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A FINALIDADE DE TODAS AS COISAS

Na natureza tudo tem determinada finalidade, nada é superficial, nada é por acaso. Hamilton Carvalho, auditor tributário do estado de São Paulo, descreve o modus operandi da humanidade: “Não estou condenando, só constatando: escondida e no nível certo, a hipocrisia é uma das engrenagens que faz este mundo girar. Não me entenda mal”. O fato é que a espécie humana não tem cumprido o seu papel como a principal espécie vivendo no planeta Terra, pois insiste em ignorar e compreender o significado e a finalidade da vida.

Essa hipocrisia meio disfarçada vem ocorrendo em todos os setores. No passado distante, a prioridade era a melhora das condições gerais de vida, o que se refletia nas ciências que se mantinham mais próximas da natureza. Hoje se afastaram do ser humano que está perdendo o querer próprio e a força de vontade. Desde os anos 1980, a economia ocidental vem passando por um processo de mudança com fechamento de fábricas, redução de empregos e renda. Isso tudo teria de também acarretar a disponibilidade de espaços de trabalho, dada a redução das atividades. Na região da Berrini, em São Paulo, e em outras regiões, está ocorrendo a vacância de espaços empresariais e de escritórios. Quando uma região aumenta a produção reduzindo o preço drasticamente, as outras não conseguem competir.

No mundo está ocorrendo uma complicada crise econômica. Como os países poderão reativar a máquina de produção gerando trabalho e renda? Aumentar o dinheiro através dos processos de afrouxamento monetário parece não ser suficiente. Os custos se elevaram muito nos países geridos através da conjugação dos três poderes e seus antagonismos, enquanto em regimes onde o Estado é gerido com absolutismo, as decisões são rápidas e os movimentos de reivindicação são contidos prontamente assim como os custos da mão de obra. Nessas condições, fica difícil produzir e gerar empregos internamente. Os investidores preferiram transferir a produção para as Filipinas, China ou Tailândia, mas agora surge novo conflito de interesses provocando a guerra comercial do século 21.

Kishore Mahbubani, diplomata e funcionário público de Singapura, diz que “enquanto o ocidente dormia, acalentando a sensação de comando global, a China acordou e revolucionou a economia.” O processo resultou na integração de 900 milhões de trabalhadores na produção fabril, produzindo muito e baixando os preços, conquistando mercados e acumulando reserva, enquanto o ocidente se comprazia com ganhos financeiros e formação de bolhas. Agora o mundo enfrenta a guerra comercial, cambial e tecnológica. Embate entre os que querem globalizar o mando e os que estão se opondo à globalização. A OMC deveria ter previsto isso e evitar que o desequilíbrio se instalasse. Se não for encontrado um acordo e ajustamento equilibrado, poderemos ter um futuro conturbado e aumento da precarização geral.

Muitas vezes um bajulador se coloca como líder, seduzindo com mentiras e promessas que não pretende cumprir; com suas palavras enganadoras, recebe a confiança das pessoas para traí-las e satisfazer a própria cobiça. Esses não podem receber o voto do povo. Tudo de ruim que está acontecendo decorre de uma causa simples: a humanidade tem caminhado em direção oposta à real finalidade da vida na Terra. O ser humano existe há milhões de anos, e é seu dever pesquisar sobre isso, mas sempre encontra coisas mais importantes a fazer e não lhe resta tempo para o fundamental da vida.

A abertura da Olimpíada no Japão mostrou grande senso de organização, mas estava presente a tristeza, a sensação de estar num beco rodeado do vazio. Restou um pouco do entusiasmo do Olimpo onde Zeus rege os entes da natureza, admirados e respeitados pelos gregos, romanos e germanos, mas que acabaram virando lenda quando os seres humanos passaram a se julgar donos do planeta, em vez de hóspedes temporários para alcançar evolução.

Falta um alvo, o sonho da humanidade com o progresso real, beneficiado pela atuação humana aliando intuição e raciocínio lúcido. A educação deve instruir e inspirar as novas gerações para feitos que enobreçam e dignifiquem a espécie humana, longe das mentiras, propondo alvos nobres e elevados de forma a aproveitar todo vigor renovador dos jovens e a experiência dos idosos. A educação tem que formar seres humanos de qualidade, beneficiadores da vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

FOGO OLÍMPICO 2021

De muitas maneiras desperdiçamos força com pensamentos negativos ou mentirosos. Negativo é tudo aquilo que prejudica a evolução dos seres humanos. O desequilíbrio gerado por aqueles que querem mais riqueza e mais poder travou a evolução progressiva e natural. Pobre humanidade que, em seu descuido, abriu as portas para a estagnação e declínio. Na vida é preciso estar atento, não se pode deixar sopa para mosquitos, ou seja, não dar oportunidades para ataques dos inimigos da Luz.

