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JESUS, O MESSIAS

Natal, um dia de festa, por quê? Qual é o real significado do Natal? As Palavras do Filho de Deus tinham como alvo despertar e fortalecer o indolente espírito dos seres humanos.

Estamos num momento de turbulências. Mesmo pessoas confiantes se sentem fragilizadas em meio às dificuldades atuais. Trata-se do Fim do tempo concedido aos seres humanos para evoluírem. Época da grande colheita prometida por Jesus. Sem a compreensão espiritual, a humanidade sufocava o espírito e caminhava para a autodestruição oriunda das cobiças, em vez de captar a energia trazida por Jesus e aplicá-la em suas vidas. O Criador enviou uma parte de si com a missão de transmitir a Verdade e a salvação aos seres humanos. A encarnação do Messias tinha sido anunciada pelos antigos profetas, indicando Belém como o local do nascimento.

A encarnação do Amor de Deus na Terra exigia uma mulher que nunca tivesse tido filho, para gerar um corpo em conformidade com as leis naturais da Criação. Três reis foram conduzidos, mas se retiraram sem ter reconhecido sua alta missão de amparar e proteger a criança. O menino cresceu naturalmente em companhia de Maria e José, até se tornar adulto e sofrer muito ao observar a forma estúpida como viviam os seres humanos, desperdiçando o precioso tempo, sufocando o espírito e só pensando em comida, bebida e prazeres. Os ensinamentos recebidos através dos profetas já não tinham mais força.

Impulsionado para João Batista, surgiu a consciência de quem era e de sua missão de desfazer, através clareza de sua Palavra, a confusão gerada pelas falsas concepções. As palavras do Filho de Deus diziam respeito unicamente ao espiritual. Muitos seres humanos as receberam com o coração, e iam despertando, pressentindo nelas a verdade sobre o significado da vida. Outros, em sua indolência, nem davam atenção.

A Palavra proveniente da Luz da Verdade começava a despertar os seres humanos. Os sacerdotes começavam a se sentir ameaçados em sua zona de conforto e passaram a criar suspeitas e a ridicularizar o Messias, logo passaram às infâmias, e por fim o conduziram ao tribunal, onde, num falso processo, Jesus foi condenado. “Não foi a sua morte na cruz que podia e devia trazer a libertação, mas a Verdade que outorgou à humanidade em suas palavras!”

Os erros e os conceitos falsos poderiam ter sido extirpados e semeadas as verdades essenciais, em conformidade com os ensinamentos de Jesus. “Seja feita a tua vontade assim na Terra como no Céu”, isto é, seguir a vontade Criadora de Deus, presente nas leis divinas da Criação que possibilitam o fortalecimento do espírito humano para retornar de forma consciente para casa, o reino espiritual.

Quando Jesus pendia na cruz, ocorreu um movimento sísmico que rachou todos os blocos do teto da sala do Juízo na estrutura da Grande Pirâmide do Egito. Das palavras originais de Jesus, muito foi perdido por erros de memória ou alterações. Os seres humanos que se orientam exclusivamente pelo intelecto se afastaram cada vez mais das leis da Criação culminando no ateísmo, na descrença absoluta, pois embora sendo vivificados pelo espírito, não reconhecem mais o núcleo realmente vivo em si.
Em sua mensagem, Jesus, o Filho de Deus, comunicou que no final do tempo viria o Filho do Homem, o Espírito Santo, trazendo aos seres humanos a prestação de contas do tempo concedido, a grande colheita e auxílio para a humanidade. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (João, 8:32).

A missão do Filho do Homem aqui na Terra é a continuação e a conclusão da missão do Filho de Deus, ambos emissários de Deus trazendo a força da Luz para purificação, elevação e renascimento. Os seres humanos perderam o saber do real significado da vida, o porquê de recebemos um corpo perecível para uma viver como hóspedes no planeta Terra, mas foram cada vez mais se assemelhando a bonecos presos ao materialismo, já que impediram a atuação do seu espírito através das intuições, concedendo espaço apenas ao próprio cérebro gerador do intelecto e do raciocínio preso à Terra, incapaz de um vislumbre de sua origem espiritual.

A humanidade não observou o Auxílio trazido pelo Filho de Deus. Como agirá com o prometido auxílio do Filho do Homem, portador da Luz da Verdade da Criação para a libertação dos erros e salvação? Após o grande falhar das criaturas humanas durante a existência terrena do Filho de Deus, este momento é crucial para cada ser humano reafirmar o comprometimento com a ceia natalina, a memória da Palavra de Deus encarnada que peregrinou pela Terra, e desapegando-se das ninharias, olhar para si mesmo com espírito livre, aprofundando-se no saber do significado da vida sob a Luz da Verdade: Quem somos nós, de onde viemos, para onde vamos? (Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, Abdruschin)

Assista ao vídeo: https://youtu.be/CQNk6-2_-Gw

O FEIJÃO E A CRISE HUMANA

Na questão do setor imobiliário chinês, está meio difícil de entender por que investiriam em projeto que consome muitos recursos sem oferecer retorno, levando à crise financeira nos resgates. Mas a produção de manufaturas com custo bem inferiores aos demais países gerou muitas divisas e agora está meio travada. A renda cai para a população em geral que precisa fazer remanejamento dos gastos, e muitas coisas acabam sobrando nas prateleiras. São desajustes que estavam previstos para ocorrerem em momentos de redução do fluxo do dinheiro, e não será fácil o retorno ao que era.

