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PREDADORES MODERNOS

Antigamente, os reis não se ocupavam com a produção porque camponeses e artesãos tinham que dar conta. A realeza e suas cortes eram uns desocupados que faziam guerras custosas que exigiam pilhagem, ou financiamento, o que se tornou um bom negócio para a banca. Revogada a monarquia, surgiram as dívidas soberanas feitas por governantes ineficientes que eram incentivados a ampliar os gastos acima do que arrecadavam. Quando precisavam de dinheiro emitiam papel moeda e títulos sobre os quais incidiam juros. Dinheiro em papel pode ser criado, mas em geral provoca inflação, o que tem sido combatido com títulos públicos a juros e aperto monetário, como está acontecendo agora no mundo.

Atualmente, o mundo está lotado de predadores, sempre recolhendo para si tudo o que suas mãos alcançarem. Os predadores se julgam merecedores porque se acham mais espertos do que os demais. Em pouco tempo, deixam um rastro de destruição por onde passam e sempre encontram cúmplices que se aliam na rapinagem. Rapinam tudo que tenha sido construído mediante grande esforço por aqueles que sonham com um futuro melhor para a humanidade.

Simplicidade, clareza, naturalidade e propósitos enobrecedores, é tudo o que falta no Brasil, na gestão pública e em muitas outras coisas. Não é à toa que o país se acha num momento de discórdias e conflitos. Os fios das decisões capciosas e obscuras vem sendo emaranhados de longa data por falsos estadistas, e poderão ampliar a miséria. Desde Brasília, até aos Estados e Municípios, tudo está meio estagnado. Os fundamentos já meio corroídos pela desonestidade e corrupção geral. A ansiedade no mundo, gerada pelo sentimento de insegurança em meio à crise e incertezas, é agravada pela nova guerra e ameaça de recessão econômica.

A economia e os negócios mundiais estão de cara nova, mas os homens continuam os mesmos com seu instinto predador que visa crescente aumento de riqueza e poder. Brasil, bem-dotado em recursos naturais, um orçamento federal que envolve arrecadação superior a dois trilhões de reais, com estatais poderosas, e todo mundo atrás do grande butim; isso faz com que a humanidade seja mantida forçadamente estagnada e em declínio para que essa situação desequilibrada seja mantida sem maiores transtornos. Mas o comportamento das massas já mostra medo do futuro e ódio irracional, inclusive no Brasil.

O progressivo aumento da potência dos raios solares envolverá a Terra inteira. Conscientização e adaptação às leis naturais da Criação são meios de minorar os graves efeitos. Há previsões sobre a alternância de frio extremo quando massas frias encobrirem o sol, e ao se dissiparem trarão o super calor.

Com os olhos voltados para a economia e a sobrevivência, a humanidade precisa se educar para aprimorar as condições de vida e o ambiente onde vive, com embelezamento e qualidade. Só com bom preparo das novas gerações e da população em geral será alcançada a sustentabilidade, mas falam em liberar o uso recreativo de entorpecentes. Afinal por que muitas pessoas precisam de uso recreativo da erva? O cigarro comum é nefasto para os pulmões e o fígado. A droga, além de fazer isso, entorpece e afeta o cérebro de forma mais incisiva, prejudicando mais ainda.

Tudo se acelera, nada ficará oculto. Poucos indivíduos assumem responsabilidade com o futuro. Falta verdade e, habilmente, as reais intenções têm sido acobertadas. Esperemos que os preços estabilizem, que a produção não fique estagnada, que as escolas eduquem para a vida e o trabalho, que o SUS cuide da saúde. Que não haja desvio de verbas. Que a humanidade busque o saber das leis naturais da Criação e progrida de fato, sabendo que os seres humanos estão reencarnados para evoluírem. É preciso enfrentar a realidade e renovar tudo que esteja em desacordo com as leis naturais da Criação, pois o que estiver em oposição a elas perderá a base de sustentação, ruindo naturalmente.

