Posts

A ECONOMIA E AS LEIS DA VIDA

A economia do Brasil não está conseguindo desenvolver a necessária reação para voltar ao crescimento, pois a indústria se debilitou e isso trouxe graves consequências nos empregos, no desenvolvimento técnico, no preparo da mão de obra e das novas gerações. Quando um país passa a depender cada vez mais de importações, uma parcela da riqueza não recircula mais internamente, vai para o exterior. Com a perda na renda, fica difícil desenvolver atividades que cubram os custos e gerem lucros.

As guerras cambiais provocam grande confusão na economia. O desajuste cambial implica que um país exportador possa reduzir o preço em dólares desvalorizando a sua moeda, o que vai afetar muitas indústrias de outros países devido ao custo interno de produção superar o de importação. Investidores acabam fechando fábricas e indo para o mercado financeiro onde engrossam o volume de operações financeiras cujo volume supera o PIB global, deixando sobrar pouca renda para a vida real.

É através da efetiva responsabilidade dos gestores públicos nas prioridades, nas contas, gastos, situação financeira que tem início a educação geral. É pelo exemplo de seriedade e dedicação na busca de um futuro melhor que se combate a descrença geral. A educação é problema de todos, a começar pelos pais na responsabilidade de gerar filhos. Estamos decaindo, a cada ano, devido ao deficiente preparo das novas gerações que não recebem estímulos para ser responsáveis e para se esforçar, visando melhor futuro próprio e o do país, achando que outros têm a obrigação de lhes dar respaldo e divertimentos.

Sem familiaridade com os livros desde a infância, será difícil formar uma geração de leitores, mas o resultado também dependerá do conteúdo que é lido. Os jovens têm de ser preparados para se integrarem nos projetos que abraçarem, isto é, estar com o querer pessoal envolvido com o objetivo, o que nos diferencia do robô. Nesse caso, a intuição está desperta, mostrando, ao raciocínio, pontos falhos e pontos que podem ser melhorados, algo que deveria ser comum a todos os seres humanos que utilizam todo o seu potencial. Sobrecarregar o cérebro infantil com teorias não pode trazer melhores resultados do que aprender vendo fazer e fazendo, comparando o artefato com o desenho técnico com medidas e detalhes.

Provavelmente o cérebro de Einstein trabalhasse com alguma harmonia com o cerebelo, que faz a ponte com o mundo invisível fora da categoria tempo espaço; por isso, o grande apreço do cientista pelo estudo da natureza, pois é nela que comprovamos o funcionamento das leis que atuam no Universo, sempre impulsionando o desenvolvimento enquanto não sejam desprezadas pelos humanos que geralmente tendem a querer dominar a natureza em vez de compreendê-la e se adaptar a ela.

O ser humano necessita do aprendizado na Terra; é envolvido pela alma e se liga ao corpo com cérebro circunscrito ao tempo-espaço, e o cerebelo, que faz a ponte com a intuição, mas não pode permitir que o cérebro domine unilateralmente. A matéria de que é feito o corpo terreno é perecível, mas o ser humano é muito mais do que isso, e não poderia ter se deixado subjugar pelo materialismo.

Quem somos nós? De onde viemos? Qual o significado da vida? Seria tolice supor que não haja significado após toda evolução por que passou o planeta e as espécies, para surgir o homem com capacidade de raciocinar e tomar decisões, embora ficando atrelado às consequências. Teria de se tornar ser humano, mas tendeu para ser o “homo economicus” que praticou muita destruição pela Terra, inclusive escravização e racismo, em vez de prosseguir a trajetória evolutiva para o bem. Com o impacto do materialismo e a aspereza do século 21, a espécie humana vai perdendo a consciência de sua missão de compreender o funcionamento das leis da vida para construir de forma a sempre beneficiar o planeta.

