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O PAREDÃO ESTÁ AVANÇANDO

A responsabilidade dos governantes é cuidar das cidades e do país em sua totalidade, ou seja, da infraestrutura, educação e economia, produzindo para consumo interno e para exportação, gerando empregos, renda e arrecadação. Isso requer políticos honestos, empenhados no bem do Brasil. O nosso atraso tem de ser debitado aos políticos que tiraram proveitos para si, sem administrar tudo com seriedade e competência. Como sair dessa situação com tantos oportunistas solapando o que restou?

O mundo se inquieta com dívida elevada e a provável existência de bolha financeira nos Estados Unidos. Lamentável; surgem bolhas no mercado que cada vez mais vai se assemelhando a um cassino em vez de atuar como mecanismo de investimento e desenvolvimento. Formou-se um obscuro oceano financeiro. Muitas nações têm potencial para sobreviverem de forma condigna, mas engolfados na globalização, lançaram-se ao mar sem estarem preparadas para as tormentas financeiras criadas pela ganância e irresponsabilidade. As grandes corporações alcançaram a otimização no aproveitamento do mercado mundial para obter ganhos na produção, finanças e vendas, enquanto as nações se fragilizaram e ficaram sem condições para enfrentar o mar encapelado, e não sabem como voltar à terra firme de suas fronteiras.

A China deliberou limpar a internet, mas temos aí a questão da imposição. As pessoas em geral e os jovens, em particular, têm atração para burlar proibições coercitivas; no entanto, há uma nojeira em muitos filmes e espetáculos que mostram o ser humano decadente no uso de drogas, sexualidade embrutecida, traições e assassinatos. Nada de bom isso tudo mostra às novas gerações e deprime os idosos. É o veneno da decadência espalhado pela humanidade e por ela acolhido.

Vídeos, filmes, TV, escola, tudo para avançar no imaginário das pessoas, incutindo conceitos estranhos. No caso do imaginário infantil é preciso muito cuidado; trata-se de invasão comprometedora da mente da criança e de seu futuro, pois em seu instinto imitativo não tem discernimento sobre o que vê e copia em suas atitudes. Nas escolas é ainda mais grave por ser o professor um modelo em potencial e certas leituras e conceitos transmitidos chegam a ser criminosos. É o tipo de conspiração que o diabo gosta: apodrecer a fruta antes do amadurecimento.

O Criador quer a felicidade do espírito humano. No mundo material tudo é perecível, mas os seres humanos se prendem a ele. No entanto, o que salva é a saudade salvadora, isto é, seguir o apelo íntimo e buscar com todas as forças o caminho de volta para a Luz! O ser humano agarrou-se ao mundo material, esquecendo-se da transitoriedade da vida. O dinheiro se tornou a quinta essência do materialismo e em função da ânsia do ganho, tudo o mais foi menosprezado e prejudicado. Não há interesse em estabelecer um sistema de vida simples e natural sem agressão ao meio ambiente e sua sustentabilidade.

Com o afastamento do espiritual, o fluxo da energia beneficiadora da Luz ficou interrompido e a partir daí teve início a decadência da humanidade e a gestação das grandes catástrofes. A solução está na busca sincera da espiritualidade. A escada espiritual exige esforço. Subir é a grande tarefa da vida. O espírito humano encontra-se ainda nos baixios da matéria grosseira.

As pessoas se sentiam poderosas dominadoras e foram criando as próprias leis, construindo tudo sobre as bases da cobiça e vaidade. Mas com tal base frágil, tudo foi se encaminhando para o desmoronamento e agora se sentem emparedadas sem saber para onde ir, e o paredão vai avançando. “Tu, porém, ó pesquisador, examina-te com sinceridade e impiedosamente, e então procura sintonizar todo o teu pensar e intuir, sim, todo o teu ser, de modo novo sobre base espiritual, a qual não mais vacilará como aquela base até agora intelectiva e por isso muito restrita!” (trecho do livro Mensagem do Graal, A luta na Natureza)

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O FIM DOS GOVERNANTES VENAIS

Grandes corporações mostram sua força ao querer boicotar a obtenção de lucro por meio da disseminação de ódio. Esse é um bom princípio que deveria ser estendido a muitas coisas nocivas e degradantes, como uso de cigarro e drogas e tantas outras que denotam falta de humanismo. Vamos fazer um boicote em prol do aprimoramento da espécie humana tão descuidada, principalmente nos países atrasados da África e da América Latina.