O Brasil e a humanidade têm de se voltar para as realizações construtivas e benéficas. É muito importante saber como se comportará a economia e o mercado financeiro que vinham tomando corpo, impulsionando as atividades em geral, criando empregos e, no momento está meio indefinida. O que será determinado pelos fios do destino do Brasil e seu povo?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O EXCESSO DE DINHEIRO

Se há mais dinheiro engrossando a liquidez do que bens essenciais disponíveis, o mercado fica engasgado e reage movendo os preços para cima. Os descuidos com o dinheiro tanto da parte de governos, como de empresas, especuladores e pessoas físicas têm sido amplos. A moeda tem de circular e se nesse movimento produzir bens que são consumidos, há equilíbrio, mas se circula e só produz ganho financeiro, sem acrescentar nada, fatalmente chegará o dia em que a conta não fecha, como o atual momento econômico mundial de inflação, juros altos e ameaça de recessão.

Apesar da inflação e queda na renda, o mercado sentia que a política do Guedes ia aumentando a procura, produção e faturamento. O mundo mudou porque as pessoas estão saindo da superficialidade; empresas famosas entram em crise, há perda de valor. A economia do Brasil afundou tanto desde os anos 1980 que estava difícil esperar melhora, mas se ficarem inventando teorias esdrúxulas, ainda levará bom tempo para o país recuperar seu dinamismo. Se não houver equilíbrio no câmbio, nas contas, produção, empregos, renda e educação, cairemos no abismo.

Com arrecadação federal de mais de 2 trilhões de reais seria possível fazer muita coisa sem deixar a dívida crescer, dependendo de quem administra sabiamente, mas os poderes só pensam no gasto e querem mais, e ao final do ano não há nada de produtivo para a nação. Os empreendimentos comerciais, públicos ou gerais, são como um pomar. Há que se cuidar das árvores para que deem frutos de boa qualidade.

Puxar o tapete é uma expressão que indica atitudes de pessoas astuciosas para tirar alguém do caminho e se beneficiar. É a vida com as suas dificuldades e consequências num mundo onde, para satisfazer as próprias cobiças, não há receios para causar danos a outros, seja no trabalho ou em qualquer agremiação, ou mesmo ao presidente do país. É triste, mas nada de desânimo, pois com tempo a coisa ruim é esquecida para que possamos seguir em frente, lembrando que todos colherão o que semearem.

Esperemos que os preços estabilizem, que as escolas eduquem para a vida e o trabalho, que a saúde receba os adequados cuidados. Que não haja desvio de verbas. Que a humanidade progrida de fato, sabendo que todos os seres humanos estão reencarnados para evoluírem. O Brasil precisa reencontrar o caminho próprio, pois se ficar à mercê da globalização, continuará servindo como mercado para os países exportadores escoarem suas manufaturas.

Os seres humanos se afastaram da natureza e suas leis universais, perderam a naturalidade, e não reconhecem mais os sinais emitidos por ela, como acontece com os animais que, instintivamente, percebem o que está por vir e buscam refúgio seguro. Pesquisadores da Nasa na Universidade do Havaí, que estuda a ciência da mudança do nível do mar, alertam sobre o provável aumento das enchentes nas cidades litorâneas, pois o ciclo lunar provocará aumentada influência sobre as marés inundando muitas cidades, dificultando todas as atividades.

Capitalismo, Socialismo, Neoliberalismo, Capitalismo de Estado, nada resolveu a tragédia do declínio da humanidade, a principal espécie vivendo no planeta, única dotada de intuição e raciocínio, fora do lugar que deveria ocupar. Passados mais de 80 anos do pós-guerra faltou boa vontade para resolver o enigma. Um bilhão vivendo nas mais precárias condições de vida.

A Terra se situa numa zona de transição. Acima dela há culturas mais elevadas que buscam o aprimoramento espiritual. Abaixo há um progressivo declínio destrutivo. Cabe ao ser humano decidir livremente de onde quer ser influenciado, com fluidos mais leves, enobrecedores, ou as pesadas brumas que vem de baixo promovendo decadência e miséria.