São transformações em andamento, com o consumo se concentrando em itens essenciais e encalhe de produtos manufaturados como roupas, cosméticos e outros. Isso também acaba atingindo as exportações da China já afetadas pelo dólar mais caro, tudo convergindo para a redução da velocidade do avanço da economia mundial.

O que devem fazer países como o Brasil para manter a economia num ritmo estável de produção, trabalho, renda, consumo? Feijão e pão. Parece brincadeira o relaxamento com a segurança alimentar. Usam o solo, a água, o ar, mas só se produz o que gere dólares. É muito pouco caso geral. De que adianta exportar tanta soja in natura e depois ter de importar o feijão preto da China? Exportar é importante, mas vamos lá autoridades do Brasil, acordar para evitar as costumeiras barbaridades na gestão do país.

Drogas são produzidas e vendidas por causa do ganho elevado. As pessoas que se entregam ao uso de drogas em geral não sabem por que e para que estão vivos e não têm nenhum objetivo a ser alcançado a não ser ir empurrando a vida meio sem rumo. A forma de viver tem se tornado áspera e vazia. O aumento de usuários de drogas compromete o futuro dos países e da humanidade.

A situação do ser humano é de suma gravidade ao entorpecer a alma, o corpo e a mente. Antes, as trevas queriam rebaixar as pessoas através de cultos decadentes de orgias envolvidas pelas fumaças e beberagens inebriantes; depois entraram outros interesses. Guerra do ópio. Dinheiro e poder paralelo. Hoje é o tráfico. Maconha, coca, ópio, heroína, drogas sintéticas. Muito dinheiro em jogo, muitos interesses promovendo a decadência da humanidade.

Cada indivíduo nasce para evoluir física e espiritualmente, mas acaba se enroscando no mundo material, apegando-se a ninharias, ao dinheiro e poder, e então os tiranos passam a buscar formas para dominar e manter a massa domesticada e algemada a fim de que possa exercer a sua prepotência e cobiças.

A linguagem atual é outra, mas o problema da humanidade é o mesmo. A tecnologia muda a cara de questões antigas, como a displicência com a finalidade maior da vida e com o aprimoramento da espécie, perturbadora do funcionamento sustentável da natureza. Antes era a falta de propósitos voltados para o bem geral; agora são os links e algoritmos selecionadores, impondo conceitos. Estão faltando os que promovam o bem e a melhoria geral das condições de vida e da qualidade humana sobre a Terra que, presa ao materialismo, vai se deteriorando.

A cultura é fundamental para a boa formação. Atualmente, predomina a cultura de massa nos filmes neuróticos e barulhentos, e nas peças apelativas, que longe de contribuir para o aprimoramento, induzem ao desânimo e à falta de esperança de melhor futuro. Raramente aprofundam o tema do ser humano, seu mistério, sua missão, sua finalidade. As produções modernas estão ásperas, violentas, com baixa inspiração, monótonas, fogem da nobreza e da colheita justa.

A possibilidade de viver num padrão de vida que permita às pessoas adquirir os bens que desejarem para uma boa qualidade de vida é realmente um sonho a ser alcançado. No entanto, cada ser humano deve ter a nítida noção de que no mundo material tudo é perecível e que não deve viver exclusivamente para as aquisições que são um meio, e não um fim em si. Por ser humano, deve ter em si a busca de valores perenes que o diferenciam das demais criaturas.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O FUTURO E AS INCERTEZAS

O futuro do Brasil e da humanidade está se complicando porque, em geral, poucas pessoas assumem responsabilidade sobre suas ações no presente que irão se refletir mais adiante. De longa data falta verdade e, habilmente, as reais intenções têm sido acobertadas. Mas estamos no século em que tudo se acelera e nada fica oculto. É preciso enfrentar a realidade, mas também incentivar a sincera vontade de renovar tudo que esteja em desacordo com as leis naturais da Criação, pois o que estiver em oposição a elas perderá a base de sustentação, devendo ruir naturalmente. O Brasil e a humanidade têm de abrir os olhos e deixar de ser como criança mimada e arrogante para entrar na fase adulta das realizações construtivas e benéficas.

Importa saber qual será o futuro do país cujo passado é vergonhoso. Como puderam deixar que a precarização dominasse na educação, saúde, moradias inadequadas em agrupamentos sem esgoto, e programas de TV de baixo nível? Passado de dívidas que deixou a indústria à míngua com política cambial desastrosa. Quando vemos o abandono das periferias das grandes cidades, dos rios e mananciais, vemos o que fizeram com o maravilhoso Brasil.

A Petrobras perdeu rios de dinheiro por má gestão. O prejuízo na refinaria em Pasadena foi clamoroso. Para recuperar, a população está sendo onerada com sucessivos aumentos de preços dos derivados de petróleo e até no álcool “made in Brasil”. Onde está o bom senso? A oposição tem que perceber que a sua forma de agir representa um ataque e contribui para denegrir a imagem do maravilhoso país que ainda oferece oportunidades de trabalho e sobrevivência, haja visto tantos venezuelanos e haitianos que vêm para cá porque o caos domina o país deles.

