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CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DAS TARIFAS EXTRAS

Quando uma nação, por algum meio, consegue dar força à sua moeda, tudo aquilo que importa de outro país fica mais barato. Brasil e Argentina tentaram isso, mas quebraram a cara. Os EUA, administradores do dólar, se tornaram o grande importador, mas a dívida foi crescendo. Aí veio a exuberância irracional que ficou instigando o mercado dos ativos financeiros por vários anos, mas quando chegou a hora da verdade, trilhões de dólares foram criados do nada para segurar a casa.

Em 2025, o cenário é de dívida elevada, déficit orçamentário, dólar valendo menos, população inquieta. Tarifa é o imposto sobre importações. O presidente norte-americano Donald Trump tenta amenizar a situação com a introdução de tarifas sobre as importações, o que está causando um estremecimento da economia global. O Brasil já aplica tarifas elevadas há tempo, mas permanece atrasado e endividado.

Quais são os objetivos de Trump com essas medidas? Abrir espaço para a produção interna? Criar um obstáculo para o produto importado? Melhorar a capacidade de produzir internamente diante do Capitalismo de Estado? Arrecadação adicional de impostos? Mas quem vai pagar por isso? Haverá uma transferência de renda da população para o Estado. E qual é a novidade? Mesmo assim, ficará sendo uma tributação abaixo do que se paga no Brasil que vai a 40% no carro produzido internamente, e a 70% no importado. No Brasil, paga-se muitos impostos, mas a gestão pública não corresponde com eficiência.

Será que os seres humanos querem se compreender mutuamente, ou querem levar vantagens? Tudo depende do que está sendo objeto da fala, da conversa, da negociação. Quais são os propósitos dos indivíduos e dos grupos? Querem o bem geral ou a satisfação da própria cobiça por riqueza e poder? Querem o progresso da nação e da população, ou a destruição dos adversários políticos? Lamentavelmente, o baixo nível predomina em todas as camadas.

O viver ficou complicado. Os seres humanos perdem o rumo, falta-lhes a consciência do significado da vida e sua finalidade. Tudo vai se afastando da vida real, surge o humanoide, o ser que age de forma meio humana, meio máquina, sem intuição. O viver ficou complicado. Somos todos peregrinos que devem evoluir, mas não se pensa nisso. Surge o vazio e a ânsia de preencher o tempo com qualquer bugiganga sem precisar pensar.

O universo surgiu da sabedoria divina, da irradiação do Criador Todo Poderoso, que ofertou ao germe espiritual a oportunidade de se desenvolver ao máximo, adquirir autoconsciência e contribuir para conservar e embelezar a esfera material seguindo as leis universais da Criação.

O Estado-nação mostra brechas danosas criadas por oportunistas que se aproveitaram da política para iludir a população com promessas inadequadas, e tendo a isca sido fisgada, conseguiam se postar no poder. A descoberta da Inteligência Artificial vem mostrando as ineficiências do Estado e seus governantes. Se o ser humano falha, alguns dizem: “que venha a máquina”, mas será que ela conseguirá ajustar aquilo que o ser humano desvirtuou, ou seja, conduzirá a humanidade para atividades construtivas, surgidas de suas reflexões intuitivas? Isso vai depender da boa vontade e da livre resolução dos seres humanos visando o bem geral, como sempre deveria ter sido.

A humanidade olha amedrontada para a situação do planeta. Não se trata de buscar uma utopia, mas de construir um modo de vida mais decente, mais humano. O que tem impedido isso são as cobiças e a ganância de acumular dinheiro e poder. Os pais não precisam ter muitos filhos que lhes consumam toda a energia, descuidando de si mesmos. O tempo da maioria das pessoas é gasto na frenética corrida pelo dinheiro. As horas de lazer são desperdiçadas em atividades inúteis e até prejudiciais. Muitos vivem precariamente, com reduzida educação, e vão passando pela vida sem se aprimorarem como seres humanos, esquecendo que o futuro melhor depende da continuada atuação benéfica de cada indivíduo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ONDE ESTÃO OS BONS EMPREGOS?