Os poderosos do G20 se reuniram na Indonésia, tendo como foco a economia e o poder. No Egito, na COP27, cientistas se debruçaram sobre a sustentabilidade do planeta com 8 bilhões de almas encarnadas. Só ter dinheiro não é suficiente; deveriam se sintonizar para receber intuições inspiradoras para enfrentar as consequências da atuação das leis universais que estruturam a Criação. Mas quem as estuda, quem as conhece com amplitude? Através delas são construídos os mundos, é dever dos seres humanos se aprofundarem no saber de como a natureza funciona.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DESTINO DO BRASIL E DOS POVOS

Como se forma o destino dos povos? Atualmente observa-se que poucas pessoas conservaram a sensibilidade da alma. Se os seres humanos não querem ouvir a voz interior da consciência, como esperar que possam ser coerentes diante dos vendavais das cobiças e da desconfiança? Uma população despreparada dá ouvidos a promessas irrealizáveis e se nega a entender as causas do sofrimento e miséria que avançam pelo mundo. O cérebro foi afastado da leitura de livros para poder acolher promessas irrealizáveis. Foram condicionadas a crer que tudo se resolve com a produção de dinheiro e taxa de juros, mas sem trabalho e produção real, jamais surgirão progresso verdadeiro e melhora nas condições gerais de vida. Depois de décadas ruinosas, esperava-se que o Brasil passasse a seguir por um caminho sadio.

Outrora apregoou-se o “amai-vos e multiplicai-vos”, sem considerar a própria natureza biológica das mulheres e as questões ligadas à sobrevivência condigna. Os casais podem e devem ter filhos, mas de forma responsável, sem sobrecarregar a mãe. Na Terra, crescem a população e as dívidas, ao mesmo tempo que encolhem os recursos. Com bom preparo para a vida a humanidade estaria numa posição especial, promovendo continuada melhora nas condições gerais de vida, em vez da precarização crescente que já atinge bilhões de pessoas.

A divulgação sobre os acontecimentos do mundo está sob o crivo dos grupos globais. Garimpando as informações, a intuição capta uns grãos de verdade. Havia uma esperança, mas quem ainda a merece? Muitos povos agiram como predadores tirando proveito das populações mais frágeis, tais como Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos. Que futuro forjaram para si mesmos?

A mentira se tornou um acinte, pois as pessoas mentem deslavadamente. Pelo poder, inimigos de ontem, hoje se dão as mãos, mas podem ter escondido um punhal envenenado. No povo há os enganados que se iludem e os que se conscientizam da realidade, mas ambos perdem a esperança diante das falcatruas. As massas são seduzidas com palavrório vazio. Poucas pessoas querem ver que cada um está aqui reencarnado para colher o que semeou em várias vidas, então se agarram a qualquer baboseira irrealizável que os dispense de pensar e se esforçar. Quanto mais as pessoas se afastam do bem, mais as sombras encobrem o planeta.

Como disse um sábio, está na hora de cada um cuidar de fortalecer a sua alma através do saber e do pensar só no bem para atrair Luz, e não perder mais tempo com promessas irrealizáveis. É preciso aguardar os desfechos promovidos pelas leis da Criação. A humanidade que anseia a paz, deve se concentrar no bem geral e confiar na onipotência do Criador.

Não há mais o poder absoluto dos reis, mas há abusos no domínio das leis, um poder fugidio, escorregadiço que tem permitido tudo aos detentores do poder num camuflado “quem pode mais, chora menos”. Os homens astuciosos, geralmente se dirigem para o mal atraindo sofrimentos e miséria. Uma situação que se tornou insolúvel dada as cobiças pelo poder, e que está levando a humanidade dividida e sem opção a desrespeitar as normas disciplinares como meio de extravasar sua indignação. Enquanto grupos antagônicos se afastam da boa vontade e do bom entendimento, os poderosos ficam observando de longe o desenrolar dos fatos.

Após a incompreensível eleição de 2022, o que acontecerá em 2026? Quem serão os candidatos? Alckmin, Bolsonaro? Em pleito normal, qual deles seria eleito? A equipe de Guedes seguia um rumo saneador da economia, mas está surgindo uma tentativa de concentrar as decisões nas mãos dos homens do Estado. Não adianta novamente promover o consumo com mágicas para valorizar o câmbio artificialmente, porque isso vai reduzir a produção interna e beneficiar outras nações exportadoras e protecionistas, fragilizando a economia interna. Se voltarem a fazer isso, estarão semeando a ruína decorrente do aumento do consumo com a redução do investimento produtivo.