Para assegurar o progresso equilibrado, o Estado não deve ser empresário, nem se imiscuir na atividade econômica que deve ser de natureza privada; deve cuidar da defesa, coibir abusos e criar oportunidades de progresso geral; porém, as empresas também não podem impor seus interesses particulares ao Estado, e no conjunto, todos integrados no propósito de melhorar as condições gerais de vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O SIGNIFICADO DA VIDA

Com o avanço da inteligência artificial, os humanos serão substituídos na maioria dos trabalhos que hoje existem. Novas profissões irão surgir, mas nem todos conseguirão se reinventar e se qualificar para essas funções. O que acontecerá com esses profissionais? Como eles serão ocupados? Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, pensa ter a resposta.

“Você realmente quer viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, perseguindo alvos ilusórios e obedecendo leis imaginadas? Goste disso ou não, esse já é o mundo em que vivemos há centenas de anos”.
https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2018/01/uma-nova-classe-de-pessoas-deve-surgir-ate-2050-dos-inuteis.html

Vamos dar uma olhada no artigo do escritor Yuval Noah Harari, falando sobre religião e a indolência do ser humano, buscando entender o que ele nos diz.
https://www.theguardian.com/technology/2017/may/08/virtual-reality-religion-robots-sapiens-book

Outra versão do artigo:

O que é uma religião, se não um grande jogo de realidade virtual desempenhado por milhões de pessoas juntas? Religiões como o Islã e o Cristianismo inventam leis imaginárias, como “não comem carne de porco”, “repita as mesmas preces um número determinado de vezes por dia”, “não faça sexo com alguém do seu próprio gênero” e assim por diante. Essas leis existem apenas na imaginação humana. Nenhuma lei natural exige a repetição de fórmulas mágicas, e nenhuma lei natural proíbe a homossexualidade ou a ingestão de porco. Muçulmanos e cristãos atravessam a vida tentando ganhar pontos em seu jogo de realidade virtual favorito. Se você reza todos os dias, você obtém pontos. Se você esqueceu de orar, você perde pontos. Se, no final da sua vida, você ganhar pontos suficientes, depois de morrer, você vai ao próximo nível do jogo (também conhecido como o paraíso).

E quanto à verdade? E a realidade? Realmente queremos viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, buscando objetivos criativos e obedecendo leis imaginárias? Bem, goste ou não, esse é o mundo em que vivemos há milhares de ano.
http://fernandessc.wixsite.com/blog/single-post/2017/06/23/O-significado-da-vida-em-um-mundo-sem-trabalho

Apagão espiritual

Em seu artigo, Yuval Harari aponta o apagão mental, que na verdade é precedido do apagão espiritual. Quando o espírito se enfraquece, ele vai apagando, dá para adivinhar o que sobra do ser humano. Mas por que isso vem acontecendo há milhares de anos? Como agir para atuar efetivamente como um ser humano consciente em cooperação com as leis da Criação? O problema é a indolência espiritual, a falta de vontade de se movimentar, em vez de aceitar e absorver conceitos impostos sem se esforçar para fazer uma pesquisa intuitiva de modo consciente.

Abdruschin esclarece na obra Na Luz da Verdade Mensagem do Graal que “É DEVER sagrado do espírito humano pesquisar por que se encontra na Terra, ou por que motivo vive nesta Criação, à qual se encontra ligado por milhares de fios. Nenhum ser humano se tem em conta de tão insignificante, para crer que sua existência fosse sem finalidade, se ele mesmo assim não a tornasse. A tal respeito considera-se ele em todo o caso demasiado importante. Entretanto, são apenas poucos os seres humanos que conseguem, penosamente, libertar-se a tal ponto da preguiça de seu espírito, para se ocupar sinceramente em pesquisar qual a sua finalidade na Terra”.

Assim agindo em busca incessante, escaparia do veneno paralisante da inércia, adquirindo conhecimento, e não se tornaria um robô manipulado de espírito adormecido. “Despertai ser humano” para não engrossar as fileiras das bilhões de pessoas imersas em fantasias, sem vontade própria forte. Ou seja, um viver sem autenticidade, afastado do significado da vida.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ONDA DE PÓS-VERDADE

Entender o que está se passando realmente está ficando muito difícil, pois para cada fato sempre surgem várias versões, como por exemplo, a intervenção da segurança no Rio de Janeiro. Está nitidamente visível que algo precisava ser feito, mas muitas vozes surgem se contradizendo, questionando se essa medida era necessária ou não e se irá criar problemas. A insegurança é o grande dilema. As pessoas ficam comentando na esperança de que haja bom senso, seriedade e eficiência, mas tudo permanece no marasmo e o país, estagnando. A situação é dramática.

