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RESPONSABILIDADE COM O FUTURO

Muitas pessoas nascidas no pós-guerra se deixaram envolver pelas tentadoras ilusões materialistas e deram ao mundo o toque de caos organizado que visa riqueza e poder. As pessoas perderam a sensibilidade para perceber que são as causadoras de seu próprio destino. Por trás dos acontecimentos, atua a lei do semear e colher que atinge a toda humanidade. O mundo se acha diante da grande colheita, e desfilarão pelos povos os frutos da mesma espécie que foram semeados.

Nos anos 1980, o Brasil foi mobilizado para o resgate da dívida em dólares, acrescida de juros de mais de 20% a.a. A economia foi caminhando aos solavancos e a classe política perdeu o rumo. Empresas foram atraídas sem que houvesse planejamento de longo prazo; os Estados se puseram a gastar, aumentando despesas fixas. Camaçari, com o fechamento da Ford, mostra bem o resultado: perda de empregos, renda e arrecadação. O que fazer agora? As consequências disso deveriam ter sido pensadas lá trás. É dever dos governantes, empresários e pessoas em geral, pensarem no futuro, na sustentabilidade a longo prazo.

O castelo de cartas, construído de forma imediatista, está balançando. O mundo, voltado para o dinheiro e prazeres, vem sofrendo abalos econômicos devido ao fechamento de fábricas no ocidente e à crescente utilização de robôs. Em 2020, o golpe dado pela pandemia desnudou a economia e seus problemas. Os homens se apegaram ao poder, dinheiro e controle, e a política foi envolvida pela economia. A cada queda de cartas faz-se um novo remendo provisório à espera do próximo; a precarização vai esticando seu braço.

Cada nação deveria gerir a si mesma, promovendo a melhora das condições gerais de vida para seus cidadãos, sem causar danos a outras. Povo despreparado cai na conversa de políticos mal-intencionados visando poder. Deveriam escolher o governante mais honesto, competente e dedicado ao seu país, mas como isso aconteceu poucas vezes, agora falam em governo mundial, mas que tipo de ser humano teria estatura moral e capacitação para isso? Sem o autoaprimoramento do ser humano, em conformidade com as leis da natureza, tudo o mais será paliativo.

Os sistemas criados pelos homens deveriam atender às necessidades com liberdade e gerar ganhos. Mas acabaram se voltando exclusivamente para gerar lucros e poder, deixando as necessidades humanas a cargo dos Estados e seus incompetentes e perdulários estadistas. As crises se tornaram inevitáveis.

O diálogo teria de ser a prática do dar e receber, mas falta boa vontade e humildade para reconhecer a verdade. O ser humano é dotado da vontade intuitiva, proveniente do eu interior, que o conecta com a força espiritual que perpassa a obra da Criação, e vontade mental, proveniente da região cerebral. Porém, a vontade intuitiva se tem enfraquecido no correr dos séculos, e mais ainda nos tempos atuais, dando espaço para o domínio da vontade mental.

“O espírito é pronto, mas a carne é fraca”, a frase dada há dois mil anos, no tempo em que se entendia que a carne representa o corpo, mas o espírito encarnado tinha de dominar o corpo não se deixando dominar por ele. Atualmente, a palavra “carne” assumiu conotação mais ligada ao instinto sexual, o que dificulta a compreensão clara do significado da frase que é uma advertência para que a vontade espiritual intuitiva preponderasse sobre a vontade mental do corpo.

Há uma crise de credibilidade no ar porque as aparências estão em oposição ao que as pessoas efetivamente querem e sentem. Falta autenticidade, mas os fios do destino não se deixam enganar e trazem de volta o que foi realmente desejado, e não as falsas aparências. A realidade está sacudindo a humanidade para que cada indivíduo redesperte o eu interior que foi adormecido como chumbo devido às futilidades da vida materialista do consumismo, do ter sem se ocupar com o ser. Os acontecimentos querem despertar as pessoas para que busquem o saber do significado da vida. Só com vontade firme para o bem e confiança na Luz e suas leis é que poderá ser construída a necessária proteção.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

BARRAR O NEGATIVISMO

O que está se passando no Brasil e no mundo que ninguém se entende mais? Ao se sentir ameaçado em seus interesses, os tiranos manifestam sua maldade e sua forma desleal de agir. Como explica o estrategista Pedro Baños, “o objetivo é motivar a população através das emoções, produzindo uma montagem teatral que derruba as defesas mentais, formando, através de uma história ambígua que mistura realidade e ficção, um cenário que promova a aglutinação e união da massa para que seja conduzida ao ódio mais exacerbado que mobilizará contra o oponente, visando prejudicá-lo e obter vantagens significativas através desse tipo de ações apoiadas pela guerra psicológica e a manipulação das comunicações de massa.”