O Brasil tem sido descuidado com o futuro não se capacitando para produzir mais e melhor, a começar pelo preparo das novas gerações cujo espírito deve estar atuante para que não sejam robôs de repetição, e transformem a nação em pátria de seres humanos verdadeiros.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

 

 

COISAS FEIAS

A humanidade foi responsável por vários fatores destrutivos e intrincados ao longo da sua trajetória na Terra. Um deles, ocorrido no passado, foi considerar as mulheres como máquinas de produzir inúmeros filhos. Outro, foi a ânsia por lucros e acúmulo de dinheiro que se tornou a base da civilização predadora, surgindo a casta dos donos do planeta e de seus recursos, agravada pela influência das comunicações de massa que sufocou o bom senso intuitivo da população, acarretando declínio geral.

Entre as coisas feias que as pessoas deixam acontecer e que perduram devido à falta de boa vontade de cuidar adequadamente estão o lixão e o esgoto a céu aberto. Faltando a consideração humana, qualquer sistema é imprestável. O mundo se agita em crises e guerras. As nações produzem armamentos altamente exterminadores. Falta bom preparo para as novas gerações. No entanto, poucos indivíduos percebem que estamos num processo de transformação universal em que a grande colheita de tudo que os humanos plantaram jogará por terra os planos mirabolantes de cobiça do poder e seus sangrentos confrontos.

Após o momento crítico da pandemia, a economia se defrontou com a falta de itens importantes e desvalorização das moedas que vem ocorrendo desde os anos 1970 quando perderam a sustentação do ouro, surgindo certa descrença no dinheiro. Demorou 20 anos para o mercado voltar às boas com o dólar que recebeu o forte impulso da taxa de juros nos anos 1980. Em vez da estabilidade do ouro, a taxa de juros passou a ser o diferencial das moedas. Evidentemente nos grandes financiamentos para governos, a própria nação e seus recursos se tornaram a garantia das dívidas soberanas. A história vai se repetir? Como as dívidas vão ficar?

O século 21 tem se caracterizado pela ausência de analistas sobre como a humanidade está vivendo. O problema está na indolência espiritual. As pessoas se acomodaram e se tornaram presas fáceis dos inimigos da Luz que não querem a evolução, e em seu egoísmo e cobiça querem ser donos do planeta, perpetrando a ignorância sobre o significado a vida, construindo o viver hostil de escravidão, aprisionado ao mundo material onde a espiritualidade foi descartada para que pudessem dominar, esquecendo que a vida é um sopro.

Há um conjunto de fatores adversos que estão minando a economia. Inflação, queda de renda, elevação da taxa de juros, problemas climáticos afetando a produção de alimentos. Havia uma expectativa de redução da pobreza, mas os preços em alta preocupam as pessoas que priorizam seu consumo, eliminando supérfluos. Isso poderá gerar desânimo e descontentamento afetando o bom humor e a segurança pública nas cidades. Além de administrar a taxa de juros, o que mais se poderia fazer para uma forma de viver apropriada para a espécie humana?

A qualidade de vida deveria ser excelente, mas estamos no século do caos em que a situação vai ficando difícil e desanimadora. Para edificar de forma benéfica e alcançar a paz e o progresso real, em conformidade com as leis da Criação, o que em primeira linha tem de ser renovado é o ser humano, para que, em vez da cultura imperialista de tirar proveito e vantagens de outros povos, se desenvolva um viver paradisíaco de paz e prosperidade.

A natureza é tudo: beleza e lógica ofertando os recursos indispensáveis para a vida. É com isso que as crianças têm de se familiarizar, para fortalecer o humano em si há que se fortalecer o eu interior e a individualidade dos jovens.

No passado, as pessoas sabiam conversar e trocar ideias. Compreendiam melhor a vida. O tempo foi encurtando. Veio o WhatsApp e as conversas foram substituídas por mensagens escritas, sem o olho no olho, sujeitas a interpretações erradas. Se a pessoa não gostar da conversa, não pergunta, não responde, fica por isso mesmo. As pessoas estão se isolando. Basta de coisas feias. Os seres humanos que reconhecerem as leis divinas da Criação e as respeitarem em seu dia a dia terão a possibilidade de viver com liberdade, em paz e progresso, construindo de forma benéfica e embelezando o maravilhoso planeta Terra.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS FALHAS DO ESTADO-NAÇÃO

Após as sangrentas guerras do século 20, ocorreu a progressiva transferência do poder da Igreja e reis absolutistas que submetiam a população às normas impostas pela elite. O Estado-nação surgiu como a nova forma de governo e exercício do poder.