A transferência da produção para nações onde as condições de trabalho são precárias e os salários mais baixos gerou muitos desequilíbrios e perda de empregos em muitos países, uma questão grave que as instituições reguladoras deveriam ter previsto e organizado de formas que pudesse surgir desenvolvimento equilibrado. A transferência da produção para regiões mais precárias provocou prejuízos principalmente nas nações emergentes cujos empregos e salários acabaram se deteriorando.

Antes, a atividade econômica era vista como o atendimento das necessidades essenciais dos seres humanos. Havia trabalho, produção, estabilidade e a busca por melhores níveis das condições de vida e aprimoramento da espécie humana. Com o avanço do sistema financeiro, as coisas foram mudando, o ganho se tornou o foco. Trunfo é o dinheiro que se multiplica mesmo sem nada produzir.

O dólar se tornou o grande coringa que chupou muita riqueza, mas a economia e as finanças ficaram doentes, desequilibrando o sistema global. Alguém comparou o giro do dinheiro especulativo com o movimento das abelhas que saem da colmeia, e no seu giro, vão captando néctar das flores para, na volta, o descarregarem nas colmeias. Assim tem sido com o dólar: sai magro e volta gordo para a colmeia.

Mas surgiu algo nessa rotina, uma vez que a China entrega mercadorias com preços menores e recebe em dólares. Supondo um superávit anual de 500 bilhões de dólares, quanto já acumulou nessa moeda? Então, a colmeia monta um big milk shak, isto é, uma chupada forte dos dólares disponíveis no mercado, mas não está bem delineado que consequências podem advir disso. Se surgir secura de dólares no mercado global, isso seria trunfo para a China, ou um canal para a derrocada geral?

O auge da civilização do dinheiro desperta o desejo de ganhar muito sem produzir nada. Há vários tipos de golpe e cada pessoa tem de ser muito cautelosa para escapar. O celular, por exemplo, se tornou um canal preferido para extorquir. As autoridades jamais deveriam destacar tipos especiais de aplicações financeiras, mormente as de alto risco. Mas se tornou hábito dos políticos fazer promessas, dando esperança em questões impossíveis.

O presidente Donald Trump vem demonstrando uma nova postura em relação ao Estado- nação ao apresentar o seu projeto MAGA. Todo governante deveria agir dando prioridade à nação e sua população, coisa que não tem sido respeitada, estando a maioria das nações endividada e sem rumo claro. Milhares de senadores, deputados e vereadores vão consumindo os recursos da nação sem uma contrapartida beneficiadora. Porém, mesmo com a ONU nada resolvendo, envolver-se em questões externas graves de forma impositiva poderá trazer riscos inesperados.

Trump pode estar causando um terremoto no Estado-nação que ainda não deu mostras de eficiência. A falta de boa gestão deixou as nações endividadas e estagnadas. A arrecadação não foi destinada para a melhoria geral como era esperado, deixando a população descrente da política, pois tem visto como o dinheiro público vem sendo mal-empregado. Nesse sentido, os EUA podem iniciar um novo ciclo, apresentando um modelo de gestão mais compatível com as necessidades da população, no mesmo nível em que o mercado e seus agentes têm sido tratados.

A economia global está desequilibrada, algumas em melhores condições, outras em piores. E economia revela o declínio da espécie humana que foi capacitada para embelezar e beneficiar tudo, mas andou para trás. Em todas as casas sabe-se que não se pode gastar mais do que se recebe; cair em dívidas é perder a liberdade. Mas os governantes das nações não se importaram e carregaram as costas da população com dívidas monstruosas. A dívida do Brasil está acima de 92% do PIB. O dólar disparou, e agora está tomando financiamento externo em dólares com juros de 6,75%, ou seja, 2,5% acima do Fed. Será que o câmbio vai estabilizar?

A questão econômica global e no Brasil é drástica. O dinheiro está em marcha lenta entre os que trabalham, produzem e consomem. O poder aquisitivo está encolhendo. O assalariado está vendo que não dá para pagar o essencial. Empregos estão sendo eliminados. Os empresários das minis e médias empresas percebem que o faturamento está perdendo força, mas os custos estão aumentando. A economia brasileira é forte, mas com tantos golpes está se exaurindo, e a cada dia fica mais difícil reagir. De onde veio essa receita econômica? De Cuba, Venezuela, China ou dos economistas da elite? Como sair dessa situação antes que seja tarde demais? Ou como dizem, estamos na grande colheita de tudo que foi semeado. É o fim do tempo concedido para a humanidade evoluir, adentramos na época em que tudo tem de se tornar novo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SURURU NA CASA BRANCA