O que tem chamado a atenção é mesmo o aumento da violência, guerra de facções, estouros de caixas eletrônicos, roubo de cargas, assalto ao transporte de valores. Uma guerrilha desenfreada pelo dinheiro que ameaça destruir a nação a partir do Rio de Janeiro e que está se espalhando pelo país, arruinando as novas gerações com drogas e orgias. Que futuro poderemos ter? O combate chega atrasado e tem de abranger a corrupção e motivar a população para a busca de uma vida melhor.

A deterioração do Rio de Janeiro começou em 1889 com o ato de inconformismo contra a lei Áurea de 1888. Poderia ter sido o marco da integração e progresso. Com sucessivos governantes sem a adequada seriedade e preparo, o Rio afundou num mar de lama e insegurança, assim como a Baía de Guanabara, transformada numa lixeira. O mundo individualista se tornou áspero e frustrante por se afastar da naturalidade. Como dar bom preparo para a vida às novas gerações? Não basta educar o cérebro frontal. Sem o fortalecimento do eu interior voltado para o bem, domina o sangue frio irresponsável. Essa é uma tarefa para autoridades, educadores, psicólogos e psiquiatras e religiosos. Desde cedo as crianças têm de ser preparadas para a vida real com disciplina, foco e autoconfiança, para que aprendam com as belezas e a lógica da natureza para se integrar com ela de forma construtiva e beneficiadora, assegurando a boa qualidade de vida.

O ser humano tem de fazer uso de suas faculdades e capacitações. Para entender o mundo não pode se acomodar indolentemente. Tem de se movimentar. Diz a teoria da “cognição preguiçosa”, criada pelo psicólogo Daniel Kahneman, que as pessoas tendem a ignorar fatos, dados e eventos que obriguem o cérebro a um esforço adicional. Ao concentrar seus esforços unilateralmente no desenvolvimento do cérebro frontal, o ser humano destruiu a antena para o mundo espiritual, acorrentando-se ao mundo material, afastando-se da luz da verdade, criando inúmeras pós-verdades que não resistiram a uma severa análise lógica. É preciso esforço para entender o funcionamento das leis da Criação e resgatar o funcionamento do cérebro e cerebelo em harmonia com o espírito. Pós-verdades começaram a surgir depois de Cristo e passaram a ser tidas como fatos naturais.

A teoria da evolução humana também é recheada de interpretações sem, contudo, ter chegado a uma conclusão lógica e coerente na atualidade. Como aceitar que a evolução seja um simples acaso? Stephen Jay Gould, paleontólogo e biólogo evolucionista dos Estados Unidos (1941-2002), propôs em 1989 um experimento imaginário extraordinário: voltar ao passado, para a origem, e descobrir que lentamente foi desenvolvido o corpo que seria utilizado pelo ser humano, de essência espiritual, para prosseguir a evolução pessoal e geral da matéria.

Mas se fosse possível voltar mais ainda, ao vazio do caos, seria possível chegar à causa referente à necessidade de o espírito humano receber um corpo perecível para ser implantado temporariamente no mundo material, e de novo, retornando para o presente, poderiam ser vistos os descaminhos da humanidade que nos conduziram ao mundo áspero de nossos dias e, assim, evitar o grande abismo que se avizinha na atual trajetória. O ser humano nasceu para evoluir e ser feliz, mas não pode esquecer a sua origem espiritual, pois só no reconhecimento dela é que encontrará o caminho da felicidade real.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O BRASIL TEM QUE SAIR DO ATRASO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

“Façam como eu: coloquem a sua nação na frente”, recomendou o presidente dos EUA Donald Trump aos líderes. No Brasil, a economia foi baseada no sistema produtivo de monocultura exportadora e escravocrata, fornecedor de riquezas para as metrópoles, sem alvos próprios. O despreparo e falta de consciência da população é lamentável revelando pouco patriotismo. Não se observa a existência da indispensável disposição geral para construir um futuro melhor que beneficie a todos com progresso e qualidade.

