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GERAÇÃO DESORIENTADA

A política deixou de ser exercida por estadistas atentos ao futuro. A economia se tornou imediatista visando ganhos de curto prazo, mas no longo prazo os resultados dessa forma de agir falam por si. A economia deveria seguir seu curso em liberdade, pois a interferência governamental acaba sendo nociva, mas requer um consenso entre governo, empresas e população. Objetivos factíveis com a participação de todos.

Com a falta de preparo e indolência, a população acaba sendo manipulada em função de interesses particulares. Os políticos pensam na próxima eleição, as empresas, para o lucro imediato, e as pessoas se deixam enganar, esquecendo que o progresso é fruto do trabalho persistente. Tudo acaba perdendo a naturalidade e a consistência, tendendo ao desmoronamento. Os humanos deveriam conviver em paz e progresso, cumprindo sua tarefa melhorar as condições gerais de vida no planeta, mas em vez disso querem ser donos do mundo e ficam brigando para ver quem manda mais.

O mundo ficou convulsionado e instável, na economia não há um parâmetro dentro da normalidade, tudo subordinado a interesses daqueles que dividem a riqueza, o poder e as conveniências momentâneas. Não é à toa que o navio ameaça afundar. Na gangorra cambial, quando há renda, o real valoriza e os brasileiros importam e viajam levando dólares para fora. Quando a renda cai, o real desvaloriza, o que deixa tudo mais barato em dólar. Um sistema monetário canibal com conivência da classe política.

Como o país obtém dólares? Exportando, vendendo ativos ou tomando empréstimos, e agora, inclusive, através do mercado aberto atraindo dólares com juros altos. Desde o plano real, o dólar ficou barato à custa de juros altos para conter a inflação, permitindo importações de produtos com valor inferior ao produzido no país. Quanto isso custou? A dívida pública está em R$ 5,5 trilhões, e a indústria foi minguando, empregos sumindo, e a arrecadação em baixa exigiu aumento nas alíquotas.

Como se chegou ao descalabro fiscal? No início era tudo liberal, mas havia responsabilidade com os compromissos assumidos pelos governos. Depois veio o relaxamento na contratação de pessoal, a demagogia, as obras superfaturadas, os déficits, os juros extorsivos, a União como cobertor. Havia de onde tirar o dinheiro, mas com a crise econômica, a perda na produção industrial, nos empregos, na renda, na contenção do câmbio, tudo ficou estreito.

A má gestão, a corrupção, a forma relaxada como se permitiu o aumento da dívida pública levam à venda de ativos para reduzir a dívida monstruosa e ainda continuar devendo muito. A classe que trabalha e mal ganha para o sustento está arcando com o ônus do descuido geral.

O Brasil foi sendo sucateado e endividado. Segundo o economista José Oureiro: “O que acontece é que 20 a 25 anos de juro alto e câmbio valorizado provocaram efeitos de histerese na produção industrial. Foi um período muito longo durante o qual a indústria de transformação não investiu em modernização, perdeu mercados no exterior e permitiu que se abrisse um grande hiato tecnológico entre o Brasil e os países mais competitivos.”

A grande questão da educação é que os pais estão desorientados, não se lembram mais por que nasceram na Terra nem qual é o significado da vida. Assim, o viver vai se tornando uma chatice porque não há propósitos enobrecedores, não há rumos claros e os jovens se sentem desamparados neste mundo onde a natureza está reagindo de forma drástica. Na economia, os empregos estão sumindo e os líderes não sabem o que fazer com a massa disponível e sem renda, então as telas (de smartphones, computadores e televisão) se apresentam como uma forma de manter a turma distraída e camuflar o problema.

Não basta brigar só pelo clima. “Demonstramos que estamos unidos e que nós, jovens, somos imparáveis”, disse Greta no Palácio de Vidro, sede da ONU, onde foi aplaudida. Mas os jovens precisam ser orientados com bom preparo para compreender o significado da vida e suas leis naturais e ver que há muitas áreas para atuarem. Relaxadamente, o planeta virou uma lata de lixo, os rios uma cloaca devido à falta de saneamento e ao aumento das moradias precárias. Isso tudo têm de ser combatido pelos jovens com a mesma ênfase.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

2020 NÃO É 2002

Dizia-se que 2020 seria um ano de renovação. Havia uma expectativa de melhora geral no Brasil e no mundo. De repente, chegou a epidemia do coronavírus e tudo foi parando. Assustaram a todos e aos idosos mais ainda. A orientação é: “não saia de casa para não morrer; não deixe que saiam de casa para não matar”. Ficar em casa, desacelerar é o que a humanidade precisa, mas isso deve ser acompanhado de um esforço para entender a trama dos fios do destino que nos levaram a isso. Um momento significativo na história propício para introspecção sobre o que é a vida, tão fragilizada nesta fase de inquietação mundial.

O ano de 2020, do qual muito se esperava, surge como algo semelhante a 2002, o ano seguinte ao atentado de 11 de setembro, que provocou uma ruptura com o século 20 e havia a esperança de tempos menos perturbados. Ambos formam o quatro. Mas agora as pessoas começam a perceber os estragos da paralisação num mundo movido a fluxos de dinheiro. A inquietação e a aflição vão aumentar.