Bem gerido, o Estado-nação poderia ter contribuído para o aprimoramento dos seres humanos; no entanto, capitulou diante da corrupção e maus gestores. As transnacionais foram adquirindo poder que suplantou os governos. Como etapa seguinte, elas buscam operar em escala mundial, mas com as comunicações de massa utilizadas, estão provocando a uniformização, a perda da individualidade e criatividade, aproximando o comportamento do ser humano ao dos robôs sem alma.

Modernamente, o poder foi sendo transferido para o controle do dinheiro e dos recursos naturais essenciais, mas a miséria permanece com a mesma cara. Até a segunda guerra mundial, a Inglaterra exercia o controle do mundo com a libra e seus poderosos navios. Para lá afluíam as riquezas das nações. Apesar da vitória, o poder se esvaiu e com o passar do tempo a sua população também sentiria o peso das dificuldades econômicas, pois com a redução dos bens que procediam das “colônias”, o déficit se tornou evidente.

Atualmente, o mundo vive o fantasma da inflação que encarece os preços e reduz os salários. Os Estados-nação do ocidente abandonaram a produção de manufaturas simples e seus trabalhadores. Exportaram empregos, criaram uma crise financeira em 2008 e foram emitindo dinheiro. Agora aumentam as taxas de juros, o que parece ser um lance de guerra monetária. Os juros altos interferem em toda economia e, com isso, poderá haver muita transferência de riqueza a preços baixos. Resta saber como ficará a situação dos Estados-nação endividados e dos devedores em geral.

A história mundial e dos povos avança em sua trajetória. Os destinos estão traçados como consequência natural. Surgirão os merecidos desfechos, bons ou maus, em conformidade com as respectivas atuações dos seres humanos. Se a situação já estava bem difícil, parece que com o ato de Vladimir Putin, presidente da Rússia, anexando territórios conquistados na Ucrânia, foi dado mais um passo na direção do abismo, deixando a humanidade diante do imprevisível.

No passado do Brasil, o grupo despreparado que baniu Pedro II não deu atenção às famílias que deixavam as fazendas, indo para as cidades sem moradia, trabalho, escola e atendimento médico. O Estado-nação republicano já nasceu contaminado. Atualmente, as novas gerações também não estão aprendendo a ler e escrever corretamente, nem a fortalecer o bom senso intuitivo, engrossando a mão de obra sem qualificação, que não tem projeto de vida nem esperança no futuro.

O Brasil se encontra em pleno processo eleitoral um momento muito importante na história do país, mas também preocupante, pois com a cobiça pelo poder, as campanhas se caracterizam pelo destempero com a baixaria, mentiras e difamações que nos deixam perplexos.

A pressão daqueles que querem dominar o Brasil é avassaladora. As classes altas querem poder e tudo o mais para si; as classes menos favorecidas aceitaram as condições do trabalho de baixa remuneração, consumo e diversão. Ambas pouco se preocupam em analisar a vida e seu significado. Muitas questões são debatidas, mas o que realmente importa é se o dinheiro público será utilizado de forma eficiente para o bem geral, ou se irá engordar as contas particulares dos políticos.

Milhões de eleitores conscientes ficaram estarrecidos com o resultado do primeiro turno, pois coincidentemente, o político que havia sido aposentado pela opinião pública, apresentou a mesma quantidade de votos que elegeu o presidente em 2018, ou seja, 57 milhões.

Nem sempre é possível impedir a interferência dos homens nas máquinas, nas estatísticas e nas mentes despreparadas. O Estado-nação, fragilizado devido a interesses particulares, caiu nas mãos de grupos oligárquicos, e quem se dispuser a modificar isso enfrentará enormes obstáculos e astutas oposições, e também a reação insensata das massas manipuláveis.

