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O ADMIRÁVEL MUNDO DA FANTASIA

A humanidade tem se afastado do concreto, embarcando nas fantasias, mas no Brasil essa condição fantasiosa levou à decadência bem acelerada. O declínio geral não tem sido levado a sério pelas autoridades que se tivessem olhado seriamente para isso há mais tempo muitas coisas poderiam ter sido evitadas. Quantas gerações serão necessárias para que se observe a volta ao progresso real?

Educar tem início na responsabilidade com a procriação. Pais e mães têm o dever de dar bom preparo para os filhos gerados. A mídia também tem sua parcela de responsabilidade nesse alvo. A escola mais ainda, pois ela existe para formar gerações aptas para responder pelo futuro, para não cairmos na vala comum da renhida luta pela sobrevivência da vida vazia de sentido sem consideração pelos outros, sem o mútuo apoio para a evolução humana e melhora das condições gerais de vida.

O mercado livreiro deveria se expandir com as novas gerações. Aumenta a população, mas diminuem os leitores; é o afastamento da leitura pelo comportamento passível de manipulação on-line através de informações, sentimentos e atitudes padronizadas que podem levar à depressão. Lendo livros inspiradores, os jovens se tornarão fortes para dar sua contribuição para a melhora geral, sentindo-se úteis, escapando das garras da frustração com a vida tão comum na fase adolescente de transição para a fase adulta. A vida é regida pelas leis da Criação. Conhecendo-as e as respeitando, tudo dará certo.

O que temos de avanços no mundo de hoje é quase nada, comparado com o progresso real que a espécie humana deveria produzir no planeta se tivesse reconhecido e se orientado pelas leis naturais da Criação. Com a supercapacidade de raciocinar e decidir com o que foi dotada, a humanidade deveria ter ouvido a voz interior do espírito ou do coração, como muitos preferem. Esqueceu que pode decidir como quer viver, mas tem de arcar com as consequências, embelezando o mundo, construindo a paz, ou emporcalhando tudo, decaindo.

Falta trabalho num mundo com grande capacidade ociosa que quer colocar seus produtos, mas esquece que sem equilíbrio nada tem estabilidade. O consumo não se consolida apenas com crédito, requer que a população produza através do trabalho e obtenha renda compatível. Manter o dólar barato pode ser bom por um tempo para importar de tudo, mas como vão ficar as contas externas? De onde virão os dólares? Sem se preocupar com isso, o país depositou suas esperanças na exportação de primários e deixou a indústria estagnar.

A Argentina está enfrentando uma ameaça cambial. O desarranjo está nas contas públicas, internas e externas; na liberdade que os agentes têm de interferir na moeda, e na falta de mecanismos que possibilitem a volta à normalidade. Juros de 40% para um país é uma calamidade que não deve ser praticada nem em tempo de guerra. O desarranjo cambial acarreta um desgaste enorme. As consequências também refletem os efeitos da guerra comercial que no fundo se trata de luta pelo poder.

A pressa em elevar os juros básicos nos EUA talvez seja uma medida de precaução quanto à guerra comercial, promovendo a atração de dólares do mundo como alternativa para eventual retirada pela China. Há um desarranjo na estrutura monetária e cambial que provoca periódicas instabilidades que, no geral, nada ajudam a economia, mas se prestam ao ganho especulativo.

Qual é a doença da economia? A economia deveria funcionar equilibrando produção, comércio, trabalho e consumo. Falta a naturalidade para levar a economia a funcionar com estabilidade e não por impulsos instáveis. Há desemprego que reduz o consumo, mas faltam profissionais com bom preparo. O fundamental é que haja liberdade e responsabilidade. A partir do século 19, o aspecto financeiro foi se impondo, ditando as prioridades.

Seja no livre mercado ou no capitalismo de Estado é preciso sair do mundo da fantasia forjado com a possibilidade de emitir dinheiro do nada. No clássico conceito de economia o importante é o ordenamento dos recursos para o atendimento das necessidades dos seres humanos, os quais passarão a construir o futuro de forma natural e benéfica, com solidez e equidade, ensejando oportunidades para a evolução da humanidade e o fortalecimento da alma.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A MENSAGEM DO GRAAL, O GRANDE AUXÍLIO

No passado, a religião, a busca do elevado, era o centro da vida, pois se sabia da existência do espírito. Hoje, bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, perseguindo ilusões e obedecendo a leis criadas pela imaginação de homens afastados das leis da Criação. O raciocínio se interpôs ao espírito, e não se percebe mais sons dele provenientes. A alma pouco ou nada participa das ações.

No mundo áspero, dominado por homens subjugados pelo raciocínio limitado à matéria, ao tempo-espaço, os seres humanos intuitivos que ainda pressentem a existência do espírito não têm muitas oportunidades de se manifestar, vão sendo podados por aqueles que se tornaram mestres na arte de se imporem para satisfazer seus desejos, pouco se importando se com isso estejam semeando ruína.