Mesmo com a proclamação da República, após a deposição da Princesa Isabel, o país permaneceu no mesmo tom, sem maiores cuidados com a educação, emprego e produtividade, sem que fosse implantado um projeto de desenvolvimento de longo prazo. Surgiu um Estado sem metas, sem uma tesouraria séria. As consequências se mantêm: estagnação, dívida pública descontrolada, fraqueza do mercado interno que não têm sido combatidas com a mesma força que a inflação. Juros elevados e câmbio valorizado têm sido constantes na frágil economia brasileira de baixa renda, fraca circulação de dinheiro e mercado interno pífio. Desde aquela época faltam boas escolas, as cidades crescem desordenadamente. Mais de 50% da população não têm saneamento básico.

Evidentemente, o gasto com pessoal saiu da normalidade permitindo o beneficio de uma casta do funcionalismo, mas relegando muitos funcionários à pasmaceira e condição vexatória. Na atividade privada as condições apertam mais, mas não podemos atribuir toda a culpa pela recessão e atraso do país a isso. Há muitos fatores que travaram o Brasil e que ficam esquecidos, pois em função da explosão da dívida, olha-se prioritariamente para as variáveis do funcionalismo e previdência que também requerem ajustes.

Os líderes gostam de agir e serem tratados como reis, mas em geral falta-lhes a visão de que temos um planeta destinado ao progresso dos seres humanos. Cada um quer se colocar como dono e comete loucuras. Assim a Terra, que poderia ser um paraíso de convivência pacífica e progresso, caminha para o abismo. O caldeirão urbano ameaça ferver. Há muitas constelações de pensamentos de ódio e vingança espalhadas pela Terra e em dado momento isso pode ser um estopim, uma ignição e está feita a explosão. É a colheita dos frutos semeados pela civilização voltada para o materialismo e fundada num labirinto de mentiras acobertando interesses escusos de dominação, poder e também o desconhecimento da realidade espiritual da vida.

O ser humano não pode continuar caminhando às cegas e precisa fazer uma avaliação sobre todos os tempos, do começo da humanidade até nossos dias. Depois de tantos séculos de buscas infrutíferas e, especialmente na atualidade, em que ainda impera o desentendimento e a intolerância, é necessário adotar uma nova postura e uma nova convergência por algo mais elevado e consistente que proporcione paz de espírito e felicidade. O homem é a criatura que tem de se tornar ser humano de fato.

A questão da desigualdade vem de longe. Não foi por acaso que a humanidade caiu na pobreza espiritual e material, embora o planeta tenha sido dotado com todo o necessário para uma existência condigna sem a gritante miséria. O aumento da riqueza de uns tem acarretado a pobreza de outros. Falta a meta de melhora geral. Diferenças no câmbio e salário numa determinada região têm acarretado mudanças em outra, levando ao aumento da precarização geral.

Os homens se digladiam pelo poder e riqueza e não é de agora. Essa é, talvez, a grande causa da miséria que se esparrama pelo planeta. Tudo foi sendo conduzido de forma a camuflar a sua cobiça, mas na falta de uma visão responsável do futuro surgiram as consequências inconvenientes, abrindo-se espaço para os revoltados e para os populistas que cativam a massa indolente com disseminação de ódio e promessas irrealizáveis. O poder estatal mostra a sua incapacidade e incoerência. A boa administração das nações depende de equipes coordenadas que visem a continuada melhora das condições de vida, que ajam com seriedade e apoiadas por uma população bem preparada e imbuída dos mesmos propósitos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A GRANDE TAREFA

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Em sua transitória permanência na Terra, a tarefa prioritária do ser humano é aprimorar-se na convivência com seus semelhantes e contribuir para o contínuo beneficiamento e embelezamento geral e melhora das condições de vida. Diferentes raças e povos constituem o conjunto das criaturas humanas, mas estas foram enveredando cada vez mais por funestos caminhos, acarretando o oposto do que deveriam realizar, provocando a destruição da beleza, da ordem e da paz.

