libra. O dólar assumiu o comando na conquista do mundo. O Euro nasceu travado. Árabes e chineses acumulam dólares. O restante vai caindo nos déficits e na falta de rumos que consolidem o país e a economia. O Brasil e outros países permanecem estagnados pela falta de lideranças que tracem rumos apropriados de forma a desmanchar a condição de economias subsidiárias, fonte de commodities e mercado consumidor das sobras do mundo. A população não evolui. Produção e consumo são de baixa qualidade.

A adolescência é a fase fundamental para a definição do rumo. Ela começa quando a criança passa a perceber o mundo e as dificuldades. Atualmente, muitos jovens ficam rodeando sem rumo certo, sem propósitos, incentivados a adquirir vícios. A alma vai entorpecendo como tudo o mais na busca da falsa felicidade, propiciada pelo que é transitório. Às vezes caem no choque da gravidez precoce numa relação sem afinidades. Mas bem orientadas sobre o significado da vida, as novas gerações representam a possibilidade de causar impactos positivos na busca de melhor futuro.

O Brasil é um país continental de grande potencial que está se arrastando sob o peso de suas decisões inadequadas e seus passivos econômicos, sociais e ambientais, perdendo tempo com ninharias e incompetências, enquanto aumenta o desemprego e o retrocesso. As autoridades precisam interromper o avanço das cracolândias, que são territórios livres das drogas e da decadência. O mal já está enraizando, não podemos seguir as pegadas do Rio de Janeiro; a droga está acabando com o futuro do país. Lamentavelmente os jovens estão perdendo a consciência da importância do aprendizado na escola e na vida num mundo em constante transformação.

Para assegurar futuro melhor temos de combater a baixa disposição dos alunos para o aprendizado contínuo. O Brasil precisa mudar de sintonia. O foco deveria ser a busca de melhores condições gerais de vida que possibilitem a evolução das pessoas que se dispõem a aprender e a trabalhar com eficiência para, dessa forma, embasar a atividade econômica. Deveríamos seguir o exemplo do ator Matt Damon, que disse em entrevista que foi criado para pensar que toda pessoa deve causar um impacto positivo no mundo, independentemente do tamanho do seu círculo de influência.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7