A Vida é o grande presente que cada um pediu ao Criador. O espírito é o verdadeiro eu do ser humano. Desalentado, o mundo assiste ao suicídio de jovens. O mais sagrado dever do ser humano consiste em progredir no reconhecimento de Deus. Cada religião acabou se transformando e nada mais é do que uma forma rígida de conteúdo inerte que está afastando muitas pessoas.

As novas gerações precisam ser motivadas para compreender a finalidade da vida e aprimorar-se, e para conhecer a Criação de modo certo em todos os seus efeitos. Depois de Moisés. Depois de Jesus de Nazaré. Depois de Maomé, a humanidade recebeu a Mensagem do Graal Na Luz da Verdade que nos chega para dar a interpretação completa do atuar das leis da Criação, na forma mais compreensível para esta época. Na realidade, são exatamente as mesmas que Cristo já trouxe outrora, na forma adequada de então, quando a humanidade estava prestes a afundar na escuridão trevosa.

A Mensagem do Graal reúne todo o saber sobre a Criação como se fosse uma Universidade Espiritual. Quando a Mensagem do Graal for compreendida e vivida, logo será reconhecida como o Grande Auxílio para a humanidade.

No século atual, as pessoas se movem por si, sem aliciamento nem imposições, basta difundir, dar exemplo pondo em prática os ensinamentos da Mensagem do Graal que já estará sendo forjada a plataforma espiritual, no visível e no invisível, o grande archote da Luz da Verdade no conturbado cenário planetário.

A contribuição dos estudiosos para o esclarecimento da Verdade: estudar, vivenciar e difundir os ensinamentos da Mensagem. Ajudar as pessoas que estiverem buscando, indicando o caminho para o reconhecimento das leis da Criação. Quem se movimentar naturalmente receberá auxílio. Essa é a responsabilidade daqueles que reconheceram os elevados princípios contidos na obra Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, o grande auxílio para a elevação da humanidade! Quem procurar sinceramente vai achar e reconhecer.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O FUTURO E A FORÇA DA VERDADE

Por que o homem nasce na Terra e dura pouco? Seria tolice supor que o nascimento do ser humano é um acontecimento ao acaso após toda evolução do planeta e das espécies, para surgir o homem com capacidade de raciocinar e tomar decisões, mas que acabou esquecendo que está atrelado às consequências de seus atos.

Muitos países, com exportações em nível inferior aos seus compromissos em dólar, acabaram se tornando dependentes de financiar seus déficits nas contas externas. Um novo choque nos juros americanos certamente trará consequências nas cotações do dólar que afetarão as contas e os bolsos da população. Isso também vai afetar o volume de importações o que poderá causar algum embaço às exportações chinesas.

O que realmente tem acontecido por aqui? A economia vem se arrastando há décadas enquanto 64 mil ocupantes de cargos eletivos não estão cuidando do que deveriam, resultando no atraso na educação, no saneamento básico e na saúde dopovo, no maior endividamento do país em mais de 80% do PIB,na indústria capengando e nasestatais esbulhadas. Esse repertório seria suficiente para provocar uma guinada de seriedade na gestão pública. A população despreparada está insensível. Urge resgatá-la para uma vida digna.

Nos anos 1980/90 quando o Brasil tinha elevada dívida externa, a prioridade para o país era pagar a dívida à custa de seu presente e futuro. O dólar tinha elevado valor e grande parte produzida era exportada. O governo comprava os dólares dos exportadores e pagava dívida, mas para isso tinha que emitir e inflacionar. Para debelar a inflação foi adotada a dolarização, e o Real valeu um por um e até menos até quando deu. Com isso, especuladores ganharam muito na virada. Já o país ganhou atraso. O grande desafio é saber como recuperar a indústria e a expertise da mão de obra num mundo globalizado e de portas abertas.

Pelo mundo, vão surgindo tiranos em profusão nos Estados, nas organizações, nas religiões e nas famílias, dando vazão ao seu desejo de ter poder sem limites, sem qualquer contestação, inibindo os anseios para construir um mundo melhor, o que só seria exequível com liberdade e responsabilidade. Mas como eles estão presos à baixa cobiça, à vaidade e ambição, ao domínio pela força, acabam inibindo o livre olhar para o Alto e o anseio pelo aprimoramento da humanidade.

O Estado nacional democrático tende a perder espaço, mas não há ideia de como será o arranjo entre o poder financeiro ocidental e o poder produtivo da Ásia, nem como será o mundo do trabalho e do provimento de subsistência condignamente humana. Enfim, como será o futuro da humanidade com as transformações derivadas da Quarta Revolução Industrial em sua incessante busca de ganhos por meio da introdução de ampla automação.