Os cientistas e as pessoas em geral não podem continuar afastadas da natureza e suas leis que é a grande doadora e orientadora da vida. Para encontrar as soluções, deve-se estudar de forma séria e profunda a natureza. Muitas vezes um simples camponês conhece a natureza muito melhor do que um cientista que por décadas tenta se sobrepor e dominá-la, mas só conhecendo-a profundamente poderemos obter dela os ricos frutos do progresso real e da paz. Estamos diante da crise provocada pelo desrespeito à natureza.

O conhecimento superficial se torna obsoleto com tanta rapidez por estar distante do saber das leis naturais. Em vez de fazer a diferenciação entre ensino técnico e teórico, o Brasil deveria estar pensando na qualidade do básico na educação que dará aos seus cidadãos a capacidade de pensar com clareza, escolher, comparar, raciocinar, divergir e, sobretudo, aprender.

A natureza sempre esteve à disposição dos humanos. Em vez de adaptar-se a ela e suas leis, para uma vida simples e natural de boa qualidade, o ser humano buscou dominar a natureza e tudo o mais, mas vem provocando um processo de continuada precarização, em vez de obter melhora nas condições gerais de vida. Ao nos aproximarmos dos limites críticos estão surgindo as alterações climáticas e as crises econômicas que poderão conduzir a humanidade para um insuspeitado nível de deterioração da qualidade de vida. A boa notícia é que o Brasil tem maior capacidade de adaptação aos efeitos da mudança climática, mas também é uma ameaça à segurança nacional devido à cobiça por riqueza e poder.

Estamos em processo de desumanização, pois a nossa espécie não deu atenção ao aprimoramento como requerem as leis da natureza, que não estão aí para serem manipuladas, mas para serem compreendidas e utilizadas de forma correta, levando assim para o progresso em paz e felicidade. A situação do mundo é complicada com a continuada decadência. Com uma população bem-preparada, a situação seria outra, mas com a indolência espiritual tudo ficou subordinado ao dinheiro, expressão máxima do materialismo. Com o aproximar-se das 12 horas no relógio do mundo, a Justiça do Alto exige prestação de contas. Por cima da humanidade, as leis da Criação tecem o futuro. Os seres humanos têm de viver em plenitude, aproveitando bem a oportunidade para evoluir de forma construtiva e beneficiadora, utilizando todas as capacitações com que foram dotados.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

CRESCIMENTO ECONÔMICO

A economia de uma nação tem de acompanhar o crescimento da população e buscar a melhoria das condições gerais de vida. O aumento do PIB pode se dar com o aumento da extração de minérios do solo para exportação, mas não assegura que haverá melhor qualidade de vida. Estão crescendo, pelo mundo, os aglomerados de moradias precárias tipo favela. Faltam gestores públicos e empresários responsáveis, pois cuidam primeiro de atender aos objetivos pessoais.

A economia mundial já apresentava fissuras; a pandemia as tornou evidentes e as ampliou. A precarização avança desde a classe média, afetando drasticamente a população. É indispensável a união de todos os segmentos para o bem do Brasil e do aprimoramento da humanidade. A queda na produção e empregos não pode ser recuperada de repente, pois o auxílio temporário pode reduzir o risco do caos social, mas o correto é que haja trabalho, produção, renda, para que as pessoas sejam reativas, contribuindo para o bem geral e para não ter a sensação de estar vivendo de esmolas.

“O presidente Jair Bolsonaro tem 60 milhões de votos e quer atender caminhoneiros e 17 milhões de frágeis com um repasse de R$ 400, e esse quadro tem de estar presente nas decisões”, explicou o ministro Paulo Guedes, ressaltando que os secretários que deixaram a equipe econômica queriam que o auxílio ficasse em R$ 300, mas a ala política queria atender aos mais necessitados. “Entendemos os dois lados, mas não vamos ‘tirar 10’ em política fiscal e zero em política social. Preferimos tirar ‘8’ em fiscal, em vez de ‘10’, e atender aos mais frágeis.”, justificou o ministro.

Há grupos que querem vencer a eleição, custe o que custar, inclusive interferindo na livre decisão dos eleitores, e isso não é só no Brasil. E depois farão como sempre, uma administração voltada para os interesses particulares, deixando de lado o que é essencial. No Brasil, os problemas são imensos. Os votos têm sido mal-empregados há décadas. Vejam em que situação o país ficou. Para que tantos deputados, senadores, vereadores? Eles têm mais atrapalhado que ajudado o país. Grupos econômico-financeiros se instalam na nação e os seus objetivos passam a ser os da nação inteira que perde a autonomia e descuida do próprio futuro, deixando a precarização avançar.

Soma-se a isso outro problema: grande parte do atual ambiente inóspito para a vida está na destruição da cobertura florestal, na derrubada das árvores. Grandes cidades arrasaram suas áreas verdes. Prefeitos, governadores e o legislativo jamais se preocuparam com a preservação dessas áreas nas cidades, nas vilas, nas favelas. Fortaleza, capital do Ceará, é uma cidade quente, mas nas proximidades da reserva do Cocó a temperatura é mais amena, há mais vida, a cidade fica mais humana e equilibrada.