Sabemos que a partir dos anos 1990 a economia desandou e surgiu o capitalismo de Estado com superforça competitiva entre as nações. Os países pararam de fabricar, os serviços não são suficientes para sustentar. De lá para cá faltou empenho na busca das causas da decadência e aumento da precarização geral da vida.

Países superendividados. Os juros baixaram, houve uma corrida para a Bolsa que, com a crise, mostra sua inconsistência cotando empresas abaixo do seu valor real. Hoje a falta de seriedade é geral e não existem fontes confiáveis, tudo virou luta política. A globalização é antinatural por uniformizar tudo e todas as culturas, e colocar as pequenas e médias empresas em confronto direto com o capitalismo de Estado, não tendo como sobreviver.

O coronavírus caiu na sopa. Está em andamento um processo de desmantelamento geral. O que poderá resultar disso? Trata-se de uma questão para os pesquisadores e esse assunto tem que sair da esfera da luta política para que se possa examinar os fatos objetivamente. Saúde, economia e aprimoramento da espécie devem ser as metas da humanidade.

Há décadas vivemos em plena guerra econômica que agora se acirra visando aumento de riqueza e poder. Os países e a população são manipulados diariamente sem perceber. Tudo faz parte do jogo onde os ganhadores são sempre os mesmos enquanto aumenta a precarização geral.

Na vida e mais ainda nas crises é fundamental o sentimento intuitivo voltado para o bem e os pensamentos nessa mesma direção. Essa é a forma adequada como deveriam agir os humanos, a única espécie que possui a capacitação de livre resolução. Mas tudo conspira contra, a começar pela falta de força de vontade voltada para o bem e, de todas as formas, os seres humanos vão sendo empurrados para os baixios da vida, na TV, nos filmes, muitos deles causando puro desânimo e perda de esperança na humanidade, contribuindo para aumentar o alarmismo e medos. Falta a autêntica solidariedade. Só conta o dinheiro e o poder.

Há dois mil anos os ensinamentos de Jesus caíam como água da vida sobre a população simples que não tinha cobiça de poder. Os poderosos temiam perder o controle do povo e por isso fizeram uma campanha de calúnias, culminando com o processo e condenação do Filho de Deus. Em Lucas 21.11 e 21.36 são mencionados os tempos vindouros de aflições e da vinda do prometido Filho do Homem. “Trata-se da profecia da vinda do Filho do Homem, dada como estrela de esperança e, não obstante, também como severa advertência, pelo Filho de Deus”. (Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, Abdruschin).

Amor é severidade. A crise se reveste de um chamado ao ser humano. Depois da tempestade vem a bonança. Os auxílios da Luz sempre estão disponíveis, mas é preciso a gratidão, os pensamentos voltados para o bem, e a confiança de que tudo se encaminhará para o desfecho certo de acordo com as leis do Criador.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

FISIOLOGIA POLÍTICA BRASILEIRA

Os comentários de políticos corruptos, de esquerdistas, de intelectuais, de jornalistas, que perderam ou perderão em breve as benesses de viverem às custas do Governo Brasileiro, acerca da nomeação de um Senhor Juiz para um dos superministérios do novo presidente eleito, procuram agora impor ao Estado Brasileiro uma nova fisiologia política para prejudicar nossa nação: querem instituir uma quarentena de três anos para Juízes serem nomeados para cargos do poder executivo. Claramente advogam isso.

Eles procuram, como sempre, denegrir a imagem pública de cidadãos probos e dispostos a consertar o Brasil, que têm sido tão vilipendiados pelos governos anteriores, ditos socialistas, no qual muitos executivos e legisladores públicos meteram a mão nos cofres da nação para benefício pecuniário pessoal.

Alguns jornalistas e políticos continuam a chamar o Presidente eleito democraticamente de antidemocrata, procurando por todos os meios denegri-lo, inclusive afirmando que ele ora define uma determinada diretriz do futuro governo, e depois indefine a mesma coisa.

Mas para consertar o rombo sofrido é necessário muito trabalho, muitas ideias e muita perseverança, bem como uma disposição honesta de enfrentar o problema. É melhor errar com homens probos que acertar com ignorantes, pois os probos aprendem a lição e rapidamente corrigem os rumos das ideias, seguindo em frente com suas metas de desenvolvimento.

Muito precisa ser feito para nosso país sair desta calamitosa situação. O Brasil precisa do esforço de cada cidadão em prol deste desafio. Os governos devem servir ao povo, e não o povo servir ao governo.