Muitos fatores foram atropelados pelo descuido dos homens com o futuro, que com seu imediatismo têm dirigido o mundo para a decadência. A espécie humana não deveria ter decaído tanto, a ponto de hoje as novas gerações não enxergarem horizontes de esperança de progresso. O desastre começa nas prefeituras e se alastra pelos Estados até Brasília. Décadas de descuido favorecendo as absurdas taxas de juros praticadas.

Para onde foi o dinheiro? Se o governo pagou salários e aposentadorias, esse pessoal consome. Masonde está o consumo? Se o pessoal não consome, mas poupa, onde está a poupança? Obras? Mania de fazer coisa grande; pois é lá que está a chance de sobrefaturar e engordar o caixa dois. Um preocupante alarme vem dos institutos de previdência dos municípios, muitos deles com parte do pecúlio estagnado em títulos podres.

O mundo está cheio de perturbadores da paz, que nada fazem para merecê-la. Seja nas atrocidades da Segunda Guerra e tantas outras que perduram até nossos dias, o inferno é o lugar onde poderão derramar sangue a vontade. Paz na Terra e alegria de viver aos homens de boa vontade. Os homens colhem o que semeiam. Descoberto em 1500,o Brasil acabou se tornando um país que ficou muito distante de onde deveria estar com beleza, paz, progresso e felicidade. Força, minha gente! Muito tempo foi desperdiçado com ninharias. Só a força da Luz da Verdade pode insuflar a verdadeira vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

GOVERNOS DE VISÃO RESTRITA

Quando se fala em pôr limites aos arranjos dos mercados, a percepção correta deveria ser de que os homens que comandam os mercados se tornaram restritos materialistas, voltados apenas para os aspectos econômicos e financeiros, pondo de lado a amplitude da extensão humana. O homem que visa possuir muito dinheiro em suas mãos, geralmente só acredita no poder do dinheiro e por isso sempre quer mais, aproveitando-se da situação para impor a sua vontade sobre os demais. Ele “compra” especialistas para que desenvolvam teorias adequadas aos seus objetivos, divulgando-as nas mídias como se fossem verdades inquestionáveis, fazendo tudo convergir para o econômico.

No Brasil, enfrentamos décadas de desmazelo na gestão dos governos federal, estadual e municipal. Teorias e truques aplicados para debelar a inflação, sem o combate das suas causas, criaram uma caótica situação de desajuste nas contas públicas levando a dívida para o equivalente a mais de um trilhão de dólares, contraída por displicência e abusos. A economia ainda está no sufoco dada a desindustrialização, queda nas receitas e perda de empregos, iniciada com a valorização do Real e agressividade da concorrência externa, agravada com as decisões imediatistas dos governos Lula e Dilma, que tudo faziam para se perpetuarem no poder com vistas à implantação de governo totalitário.

Pelo fato de não ter de se preocupar com os traumas eleitorais, a China tem uma grande vantagem nas contendas, o que a faz invejada nos círculos do poder que sonham com a possibilidade de substituir a classe política por funcionários e especialistas contratados. Os EUA, por sua vez, enfrentam elevado déficit duplo, nas exportações e nas contas internas, nas quais já se fazem previsões do montante de um trilhão de dólares para o ano de 2020. É a voragem do descontrole financeiro no mundo. As despesas com juros tendem a superar a casa de 3% do PIB.

Enfim, há uma grande embrulhada nas relações econômicas que irá demandar pesados pacotes de ajustes, acarretando consequências para o mundo todo. Problemas sempre existiram, mas agora temos uma aglomeração de consequências de ações do passado pautadas pela lógica de poder e domínio. No entanto, o que se vê é que esperam corrigir as incoerências aplicando o mesmo método. A sociedade acabou caindo nas mãos dos míopes que perderam a visão da finalidade essencial da vida, enxergando apenas seus interesses imediatistas de acúmulo de dinheiro e poder.

Tudo está sendo conduzido para manter a humanidade apática, sem se esforçar para melhor compreensão do significado da vida. Com a aceleração geral dos acontecimentos e agravamento da miséria, as deficiências veem à tona, mesmo assim a humanidade continua lenta na busca da Verdade da vida e da Criação. O elevado espiritual deveria estar acima do material, mas a humanidade teria de conhecer, antes de mais nada, as leis que residem na Criação para viver de acordo com elas e construir de forma benéfica.

O Estado não deve ficar sob a tutela de uma religião, pois em geral elas estão distantes do reconhecimento das leis da Criação, optando por desenvolver uma legislação própria. Da mesma forma o Estado não deve ser empresário nem se imiscuir na atividade econômica que deve ser de natureza privada; porém as empresas, valendo-se de seu potencial financeiro, também não poderiam impor seus interesses ao Estado e à população.