A economia brasileira foi baseada no sistema produtivo de monocultura exportadora e escravocrata, fornecedor de riquezas para as metrópoles, sem alvos próprios, sem criar renda interna. O agronegócio e a produção de alimentos são muito importantes, mas precisamos diversificar para gerar empregos e renda, e impedir que voltemos ao passado.

Alicerçar a atividade produtiva na economia globalizada cria riscos; nada é seguro, os investimentos são elevados, mas de repente tudo pode cair. Basta um simples embargo aos produtos voltados para a exportação. A motivação dos líderes está na maximização do ganho e do poder; quem pode mais, chora menos. Cada nação deveria ter a autossuficiência como meta e planejar trocas comerciais equilibradas.

A humanidade se deixou afastar de sua essência, passando a servir aos interesses daqueles que detêm o poder e que nem sempre são os da nação. Só o bom preparo das novas gerações poderá assegurar futuro melhor. A livre decisão é como escolher qual entroncamento ferroviário seguir. Uma vez feita a escolha, a vida vai na direção que pode ser boa ou não. Se houver uma parada intermediária, será possível fazer uma nova escolha. Há entroncamentos que levam para regiões agradáveis, que fazem bem para a evolução, e há os que levam para regiões ásperas e decadentes. Os indivíduos, os povos, a humanidade, têm a liberdade de escolher, mas terão de chegar ao destino escolhido.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

2021: O ANO DA DEPRESSÃO

2019 foi um ano de dificuldades. As festas de Natal e de fim de ano davam a esperança de que 2020 seria mais ameno e, em várias cidades, distraidamente, em fevereiro, as pessoas festejaram o carnaval nas passarelas e nas ruas. Ninguém podia imaginar que poucos dias depois haveria um grito de pavor, um toque de recolher gerando incertezas e inquietações. Máscaras, álcool gel, isolamento, desemprego, conflitos políticos, um cenário dantesco. Não se sabia que remédio tomar? De onde tinha vindo o vírus misterioso? Não havia vacina.

A pandemia fazia vítimas. Assim, sem festas em todos os países, terminou o ano de 2020. Rapidamente a roda do tempo desembarcou em 2021, ano da depressão coletiva e da estagnação econômica mundial. A depressão também se tornou um problema mundial, pois a pandemia trouxe a sensação de que tudo perde o significado diante da grave ameaça apregoada por todos os lados, gerando medo e desorientação geral.

Uma conjunção de fatores desfavoráveis, em efeito cascata, está contribuindo para novo aperto geral nas condições de vida. É preciso força de vontade para não cair no desânimo ao ver tantas coisas se desmanchado; é preciso indagar por que tantas coisas estão ruindo; é preciso motivações nobres e poderosas para gerar força de vontade para seguir em frente com coragem.

Nos países em desenvolvimento, a situação se agrava pela displicência da classe dominante e da classe política, que historicamente têm se pautado pelos interesses próprios, não dando ao país o necessário empenho e, ao mesmo tempo, descuidando do bom preparo das novas gerações. Geralmente, tudo isso tem sido parte de um arranjo em conluio com interesses externos que visa domínio, controle e ganhos. Portanto, não se trata de uma questão apenas de dinheiro, que em geral é sugado pela corrupção, mas da falta de boa gestão do país.

Nenhum poder sobe tanto à cabeça como o financeiro, criando a mania de grandeza mais do que qualquer outro. Atualmente, há uma confrontação financeira entre investidores do ocidente e do oriente que envolve câmbio, ativos, empresas e regulamentações, agravando as crises econômicas.

Onde são tomadas as decisões que interferem nos países e suas populações? As elites e uma parcela da população estão enxergando que a Terra está nos limites críticos, temerosas do ultrapassar dos oito bilhões de habitantes. Muitos, preocupados com o futuro, procuram tirar proveito máximo de tudo ao seu alcance, sejam os financistas, os capitalistas corporativos ou de Estado, esquerdistas e direitistas, todos imediatistas buscando o seu quinhão de riqueza e poder no presente, pois percebem que está em andamento a chegada de um sombrio futuro da humanidade. São enormes os desequilíbrios gerados, mas a humanidade permanece alheia ao funcionamento das leis naturais da Criação.

A falta de respeito é geral. Na economia, o desequilíbrio é geral, agravado pelas disputas políticas. Bom preparo, experiência, honestidade, intuição espiritual, atenção e vigilância, são fatores indispensáveis para deter o declínio, mas estão em falta porque o ser humano está se deixando robotizar e, sem intuição, as coisas começam a travar. Não é hora de sair de casa. Parece que a situação está mudando, mas há muitas feridas que não cicatrizaram. A hora é de pensar no significado da vida.

O ano de 2021 segue acelerado; para onde, é o que muitas pessoas querem saber. O que a humanidade aprendeu? O despreparo aumenta, falta uma visão de futuro comum voltada para a construção sadia visando o bem geral. É preciso transformar a Terra num lar de seres humanos para que a evolução ocorra naturalmente em paz e alegria.