Sururu é um molusco, mas no Brasil, e informalmente, também quer dizer confusão e desentendimento. Nos acontecimentos internacionais há acasos? Descontrole emocional? Posicionamento estudado? Trump foi pego de surpresa com a postura de Zelensky, ou vice-versa? Após o sururu inesperado na Casa Branca entre Trump, seu vice e Zelensky, agora há o silêncio e a provável retomada de conversações. Tudo passa rapidamente. A massa quer novidades e a mídia fica escavando para captar as atenções gerais e criar expectativas.

Parece que por trás das guerras está a questão financeira. As dívidas das nações estão acima de 102 trilhões de dólares; o dinheiro criado pelos homens está oscilando. Arrastar os EUA para a guerra global poderia ser o meio de promover o caos, assim como aconteceu na Inglaterra com a libra, de forma que possa surgir uma nova ordem financeira fora do controle dos governos, ou seja, uma nova instituição hierarquicamente acima dos Estados-Nação para criar e controlar o dinheiro global. Sem conhecer a finalidade espiritual da vida, tendo se agarrado exclusivamente à vida material, o ser humano criou um ambiente degenerado e destrutivo que agora repercute sobre todas as coisas.

Paz ou guerra? A prioridade dos governantes deve ser a paz para alcançar a melhora das condições de vida: saúde, trabalho, educação, bom preparo para a vida, garantir a liberdade e a propriedade privada. A sobrevivência condigna através do esforço próprio. Brasil desestruturado. Dívida cresce. Andar pelas ruas é perigoso. As cadeias estão lotadas. As escolas deveriam dar bom preparo para as novas gerações, mostrando as belezas e o funcionamento harmonioso da natureza.

Quando o dólar se tornou a moeda global, houve uma longa fase de preparo que culminou no encontro em Breton Woods, em 1944, quando foram definidos os rumos do comércio e finanças. A guerra contribuiu para isso. Alguns aspectos da história econômica mostram que na situação atual há alguma semelhança com o processo da perda do privilégio da libra e de Londres. A China vem se preparando há mais de 40 anos. Após um período de estagnação, os Estados Unidos, com seu novo governo, mostram que eles não querem que o dólar tenha moeda rival. Mas se trata de uma questão difícil e não dá para prever o que poderá acontecer. A história mostra que mudanças profundas na ordem financeira global ocorrem após guerras intensas. O ciclo da atual ordem financeira vai em paralelo com as revelações bíblicas sobre o aumento das atribulações que vão se apresentando de forma inesperada.

A pressão é forte. As pessoas não conseguem mais ocultar as suas reais intenções que são obrigatoriamente expostas. Quem quer a paz? Quem quer a guerra? A guerra tem sido usada como o recurso final para impor dominação, afastando a humanidade da real finalidade espiritual da vida. Há quem acredite que Nostradamus tenha mencionado uma guerra grande que entraria na Europa pelo leste. Muitos foram os avisos, inclusive no chamado Segredo de Fátima, 1917 (como apresentado no O Livro do Juízo Final, de Roselis von Sass).

Mas a humanidade e seus líderes preferiram desprezar as advertências sobre o tempo concedido ao espírito humano, em várias reencarnações, para o seu fortalecimento. As leis universais da Criação não se deixam corromper. Ao que tudo indica, o Fim dos Tempos pode estar se aproximando, mas os líderes não querem atentar para isso e vão mostrando suas cobiças e seu querer egoístico, atraindo ruína, indo em direção ao abismo, que vem sendo cavado há séculos.

A natureza não faz sensacionalismo, segue imperturbável no ritmo das leis universais da Criação, serenamente como a semente lançada no solo. O sol está pegando forte. Os campos de cultura têm de ser entremeados com bosques, com árvores que atraiam água e chuva. Um belo dia aparece a planta da mesma espécie. Assim também ocorre com o avanço progressivo dos acontecimentos. É difícil prever os detalhes, mas a colheita da espécie semeada vai avançando.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS ELEIÇÕES E OS LÍDERES

A maioria das nações está nas mãos de pessoas sem boa vontade, arrogantes, que julgam e acham que tudo podem. Um festival de eleições marca o ano de 2024. No Brasil, os olhos se voltam para a importante cidade de São Paulo. Quem será o prefeito? No mundo, destaca-se o confronto entre Trump e Kamala. Quem vai ocupar a Casa Branca, peça fundamental nos destinos do planeta? Não podemos esquecer que apesar de toda grandeza, somos insignificantes perante a atuação justa e severa das leis universais da Criação. As cidades do Brasil e do mundo precisam de governantes idôneos, que zelem pelo bem geral.