Poucos esforços têm sido feitos no sentido de compreender a natureza e a lógica de suas leis, a essência humana e seus alvos. A grande verdade é que os seres humanos têm sido afastados de mil maneiras da finalidade da vida para não analisarem nem refletirem intuitivamente sobre os acontecimentos que os cercam. A esperança de melhores dias se esvai, assinalando o fim da história; não há futuro.

O terreno árido de nossos dias vai sendo preparado para o domínio da frieza tecnocrática e a robotização, em vez de permitir que o pensamento seja conduzido pela percepção intuitiva que capacita o ser humano a não permanecer na condição de máquina de pensar, mas com visão ampla para extirpar as clamorosas inconsistências desta era de vida vazia de sentido, voltando-se para o aprimoramento da espécie humana e para a construção de um mundo que tenha a esperança de futuro melhor.

Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ECONOMIA GLOBAL DESEQUILIBRADA

Longe vai o tempo do papagaio Zé Carioca, animação criada por Walt Disney que disseminava a cultura da malandragem em tom de brincadeira e que foi se inserindo nas ações da vida real. Assim passaram-se décadas de mau caminho para o Rio de Janeiro. O processo para reverter essa situação é longo e penoso, mas tem de ser perseverado.

O grande atraso econômico do Brasil acentuou-se quando o dólar ficou barato para combater a inflação. Em vez de aumentar a produção, aumentamos as importações, fechando fábricas, perdendo espaço para pesquisa e desenvolvimento, ampliando a dependência das commodities, desequilibrando as relações comerciais. Que benefícios o país recebeu com a globalização? Como sair do marasmo e dar melhor preparo para as novas gerações? Estamos precisando de um balanço real das consequências da globalização para o mundo, e em especial para o Brasil, ao mesmo tempo em que devem ser feitos prognósticos do que vem por aí com a desglobalização.

Por que a humanidade chegou ao extremo de precisar ingressar em guerras comerciais para reequilibrar a economia? Esse é o grande desarranjo que tem provocado a transferência e concentração de dinheiro nas mãos de uns e dívidas para outros. O declínio e a miséria avançam em várias regiões do planeta, sem que as entidades criadas para manter a paz e o progresso consigam fazer alguma coisa. Os Estados Unidos conseguem fazer o dinheiro circular internamente gerando emprego e rendas, o que tem sido difícil para países dependentes de commodities e cuja indústria seja insípida.

No mundo de hoje, o populismo e a barbárie novamente caminham lado a lado. Os valores vão sendo perdidos sem que haja quem os defenda. Nada mais é sagrado e não há pudor em muitas ações humanas nocivas que estão sendo observadas praticamente sem causar choques. A arte também vai nessa toada, mostrando as mais embrutecidas ações. A conduta moral está sendo posta debaixo do tapete para não causar incômodos.

Tal qual falsos profetas, os políticos populistas estão surfando na insatisfação que se expande pelo mundo. Por que chegamos a essa situação tão desequilibrada sem futuro promissor? Em décadas passadas havia mais empregos e a possibilidade de melhoras. Hoje se percebe precarização e declínio moral. A Avenida Paulista, símbolo da cidade de São Paulo, tinha uma vibração contagiante; hoje há jovens desesperançados, sem propósitos, buscando um lenitivo para abafar o vazio interior.

Em excelente entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a economista e reitora da Escola de Governo Blavatnik, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, Ngaire Woods, afirmou:”Os salários dos trabalhadores estão estagnados ou em declínio desde a última década, e cortes nos gastos governamentais reduzem a qualidade e a oferta em saúde, habitação e educação. Muitas pessoas sentem que seus trabalhos são ameaçados por trabalhadores com salários mais baixos em outros países ou por robôs. Nós precisamos de um novo modelo econômico que ofereça esperança às pessoas. Os políticos, em sua maioria, estão fracassando em dar respostas para esses desafios. Eles oferecem soluções graduais para pessoas que estão gritando por mudanças transformadoras. E é isso que os populistas estão prometendo”.

O ódio vai sendo semeado através da insatisfação e descontentamento espalhados pelo mudo com a divulgação de fatos e versões editadas, sem que seja apresentada nenhuma sugestão de saneamento. As massas vão sendo envenenadas sem conhecer as reais causas da miséria, mas com o ódio destrutivo aflorando na pele que poderá ser deflagrado a qualquer momento, sem que nada seja resolvido. A ansiedade vai crescendo até ao limite da exaustão.

Os jovens do século 21, ao se defrontarem com o mundo áspero, ditado pelo apego ao dinheiro, que vai nivelando tudo e todos por baixo, estão rompendo os padrões e passando a agir como melhor lhes aprouver. Contaminados pela inquietação de não conseguirem vislumbrar melhoras no atual cenário de imediatismo que destrói vidas em meio à miséria social e desespero, se deixam dominar pela indignação e vão tomando atitudes sem falar nada sobre o que estão fazendo e o que esperam. No entanto, eles têm de reconhecer que não somos robôs insensíveis, e que cada um é responsável por tudo o que faz.