São muitos os fatores que estão levando ao apagão mental. A prioridade deveria ser o fortalecimento da percepção intuitiva para alcançar clareza no pensar e lucidez no raciocinar. Enfim, não somos robôs e é necessário vigilância para não cairmos nessa condição. É importante observar a vida e a natureza, e como funciona o cérebro do ser humano. O intestino é um fabuloso laboratório que extrai a essência necessária à conservação do corpo e descarta o inservível. Podemos viver 100 anos, mas tem de ser de forma autônoma, consciente e criativa.

Os tiranos sempre são perniciosos e eles existem em maior quantidade do que podemos imaginar, mas terão de colher tudo o que semearem. Os seres humanos precisam de liberdade para evoluir com o querer próprio, mas os tiranos querem o oposto para manter o domínio e são capazes de praticar as maiores atrocidades para satisfazer suas cobiças.

Na política não há ética nem lealdade; a traição é a norma. O Brasil caiu no descalabro, mas a mentira permanece como arma ferina na boca dos traidores que tudo fazem para impedir a libertação do país. A grande dúvida é como gerir um país num mundo dominado pela prepotência daqueles que têm o dinheiro e daqueles que se organizaram, e com mão de ferro, avançaram na tecnologia e produção para exportar com baixo custo.

Este Brasil velho não consegue se renovar porque, de longa data, caiu nas mãos de grupos que se julgam donos do poder, das riquezas e das estatais, e tudo fazem para que tudo assim permaneça mantendo a população na ignorância do que se passa nos bastidores para perpetuar essa situação de poder e manter interesses particulares. Escondem tudo, falta transparência, mentem, enganam com o circo da vida distribuindo migalhas e mantendo o ouro e o poder. Compram ou derrubam quem quiser se interpor, impedindo que surja governança séria e humana que impulsione o progresso geral do país e sua população.

Os brasileiros, sempre conduzidos para a dormência, estão tomando consciência de que de longa data o país vem sendo conduzido para o abismo na educação, nas finanças, na desindustrialização e na falta de empregos. Apesar dos recursos naturais disponíveis, a precarização geral avança pelas cidades. Há o anseio pela seriedade e melhora geral, que lamentavelmente sofre a pressão devastadora daqueles que se colocam contra o progresso e elevação da espécie humana.

Países como o Brasil, submissos como colônia das finanças, dificilmente poderão avançar com a liderança política que há décadas sabota as decisões que pudessem dar fortalecimento e independência econômica. Nunca fizeram nada para isso e não querem permitir que ninguém o faça, acelerando o declínio. As lutas pelo poder se acirram. As dificuldades aumentam. O abismo fica mais próximo.

Tudo está tão emaranhado que não é fácil achar a saída. Devemos olhar a questão com simplicidade. A nova economia tecnológica não pode se sobrepor ao humano, ao trabalho visando a melhora da qualidade de vida. No atual estágio econômico do Brasil, precisamos produzir mais, criar empregos, renda, consumo. A atuação de governantes incompetentes e corruptos tem sido nefasta, pois sua prioridade tem sido o próprio interesse em prejuízo da nação e da população.

Está acabando o tempo dos governantes venais, isto é, subornáveis, corruptos, corruptíveis, desonestos, mercenários. A humanidade tem sido enganada por séculos para ser mantida no cativeiro sem iniciativa própria, por aqueles que se postaram à frente da mesa posta pela natureza. Foram empregadas teorias religiosas e ideológicas, assim como sociedades de castas para manter o controle sobre as riquezas e o poder. Mas com o tempo tudo vai desmoronando, aumentando as insatisfações. As pessoas querem líderes sérios e fiéis que não se contaminem com o poder do dinheiro e se preocupem com a evolução e aprimoramento da espécie humana.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ESTUPIDEZ E SIMPLICIDADE

Foi a estupidez humana que no passado gerou esta situação de calamidade. Mas é bem isso, o Brasil, um país que tinha tudo para um viver condigno está curvado de pires na mão devido à incompetência ou má fé de seus gestores. Estupidez e arrogância estão nas falas empoladas utilizadas por alguns juristas, economistas ou eruditos. É quase um exercício de ocultismo.