Periodicamente se realizam os jogos olímpicos. O Brasil foi sede dos Jogos Olímpicos de 2016, da XXXI Olimpíada, mais comumente chamada de Rio 2016 que deixou tristes lembranças de corrupção e desvio de verbas. Após um período de incertezas devido à pandemia que atingiu o planeta, as Olimpíadas de 2020, a XXXII, tiveram sua data oficialmente marcada para se realizar em Tóquio no período de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. Pontualmente às 8h00 (horário de Brasília), com a tocha olímpica já flamejando, teve início a cerimônia de abertura. Destaque para um enxame de 1.824 drones projetando a imagem da Terra no céu enquanto se ouvia a música ‘Imagine’, de John Lennon. Mas qual é a origem desse nome?

Olimpo ou Valhala. O imenso castelo Olimpo onde Zeus coordena a atividade dos “deuses” – os seres que cuidam da natureza e que eram bem conhecidos pelos gregos, romanos e nórdicos. Zeus, Wotan, Osíris, Júpiter. Vários nomes para o servo do Criador. A humanidade estava no estágio de evolução ligado à natureza, e a partir daí deveria ter reconhecido o Criador, o Único, mas sobreveio o declínio que prossegue. Só sobraram as lendas que foram se tornando cada vez mais apagadas para que fossem esquecidas. Restou o fogo Olímpico!

Os Estados Unidos têm pela frente a China como o grande adversário na geopolítica mundial. Os países gostam de exibir medalhas de ouro para mostrar a sua ascensão econômica e cultural, e não será desta vez que deixarão de aproveitar essa oportunidade de exibicionismo.

O capitalismo de Estado, adotado por alguns países, é um outro capitalismo no qual os dirigentes do Estado vão tomando decisões, influenciando a economia para que siga os planos centralizados visando manter a população ocupada, o consumo adequado, e manter as condições que assegurem à China a sua continuidade como potência exportadora. São dois sistemas de capitalismo: o ocidental, dito de livre mercado, e o oriental, dito de Estado, em competição acirrada. O diferencial era a liberdade, que vai ficando ameaçada em ambos os sistemas, pondo em risco a evolução beneficiadora da espécie humana.

Qual é o risco da introdução de robôs na substituição do trabalho humano? Não deveria haver risco algum, mesmo porque a divisão do trabalho em mini tarefas criou uma rotina massacrante difícil de suportar por longos períodos. O mal não está no progresso tecnológico, mas nos objetivos dos seres humanos distanciados da busca da melhora geral das condições de vida.

Com frequência as pessoas sorriam mais, brincavam mais, alegrando-se com suas conquistas mesmo nas pequenas coisas. Atualmente há mais tensão no ar. Falta alegria espontânea e confiança no futuro. A insatisfação cresce. Falta o agradecimento humilde pelas coisas que a vida oferece. Nesse ambiente, muitos caem nas drogas como meio de aliviar o tédio, fugir da rotina pesada, pois falta-lhes um projeto de vida, um alvo elevado que ocupe seu tempo de ociosidade, e se livrarem da insatisfação e da raiva sintonizando sentimentos benéficos que harmonizam, trazendo paz e serenidade.

Em que tempo a humanidade está? Os EUA criaram o sonho americano, que já não é o mesmo dos anos 1950. A China está criando o sonho chinês, diferente do americano, mas prega o bem-estar para sua população que já passou por maus pedaços. As democracias ocidentais se desgastaram com a corrupção e aumento das desigualdades nas oportunidades de trabalho, renda, educação, definição de propósitos de vida.

O drama universal é a ausência do sonho da humanidade que deveria se voltar para tudo isso: educação, produção, trabalho, renda, consumo, aprimoramento da espécie, continuada melhora das condições de vida na Terra. O desequilíbrio gerado por aqueles que querem mais riqueza e mais poder travou a evolução da humanidade.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O PARQUE DE DIVERSÕES

Este é um momento decisivo da humanidade que pouco se esforçou para conhecer o significado da vida e sua finalidade principal, e agora entrou num labirinto onde não encontra a saída. Mas quantos querem realmente achar a saída? Quantos só pensam em um regresso à forma frouxa de viver, só buscando comida, bebida e prazeres, como se a vida não fosse nada mais que um passeio num parque de diversões.

O ser humano não é como os animais sem livre-arbítrio; embora seu corpo seja de origem animal com órgãos reprodutores, é espírito. No pós-guerra surgiram as grandes instituições criando esperanças de um mundo mais humano, mas as guerras prosseguiram, os países se endividaram, a especulação tomou conta, fecharam as fábricas e foram produzir na China, pagando uma fração do salário do ocidente e promovendo a precarização geral. Cada indivíduo tem de se tornar verdadeiro ser humano, pois sem isso o caos nos aguarda.

É preciso verificar a realidade. Para o lobo homem, geralmente em pele de cordeiro, o que vale é obter o que ele cobiça. Em décadas de desfaçatez, engessaram o gigante. O Brasil tem de dar uma guinada através do querer, da força de vontade e ações de seu povo e governantes. É preciso encontrar a fórmula de produzir mais, empregar mais, educar mais; sem isso a pobreza só aumentará.