Para melhorar o mundo, as pessoas precisam manifestar claramente e pôr em ação o que elas tiverem de melhor, o que deixam de fazer, em geral, por serem espiritualmente imaturas, sem uma forte vontade voltada para o bem.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

APRENDIZADO SOBRE A VIDA: A TRAJETÓRIA DO SER HUMANO NA TERRA

O ser humano não pode continuar caminhando pela vida às cegas e precisa fazer uma avaliação sobre todos os tempos, do começo da humanidade até nossos dias. Depois de tantos séculos de buscas infrutíferas e, especialmente na atualidade, em que ainda impera o desentendimento e a intolerância, é necessário adotar uma nova postura e uma nova convergência por algo mais elevado e consistente que proporcione paz de espírito e felicidade.

Qual a origem da vida? O que precisamos fazer para encontrar as respostas certas? A lógica de tudo está na pouco estudada atuação das imutáveis leis da Criação. Como se tornou possível acreditar que catorze bilhões de anos de evolução cósmica se deram ao acaso?

Recomendamos para os jovens de todas as idades o livro A Trajetória do Ser Humano na Terra, Madras Editora. Um aprendizado sobre a vida. Um breve relato desde o nascimento do planeta Terra e do surgimento do ser humano até a atualidade, mostrando a nossa jornada através do tempo, visando auxiliar a compreensão da forte turbulência presente nos tumultuados dias do século 21, indicando os caminhos do conhecimento, da paz e felicidade.

Uma pequena ideia da grandiosidade do conteúdo pode ser obtida através dos temas apresentados no livro:

Introdução – Pérolas para adorno da alma
Século XXI da Era Cristã
Regressão ao passado longínquo
Modernidade e religião
Mais de 7 bilhões de habitantes no planeta
O terrorismo, o dinheiro e as Leis da Criação
O Nascimento da Terra e dos Seres Humanos
Teoria da evolução
Origem do ser humano
O que é viver?
Atlântida, o Continente Perdido
As lendas celtas e o Graal
Os atlantes na Babilônia
A Grande Pirâmide
Os sumérios
Krishna, o profeta da Índia
Moisés
Resgatando Kassandra
Salomão e a rainha de Sabá
Buda
Lao-Tsé
Zoroáster
Jesus, o Amor de Deus
O nascimento
Um só Criador, uma só Verdade
Judas Iscariotes
Uma imaginária aparição de Jesus
Decifrando o Filho do Homem
Os discípulos em Roma
A energia espiritual da Criação
E 20 Séculos se passaram
Religião e poder econômico
Lutero, um homem de coragem
Resistir com coragem
Longevidade e morte prematura
Religião e Democracia
O Sol, uma breve nota
No limite
Leis da Criação e caos humano
Tempos de Juízo Final
Os predadores e o tsunami
Evangelhos apócrifos e a inquietação humana
Ansiedade mundial
Grandes Transformações
Os seres humanos
Renascimento da Terra
Uma Nova Era em gestação
Imediatismo na economia
Tempos obscuros
Uma nova forma de viver
Despertar o eu interior
A ciência e o comportamento humano
Ciência e espiritualidade
Física quântica e espiritualidade
Jesus, um revolucionário
Como teria sido
Reflexões sobre o século XXI
Principais transformações
Veias abertas
A nova civilização humana
A naturalidade e as guerras
O cérebro e o coração
Dominadores e dominados
Robocop: o poder da manipulação das massas
Trajetória humana
Como modificar a trajetória da humanidade
A Mensagem do Graal e a humanidade
Na Luz da Verdade: um Comentário Indispensável
Conclusão

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra
ISBN: 978853700990-1
192 páginas
Preço sugerido: R$ 29,90

Madras Editora –https://madras.com.br/trajetoria-do-ser-humano-na-terra

O GRANDE DESAFIO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

O grande atraso do Brasil decorre da falta de preparo da população que tem permanecido apartada dos reais problemas da vida, sendo condicionada a um viver de quimeras e ilusões, esquecendo que o progresso pessoal e do país é fruto do trabalho dedicado na autoeducação e na concretização dos propósitos enobrecedores. Futebol, carnaval e telenovela são importantes como lazer, não como finalidade de vida.

Há um confuso embate político e uma forte tentação dos políticos de esquerda para abraçar o capitalismo de Estado, centralizando o poder, interferindo em tudo, assustando, ameaçando a já precária liberdade. Os de mercado estão tensos, dado o aumento da insatisfação da população induzida a acreditar que o Estado pode tudo, mas ao crer nisso podem estar entrando num caminho tormentoso para a liberdade. Poucos querem ver a razão. Sem autenticidade e busca de equilíbrio, a solução fica muito difícil.