Vivemos um momento de inquietação global. A falta de propósitos começa mais em cima, na humanidade, no país, na cidade, na família, no emprego. Tudo se torna áspero com a ausência do amor desinteressado, proveniente do sentimento intuitivo espiritual. A indolência espiritual finca suas garras onde não encontra resistência. As pessoas veem, mas não enxergam; ouvem, mas não escutam. Aceleradamente as coisas vão acontecendo; acomodados, os seres humanos não se mexem, pois diante das dificuldades, deveriam estar agindo como seres vivos e despertos, com pleno uso de suas capacitações.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

HUMANIDADE DISPLICENTE

A humanidade tem sido displicente com a vida. Viver deve ser o aproveitamento da oportunidade para evoluir de forma construtiva e beneficiadora. Se houvesse a união dos povos em torno do objetivo de alcançar o aprimoramento da espécie humana, certamente não estaríamos enfrentando os rigores da mudança climática, a severidade da limitação dos recursos naturais e da sustentabilidade da vida, e com certeza as riquezas que provêm da natureza não estariam sendo partilhadas dessa forma desumana com todos que se esforçam em serem úteis e produtivos neste planeta.

Estamos diante das consequências do modo de vida inadequado, anunciadas há séculos, mas o foco dos mandantes era voltado prioritariamente para poder e dinheiro. Como gado, os humanos foram empurrados da terra para os grandes currais das regiões metropolitanas onde quem falava em manter áreas florestadas era apedrejado. O preço de tudo sobe, mas a renda cai. Não se sabe como lidar com as alterações do clima, nem se reconhece o modo errado de viver.

Muitos políticos tratam o Estado como uma vaca leiteira e há anos mamam no Brasil, mas cobiçosos, sempre querem mais e são capazes de matar a fonte para se beneficiarem. As eleições exigem muito discernimento da parte dos eleitores. Esperemos que o eleitorado se inspire em suas escolhas para que sejam eleitos aqueles que tenham um real empenho na construção de um país digno, tornando-o um lar para que possamos evoluir em paz e alegria.

Homem é homem e mulher é mulher e deveriam se complementar e viverem felizes, auxiliando-se mutuamente, mas a época é fulminante para o bem-querer. A ansiedade, o egoísmo e o orgulho são fatores adversos que prejudicam a boa convivência. Há muita aspereza no ar. Sentimos isso no trânsito congestionado, no transporte precário, nos ambientes de trabalho, nos conflitos pessoais e mundiais que se avolumam. Num mundo em que cada um só pensa em si e em suas vantagens, julgando-se melhor que os demais, os bons pensamentos e a consideração são as melhores formas de estabelecer a mútua cooperação, em que cada um auxilia o outro com pensamentos benéficos.

Houve um tempo em que os seres humanos, hóspedes do planeta Terra, viviam na segurança da regularidade dos acontecimentos e tudo seguia conforme se previa. Mas, de repente, as pessoas passaram a agir com frieza e a vida começou a mudar sem que se pudesse saber como seria o amanhã, e quais problemas e dificuldades surgiriam. Isso gerou inquietação e até revolta. As pessoas perderam a coerência, e mudam de opinião segundo os interesses, medo ou influências externas. Como enfrentar esse novo desafio?

Há uma estrutura de desorientação que visa manter a alma adormecida e, na indolência, acaba acolhendo o lixo das formas de pensamentos maldosos daqueles que se entregaram ao princípio errado. Vivemos sob o império da mentira e da corrosão dos valores que lança os seres humanos na destruição do eu interior consciente.

Quem semeia colhe; a displicência no agir se vinga ferozmente. O que vai, vem. As movimentações de retorno se aceleram, as boas, as más, e aquelas que devido à forte vontade das pessoas de alcançar o bem, se apresentam na forma de resgate simbólico. No livro Fios do Destino, a escritora Roselis von Sass explica: “Os espíritos humanos se reencarnam constantemente em diversos povos e países. Essas repetidas vidas terrenas tornam-se necessárias, a fim de que as criaturas possam desenvolver todas as faculdades latentes no espírito humano.”

O sofrimento reconhecido como retorno se torna menos traumático pela certeza que terá um fim. O que causa mais abalos são ataques morais e emocionais com sua carga nociva, que surgem de repente para agredir a alma. Por isso é preciso manter puro o foco dos pensamentos, pensar no bem, e humildemente confiar na força das leis da Luz do Todo-Poderoso, e ir em frente com firmeza e coragem.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

FUJA DO CAOS

Após dezoito meses de pandemia nada mais é como antes. Nos países de vida difícil, onde é preciso trabalhar muito para sobreviver, pouco mudou, mas em muitos outros o impacto foi devastador. Nas finanças e na política prevalecem os interesses particulares e os egoísmos. Tudo está acontecendo de forma acelerada; para onde quer que se olhe a insatisfação cresce e a paz se reduz. Coisas simples de resolver se tornaram complicadas. Para que ocorra cooperação e solidariedade entre os humanos, são necessários a sinceridade e o real desejo de alcançar a melhora geral.

Antes os governos emitiam muito dinheiro, ou tomavam grandes empréstimos. Veio a inflação, aumentando o preço de tudo que se produzia. Então aumentavam a taxa de juros para que o dinheiro voltasse para o governo através de títulos e atraíssem dólares que ficavam com preço baixo e com isso se combatia a inflação com importações de produtos que entravam no mercado com preços menores; mas isso fez a dívida crescer.

A inflação descontrolada é o caos, mas por que os governos chegam a isso, mesmo em épocas normais sem crises ou pandemia? Quais serão as consequências de juros mais elevados? Vai gerar mais produção, empregos, renda, consumo? É isso que precisa ser solucionado antes que as matérias-primas retiradas da natureza acabem e ninguém mais saberá o que fazer para sobreviver de forma condigna?