Vem aí o segundo turno, uma disputa acirrada e bruta, o que está em jogo é o futuro da nação, no entanto as novas gerações não estão recebendo o adequado preparo para a vida, para transformar o Brasil no maravilhoso país sonhado de liberdade e responsabilidade, com progresso espiritual e material, com paz e alegria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O CLIMA E O SOL

No passado recente, o sol ainda não se apresentava tão abrasador como na atualidade. Havia no ar um vislumbre de esperança de solução para as aflições que atingem os seres humanos, e superadas as dificuldades e as dores, tudo voltava à rotina sonolenta sem maiores preocupações. Após o trágico evento de 11 de setembro de 2001 a situação foi apertando. Em 2008, a crise financeira desencadeou dificuldades em todas as nações. Em vez de esperança, veio a sensação semiconsciente de que a humanidade andou construindo um sistema de vida desumano, sem finalidades elevadas. Agora, os alicerces estão oscilando e a construção tende a desmoronar.

O capitalismo nada mais é do que o sistema do dinheiro que se tornou tudo. No jogo das moedas, os juros se tornaram importante variável para dar estabilidade ao valor do dinheiro. O FED aumenta juros, dólar valoriza. A Europa mantém juros baixos, o euro perde valor. O real é mais sensível ainda, sem a taxa de juros poderia estar na casa dos R$ 6,10 por dólar. Por que isso acontece? Provavelmente porque as moedas, em sua flutuação cambial, se tornaram o objeto especulativo diário do atacado financeiro mundial. Os especialistas que o digam. Como uma nação pode se proteger dessa feira monetária-cambial?

Os países asiáticos entraram no jogo, produzindo com baixo custo e exportando. A economia de produção de manufaturas para exportar velejou no vento favorável da valorização de moedas como o real do Brasil; os juros baixos internacionais também favoreceram. O baixo custo das importações provocou anemia na indústria de muitas nações. Com a pandemia e a inversão do câmbio, o crescimento asiático teve uma leve freada, reduzindo a marcha, enquanto o consumo interno se mantém nos níveis tradicionalmente baixos.

O poderio econômico do norte está enfrentando dificuldades climáticas como a estiagem prolongada. Há inúmeros fatores negativos como a destruição das florestas, poluição dos mares e rios, poluição do solo e do ar com toneladas de gás carbônico decorrente da queima de combustíveis. David Meade, pesquisador norte-americano, tem examinado fenômenos astrológicos como a aproximação de um grande cometa que poderia provocar diversos transtornos imprevistos na sustentabilidade do planeta. É preciso incluir nas pesquisas sobre as mudanças climáticas a intensificação da atividade do sol na produção de calor, que ao chegar à Terra, em contato com a camada de ar engrossada pelo carbono, provocaria efeito avassalador na temperatura e no lençol freático.

Os governos que preponderam no mundo são os dos Estados Unidos, Inglaterra, Europa, China, Rússia e Índia, e também o Brasil. A história avança em sua trajetória, os destinos estão traçados como consequência natural. As posições serão preenchidas por indivíduos que provocarão os merecidos desfechos, bons ou maus, em conformidade com as respectivas atuações.

A história da humanidade é simples, coerente e natural. Desconhecendo as leis da Criação, os homens introduzem fantasia e misticismo no saber da Criação. Os ensinamentos de Jesus eram simples, claros e naturais por conterem a Verdade sobre a Criação e a vida, mas foram sendo desfigurados pela memória fraca daqueles que não acolheram as palavras no espírito. Nos anos 300 d.C., Constantino, imperador romano, criou a ordem mundial fazendo os remendos compatíveis com seus objetivos, disseminando a cultura romana pelo mundo. Aos poucos a naturalidade foi sendo perdida e tudo passou a ser pecado que poderia ser remido sem muito esforço. Agora com frequência se fala na nova ordem mundial. Serão os princípios semelhantes aos de Constantino?

Ao lado do desenvolvimento progressivo do intelecto, os seres humanos pouco se esforçaram para também desenvolver a autoconsciência espiritual; assim se ataram ao mundo material, derrubando a antena apontada para o Alto, e tudo foi se tornando desumano, afastado da essência face ao atraso no desenvolvimento progressivo da autoconsciência do espírito,

Cerca de oito bilhões de seres humanos estão encarnados na Terra. Aproxima-se o desfecho dos destinos, a grande colheita. Quem viver verá! Para edificar de forma benéfica e alcançar a paz e o progresso real, em conformidade com as leis da Criação, o que em primeira linha tem de ser renovado é o ser humano, para que, em vez da cultura imperialista de tirar proveito de outros povos, seja implantado na Terra um viver paradisíaco.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