O grande desafio para quem assumir a presidência está em transformar o Brasil num país com progresso ordenado. Como o país poderá planejar suas contas internas e externas com equilíbrio, sustentabilidade, empregos e bom preparo da população? Reduzir tamanho do Estado, cortar despesas supérfluas, ajuste da carga tributária poderia dar fôlego ao orçamento, mas ainda fica a grande questão de como dar equilíbrio e sustentabilidade à conta corrente do país com o exterior, sem ter de ficar eternamente dependente de financiamento externo.

A ascensão do dinheiro e sua crescente influência vêm ocorrendo há alguns séculos, mas parece que ainda não foi encontrada a maneira certa de manter o equilíbrio entre os países e entre produção, comércio, emprego e consumo. Com a ausência do equilíbrio, surgiram as perturbações constrangedoras como crises, estagnação, desemprego, progressão das desigualdades, tudo retendo o avanço da humanidade chegando mesmo a promover retrocessos.

A análise das contas da previdência divulgada pelo economista Delfim Netto mostra que os números de 2007 (R$ 306 bilhões e R$ 338 bilhões para receita e despesa) atingiram em 2016, respectivamente, R$ 635 e R$ 875 bilhões. O déficit cresceu de R$ 32 bilhões para R$ 240 bilhões, à taxa exponencial de 25% ao ano! Uma questão de demografia, mas também de incompetência e displicência gerencial do Estado com a ausência da busca do progresso equitativo e bom preparo da população. No fundo há também a não menos complicada questão global da mudança na estruturação dos empregos.

Como desenvolver e fortalecer as competências emocionais das novas gerações num mundo tão acelerado em que nada se consolida, onde tudo se vai automatizando e robotizando? A forma de viver se tornou muito estressante. Precisamos de formas mais sábias de viver que preservem a humanidade e a sensibilidade das novas gerações. Elas têm de ser orientadas para a compreensão da natureza, suas belezas, suas leis, sua lógica, pois é na natureza que vamos encontrar as bases da ciência.

O impulso primário do homem para a busca de sua origem transcendental aos poucos foi cedendo a prioridade para a procura de realização exclusivamente no perecível mundo material. Isso foi conveniente para aqueles que cobiçam poder terreno conduzindo as massas à indolência máxima. Os homens da Religião, do Estado, e do Capitalismo de Mercado e também tinham em mira o poder. Agora as coisas estão confusas. Com o surgimento do Capitalismo de Estado, a indolência e a robotização do ser humano tende a ser total.

Para não cair nisso os seres humanos devem buscar viver autenticamente, sempre visando o bem. Em seu entorpecimento, as pessoas vão se acomodando na vida rotineira como sonâmbulos, perdem o estímulo para definir propósitos e ir atrás, e também perdem a iniciativa que deveria buscar a realização de sua vontade intuitiva ora bem adormecida. No entanto, de todos os lados a mente recebe, principalmente da mídia, lembretes que impulsionam os indivíduos a agirem: alguém fumando ou bebendo, brigando, xingando, comprando algo, e tantas coisas mais que não levam a lugar nenhum. Enquanto a vida vai transcorrendo na mediocridade paralisante, faltam lembretes positivos, tais como: ajudar alguém, ler um bom livro, falar uma palavra amiga, procurar o bem geral e o real sentido da vida.
* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

DECADÊNCIA DA HUMANIDADE

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Após o julgamento arbitrário e crucificação de Jesus, formou-se em Roma um núcleo de pessoas que havia reconhecido a missão do Messias. Ele não criou nenhuma igreja ou religião, mas ofereceu em parábolas simples a explicação do funcionamento das leis naturais da Criação. Era uma mensagem para aqueles que, já naquela época, estavam sintonizados prioritariamente na vida material, com objetivo de que despertassem e buscassem a compreensão do significado espiritual da vida seguindo as leis naturais da Criação. As palavras de Jesus deveriam ter sido inseridas na vida dos seres humanos e permanecidas intactas; mas isso não ocorreu. As lembranças foram se imiscuindo com pensamentos próprios e por fim adaptadas conforme as conveniências do momento.

O filósofo francês Michel Onfray faz um histórico da Igreja, desde Constantino, o fundador, mas há o antes e o depois da trajetória da humanidade que ele não incluiu em sua obra. Em seu livro Décadance (Decadência, sem edição no Brasil), o autor desenvolve o conceito do “declinismo”, palavra recentemente incorporada ao dicionário Larousse. Trata-se da ideia de que o Ocidente vive seu inexorável declínio. Onfray argumenta que a fé cristã, toda amparada em uma figura fictícia – Jesus Cristo –, é a razão primeira dessa decadência e vê com igual reticência o seu possível substituto na Europa, o islamismo.