Jesus, o Enviado do Amor de Deus para redespertar a humanidade de seu torpor, trouxe com palavras simples e claras a explicação sobre a naturalidade da vida. Após a sua crucificação e o assassinato de Paulo e Pedro por ordem de Nero, a clareza dos seus ensinamentos foram sendo afastados da lógica natural. Por mais de 1500 anos prevaleceu o obscurantismo. O cristianismo foi se afastando da naturalidade dos ensinamentos de Jesus sobre a vida e a Criação. A falsidade foi tomando o lugar da autenticidade que se expressa com clareza, simplicidade e naturalidade, e com isso as discórdias não tardaram a surgir. A busca do sagrado foi perdendo força entre os humanos. Enquanto a religião e a crença cega iam perdendo terreno, aumentava a descrença e o ateísmo.

A luta dos homens pelo poder vem de longe. Foram séculos de obscurantismo e imposições. Com o advento do dinheiro e do crédito, teve início o processo de mudança na estrutura do poder dominante, o que desenvolveu um tríplice embate entre religião, capital e socialismo, todos disputando riqueza e poder terreno. Segundo o historiador Robert S. Wistrich, em discurso proferido em Munique em dezembro de 1926, Hitler aumentou ainda mais as incompreensões sobre a missão de Jesus classificando-o como revolucionário contra o capital. Tamanha inverdade caiu no agrado dos socialistas, mas Jesus, procedente do Divino, sempre renunciou ao poder terreno e dizia: ”Meu Reino não é deste mundo”, expressando assim que o seu poder não se situava no mundo material, o que desagradou Judas que queria expulsar os romanos fazendo de Jesus rei dos judeus.

Enquanto Hitler tecia falsidades, o escritor Oskar Ernest Bernhardet, ou Abdruschin, como preferia ser chamado, dava andamento à sua obra Na Luz da Verdade Mensagem do Graal. Abdruschin explicava a naturalidade da missão de Jesus desde o seu nascimento em Belém até a sua morte. Opunha-se frontalmente à forma como Hitler tratava os judeus, tendo sido preso por isso e acusado de ser judeu, e só não foi para um campo de concentração porque seus amigos comprovaram sua origem ariana de 400 anos. De 1939 a 1945 a Europa viveu a mais trágica e sangrenta guerra que o mundo já presenciou.

Mesmo no pós-guerra, o essencial, a preservação e o aprimoramento da espécie humana, com a adequada utilização dos recursos naturais e a sustentabilidade da vida continuou sendo soterrado. Estamos enfrentando o grande apagão espiritual, moral, mental, emocional que vai lançando suas garras sobre a humanidade, engrossando as fileiras das pessoas sem preparo para a vida, focadas prioritariamente nas ninharias e coisas negativas. Para onde quer que se olhe há muitas desgraças.

Em sua cobiça por poder e vingança o homem sempre pensa que sairá vitorioso, mas sem olhar para o significado da vida, vai adentrando por caminhos tortuosos podendo chegar a um ponto sem volta – a grande encruzilhada da humanidade -, na qual os pequenos reis despóticos não vacilam em arrastar tudo para a perdição para alcançar seus objetivos mesquinhos.

A realidade se sobrepõe a todas as teorias engendradas. O planeta está diante dos limites críticos na natureza, no clima, na população de pouco preparo para a vida, na economia e finanças, na moral e no social. Por interesses ou teimosia, muitas pessoas não querem ver que há no planeta um grande processo de transformação em andamento. Como fundamento da religiosidade, o homem tem que entender a Criação e as leis que regem a vida refletindo a perfeição do Criador.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

EDUCAÇÃO: UMA QUESTÃO VITAL

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Que futuro poderemos ter no atual ambiente de decadência geral e desmotivação? Sem bom preparo dos jovens com nobres aspirações, não haverá futuro. É preciso formar o ser, combater o apagão mental e o desinteresse pela vida, desenvolver o raciocínio lúcido. Precisamos redespertar o sonho de manter o planeta em constante melhora e trabalhar com seriedade e equilíbrio para o efetivo progresso da humanidade. O salário encolhe e fica comprimido, mas os reajustes de preços prosseguem, resultando no empobrecimento e precarização geral.