Reis e sacerdotes falharam na condução dos seres humanos, e veio a república que foi contaminada pela corrupção e cobiça de poder. Na falta de estadistas sérios, empenhados na melhora das condições gerais de vida no planeta e no bom preparo das novas gerações para a vida, o Estado cai na mão dos corruptos que arruínam tudo, ou na dos tiranos que acabam com a liberdade e a força de vontade da nação, e tudo vai estagnando pela falta do movimento voltado para o bem geral, para um viver sadio e alegre, em atividades construtivas e beneficiadoras.

Uma questão que tem mobilizado a opinião publica é a aprovação do fundo eleitoral elevado pelo Congresso para R$5,7 bilhões para financiamento da campanha eleitoral de 2022. Seria isso a busca de compensação pelas perdas havidas com o crescente cerceamento de negociatas nos ministérios e nas estatais? Se o governo vai fechando as torneiras do dinheiro fácil na administração do país, logo surgem outras de larga vazão do dinheiro público, para benefício da casta que se aboleta no poder para obter o máximo de vantagens, deixando de cumprir seu dever para com o Brasil e sua população.

A natureza é o mais belo presente que a humanidade recebeu. Dela obtém-se a água que a tudo sustenta e os alimentos para conservação do nosso corpo. Com inteligência e capacidade de transformação, conseguimos grandes avanços, mas a um custo muito grande para o planeta. A forma como exploramos as riquezas naturais, a falta de consideração para com o semelhante, e a quantidade de lixo que geramos chegaram a um limite perigoso, ameaçando não apenas as várias espécies animais e vegetais, como também a nossa própria sobrevivência. Os homens no poder e a humanidade em geral têm subestimado a força da natureza, julgando-se superiores, sem atentarem para as leis naturais.

A natureza está enviando seus recados em forma de catástrofes. De todas as formas chegam os sinais de que o viver na Terra seguiu por caminhos errados. Acontecimentos drásticos apontam para a necessidade de reconhecimento e mudanças. As leis naturais ou leis cósmicas do Criador, que a tudo regem, trazem de volta a colheita do uso do livre-arbítrio e dos talentos inerentes ao espírito humano, destinados ao aprimoramento da espécie humana. São o balanço contábil; a verificação do resultado das ações, e assim, naturalmente, as leis do Criador recebem um reforço, e tudo vai acontecendo cada vez mais aceleradamente.

O espírito foi encaminhado para a matéria grosseira para reconhecer a sua origem e se tornar forte, mas tinha de domesticar a vontade egocêntrica que se forma em seu cérebro, pois se não fizer isso se torna fraco e dominado, cego e surdo, para que não procure seriamente a Verdade e o reconhecimento do Criador e suas leis e, fatalmente, caminhará para ruína por vontade própria em vez de alcançar um viver abençoado.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

GERAÇÃO VIDEOGAME

No passado, as pessoas tinham solidariedade, todas juntas, se ajudando, movidas pelo sentimento intuitivo, buscando o progresso e a felicidade. Nas empresas, os profissionais agiam como uma equipe na busca de atingir metas. Nas nações, as populações agiam como um grupo coeso, buscando a paz e o progresso. Liberdade com responsabilidade. Agora tudo mudou. Está tudo fragmentado. A vida e tudo o mais vai seguindo como se fosse um videogame. Cada um por si, perseguindo o escore, sem olhar para o sofrimento do outro. O ser humano perdeu o saber sobre o significado da vida e sua finalidade.

O bom preparo para a vida requer o convívio com a natureza, sua beleza e lógica expressas em suas leis. Os seres humanos têm de se dedicar ao aprimoramento da espécie como meta fundamental. Necessitamos ter confiança na sabedoria da Luz, força para resistir e coragem para prosseguir. Para o aprendizado em geral, escrever uma informação à mão permite lembrar-se dela, mais do que se tivesse sido apenas digitada. A escrita manual demanda mais esforço e concentração do cérebro, favorecendo o processo de aprendizagem; isso porque o processo da escrita manual pressiona o cérebro da intuição, o cerebelo, para que com sua visão ampla conduza o raciocínio.

A América Latina, com seus estados-nação tardiamente formados, mais se assemelhou a uma terra estagnada, freada em seu desenvolvimento. A população não recebeu estímulos para ampliar a educação e o autoaprimoramento, e aos poucos foi se deixando emburrecer e perder o discernimento. A classe política, predisposta à corrupção e entreguismo, buscou vantagens pessoais. A falta de bom preparo das novas gerações e política econômica adequada para gerar produção, empregos e renda, resultou em cerca de 30 milhões de desempregados.

Faltam metas de progresso, seriedade e bom preparo da população. É vergonhosa a precariedade das condições de vida em muitas cidades, geridas por incompetentes que estouram as contas e só pensam em seus interesses. Qual será o futuro do Brasil e do mundo?

O Brasil, transformado em república em 1889 por um grupo despreparado, ainda não conseguiu se tornar uma nação firme, de fibra, com população bem-preparada. O país chegou à beira do abismo da ingovernabilidade. A população está faminta de ordem e progresso. Se não houver vontade sincera da população e dos poderes de construir um país de fato, permaneceremos como projeto irrealizável de nação, que tende a decair e ser espoliada, isto é, acabaremos sendo esbulhados nas riquezas que a natureza nos concedeu.