Na verdade, o que Onfray examina é a decadência da civilização judaico-cristã fundada pelo imperador Constantino 300 anos após a passagem de Jesus, e distante dos esclarecimentos dados por ele sobre a simplicidade e naturalidade da Criação. Mas, para isso, ele força a barra fazendo uso de sua imaginação negando a existência de Jesus, porém admitindo a existência do discípulo Paulo e de tantos outros participantes daquele episódio trágico da humanidade.

A decadência que Onfray está percebendo é nada menos que o anunciado apocalipse, a época em que a humanidade é chamada a prestar contas do tempo que lhe foi concedido para a evolução espiritual. É também a época da grande colheita anunciada por Jesus, dos frutos semeados pela civilização humana voltada para o materialismo e fundada num labirinto de mentiras acobertando interesses escusos de dominação, poder e também no desconhecimento da realidade espiritual da vida.

É tempo de o ser humano perceber que a vida é muito mais do que o curto intervalo entre o nascimento e a morte, e que cada um não é apenas o seu transitório corpo terreno. Tal conceito decorreu da imposição e acomodação à crença cega, ou seja, acreditar sem examinar nem refletir, exatamente o oposto do que Jesus exortava. Esse tipo de fé está morrendo, sendo impossível resgatá-la no século 21. Para promover o progresso da humanidade a crença cega deve ser substituída pela convicção que só advém após exames, análises irrestritas e reflexão intuitiva.

É preciso estar atento e desperto na maravilhosa Criação para aproveitar o tempo de permanência na Terra. A Luz da Verdade deve prevalecer sobre tudo o mais. Como escreveu Abdruschin:“No saber da Criação dado por mim em minha Mensagem do Graal e no esclarecimento a isso ligado sobre todas as Leis autônomas que atuam na Criação, podendo também ser denominadas Leis da Natureza, se mostra sem lacunas todo o tecer da Criação; este permite reconhecer claramente todos os processos, por conseguinte, a finalidade da vida inteira do homem, descrevendo também, numa coerência irrefutável, de onde vem e para onde vai, dando assim resposta a cada pergunta, desde que o ser humano a procure sinceramente.”

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

HUMANIDADE SEM RUMO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A construção da Terra seguiu uma linha cuja meta era dotar o planeta de todas as condições para acolher a vida humana com sustentabilidade. Cabia aos humanos e seus governantes compreenderem exatamente como a natureza funciona em sua automaticidade. Movidos pela cobiça de poder, os homens descuidaram disso; improvisaram, inventaram, contornaram, mas logo os efeitos surgiram e hoje o planeta apresenta terríveis sinais de deterioração ambiental, econômica e social.

Na natureza tudo foi sabiamente disposto para que houvesse paz entre os homens de boa vontade. O Criador quer alegria, paz e felicidade para os que trilham o caminho da Luz. Com as escolhas que fizeram, os seres humanos atulharam esses caminhos com todo tipo de obstáculo. Num mundo dominado pelo materialismo, onde as pessoas não sabem por que estão vivendo nem se esforçam para compreender isso, o espírito enclausurado tinha de adoecer e ficar incapacitado para captar a imperecível energia espiritual para seguir a vida e evoluir.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de drogas é responsável por cerca de meio milhão de mortes a cada ano. Mas este número só representa uma pequena parte do dano causado pelo problema mundial das drogas e é um sinal de que estamos perdendo o rumo. Sem o saber espiritual sobre a vida e aceitando o conceito de que com a morte tudo se acaba, decaímos numa forma de vida imediatista sempre tentando explorar uns aos outros e, com isso, criamos um mundo de asperezas e despido de amor.

Como conscientizar os jovens de que o estudo é para o bem deles mesmos, para que possam se preparar e buscar melhores condições de vida? Mas com famílias desestruturadas, sem terem frequentado creches capacitadas para dar bom preparo, muitos deles ficam sujeitos às influências da mídia. O governo deveria ter como prioridade conduzir os cidadãos ao aprimoramento e proporcionar qualidade de vida de forma equilibrada, educando e formando indivíduos que buscam a boa administração dos recursos da natureza e o equilíbrio financeiro. Mas além do aumento da miséria, um terço da população mundial está sujeita a condições climáticas que produzem ondas de calor mortais.

Governantes displicentes com as contas geraram déficits continuados, criando assim a ciranda do mercado financeiro, deixando de melhorar a eficiência na gestão do Estado que tende a se tornar corrupta. Eles se conformaram em cobrir esses déficits internos e externos com empréstimos. Com o avolumar da dívida, os credores passaram a exigir garantias de fluxo de caixa positivo para continuar emprestando, enquanto o país permanece sem rumo diante da impossibilidade de aumentar o PIB e a renda per capita.

A globalização priorizou interesses específicos de ganhos, descuidando do equilíbrio entre as nações. O populismo nacionalista se aproveitou do descontentamento geral para galgar o poder. Ambos descuidam da boa administração, abandonando a busca da continuada melhora das condições de vida.