Hoje estão emitindo muito, mas a taxa de juros é o problema devido ao tamanho da dívida, e não conseguem encontrar meios de produzir mais internamente, empregar mais, melhorar a renda e o consumo. Como sair dessa enrascada? Com tantos piratas de colarinho branco pelo mundo parece oportuno que as forças armadas busquem integração com a população. Todos juntos por um Brasil melhor e justo, empenhados em dar bom preparo de vida para as novas gerações, utilizando os recursos naturais para o bem geral, e não para uma parcela da população que vem explorando o planeta de longa data.

Na vida sempre surgem imprevistos para serem contornados. Falta-nos aceitação para com os acontecimentos desagradáveis. São vivências pelas quais temos de passar. Sem aceitação, nos colocamos contra, muitas vezes agravando a situação pela resistência. Levantar a cabeça, respirar de forma serena. Não se deixar abater pelas adversidades. Com boa vontade, tudo poderemos superar, evoluir e nos alegrarmos. Criando à nossa volta um ambiente tranquilizador de confiança no poder das leis do Nosso Criador, e no futuro, estabeleceremos a paz e a felicidade.

As pessoas estão preocupadas com a confusa e difícil situação que estamos enfrentando, com poucas perspectivas. De fato, após 18 meses inquietantes de pandemia, muitas coisas foram afetadas como empregos, atividade escolar, passeios e lazer. Esse período lançou uma névoa sobre o futuro, somando-se a isso as incertezas econômicas, políticas e ligadas à paz mundial. Foi um raro momento de ruptura na forma de viver consolidada desde o término da Segunda Guerra Mundial. O importante é que as pessoas busquem a tranquilidade e não se deixem envolver por inquietações, para buscar serenamente o equilíbrio, embora se perceba que há algo diferente no ar que requer ampla compreensão do significado da vida.

O trabalho da imprensa é importantíssimo como fonte de informação e conhecimento, pois a vida deveria ser um eterno aprendizado para aprimorar a espécie humana e melhorar as condições gerais. É indispensável para o bem geral que sempre cumpra esse papel. As mídias sociais também exercem influência na sociedade humana, mas há que saber usá-las para que não se transformem em mais um meio de deturpação da realidade.

Estamos bem próximos do caos geral. A todo momento somos despertados para desgraças geradas por seres humanos, sem que se contraponha uma luz de esperança que desperte a capacidade de resistir e se sobrepor ao caos. Os jovens precisam ser motivados a construir um mundo melhor com harmonia entre os indivíduos e os povos.

Mesmo diante desse cenário ameaçador, a humanidade permanece insensível. Para uma transformação necessitamos do desenvolvimento e fortalecimento dos valores universais outrora transmitidos para a humanidade. Atualmente esses valores estão acessíveis através dos ensinamentos contidos na Mensagem do Graal, de Abdruschin, que apresenta de forma clara e natural, o reconhecimento e funcionamento das leis espirituais da Criação.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

A FINALIDADE DE TODAS AS COISAS

Na natureza tudo tem determinada finalidade, nada é superficial, nada é por acaso. Hamilton Carvalho, auditor tributário do estado de São Paulo, descreve o modus operandi da humanidade: “Não estou condenando, só constatando: escondida e no nível certo, a hipocrisia é uma das engrenagens que faz este mundo girar. Não me entenda mal”. O fato é que a espécie humana não tem cumprido o seu papel como a principal espécie vivendo no planeta Terra, pois insiste em ignorar e compreender o significado e a finalidade da vida.

Essa hipocrisia meio disfarçada vem ocorrendo em todos os setores. No passado distante, a prioridade era a melhora das condições gerais de vida, o que se refletia nas ciências que se mantinham mais próximas da natureza. Hoje se afastaram do ser humano que está perdendo o querer próprio e a força de vontade. Desde os anos 1980, a economia ocidental vem passando por um processo de mudança com fechamento de fábricas, redução de empregos e renda. Isso tudo teria de também acarretar a disponibilidade de espaços de trabalho, dada a redução das atividades. Na região da Berrini, em São Paulo, e em outras regiões, está ocorrendo a vacância de espaços empresariais e de escritórios. Quando uma região aumenta a produção reduzindo o preço drasticamente, as outras não conseguem competir.

No mundo está ocorrendo uma complicada crise econômica. Como os países poderão reativar a máquina de produção gerando trabalho e renda? Aumentar o dinheiro através dos processos de afrouxamento monetário parece não ser suficiente. Os custos se elevaram muito nos países geridos através da conjugação dos três poderes e seus antagonismos, enquanto em regimes onde o Estado é gerido com absolutismo, as decisões são rápidas e os movimentos de reivindicação são contidos prontamente assim como os custos da mão de obra. Nessas condições, fica difícil produzir e gerar empregos internamente. Os investidores preferiram transferir a produção para as Filipinas, China ou Tailândia, mas agora surge novo conflito de interesses provocando a guerra comercial do século 21.