BALANÇO MUNDIAL

Na fase inicial, a humanidade tinha forte ligação com a natureza e seus entes; a partir daí deveria ter compreendido as leis da natureza em sua perfeição que se espraia pelo Universo e expressam a Vontade do Criador. A Criação surgiu através da Vontade do Criador para que o espírito humano pudesse se fortalecer e alcançar autoconsciência no mundo material para retornar à sua origem, mas tinha o livre arbítrio para a decisão, tomar o caminho da elevação ou se perder nos baixios.

No entanto, a humanidade estagnou, tomou outro rumo e o saber da natureza e seus entes virou lenda. A crença cega imposta pela força acabou neutralizando a capacitação para examinar e analisar os fatos objetivamente. O ser humano ficou como um boneco sem alma, não vive, vegeta. Os homens fazem leis seguindo interesses imediatistas e depois vão introduzindo alterações. As leis da Criação são eternas e sempre conduzem para o bem geral e o progresso espiritual dando a cada ser humano a merecida recompensa.

As crianças precisam do convívio com a natureza e suas leis; os jovens têm de receber ensinamentos sobre o significado da vida, nascimento e morte. Ações com amor no coração geram efeitos da generosidade beneficiadora. Para melhorar sempre, o mundo precisa de pessoas que ajam assim. Desde o nascimento, os seres humanos têm um tempo limitado em sua encarnação. Relaxando os cuidados com o próprio corpo e modo de vida, esse tempo pode encurtar, mas não dá para alongar. O que é da terra, à terra será devolvido, mas a alma segue os caminhos que ela mesma traçou em vida.

O mundo está vivendo uma balburdia monetária. Papel moeda é o dólar, o resto é só papel pintado que as nações e seus bancos centrais vão remendando para que não seja algo rasgado e sem valor. É um sistema meio artificial que dá a ilusão de que cada país tem a sua moeda soberana, mas sem as taxas de juros e a submissão ao monetarismo internacional vale pouco. Diante do aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa, atraindo o dinheiro grosso, como os latino-americanos vão defender as suas moedas para assegurar a continuidade das exportações e o funcionamento da economia?

O que querem as elites mundiais? Elas estão frustradas com a classe política? Rompidas as barreiras da religião e do absolutismo das monarquias, surgiram os Estados-nação, as repúblicas e suas cartas magnas, mas logo os oportunistas se infiltraram com sua cobiça por riqueza e poder corrompendo o novo sistema. No lugar da dependência colonialista surgiu a dependência financeira das nações e a globalização, mas como pode ser considerada boa para um país a globalização que leva para fora os empregos e a produção, desequilibrando a economia interna?

Os oportunistas vinculados à política permaneceram nas mesmas bandalheiras despóticas, favorecendo o atraso geral. Pelo mundo está se esboçando um sistema para anular o poder da classe política e manter a indolente e livre humanidade submissa aos protocolos morais e profissionais a serem implantados rigidamente. No entanto, decisiva será a condução do destino da humanidade pela justa, automática e incorruptível atuação das leis da Criação, que promovem a colheita do que cada indivíduo faz por merecer.

O que se passa no mundo com o aumento dos conflitos e rumores de guerra? As armas estão sendo afiadas. É algo assustador na história da humanidade por se tratar de um flagelo amplo que atinge a paz no planeta, estendendo-se pelas catástrofes naturais, desequilíbrio econômico e social, atingindo a psique dos indivíduos e roubando as esperanças das novas gerações. Será que os líderes concluíram que não há solução e deixam a coisa ir rolando? O que deveriam fazer seria recolher as armas e pensar seriamente em como aprimorar a humanidade.