A propaganda eleitoral vai avançar. Mas a situação das comunicações mostra que em qualquer dos canais disponíveis há uma gananciosa invasão publicitária lançada sobre as pessoas. A indolência não as deixa refletir e analisar. A força da manipulação vai aumentando. Os conteúdos oferecidos, em geral, são de baixo nível, de alarmismo e até de atos indecentes que estão sendo despejados nas salas das famílias. O homem está perdendo a sua essência espiritual e se torna capaz de cometer terríveis barbaridades.

Na estruturação da teoria econômica surgiu o “Homo Economicus”, consolidando a separação do homem da natureza. Tudo passou a ter preço. Cada indivíduo dá prioridade aos seus interesses rentáveis. Uma contaminação geral destroçando a ordem natural. Tudo passou a ser válido e aceito para ganhar alguns trocados ou milhões, em todas as áreas de atividade, forjando aspereza e mediocridade, inclusive na campanha eleitoral.

Os líderes ditam a forma da ação do Estado. Pelas leis primordiais da Criação deveriam conduzir a nação e o povo na direção do desenvolvimento e aprimoramento da espécie humana. Como resistir ao contágio do poder? Para assumir o poder é preciso ter pulso e sinceridade na execução da tarefa que lhe cabe. Sem isso, o povo será submetido às frias maquinações do Estado tirânico: a lei do chicote, miséria e pobreza. Os líderes e seus grupos estão sugando as riquezas das nações até o esgotamento.

A época é de aspereza. Há muitas ações nas quais falta um mínimo de vestígio humano. No passado recente, as pessoas se encontravam e se alegravam com um simples bom dia sincero. Atualmente isso mudou; as pessoas fogem apavoradas umas das outras, pois temem pelas reações imprevistas e grosseiras. Muito se fala, mas poucas pessoas estão procurando o caminho da paz. Estamos num momento de aparente calmaria, mas há muitos efeitos pesados em gestação para se tornarem visíveis. Tudo está caminhando de acordo com as leis primordiais da vida, é só observar atentamente.

A crise civilizatória “vem aí”. A mitologia grega narra a eclosão trágica sempre que a justiça superior era menosprezada com arrogância. Havia no íntimo dos seres humanos uma noção de que a justiça superior não poderia ser desafiada com arrogância e orgulho porque isso traria a colheita trágica. De forma displicente e sem modéstia, o homem moderno pôs isso de lado, mas é provável que esteja semeando a maior de todas as tragédias no planeta: a desestruturação da civilização das aparências.

Governadores, prefeitos, professores, todos exigem respeito às leis do ensino, mas o analfabetismo não regride, e ensinar os filhos dentro de casa é proibido porque isso não está autorizado por lei. Após oito anos cursando o ensino básico na escola, a maioria dos alunos não sabe calcular porcentagem, nem imaginam como seja o cálculo com frações. Há ainda a questão da violência nas escolas com alunos mal-intencionados e cruéis que chegam a agredir inclusive o professor. Faltam respeito e disciplina. Como será o futuro da nação?

Artisticamente surgiu a Criação, a evolução, a matéria perecível vivificada pelo espírito dotado do livre querer, que deveria evoluir sempre voltado para o bem. O espírito humano, uma ramificação periférica da irradiação do Criador, surgiu inconsciente, mas tinha o impulso para se fortalecer, e para isso necessitava do ambiente apropriado e um corpo material que, embora semelhante ao corpo animal, possuí a essência espiritual para ser o mediador entre a luminosidade do mundo espiritual e o pesadume da matéria. Em vez de construir uma civilização humana, acabou se perdendo pelo caminho.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

TRUMP OU BIDEN?