Em vez desenvolver os talentos recebidos, a humanidade permanece displicente diante das leis naturais da Criação, só cuidando seriamente do corpo nos momentos de risco. Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), disse sobre a misteriosa doença de origem desconhecida: “Infelizmente, até o momento, sabe-se muito pouco sobre a Covid-19. Os avanços científicos registrados foram para pacientes em UTI em que a intubação tardia, a posição prona (de bruços) e o uso de corticoides e anticoagulantes diminuíram as mortes. É assustador notar que todas as medidas de prevenção, até agora, parecem ter impacto reduzido na disseminação dessa doença.”

Imagine uma pessoa intuitiva trabalhando em Brasília. No mundo áspero, dominado pelos homens subjugados pelo intelecto frio e calculista, os seres humanos intuitivos que ainda pressentem a existência do espírito são postos de lado por aqueles que se tornaram mestres na arte de auferir vantagens para satisfazer seus desejos e cobiças, indiferentes ao sofrimento que causam, mesmo que com isso estejam semeando a própria ruína.

O ser humano se encontra na Terra há milênios. Inicialmente tinha uma existência próxima à natureza, a qual ia compreendendo e respeitando com sua intuição, percebendo claramente como dependia dela. Na medida em que foi desenvolvendo seu o cérebro do raciocínio passou a se julgar superior e a desafiar as leis da natureza; a partir daí o planeta Terra e a vida entraram em risco com os inúmeros desatinos que passaram a influenciar todos os mecanismos naturais de sustentabilidade. Mas a arrogância intelectiva prevalece. Os seres humanos têm de receber, desde cedo, esclarecimentos certos sobre o significado da vida e fortalecer o cérebro da intuição, o cerebelo, ou cairão no conceito falso de que a vida não passa de um videogame.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

A LEI DO MOVIMENTO CERTO

A realidade tem grande mobilidade, isto é, nada fica parado, tudo segue a lei do movimento, exigindo adaptação. No pós-guerra, os Estados Unidos consolidaram uma posição hegemônica. A Rússia comunista ingressou numa nova forma de governo com Putin visando aproveitar os recursos existentes através de negociações com os países da Europa e outros, centralizando as finanças do Estado. A China abandonou as teorias comunistas e criou uma grande economia empresarial, o capitalismo de Estado, gerido pelo partido comunista e seus dirigentes com mão de ferro visando obter superávits na balança comercial, acumular grande reserva, aproveitar-se das oportunidades econômicas para ganhos e aumento de influência, e só então começou a desenvolver o seu grande mercado interno.

Enquanto isso, os Estados Unidos permanecem carregando a inchada máquina administrativa, na qual se pendura a classe política voltada para conservar o poder hegemônico e seus privilégios, incapaz de seguir a lei do movimento para manter a agilidade da nação. Ocorre o mesmo na maioria dos países ocidentais, inclusive no Brasil, onde tudo se agrava com a displicência e corrupção generalizada. A China se aproveitou desse vacilo, ampliando a produção e utilizando-se da mão obra disponível, de baixo custo.

O capitalismo de livre mercado está agonizando. Os governos democráticos se encontram engessados pelos demais poderes e pelos lobbies políticos. O comunismo não existe mais, foi substituído por um regime forte e autoritário que a partir das finanças controla tudo, mantendo a população submissa, eliminando qualquer oposição aos detentores do poder. A governança não evoluiu.

Emitir dinheiro para um país com moeda conversível é privilégio que possibilita aquisições valiosas e lucrativas em qualquer região. O Brasil emitiu muito para pagar a dívida externa e cobrir déficits monumentais decorrentes da forma displicente da classe política. Argentina seguiu o mesmo caminho. Venezuela, nem há o que falar. Agora os Estados Unidos querem embarcar na política de emitir para manter a economia girando, mas se não houver produção geradora de ganhos, esse caminho dará no mesmo em que caiu a América Latina: nos déficits. O déficit interno e o externo conduzem os países a um buraco fundo, difícil de sair, mas muitos se habituaram a obter vantagens pessoais com essa política suicida, deixando o país e sua população ao abandono, suportando as consequências.

Essa é a trajetória comum da humanidade, seguida por muitos povos, como egípcios, gregos, romanos, ingleses, alemães, norte-americanos. Ocorre um grande desenvolvimento e expansão, seguido de um comodismo levando ao declínio e ruptura. Os Estados Unidos conseguirão manter o padrão de vida no pós-guerra, ou cederá lugar para a China, ou ambos conseguirão uma coexistência dividindo o poder?

Muitos efeitos negativos decorrem da falta do adequado manejo do dinheiro para o bem geral. Há os grandes controladores do dinheiro, os governos, os empresários, e aqueles que circulam pelo mercado financeiro visando ganhos, cada qual olhando só para o ângulo de seu interesse. As decisões monetárias por si dão um resultado imediato, mas ao longo do tempo a situação real aparece. Sem produção, empregos, renda, e preparo para a vida, tudo se torna paliativo, ilusório, como mostraram as catástrofes econômico-monetárias pela América Latina, Ásia e Europa. Será os Estados Unidos a bola da vez?