A espécie humana é a única que ainda não deu certo como se evidencia no baixo nível das condições gerais de vida para a grande maioria; no entanto, existem poucas pesquisas sobre as causas desse fenômeno; ao invés de se fazer um movimento coeso para encontrar a explicação e a solução, os pesquisadores querem desenvolver o novo ser humano através de interferências diretas e indiretas no cérebro, mas com isso seguem caminhos que se distanciam do processo natural de desenvolvimento da vida.

Observa-se que todas as cidades, mesmo as mais bem administradas, estão sujeitas às consequências de chuvas fortes fora do padrão, assim como temperaturas elevadas e crise hídrica. Fala-se sobre o grande reset que daria uma guinada em tudo o que foi feito até agora. A chegada da pandemia em 2020 mexeu com tudo, mas muitas pessoas permanecem no mesmo marasmo, num viver sem propósitos enobrecedores. Falta sinceridade e seriedade. A humanidade se encontra diante de futuro incerto e obscuro, mas as justas intervenções do Divinal estão reforçadas.

A todo momento somos despertados para as desgraças que se avolumam. Muitas pessoas se deixam arrastar para o negativismo sem que se contraponha uma luz de esperança que desperte a capacidade de resistir e se sobrepor ao caos; olhamos pouco para as coisas boas e melhores possibilidades, e permanecemos presos a situações menores. É muito importante utilizar os bons pensamentos e palavras para bloquear a corrente negativa que a tudo invade.

No Brasil, a população está dividida em três grupos: os endinheirados temerosos de perder as mordomias; os deslumbrados, com o circo e utopias e que não examinam o que é impingido; e os que tomaram consciência da desfaçatez vigente no poder que há décadas só cuida dos interesses próprios, deixando o país endividado e sem rumo. Agora há também os que querem a volta da desfaçatez daqueles que são contra o país e o progresso de sua população.

Com tantos recursos naturais o Brasil chegou à situação lamentável, e tem de se afastar da rota de declínio e ignorância; para isso se fazem necessárias seriedade e perseverança de todos que querem o bem. No país há 513 deputados federais, 81 senadores e elevado custo. Até hoje pouco fizeram pelo bem do país e sua população!

O ministro Paulo Guedes se reuniu com empresários que exercem grande influência no PIB do país; o importante é que se unam em torno de objetivos nobres, sem incorrer em perdas. A carga tributária está abusiva. Pessoas fogem da França e outros países por causa do imposto, que lamentavelmente sustenta uma estrutura ineficiente e grande parte se destina para juros e resgate de dívidas. Esses homens do poder têm de pensar também que enriqueceram no Brasil com os recursos naturais e com os trabalhadores e o mercado consumidor. Lei da vida é a reciprocidade, quem só quer receber se torna um pária sem valor.

A época exige trabalho de equipe, desprendimento, humildade e reflexão intuitiva individual. Com simplicidade, a equipe caminha. O individualismo é uma prática persistente. Quando a pessoa quer dominar e obter a glória para si, ela fragmenta a equipe, faz sabotagem, não comunica. As correntes do negativismo têm de ser travadas. Falta uma ação integrada e coesa para o bem geral. Falta o desenvolvimento dos atributos humanos: generosidade, lealdade, consideração, seriedade, bom senso, pensar com clareza. Falta o empenho no preparo da população para levar a vida com toda a seriedade, tudo engrenado. Importa o alvo a ser alcançado, o grande alvo da finalidade da vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

CARTÕES DE CRÉDITO E COVID-19

Há muitas pessoas displicentes com suas contas, especialmente com o cartão de crédito, mas com milhões de desempregados a questão assume outros contornos. Uma das causas é a Covid-19, mas é também tudo que aconteceu antes. A economia brasileira foi reduzindo a produção destinada ao mercado interno. Faltou melhor planejamento que buscasse o equilíbrio entre produção, trabalho, renda, tudo muito desigual no Brasil desde a fase do trabalho escravo. Como considerar boa para um país a globalização que leva os empregos e a produção para fora, desequilibrando a economia interna?