As grandes batalhas requerem a arte da sutileza e do sigilo, ou seja, aprender a ser discreto, calado. Ostentar força pode intimidar, mas achar que o outro está intimidado não é argumento para cantar vitória antecipada nesta época com falta de verdade e sinceridade. Um ataque bem planejado, num ponto sensível, provocará reação impulsiva, atabalhoada, consumindo energia e serenidade, revelando pontos vulneráveis. De que valeria recontar votos supostamente fraudados?

Existem técnicas milenares, de Sun Tzu a Machiavel, mesmo assim vaidosos se desguarnecem e quando percebem já estão cercados pelas manobras e avanços do contendor. Essa reflexão mantém proximidade com o embate eleitoral dos Estados Unidos. Na China é mais simples; na prática, tradicionalmente, o presidente indicado é o secretário-geral do Partido Comunista. Não há votos com cédulas, votos pelo correio, ou urna eletrônica – meios passíveis de corrupção.

Trump construiu uma plataforma patriótica visando sair da estagnação econômica interna decorrente da transferência da produção para a China, e também para criar empregos, pois um país que não produz acaba ficando para trás no desenvolvimento técnico. Tarefa difícil em meio à pressão para globalização e concentração das finanças e produção.

A troca de presidente poderá reforçar a onda de globalização da economia e do poder, comprometendo o sonhado padrão de vida americano, que acabou estagnando sem alcançar avanço mais consistente da humanidade, promovendo regressão inesperada. Trump ou Biden? As leis divinas asseguram que serão guindados ao poder aqueles que desencadearão os acontecimentos-chave para a grande colheita da humanidade.

A principal incerteza para os fabricantes está na acirrada concorrência de países que produzem para exportar, fazendo de tudo para reduzir o custo. Tudo dá para contornar, menos a concorrência voraz que destrói fábricas, empregos e renda. Um novo cenário está sendo montado. Pode ser que o conceito de pátria venha a ser profundamente afetado e os EUA deixará de ser aquilo que poderia ser, uma pátria de seres humanos que evoluem. O Brasil também corre o mesmo risco.

Os Estados Unidos deveriam se sustentar como nação modelo, no entanto, transferiram a produção para fora, gerando desemprego. As novas gerações se apresentam com pouco preparo, embora melhor que as do Brasil. Com quase oito bilhões de bocas e natureza esfolada, a miséria se foi espalhando pelo mundo cuja prioridade tem sido o ganho financeiro e poder.

As elites estão vendo que a Terra está nos limites críticos, temerosas de que a população mundial chegue aos nove bilhões. Pessoas imediatistas procuram tirar o máximo proveito de tudo ao seu alcance, sejam os financistas, os capitalistas corporativos ou de Estado, esquerdistas e direitistas, todos buscando o seu quinhão de riqueza e poder, pois percebem que não vai demorar a chegada de um futuro sombrio para a humanidade. Nesse meio, uns poucos heróis se esforçam pelo bem geral na tentativa de ajustar os desequilíbrios.

E, com tantos problemas para resolver, há uma preocupação com a autonomia do Banco Central do Brasil. Urgente mesmo é produzir mais, gerar empregos, renda, consumo, atividades. Sem isso o país vai continuar patinando para trás. A humanidade está no fio da navalha enfrentando uma situação com enormes desequilíbrios de difícil solução. Um desequilíbrio que se quer neutralizar com a uniformização do comportamento da massa para que esta se mantenha nos limites a serem demarcados.

Os seres humanos, hospedados no planeta Terra, viviam na segurança da regularidade dos acontecimentos, pois tudo ocorria como se previa; mas, de repente, tudo mudou e não se sabe mais como será o amanhã, em quem se pode confiar, que dificuldades trará. Como enfrentar esse novo desafio? Os seres humanos mudam de opinião seguindo interesses ou por medo. A serenidade deve surgir da confiança, mas as leis dos homens são movidas por interesses particulares.

A humanidade caminha com cegueira crescente sobre a real finalidade da vida. O desejo de dominar se estende desde as famílias, empresas, religiões, estados. Não há amizade, só interesses econômicos e de poder. Estamos adentrando numa fase crítica. A dominação das trevas alcançará o seu auge antes do desmoronamento da construção sem alma. Sob a pressão da intensificação da Luz, serão desenredados os emaranhados fios dos destinos da humanidade, abrindo o caminho para aqueles que, com sincera humildade, querem evoluir.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A RECOMENDAÇÃO DE TRUMP

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Em discurso na ONU, o presidente norte-americano Trump, criador da frase “América na frente”, recomendou: “vocês, líderes de seus países, também devem sempre colocar suas nações à frente.” Mas em Brasília a classe política tem colocado à frente o próprio bolso.