Desde 1889, uma casta ruim se manteve no poder no Brasil tirando proveitos, e agora estão irritados com as restrições que estão sentindo com governo voltado para o progresso do país. Tirando ações de Getúlio e Juscelino, e algumas obras dos militares, nada há de bom para apontar nessas gestões fatídicas que levaram o Brasil à beira do abismo.

Cientistas sinceros alertam, mas poucas pessoas querem ver. Os problemas gerais estão em todos os lados, seja no Rio de Janeiro, na África, ou qualquer outro lugar. Em vez de ficar inquietando, a imprensa, os cientistas e os congressistas deveriam pesquisar as causas da decadência geral e propor soluções para humanizar a vida.

Isso sempre acontece porque a humanidade não buscou desenvolver uma existência compatível com as leis da Criação, querendo ela mesma estabelecer as leis da vida, sem quer reconhecer que esse caminho tem sido funesto e provocado muitos desequilíbrios onde tudo deveria funcionar de forma engrenada, impulsionando o progresso, prosseguindo no movimento certo de forma consciente, em continuada evolução.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

LEIS DA NATUREZA E PROGRESSO

Enquanto Reagan e Thatcher se aborreciam com as gestões corruptas dos Estados-nação impondo o neoliberalismo e fortalecendo as finanças, Deng Xiaoping caminhava na direção de formar uma economia empresarial forte gerida pelo Estado, apta a obter superávit na balança comercial. E deu no que deu: os Estados-nação se endividaram, reduziram a produção fabril, descuidaram da educação, perderam terreno na tecnologia. Como encarar essa luta competitiva sem que haja declínio? E se o FED comprasse as ações das empresas significativas para administrá-las de forma centralizada como faz a China?

O que acontece quando um país geoeconomicamente bem-dotado sofre um processo interno de luta pelo poder? É o caso da Síria. O conflito interno atraiu a atenção e interesses de outros países, mas a situação só tem piorado, pois a população está à mercê dos combates e de toda situação traumática provocada pela guerra que já dura dez anos, sem que haja um vislumbre de solução. Os de fora que têm interesses, insuflam a guerra, visando atender aos seus objetivos, e o país vai se desintegrando.

Outra questão relevante refere-se à vacina. É algo que atua segundo as leis da natureza e que o ser humano descobriu de forma meio precária porque desconhece a amplitude dessas leis e a sua intuição está semimorta. São produtos capazes de estimular nosso sistema imunológico e garantir a imunização contra alguma doença. São produzidas com base no agente causador da doença, que estará inativado, atenuado ou presente apenas em fragmentos. Deveria ser algo para ser utilizado a bem da humanidade e com certeza deveria premiar os esforços pela descoberta, remunerar os custos de fabricação e oferecer ganhos. Mas o que fazem os seres humanos com algo que não lhes pertence, que não inventaram, apenas acharam o caminho primeiro e tiram a patente, e não permitem que outros possam produzir, mas estipulam que não serão responsáveis por efeitos colaterais?

Enfim, uma questão complexa que envolve a vida e a crise sanitária, que exige a busca de soluções especiais. A natureza faz parte da obra do grande Criador, por isso ela contém a perfeição em seu funcionamento que a tudo abrange, a qual cabe ao ser humano reconhecer e se adaptar para obter o melhor proveito e progresso em paz e alegria.

A humanidade tem vivido de forma egoísta e desprezando as leis da natureza, fazendo tudo errado por ignorância e por cobiça, provocando consequências desastrosas. O que seria da humanidade se a natureza dissesse: eu criei a água e o ar para o bem geral, não para ser poluída, e todos terão de pagar para beber água pura da fonte e respirar o ar que necessitam para viver. Sem se orientar para o bem, a humanidade está atrasada, só conseguiu usar a energia atômica para a destruição, assim como consegue produzir armas químicas ou biológicas, mas não consegue escapar do dia em que sua alma tem de abandonar o corpo.

Muitas pessoas querem mandar, mas quem pode mandar no Brasil? Quem deveria mandar? Na China manda o PC e seu presidente. Nos EUA, Trump mandava pouco, mas não sabia. A humanidade se encontra diante da grande colheita de todas as suas ações determinada pelas leis naturais da Criação. Quem é responsável pelo vírus que num piscar de olhos se espalhou pela Terra? Quem é responsável pelo mal que atinge o Brasil? Quem percebeu o drama da corrupção na Saúde da qual pouco se fala?

A humanidade continua desatenta ao mundo real. No século 16, Galileu Galilei, astrônomo, foi indiciado pela inquisição e teve de renegar verdades naturais pelas quais se orientava. Giordano Bruno, astrônomo e padre dominicano, não renegou fatos naturais, pois as leis naturais da Criação são universais, e para os corpos terrenos a lei é uma só, a qual também Jesus, o Filho de Deus, teve de se submeter.