O pensar deve ser simples, claro, lógico; o falar também. O pensamento simples tem muito mais abrangência do que as sofisticadas ginásticas mentais que parecem querer encobrir a verdade. Mas para pensar com clareza o ser humano tem de se esforçar para ouvir a própria intuição, o eu interior que está sufocado em meio à balburdia reinante e à falta de propósitos enobrecedores. Senão passam a prevalecer as mentiras, o logro, as dissimulações dos reais objetivos, e a simulação de falsa generosidade.

A turbulência produz insatisfação fortalecendo as ideologias do ódio dos humanos contra os humanos. A educação infantil, o primeiro degrau do aprendizado, não pode ser descuidado. Na escola pública, para a formação básica, o ensino vem decaindo desde os anos 1960 e não se recuperou até hoje. Seria o caso de implantar a sugestão do ministro Paulo Guedes referente a dar oportunidade de bom preparo para a vida aos jovens no Exército, com cursos e atividades?

Os materialistas só respeitam dinheiro e poder. A democracia vai se tornando uma fachada que acoberta interesses escusos. Com sua elevada população, a China enveredou pelo caminho de produzir e exportar com preços atraentes, acumulou reserva, aperfeiçoou o sistema de governo forte em oposição ao sistema ocidental democrático que se tornou corrupto e relapso. Urge restaurá-lo, pois o modelo de gestão com mão de ferro se tornou atraente para transformar os humanos livres em servos.

A técnica é processo contínuo, mas foi interrompido no Brasil com a desindustrialização. Imagine a técnica associada ao objetivo do aprimoramento da espécie humana. Vai daí que Diógenes, filósofo grego, andava com a lanterna à procura de honestos sem encontrar. Hoje está ainda pior em todas as classes e profissões, inclusive na dos gestores públicos. A honestidade foi substituída pela cobiça de poder e dinheiro. Ler jornais era o prazer de muitas gerações para se informar, acompanhar a diversidade de ideias; hoje tudo ficou pasteurizado e tendencioso, e com isso as pessoas desanimam.

A tendência de colocar o dinheiro e a finança acima de tudo se fortaleceu após a Segunda Guerra, e tudo passou a girar em torno do aspecto econômico, acirrando as disputas e estabelecendo regime selvagem de astuciosas luta por poder e dinheiro. Os países pouco desenvolvidos se tornaram inexpressivos diante da geopolítica e por causa dos seus políticos, em sua maioria ambiciosos e despreparados para gerir uma nação. Os EUA tomaram a dianteira. A China desponta numa situação não alcançada pela Rússia, Europa, e Japão, mas a China tem sistema de gestão com mão forte sem os entraves de outros poderes. O Primeiro Ministro Chinês tem a corda na mão; bobeou, dançou.

No cenário da economia mundial, as pedras estão caindo como jogo de dominó e ninguém sabe quando isso vai parar. No Brasil, é ainda mais trágico. Faltam recursos, ficamos no atraso geral, e com a guerra política não se sabe mais o que é verdade ou invenção. Como reerguer as peças que vão caindo, desestabilizando tudo?

As engrenagens da economia vêm emperrando há décadas e atingiram o auge do desequilíbrio com a pandemia. O que o Brasil pode fazer para restabelecer atividades que permitam uma vida condigna para todos que se esforçam e equilíbrio nas contas? Urge cortar os exageros nos custos da máquina e a roubalheira. Mas como aumentar a produção, empregos, renda, consumo, progresso? Os críticos e os economistas devem pôr de lado ideologias e teorias abstratas. Como fazer as engrenagens funcionarem satisfatoriamente no combate à miséria e atraso? A população espera contribuições sérias e coerentes.

Convém que os cientistas condecorados ouçam as vozes de estudiosos mais simples que se esforçam para auxiliar os seres humanos, pois a sabedoria se encontra na diversidade, na análise objetiva, sem preconceitos ou interesses. Se continuarem como sempre, estarão agindo contra a humanidade.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7