Vale lembrar que nos tempo do império, os cafeicultores reagiram negativamente à lei Áurea e puxaram a cadeira da princesa Isabel. Mas não fizeram nenhum projeto de desenvolvimento de longo prazo. As consequências desse modo de agir e de pensar que se mantém até hoje é a estagnação e a fraqueza do mercado interno que não têm sido combatidas com a mesma força que se combate a inflação. Juros elevados e câmbio valorizado têm sido constantes na frágil economia brasileira de baixa renda, fraca circulação de dinheiro e mercado interno pífio.

Quando a economia vai devagar, os preços estabilizam e caem, mas tão logo haja uma reativação, colocando um pouco de dinheiro nas mãos da população, logo os preços sobem porque a produção não acompanha. Ainda não chegamos ao nível dos norte-americanos, japoneses e outros que visam progresso e aprimoramento de sua população que sempre se une com seriedade em torno dos grandes objetivos. Falta autoconsciência.

Nas crises falam em aumentar a produção e a produtividade, mas não se diz como fazer isso com a concorrência externa provocada pela globalização, com o câmbio desalinhado, com taxa de juros acima do mercado, com mão de obra atrasada. Como fazer isso de forma equilibrada com aumento da produção, comércio, empregos, renda e consumo? Promovendo a melhora da qualidade humana e sustentabilidade.

O gasto com pessoal extrapolou permitindo o benefício de uma casta privilegiada do funcionalismo, mas relegando muitos funcionários a uma condição vexatória. Na atividade privada ainda ficou pior. Há muitos fatores que travaram o Brasil e que caem no esquecimento. Agora, em função do descontrole da dívida pública, o olhar se volta prioritariamente para as variáveis do funcionalismo e da previdência mal gerida por décadas, que evidentemente exigem ajustes, mas não podemos atribuir toda a culpa pela recessão e atraso do país a isso.

Pais e professores lidam com o preparo dos jovens. Mas não basta ensinar a ler, escrever e informática. Precisamos de metas que tenham como prioridade o aprimoramento humano e o bem da nação, pois sem isso a decadência prosseguirá desumanizando. Os jovens precisam aprender a pensar com clareza e adquirir raciocínio lúcido, porém, devem estar motivados para a busca do aprimoramento da nossa espécie e da melhora geral das condições de vida no planeta, que agora, além das disparidades econômicas, também enfrenta furacões, terremotos e alterações estranhas nos oceanos, mostrando como somos insignificantes diante da força da natureza.

Os pequenos reis da Terra são ridículos com a sua arrogância, no entanto são muito perigosos, pois se utilizam de forma errada da capacitação de resolução inerente ao ser humano que deveria se adaptar ao ritmo da vida para ter uma proveitosa estada na sua passagem transitória pelo planeta. Os seres humanos podem decidir, mas sempre ficam atados às consequências de seus atos.

A Terra poderia ser um paraíso de boa convivência e aprendizado. Estamos perdendo a esperança de melhora na convivência e nas condições gerais. As alterações do clima estão em andamento. Tudo influencia: destruição das florestas, poluição do ar, rios e mares. As pessoas estão apreensivas. O que o relógio do universo quer dizer?

Para que haja vida num planeta ele precisa conter água. A Terra foi dotada de ricos mananciais de água pura e cristalina; cabia ao ser humano compreender como funcionam a natureza e suas leis e edificar em cima disso, mas quis dominar, impor seus desejos e cobiças e deu nisso: escassez, impurezas e contaminação de efeitos ainda desconhecidos.

O uso do dom de falar deveria ser simples, claro, verdadeiro e construtivo. Com sua capacitação para formar as coisas, os homens têm empregado as palavras para acobertar suas cobiças. Grupos se digladiam pelo poder, mas a população indolente vai sendo marginalizada, empurrada para as ladeiras da decadência. Enquanto a humanidade não cultivar a Verdade e a autenticidade, miséria e sofrimento estarão na sua trajetória.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7