Kishore Mahbubani, diplomata e funcionário público de Singapura, diz que “enquanto o ocidente dormia, acalentando a sensação de comando global, a China acordou e revolucionou a economia.” O processo resultou na integração de 900 milhões de trabalhadores na produção fabril, produzindo muito e baixando os preços, conquistando mercados e acumulando reserva, enquanto o ocidente se comprazia com ganhos financeiros e formação de bolhas. Agora o mundo enfrenta a guerra comercial, cambial e tecnológica. Embate entre os que querem globalizar o mando e os que estão se opondo à globalização. A OMC deveria ter previsto isso e evitar que o desequilíbrio se instalasse. Se não for encontrado um acordo e ajustamento equilibrado, poderemos ter um futuro conturbado e aumento da precarização geral.

Muitas vezes um bajulador se coloca como líder, seduzindo com mentiras e promessas que não pretende cumprir; com suas palavras enganadoras, recebe a confiança das pessoas para traí-las e satisfazer a própria cobiça. Esses não podem receber o voto do povo. Tudo de ruim que está acontecendo decorre de uma causa simples: a humanidade tem caminhado em direção oposta à real finalidade da vida na Terra. O ser humano existe há milhões de anos, e é seu dever pesquisar sobre isso, mas sempre encontra coisas mais importantes a fazer e não lhe resta tempo para o fundamental da vida.

A abertura da Olimpíada no Japão mostrou grande senso de organização, mas estava presente a tristeza, a sensação de estar num beco rodeado do vazio. Restou um pouco do entusiasmo do Olimpo onde Zeus rege os entes da natureza, admirados e respeitados pelos gregos, romanos e germanos, mas que acabaram virando lenda quando os seres humanos passaram a se julgar donos do planeta, em vez de hóspedes temporários para alcançar evolução.

Falta um alvo, o sonho da humanidade com o progresso real, beneficiado pela atuação humana aliando intuição e raciocínio lúcido. A educação deve instruir e inspirar as novas gerações para feitos que enobreçam e dignifiquem a espécie humana, longe das mentiras, propondo alvos nobres e elevados de forma a aproveitar todo vigor renovador dos jovens e a experiência dos idosos. A educação tem que formar seres humanos de qualidade, beneficiadores da vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

FOGO OLÍMPICO 2021

De muitas maneiras desperdiçamos força com pensamentos negativos ou mentirosos. Negativo é tudo aquilo que prejudica a evolução dos seres humanos. O desequilíbrio gerado por aqueles que querem mais riqueza e mais poder travou a evolução progressiva e natural. Pobre humanidade que, em seu descuido, abriu as portas para a estagnação e declínio. Na vida é preciso estar atento, não se pode deixar sopa para mosquitos, ou seja, não dar oportunidades para ataques dos inimigos da Luz.

Periodicamente se realizam os jogos olímpicos. O Brasil foi sede dos Jogos Olímpicos de 2016, da XXXI Olimpíada, mais comumente chamada de Rio 2016 que deixou tristes lembranças de corrupção e desvio de verbas. Após um período de incertezas devido à pandemia que atingiu o planeta, as Olimpíadas de 2020, a XXXII, tiveram sua data oficialmente marcada para se realizar em Tóquio no período de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. Pontualmente às 8h00 (horário de Brasília), com a tocha olímpica já flamejando, teve início a cerimônia de abertura. Destaque para um enxame de 1.824 drones projetando a imagem da Terra no céu enquanto se ouvia a música ‘Imagine’, de John Lennon. Mas qual é a origem desse nome?

Olimpo ou Valhala. O imenso castelo Olimpo onde Zeus coordena a atividade dos “deuses” – os seres que cuidam da natureza e que eram bem conhecidos pelos gregos, romanos e nórdicos. Zeus, Wotan, Osíris, Júpiter. Vários nomes para o servo do Criador. A humanidade estava no estágio de evolução ligado à natureza, e a partir daí deveria ter reconhecido o Criador, o Único, mas sobreveio o declínio que prossegue. Só sobraram as lendas que foram se tornando cada vez mais apagadas para que fossem esquecidas. Restou o fogo Olímpico!

Os Estados Unidos têm pela frente a China como o grande adversário na geopolítica mundial. Os países gostam de exibir medalhas de ouro para mostrar a sua ascensão econômica e cultural, e não será desta vez que deixarão de aproveitar essa oportunidade de exibicionismo.

O capitalismo de Estado, adotado por alguns países, é um outro capitalismo no qual os dirigentes do Estado vão tomando decisões, influenciando a economia para que siga os planos centralizados visando manter a população ocupada, o consumo adequado, e manter as condições que assegurem à China a sua continuidade como potência exportadora. São dois sistemas de capitalismo: o ocidental, dito de livre mercado, e o oriental, dito de Estado, em competição acirrada. O diferencial era a liberdade, que vai ficando ameaçada em ambos os sistemas, pondo em risco a evolução beneficiadora da espécie humana.

Qual é o risco da introdução de robôs na substituição do trabalho humano? Não deveria haver risco algum, mesmo porque a divisão do trabalho em mini tarefas criou uma rotina massacrante difícil de suportar por longos períodos. O mal não está no progresso tecnológico, mas nos objetivos dos seres humanos distanciados da busca da melhora geral das condições de vida.