A economia moderna tomou o antigo jeito mercantilista de produzir para exportar e acumular riquezas e poder, visando superávit em suas contas externas, mas quando o mercado fecha devido a uma crise como a da pandemia, fica sem saber o que fazer. Deveria estar voltada para produzir para a própria população. Esse modelo satisfazia os interesses do mercado financeiro global, mas ao longo dos séculos, tem demonstrado que não promove progresso equilibrado entre as nações.

Foram séculos de descuidos com a saúde e com o preparo das novas gerações. Agora surgiu o dilema: vida ou economia. Mas o essencial é conhecer a finalidade da vida. A atual situação do Brasil mostra as consequências dos maus governos despreocupados com o equilíbrio das contas internas e externas, com o baixo nível de renda e falta de bom preparo da população. Um dos efeitos da má gestão são as muitas obras inacabadas, fruto de projetos ruins, falta de planejamento, e muitas vezes, corrupção.

Produzimos poucas coisas. Dependemos de importação de manufaturas que chegavam com preço arrasador. A renda caiu mais com o desemprego, um problema que se arrasta há décadas com a transferência da produção para a Ásia. As contas públicas e administração da dívida pública estão em caótica situação. Há um problema político de luta pelo poder, mas a economia sofre de males que se acumularam sem que recebessem um tratamento objetivo. O mercado interno é fraco e despreparado, a precarização externa chegou até aqui. Como solucionar esses problemas?

A economia de muitos países segue como carro velho que vai largando partes pela estrada. Apesar de um esfriamento da globalização, a economia mundial não indica a possibilidade de mudanças no sistema, rumando na direção da renda básica universal como a grande panaceia para acomodar a massa que enfrenta escassez de comida e educação.

O avanço econômico e tecnológico da China foi surpreendente. O grande problema dos seres humanos é que não conseguem estabelecer um progresso equilibrado. A transferência das fábricas para a China acarretou alguma melhora no sofrido povo de Mao Tse Tung, mas afetaram a renda e empregos noutras regiões, criando um novo protagonista nas finanças mundiais, gerando o grande desequilíbrio geral, agravado com desequilíbrio na natureza.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, disse que as explosões recentes em seu país foram provocadas pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônia, produto que tanto pode ser usado na fabricação de fertilizantes agrícolas quanto de explosivos. O Líbano se tornou um ponto de concentração das incoerências humanas e dos pensamentos maléficos que se materializam nos problemas criados pela humanidade, decorrentes da forma de viver em desacordo com as leis da Criação. Destruição, insegurança, desemprego, mortos e feridos, economia desequilibrada, crise no abastecimento.

A frase “sadio de alma, corpo e mente” mostra o conjunto que forma o ser humano: a alma ou espírito, no comando; e o corpo, do qual faz parte a mente através da atividade intelectiva, que deveria refletir intuitivamente, mas quer a supremacia, anulando o espírito e forjando um mundo áspero, sem coração, como é o mundo atual que alma nenhuma consegue reconhecer como humano.

A consideração humana é uma atitude vinculada à humildade espiritual. Pessoas arrogantes que se julgam superiores, oferecem pouca consideração ao próximo por considerá-lo insignificante. Insensíveis ao sofrimento alheio, caminham pela vida como se fossem os donos do mundo, buscando o máximo de satisfação para si mesmos. Como bem disse Abdruschin: “Concedido vos é peregrinar através da Criação! Caminhai de tal maneira, que não causeis sofrimento a outrem, para satisfazer com isso qualquer cobiça”. Pensando no bem geral, podemos contribuir fortemente para a paz e a bem-aventurança da humanidade.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

2020: O ANO DA RUPTURA

No inquieto século 21, o ano de 2020 será considerado como o ano da ruptura. Os homens se digladiam pelo poder mundial. As leis da Criação estão reagindo contra séculos de arrogância dos humanos de não quererem ouvir a Fala do Senhor dos Mundos, pois cobiçam se tornarem, eles próprios, os senhores do mundo.