O ser humano desrespeitou as leis naturais da Criação e não está achando o caminho de volta. Se quisermos um mundo melhor, em continuado progresso, se faz necessário acabar com essa luta por riqueza, poder e dominação travada pelos poderosos sobre a grande massa, e pôr em prática a estreita cooperação com as leis naturais para alcançar o bem geral.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

INTUIÇÃO E AGILIDADE MENTAL

Analisando a situação dos seres humanos no século 21, auge da tecnologia, o escritor norte-americano de ciência Steven Johnson afirma em seu livro Everything bad is good for you: how today’s popular culture is actually making us smarter: “as tecnologias de tela podem ter muitos benefícios. Vimos um aumento de QI, mas não vimos nenhum discernimento maior quanto aos problemas econômicos do mundo, ou quanto à crise no Oriente Médio. Processar informações e completar uma tarefa com grande agilidade mental não quer dizer que a compreensão e a intuição melhoraram. Não devemos confundir informação com conhecimento”.

O trabalho constante diante das telas estabelece um padrão de pensamento mecanicista; essa tecnologia vai apelando para o trabalho do cérebro de forma crescente, restringindo a intuição. Os abusos cometidos com o cérebro mais tarde se transformam em doenças. O cérebro e o cerebelo foram ofertados aos seres humanos como ferramenta para auxiliar o viver no mundo material. Além de coordenar o corpo e regular as funções inconscientes, é o que permite o contato com o eu interior e com mundo exterior.

Faltou avançar na compreensão da finalidade do cerebelo e compreender melhor o funcionamento da intuição, a voz interior que não provém dos arquivos nas nuvens. A intuição traz vibrações mais elevadas ao cérebro. As crianças não devem abusar do córtex pré-frontal sob pena de não desenvolverem adequadamente a essência humana, pois o analítico irá se sobrepor ao intuitivo, desenvolvendo o cérebro digital.

Desenvolvimento Humano refere-se ao progresso sadio do eu interior do ser humano. Clarificar o espírito. Adquirir maturidade, afastar-se das trevas. Por seu modo de ser, o espírito esclarecido estabelece a paz em redor de si, sem manifestação raivosa, com serena objetividade no grande impulso de atuação alegre. Os seres humanos da atualidade desconhecem que, em eras passadas, a intuição era ouvida e orientava, concedendo àqueles que a ouviam, segurança no que empreendiam, alegria e confiança.

“A mente intuitiva é um presente sagrado e a lógica é uma serva fiel. Criamos uma sociedade que honra o servo e se esqueceu do dom”. A frase pode ser de Einstein ou não, mas seja quem for o autor ela encerra uma profunda verdade. Colocar em prática a harmonia é fundamental para a elevação interior e para o sucesso; isso é o essencial. Se a indolência prevalecer, atrairá confusão, fraqueza e doença. As questões fundamentais da vida não estão sendo examinadas com a intuição, mas em bloco com grande massa de dados.

O enrijecimento do pensamento pode levar à perda da liberdade até para o pensar com clareza e de forma simples e natural. A livre iniciativa e o mercado são conquistas valiosas que possibilitam escolhas pessoais; o que falta é uma ética para que o seu funcionamento se faça sem que sejam infligidos sofrimentos a outros para satisfazer a cobiça. Para o surgimento dessa ética a humanidade teria de conhecer o real significado da vida e da Criação, reconhecendo as leis que a regem. Então, haveria paz para a alegria dos seres humanos de boa vontade.

Na pandemia, que aflige o planeta, é preciso buscar as causas. Há causas provocadas pelos indivíduos como a sua forma displicente de longa data em seguir os preceitos naturais de vida, a falta de cuidados, o mau hábito de fumar e abusar das bebidas, a falha na origem da doença pela falta de rápida comunicação ao mundo, mas não podemos esquecer as causas espirituais, as advertências de Cristo sobre a inevitável colheita de tudo que o ser humano faz e pensa.

Ligando-se cada vez mais à matéria, a humanidade foi afastando a Terra das influências mais elevadas, tornando-se acessível ao mal, caminhando através dos séculos para a grande colheita e catástrofes para o reequilíbrio do Planeta. É preciso manter a serenidade e semear o bem. Cada indivíduo tem de se esforçar para se tornar verdadeiro ser humano. É imprescindível que a educação promova o aprimoramento pessoal e espiritual para que os estudantes tenham consideração sincera pelo próximo, buscando a continuada melhora nas condições gerais de vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

DESTRUIÇÃO FINAL

Um filme bem coordenado, uma ficção sobre a aproximação de um cometa de grandes proporções desestabilizando o planeta.

No ano passado foi produzido o filme Destruição final: o último refúgio (Greenland) estrelado por Gerard Butler, no papel de John Garrity, que junto com sua esposa Allison (Morena Baccarin) e seu filho Nathan (Roger Dale Floy), precisa lidar com os piores lados da sociedade para tentar sobreviver, correndo contra o tempo para chegar ao abrigo secreto do governo para que ele e sua família possam se proteger das consequências da aproximação de um grande cometa. Fala-se que certos filmes são como uma antevisão futurista; assim como tantos filmes mostraram pandemias, ou caos climático, este mostra o pior da humanidade num momento de pânico, num cenário sem esperança, onde a lei não existe mais, e as pessoas se queixam que as autoridades só comunicaram o fato na última hora.