No mundo altamente competitivo onde se defrontam sistemas diferentes de produção voltados para o mercado externo buscando moeda forte, faltam pessoas que se preocupem com a qualidade. Na medida em que os custos aumentam, muitos empresários vão relaxando, utilizando componentes inferiores, contratando mão de obra despreparada e sem dar treinamento. Sem conscientização e reação, o Brasil poderá regressar aos tempos de exportar banana.

O homem precisa de um novo foco para que se torne ser humano do bem com metas elevadas que busca suas origens com perseverança e confiança nas leis da Criação. Tudo depende disso para que as pessoas tenham motivação sadia para enfrentar as agruras do dia a dia, pois a geopolítica tem colocado os governantes olhando prioritariamente para a concentração do poder e riqueza em poucas mãos descuidando de suas funções.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

SOMBRAS PAIRAM SOBRE A HUMANIDADE

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

O problema atual da humanidade é que a fé no homem foi perdida, pois com sua cobiça e egoísmo tornou vazia e insipiente a presença da espécie que deveria elevar o nível e a qualidade de vida no planeta. Mas com o seu embrutecimento, teceu quadros de absoluta miséria e feiura, emoldurando com ilusões e teorias toscas e incoerentes a existência que deveria ser simples e natural para ser proveitosa. Urge resgatar os valores da essência humana, pois a vida tende a se tornar mecânica.

Há muita teoria econômica, mas o dinheiro vai numa direção só. Para que haja paz e progresso no mundo, tem de haver equilíbrio nas contas entre os povos, aspecto descuidado pela maioria dos governantes. O tabelamento de preços é condenado por grande parte dos economistas, mas não se alarmam quando a cotação do dólar – mercadoria rara nos países deficitários – fica com preço fixo, aumentando os déficits sem que surjam oportunidades de aumentar o PIB e a renda pessoal. A economia se rege por muitas variáveis, mas as análises têm sido restritas; deveriam ser mais abrangentes no contexto da democracia e da globalização e direcionar para soluções duradouras.

Num mundo desequilibrado, não se olha mais para a essência das coisas. O tamanho da dívida do Estado sempre deve ser levado em consideração e não apenas a capacidade de administrá-la, pois os encargos permanecem sugando continuamente. O Estado tem de dosar bem isso e não descuidar de sua tarefa de criar oportunidades para a melhora das condições de vida.

Para onde vai o Brasil? O país tem sido laboratório para os mais estapafúrdios experimentos: planos Cruzado, Bresser, Color, Real, sempre com juros acima da média mundial, sempre desatento com os déficits interno e externo. Manteve-se dólar barato sem ter disponibilidade de dólares, abriram-se as portas, mas a indústria foi golpeada, e caímos nas mãos da pior classe política, deseducadora das novas gerações. E agora? O problema está no presidente Temer e a descoberta de atos corruptos ou já estava tudo estragado desde o início do século, e no governo Dilma desandou de vez? Como vai ficar o Brasil? O que quer a população? Como modelar o seu querer para o bem diante do atual quadro sinistro e incertezas para as eleições de 2018?

Chegamos ao ponto crítico. Não basta um nome que possa angariar votos; o problema é o sistema viciado com a classe política buscando oportunidades para ganhar milhões em jogadas nocivas para o país, agindo como se fosse dona de tudo levando o Brasil para o abismo, enquanto o viver e a cultura vão decaindo brutalmente, gerando descrença geral nos homens.

Quem são os mandantes do mundo? A Venezuela foi insurgente, nunca esteve tão mal como agora. Há grupos interessados em adentrar numa aventura de fortalecer o poder do Estado, mas isso não trará nada de bom, pois tais grupos querem a tomada do poder para si e seus fins. Faltam líderes estadistas que visem o bem geral. A classe empresarial global precisa de maior flexibilidade, ser responsável com a humanidade e abandonar o “tudo para nós e nada para os outros” que inspirou o colonialismo e a exploração de uns pelos outros.

O futuro depende da boa formação das novas gerações. Falta conscientização e motivação para as crianças estudarem. São motivadas para tudo quanto é besteira menos para entender a vida e se prepararem para agirem como seres humanos de qualidade. Esta falha é primeiro dos pais e depois do governo federal, Estados e municípios que não olham para as novas gerações como o futuro, deixando-as incultas e sem fornecerem uma base sadia de aprendizado e bom relacionamento com as pessoas em geral, oferecendo-lhes conteúdo de valor por livros, internet, vídeos, em vez da baixaria disponível.

Após as mortes e mutilações provocadas pela Segunda Grande Guerra, muitos estudiosos passaram a refletir sobre os fundamentos da civilização humana. Atualmente, essa triste lembrança ficou apagada e as pessoas não mais pesquisam o significado da vida enquanto o viver vai se tornando áspero e vazio, em oposição à Vontade do Criador que ofertou a Terra para o progresso dos seres humanos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7