O que o governo pode fazer quando falta dinheiro para tocar o país ou resolver emergências? Nesse caso, o mais grave é que o governo perde a autonomia, fica amarrado à dívida. O mundo precisa de líderes sábios que respeitem o solo pátrio. Cada povo deve aprimorar a própria cultura, mas muitas pessoas acataram conceitos vindos de fora e abriram o país sem estarmos preparados para isso, atraindo toda essa precarização. Seria bem oportuno para o Brasil endividado que o montante de R$ 500 bilhões obtido com a variação cambial aplicada às reservas internacionais fosse mobilizado para reativar a economia estagnada e bombardeada com a crise gerada pela pandemia.

Homens cobiçosos se julgam donos do planeta e impuseram suas ideias restritas ao povo despreparado e acomodado que tudo aceitou em troca de migalhas e diversão; assim o mundo foi rumando para o abismo, mas acima do homem estão as leis do Criador que trazem de forma impetuosa a colheita de tudo que foi semeado. É terrível. A grande e única vacina para impedir essa grave anomalia está no reconhecimento das leis da vida.

A vida não é uma fatalidade. Sempre temos a possibilidade da escolha, mas temos de fortalecer o querer. As pessoas estão sendo induzidas a olhar para baixo e se acomodam. Temos sempre de aspirar ao mais elevado nível que o ser humano pode alcançar e, para isso, cada indivíduo deve se preparar, se fortalecer e conhecer o significado da vida.

O mundo esteve, durante séculos, olhando só para o dinheiro, esquecendo tudo o mais, deixando em segundo plano a riqueza que nos é dada pela natureza como o ar e a água, fora todas as outras farturas. A economia globalizada desequilibrou tudo, a ponto de que o aumento de renda interna se reveste de aumento das importações de manufaturas, dado que o parque industrial foi destruído pela concorrência internacional predatória.

Perdemos terreno, pouco se produz, endividaram o país. O déficit fiscal é gigante, a arrecadação poderia ser incrementada taxando os importados seletivamente, dando oportunidade aos empresários e trabalhadores nacionais. O momento é de ruptura com o velho modo de viver que atraiu as crises que se acumularam ao longo dos anos. Cada país terá de se esforçar intensamente na recuperação dentro de seus limites, fortalecendo seu povo e sua cultura. No entanto, para que haja paz e progresso, tem de ser banido o “tirar vantagens” de outros povos e outras nações.

A crise não se tornou uma oportunidade de fortalecimento do país e sua população; perde-se tempo e dinheiro com a guerra de comunicações e desrespeitos aos poderes constituídos, forjando justificativas habilmente criadas. A população está duplamente amedrontada, com o vírus e com a incerteza econômica. Os confrontos entre poderes tiraram credibilidade gerando uma crise de confiança.

O ano de 2020 também se reveste de um momento especial de reflexão sobre o que temos feito, desperdiçando tantas oportunidades que poderiam ser aproveitadas para o bem geral da humanidade. Tudo vai assumindo ares de contenda na luta por poder e influência, mas permanece distante o saber da Vontade de Deus, que tece os fios do destino trazendo recompensa ou castigo. O tempo vai passando, em vez da energia de Luz que traz paz e alegria, estão sendo atraídas nuvens carregadas. Há de surgir um novo dia que propicie novas oportunidades para, com humildade, recebermos a Força e superar os desafios nesta fase que todas as falhas humanas decorrentes das formas erradas de viver estão sendo expostas.

Os seres humanos não podem continuar esperando que tudo caia do céu, sem esforço, sem trabalho dedicado. Em grande parte, os governantes pouco se dedicaram para promover o desenvolvimento e fortalecimento da população, o bom preparo das novas gerações e melhores condições de vida. As pessoas pouco sabem da vida, e sem a verdade, não há liberdade, mas apenas medo e ódio.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7