Situações complicadas decorrentes das reações de multidões em pânico com as tragédias sucessivas provocadas pela queda de grandes fragmentos e o rígido ordenamento dado pelas autoridades para a utilização de abrigos de sobrevivência. Só não é explicado o motivo da aproximação desse cometa. Na era da tecnologia, o ser humano se mostra vazio de espírito, agindo de forma mecânica.

Seria o fim dos tempos? Seria o cometa do apocalipse vagamente mencionado? (Apocalipse capítulo 8.10, 8.11 – e caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha e o nome da estrela era absinto.) Antigas profecias dizem que nessa época surgirá no céu um grande cometa desencadeando catástrofes. Na obra Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, Abdruschin fala do grande cometa, cujos primeiros efeitos de suas irradiações já principiaram, e envolverão a Terra inteira.

O astrônomo chileno Carlos Munhoz Ferrada também falou de um cometa gigante que passará perto da Terra, provocando terremotos e maremotos.  Ferrada foi citado por Roselis von Sass no Livro do Juízo Final. Segundo a autora, ainda invisível para os olhos humanos, a “estrela do juízo”, o marco de uma nova era da humanidade, segue seus caminhos predeterminados. O falhar da humanidade ao se isolar da sua essência espiritual, ligando-se cada vez mais à matéria, tornando-se acessível a todo o mal, foi afastando a Terra das influências mais elevadas, caminhando para a grande colheita e catástrofes para o reequilíbrio do Planeta.

 

A PANDEMIA EM PAUTA

A pandemia está evidenciando todas as atividades artificiais às quais a humanidade se subordinou indolentemente. A hora é de nos movimentar, examinar, falar, agir naturalmente para que não sejamos sufocados pela forma prepotente de como são lançadas sobre nós tantas coisas e atitudes reconhecidamente como nocivas para a boa formação das novas gerações, antes que haja a erosão de tudo de bom que ainda restou em nossa cultura.

De maneira geral, as novas gerações não têm recebido bom preparo para a vida. Ou são lançadas no conformismo e estagnação, ou torpedeadas com ideologias marcadas pelo ódio, incapazes de seguir pela estrada da vida construindo e beneficiando. Com isso, falta uma visão elevada que conduza a humanidade para o aprimoramento pessoal e melhor futuro.

A enigmática volta da proliferação do coronavírus, a nova onda, pegou a população de surpresa. Pouco se fala a respeito. O transporte público, no horário de pico, cria uma situação acentuada de risco para muitas pessoas e as autoridades devem buscar soluções adequadas. Faltou conscientização humana, implantou-se medo, surgiram atos de rebeldia, não há união para enfrentar o problema, a preocupação dos políticos é com 2022, querem a volta daquela atmosfera permissiva e da corrupção impune.

Tudo depende do dinheiro, um sistema que exige dos governantes um desempenho sério e eficiente na gestão da economia, juros, câmbio, moeda, mas o que fizeram? O Brasil está na situação de pagar juros desde 1889. Gastam muito, mas o pior é o gasto público em coisas não essenciais e superfaturadas.

No Brasil, tem havido muitas interferências e divergências não só na pasta da saúde. Na China é diferente; há só um poder que todos obedecem. Estão de olhos voltados para o presidente e sua equipe querendo julgá-los. No Brasil, teria de haver conscientização e esforço conjunto para levantar o país, pois em 132 anos de república quase faliram o país na economia, moral e educação.

Diante das incoerências surgidas no capitalismo de livre mercado, o modelo chinês está dando origem a um novo conceito revolucionário da economia envolvendo a junção do Estado com a iniciativa privada graúda em novo modelo de divisão social do trabalho, voltada para a produção em larga escala que transforma o ser humano em mero fator de produção e consumidor, dentro de um cenário de globalização que requer a centralização das decisões econômicas e sociais, em nível planetário, acabando por eliminar com os estados nacionais e suas fronteiras, implantando uma política única em que tudo se subordine às normas gerais do poder central, o Leviatã, o  soberano com poder absoluto sobre todos os súditos, poder concedido por eles mesmos.

Muito se fala no grande reset. Poderíamos imaginar algo como um novo sistema em gestação, em meio a atual situação, com muitas incertezas decorrentes da chamada destruição criativa, como as dores de um parto, para finalmente chegar ao Leviatã global, com moeda única e poder centralizado sobre toda a população e sobre todos os recursos naturais do planeta, no qual somos todos hóspedes temporários.

A humanidade se organizava para produzir e atender suas necessidades e a sobrevivência condigna. As elites organizaram o sistema monetário e a produção do dinheiro fazendo tudo e todos depender dele. O drama da globalização econômica, da movimentação internacional de dinheiro e produtos, foi ter concentrado a produção onde a mão de obra fosse mais barata com melhores condições para produzir e exportar, precarizando tudo.