Na Luz da Verdade, Mensagem do Graal, de Abdruschin, volume 2:
“E, em cima do monte de escombros, se encontra vazio, cheio de si, orgulhosamente, o causador da confusão tremenda… o “homem moderno”, conforme costuma denominar-se de preferência. O “progressista”, que na realidade regrediu constantemente! Exigindo admiração, cognomina-se também ainda de “puro materialista”. — Acrescentam-se ainda a tudo isso as inúmeras cisões, o sempre crescente ódio mútuo, apesar da uniformidade da escravidão voluntária! Nem empregador nem os empregados têm culpa disso, nem o capital nem a sua falta, nem a Igreja nem o Estado, nem as diferentes nações, mas tão-somente a sintonização errada das pessoas, individualmente, fez com que tudo chegasse a tanto! ”

Os verdadeiros seres humanos, que ainda têm em si espírito acordado, almejando o próprio desenvolvimento pela observação das Leis Naturais, sentem-se muitas vezes excluídos da vida material moderna, por seus ideais injustamente combatidos, pois o mal está em predominância na Terra, por enquanto. Com o término do Juízo Final, que já não está mais tão distante, os genuínos seres humanos poderão respirar aliviados, pois a Terra estará livre do mal e a Lei da Reciprocidade será praticamente imediata.

José Guimarães Duque Filho é Engenheiro Civil, Mestre em Edificações, Conselheiro do COMAM – Conselho Municipal de Meio Ambiente de Fortaleza, Ceará.

VIVEMOS O AUGE DAS CRISES

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Lamentavelmente, vivemos o auge das crises políticas, econômicas e ambientais. Muito em breve a humanidade se conscientizará da forma estúpida e sem sentido como tem vivido. A corrupção se expandiu como nunca em lutas de cobiça pelo poder. A incompetência da classe governante e o despreparo da população estão desorganizando a vida civilizada. Falta força da vontade para o bem.

No Brasil, falta dar boa formação à população, estabelecer objetivos viáveis atinentes aos interesses do país, motivar, ir atrás com seriedade. Faltou tudo: preparo para a vida, motivação, bons exemplos da classe governante. Japão, Coréia, China acabaram conquistando uma situação melhor com a ajuda dos Estados Unidos que tinha interesses ensejando condições favoráveis. A China, com sua grande população, deu bom preparo e motivação para agir, pois lá não se permite a destruição das novas gerações com drogas e orgias, e por isso está despontando numa posição de liderança e poderá introduzir mudanças na ordem mundial do dólar, enquanto os governantes do Brasil, por ignorância e cobiça, caíram nas armadilhas cambiais e financeiras. Como vamos sair do permanente estado de crise em que o país vive?

A China absorve 25% das exportações do Brasil. Com sua elevada população, não é de se estranhar essa participação. Bom para o nosso país, embora seja essencialmente exportação de alimentos e produtos primários. Para otimizar a parceria, deveria haver alguma forma de equilíbrio para que o Brasil não ficasse estagnado nesses itens geradores de poucos empregos, incluindo outros que favoreçam o desenvolvimento tecnológico e melhor distribuição de renda.

O que fizeram os governantes em todos os níveis arrastando tudo para o lodo? Tínhamos excelentes condições, mas com a irresponsabilidade da classe política não saímos da condição de galinha em seu vôo para o progresso. O Brasil ainda não se libertou de sua vocação colonial de exportar commodities e importar produtos com valor agregado, e para isso tem deixado o dólar barato. Agora, novamente endividado e sem desenvolvimento dos talentos da população, sofre os efeitos do apagão mental, correndo o risco de regredir ao colonialismo. Incertezas e apreensões quanto ao futuro.

Um país viciado em imposto para sustentar a máquina administrativa perdulária e ineficiente. O problema atual vai além da economia. Depois de um longo processo de descaso com o futuro, desde a nova república, o país apresenta uma dura realidade: está em processo de desmanche moral, econômico e social.

Miséria e violência vêm sendo cultivadas de longa data, praticamente desde a Lei Áurea da princesa Isabel, e desde aquela época não se viu, da parte dos governantes, um plano de integração e melhoria das populações de baixa renda, e o que já era ruim acabou ficando muito pior nas grandes capitais como Rio de Janeiro. Sem educação, vivendo de forma precária, essa população vai gerando filhos sem se conscientizar de sua responsabilidade com a paternidade e a maternidade. Os humanos precisam e devem ser transformados em seres humanos de fato, pois do contrário a decadência ficará irreversível.

As novas gerações estão ficando sem rumo, caindo nas múltiplas armadilhas como a vida devassa do sexo casual sem afinidades nem responsabilidades, contribuindo para a construção deste mundo hostil. Os seres humanos têm a capacitação para buscar o saber, mas falta-lhes o querer e a ação. Cabe aos pais mudar esse cenário porque é desde cedo que as novas gerações devem ser preparadas, fortalecidas e motivadas para compreender o mundo em que vivem, agir e assumir a responsabilidade com a vida e com o futuro para construir um mundo sadio, de alegre convivência e harmonia com a natureza.

Para assegurar melhor futuro temos de combater a baixa disposição das novas gerações para o aprendizado contínuo e barrar os modelos de moral decadente. O Brasil precisa sintonizar-se na busca de melhores condições gerais de vida que possibilitem a evolução das pessoas que se dispõem a aprender e a trabalhar com eficiência. Não basta ter um iPhone. Não basta saber onde achar o conhecimento; é preciso aprender vendo fazer e fazendo. Só se aprende com as vivências. Qual o significado da vida? Por que e para que nascemos na Terra?
* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7