Com frequência as pessoas sorriam mais, brincavam mais, alegrando-se com suas conquistas mesmo nas pequenas coisas. Atualmente há mais tensão no ar. Falta alegria espontânea e confiança no futuro. A insatisfação cresce. Falta o agradecimento humilde pelas coisas que a vida oferece. Nesse ambiente, muitos caem nas drogas como meio de aliviar o tédio, fugir da rotina pesada, pois falta-lhes um projeto de vida, um alvo elevado que ocupe seu tempo de ociosidade, e se livrarem da insatisfação e da raiva sintonizando sentimentos benéficos que harmonizam, trazendo paz e serenidade.

Em que tempo a humanidade está? Os EUA criaram o sonho americano, que já não é o mesmo dos anos 1950. A China está criando o sonho chinês, diferente do americano, mas prega o bem-estar para sua população que já passou por maus pedaços. As democracias ocidentais se desgastaram com a corrupção e aumento das desigualdades nas oportunidades de trabalho, renda, educação, definição de propósitos de vida.

O drama universal é a ausência do sonho da humanidade que deveria se voltar para tudo isso: educação, produção, trabalho, renda, consumo, aprimoramento da espécie, continuada melhora das condições de vida na Terra. O desequilíbrio gerado por aqueles que querem mais riqueza e mais poder travou a evolução da humanidade.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O PARQUE DE DIVERSÕES

Este é um momento decisivo da humanidade que pouco se esforçou para conhecer o significado da vida e sua finalidade principal, e agora entrou num labirinto onde não encontra a saída. Mas quantos querem realmente achar a saída? Quantos só pensam em um regresso à forma frouxa de viver, só buscando comida, bebida e prazeres, como se a vida não fosse nada mais que um passeio num parque de diversões.

O ser humano não é como os animais sem livre-arbítrio; embora seu corpo seja de origem animal com órgãos reprodutores, é espírito. No pós-guerra surgiram as grandes instituições criando esperanças de um mundo mais humano, mas as guerras prosseguiram, os países se endividaram, a especulação tomou conta, fecharam as fábricas e foram produzir na China, pagando uma fração do salário do ocidente e promovendo a precarização geral. Cada indivíduo tem de se tornar verdadeiro ser humano, pois sem isso o caos nos aguarda.

É preciso verificar a realidade. Para o lobo homem, geralmente em pele de cordeiro, o que vale é obter o que ele cobiça. Em décadas de desfaçatez, engessaram o gigante. O Brasil tem de dar uma guinada através do querer, da força de vontade e ações de seu povo e governantes. É preciso encontrar a fórmula de produzir mais, empregar mais, educar mais; sem isso a pobreza só aumentará.

Reis e sacerdotes falharam na condução dos seres humanos, e veio a república que foi contaminada pela corrupção e cobiça de poder. Na falta de estadistas sérios, empenhados na melhora das condições gerais de vida no planeta e no bom preparo das novas gerações para a vida, o Estado cai na mão dos corruptos que arruínam tudo, ou na dos tiranos que acabam com a liberdade e a força de vontade da nação, e tudo vai estagnando pela falta do movimento voltado para o bem geral, para um viver sadio e alegre, em atividades construtivas e beneficiadoras.

Uma questão que tem mobilizado a opinião publica é a aprovação do fundo eleitoral elevado pelo Congresso para R$5,7 bilhões para financiamento da campanha eleitoral de 2022. Seria isso a busca de compensação pelas perdas havidas com o crescente cerceamento de negociatas nos ministérios e nas estatais? Se o governo vai fechando as torneiras do dinheiro fácil na administração do país, logo surgem outras de larga vazão do dinheiro público, para benefício da casta que se aboleta no poder para obter o máximo de vantagens, deixando de cumprir seu dever para com o Brasil e sua população.

A natureza é o mais belo presente que a humanidade recebeu. Dela obtém-se a água que a tudo sustenta e os alimentos para conservação do nosso corpo. Com inteligência e capacidade de transformação, conseguimos grandes avanços, mas a um custo muito grande para o planeta. A forma como exploramos as riquezas naturais, a falta de consideração para com o semelhante, e a quantidade de lixo que geramos chegaram a um limite perigoso, ameaçando não apenas as várias espécies animais e vegetais, como também a nossa própria sobrevivência. Os homens no poder e a humanidade em geral têm subestimado a força da natureza, julgando-se superiores, sem atentarem para as leis naturais.

A natureza está enviando seus recados em forma de catástrofes. De todas as formas chegam os sinais de que o viver na Terra seguiu por caminhos errados. Acontecimentos drásticos apontam para a necessidade de reconhecimento e mudanças. As leis naturais ou leis cósmicas do Criador, que a tudo regem, trazem de volta a colheita do uso do livre-arbítrio e dos talentos inerentes ao espírito humano, destinados ao aprimoramento da espécie humana. São o balanço contábil; a verificação do resultado das ações, e assim, naturalmente, as leis do Criador recebem um reforço, e tudo vai acontecendo cada vez mais aceleradamente.

O espírito foi encaminhado para a matéria grosseira para reconhecer a sua origem e se tornar forte, mas tinha de domesticar a vontade egocêntrica que se forma em seu cérebro, pois se não fizer isso se torna fraco e dominado, cego e surdo, para que não procure seriamente a Verdade e o reconhecimento do Criador e suas leis e, fatalmente, caminhará para ruína por vontade própria em vez de alcançar um viver abençoado.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br