A propósito dos empregos em queda, o filme XXX: Reativado é quase um exemplo do que está acontecendo na atualidade, com excesso de tudo: bebidas, tatuagens, sexo, drogas, sede de poder e carência de bom senso e de propósitos de vida. Na ficção, o agente Gibon (Samuel L Jackson) nos introduz na civilização falida comandada pelo poder do dinheiro. Um mundo precarizado, povoado por consumidores sem propósitos, com poucos empregos, embora haja tantas coisas benéficas para serem feitas. No mundo real há uma bagunça horrorosa que tende para desordem geral quando se evidencia a falta de sinceridade dos líderes e as esperanças se desvanecerem. O desemprego é um fantasma que vem crescendo continuadamente.

Hoje ainda não desfrutamos da liberdade plena, mas em muitos países nem isso é permitido. As pessoas vivem acomodadas num círculo fechado com poucos incentivos para buscar a verdade; apenas alguns ainda fazem reflexões sérias e sinceras. O ser humano não pode continuar caminhando pela vida às cegas. Qual a origem da vida? O que precisamos fazer para encontrar as respostas certas? O que é o nascimento? O que é a morte? O tempo passa ou nós passamos pelo tempo? Seria tudo obra do acaso? De onde procede o Amor, a força que encandece os corações? A lógica de tudo está na pouco estudada atuação das imutáveis leis da Criação.

Na verdade, ainda pouco entendemos do significado da existência. A geração de seres humanos é uma das questões mais importantes da humanidade, mas seu estudo, envolvendo a sexualidade e a responsabilidade não foi desenvolvido com a necessária seriedade, e mesmo com a queda do tabu do sexo, permanece a ignorância e pouco se sabe sobre seus mistérios, geração, encarnação e nascimento.

A liberdade é inata no ser humano. A escravização é antinatural. A liberdade plena requer o saber amplo sobre o significado da vida. “Conhecereis a Verdade e ela vos libertará”. Mas onde buscar a luz da verdade neste mundo dominado pelo dogmatismo e teorias engendradas pelo raciocínio, impostas coercitivamente aos seres humanos?

A nossa alegria está na criação e realização, com a utilização de as potencialidades que dispomos, mobilizadas pelo querer. Alegramo-nos com as melhorias que vamos introduzindo em nossa atividade; isso é o criar. Na vida atual, são poucas as atividades que permitem isso, são poucas as pessoas que sentem essa alegria proveniente do criar em meio a tanto mecanicismo e rotinas rígidas que vão encolhendo a capacidade de pensar e refletir com clareza e de forma oportuna. Mas temos de estar atentos, afinal somos seres humanos dotados de espírito e raciocínio. Não podemos viver como robôs e continuar caminhando pela vida às cegas.

Educação e preparo para a vida, uma questão vital que deveria receber mais atenção. Países atrasados querem se industrializar com o controle nas mãos do governo, gastam muito para pouco resultado. Deveriam observar que com mão de obra despreparada é difícil. Por que, ao lado de esforços para industrialização, não desenvolvem um sistema de subsistência condigno com a construção de moradias, saneamento, produção de alimentos, formação de professores em vez de permitir a formação das horrorosas aglomerações de moradias e pessoas precárias?

As teorias proliferam em todos os campos, desenvolvidas por mentes ativas, introduzindo nomenclaturas pomposas, mas com falta de clareza. O importante é olhar para a realidade e saber como as coisas funcionam. Grandes fortunas não foram geradas por teorias, mas com expertise negocial, oportunismo e uma dose de rapinagem. As sociedades deveriam estar aptas a organizar a utilização de seu espaço de forma equilibrada e possibilitar vida condigna aos seus habitantes com liberdade e responsabilidade.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7