O ministro Paulo Guedes disse que a covid-19 é “uma tragédia de dimensões bíblicas”. As pessoas não podem mais continuar acomodadas ao papel de fator de produção e consumidor. A hora é de despertar o seu espírito adormecido pelas ilusões do materialismo. O Brasil e o mundo precisam de um renascimento espiritual, ético, moral, econômico. Alvos nobres, com a participação de todos, cuja prioridade seja a construção de uma sobrevivência digna, com naturalidade, que busca a melhora das condições gerais de vida com autonomia, equilíbrio, eficiência, continuado progresso, melhora da qualidade humana, o que não está fácil nesta época de colheita acelerada. Cada indivíduo tem que se movimentar em busca de seus sonhos de evoluir, construir e beneficiar, em Paz e Liberdade!

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

DECADÊNCIA DA ESPÉCIE HUMANA

A humanidade está atravessando uma fase difícil. Egos e cobiças impedem a união de esforços para o bem geral; então surgem guerras econômicas, das vacinas, das comunicações, e a verdade desaparece. O cérebro frontal tem sido programado para permanecer conectado ao negativismo, bloqueando a conexão intuitiva com a espontânea alegria de viver. Angustiadas, as pessoas deixam de ouvir a voz interior, a própria intuição, uma breve percepção de algo que devemos reter, antes que inúmeras interferências tentem apagá-la. O sono reparador concede o necessário descanso ao cérebro, mas tem sido dificultado pela agitação desta era de turbulências. Manter a serenidade é o requisito para uma vida longa e lúcida. A época exige seriedade no trato do que é essencial para a vida; não dá para desperdiçar tempo com ninharias.

A ansiedade, o nervosismo, a insatisfação e o descontrole emocional são altamente danosos para o ambiente, mas também vão causando danos nos neurônios, os quais vão se manifestar mais tarde através do mau funcionamento do cérebro. No entanto, como as crianças, temos de alcançar o sereno estado da espontânea alegria de viver, fazendo o que gostamos, gostando do que fazemos, sem perder de vista o nosso propósito de vida, nosso alvo elevado.

Os políticos se instalam no poder para conduzir a nação para o bem geral, mas a atração que o poder exerce é muito forte, o que os faz deixar de lado sua tarefa e passam a fazer tudo para manter o poder em suas mãos, mesmo que, para alcançar seus objetivos egoísticos, tenham de se submeter aos ditames da geoeconomia mundial. Como foi possível que o Brasil, dotado de tantos recursos, chegasse ao descalabro das moradias precárias que surgiram pelas grandes cidades sem esgoto, com mosquitos de todos os tipos? Falta educação e estadistas honrados.

Surgiram grandes dificuldades para os países que optaram por terceirizar a produção fabril. Os Estados Unidos enfrentam dificuldades jamais previstas. No Brasil, 50% da força de trabalho está sem emprego; faltam insumos essenciais e a tecnologia estagnou. Mais de 60% da população brasileira teve perda de renda nesta fase de parada geral. O dinheiro deixou de circular pelo mundo. Falta união de esforços visando o bem do país, pois a agenda da vaidade e da cobiça se volta para a conquista do poder.

Há muita coisa desequilibrada na economia. Faltou interesse e esforços para a compreensão do que estava se armando desde os anos 1970 e de buscar rumos mais adequados. Michael Hudson, economista e professor de Economia da Universidade de Missouri Kansas City disse: “A riqueza não é mais feita aqui (EUA) pela industrialização. É feita financeiramente, principalmente por meio de ganhos de capital.”

Não dá para competir com salário de 400 dólares por semana contra 600 por mês. No Brasil faltou uma coordenação para impedir que tantos países caíssem na depressão produtiva para que não se tornassem dependentes de tudo. O Brasil exporta as matérias primas para importar manufaturados. Os seres humanos do capitalismo selvagem criaram a agonia, mas o socialismo com mão de ferro, impondo-se sobre os mais fracos, também não será a solução. Antes terá de ocorrer a modificação do ser humano e sua sintonização.

O que se poderia dizer sobre tantos seres humanos materialistas cheios de cobiças que criaram sistemas para dominar e açambarcar as riquezas naturais? Aumenta a demanda mundial. Os preços dos itens essenciais continuam em alta. O desequilíbrio mundial na produção e na demografia, e outros fatores, estão afetando os preços, ampliando a ameaça de precarização geral. Trump tentou alguma mudança; Bolsonaro está sensível; agora entra Biden. Provavelmente nenhum deles terá condições para criar mudanças para melhor, pois foram séculos de decadência da espécie humana, o que se agravou nos últimos 50 anos, mormente o declínio espiritual, ético e moral.

A geoeconomia que visa dominar povos e riquezas naturais. Os diversos povos deveriam se desenvolver uns ao lado dos outros, em paz, se pautando em conformidade com as leis da vida e tendo a mãe natureza como a grande provedora e concessora de benesses e riquezas. A vida é a grande travessia para a Luz. É preciso força de vontade para seguir em frente e não se deixar arrastar para caminhos errados.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br