O balanço mundial das ações humanas, imposto pelas leis da Criação, está em pleno andamento. A Luz vencerá. As trevas serão destroçadas. E tudo terá de se tornar novo. A Vontade do Criador expressa nas leis vivas da Criação imporá os rumos da humanidade para que alcance paz, progresso e felicidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

OS JOVENS E O DINHEIRO

O dinheiro deve ser gerido em sua criação e distribuição com toda seriedade. Embora não tenha valor intrínseco, o dinheiro é um fator muito cobiçado e propiciador de riqueza, poder e manobras especulativas pelo mundo O Brasil nem sempre fez isso, enganando o povo, favorecendo a especulação. A inflação é o assunto do momento diante da perda do valor de compra do dinheiro – algo criado pelo homem em meio a uma realidade que ele não controla e por isso mesmo pode se tornar um complicador em vez de auxiliador, e até agora não se conhece a fórmula para dar a ele feições humanas de paz e progresso. Em vez disso, muitas vezes provoca guerra.

A decisão do governo Nixon, em 1971, de acabar com a paridade ouro-dólar estabelecida em Breton Woods causou um espanto nas finanças mundiais, deixando a moeda norte-americana em baixa. Mas o acordo firmado em 1973 com a Arábia Saudita, de só exportar petróleo para pagamento em dólares, criou forte procura por essa moeda para pagamento das importações, o que foi ampliado com a alta do preço do petróleo, provocando aumento na criação de dólares pelo FED, ou seja, a liquidez foi engrossando até se manifestar num processo inflacionário que, a partir dos EUA, atingiu o mundo.

Para debelar o surto inflacionário, Paul Volcker assumiu o comando do FED e lascou taxa de juros a 21%, restabelecendo a valorização do dólar, repercutindo gravemente nos países devedores, inclusive o Brasil, cuja espiral inflacionária foi às nuvens, a ainda hoje o país arca com as consequências econômicas e sociais como o atraso e a precarização.

Trabalho é muito importante na vida. O Brasil reage dentro das possibilidades. Os empregos perderam qualidade; falta preparo para a mão de obra e as condições gerais do presente são resultados do futuro mal orientado no passado. O salário mais usual varia entre o equivalente a 250 e 550 dólares, como ocorre nos países atrasados. O Brasil vem decaindo há mais de 30 anos. O plano real dissimulou a crise que estava sendo gerada, adotando a política de valorizar o real para que os importados tivessem preço baixo, o que se constituiu numa grande ilusão que cegou a população.

E novamente o FED se vê diante da necessidade de elevar os juros para combater a inflação e fortalecer o dólar; no entanto, os devedores vão penar. Também não será fácil para países que atraem dólares via taxa de juros, pois a tendência será de fuga. Jerome Powell, diretor do FED, mantém o ritmo de alta dos juros aprovando mais 0,75% de aumento. O dólar forte é um lance desfavorável para a China pelo aumento do preço dos importados.

Os brasileiros da “pátria amada” são resilientes. Os shoppings mais populares estão recebendo bom público; o almoço passou a ser por quilo em vez de a la carte e o atacarejo, com produtos de preços menores, se transformou na opção para abastecer o lar, mas há outras importantes questões para serem solucionadas.

O bom preparo das novas gerações é essencial para o aprimoramento da humanidade. Foram cometidas muitas impropriedades. Os jovens eram motivados para formarem suas famílias, trabalhar e evoluir, buscando a compreensão do significado da vida, e conseguiam refletir de forma intuitiva em propósitos enobrecedores. Isso era uma vez; hoje estão desiludidos com a civilização do dinheiro, descrentes, desesperançados, desmotivados, sem saber o que fazer da vida. Ao longo das décadas, perderam o contato com a alma, que se tornou indolente enfraquecendo a força intuitiva, passando o comando ao intelecto altamente sujeito a influências externas. E isso é um fenômeno mundial.

Em vez de ficar se lamentando, cada indivíduo tem o sagrado dever de contribuir para a construção um mundo melhor. Para isso, tem de se esforçar para compreender as leis divinas da Criação. “Até agora, entretanto, o ser humano ainda não se empenhou direito em compreender a vontade de Deus, em encontrá-la; pelo contrário, tem anteposto sempre a vontade humana, exclusivamente! Vontade essa que se originou dele próprio, como corporificação dos desejos humanos e do instinto de autoconservação, o que está em desacordo com as automáticas vibrações ascendentes de todas as leis primordiais da Criação!” (Mensagem do Graal, Abdruschin, Uma Nova Lei).

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

ALTERNATIVAS PARA A INFLAÇÃO

O sistema monetário surgiu como uma fera que estava contida na gaiola do ouro. A contabilidade registrava o crescimento da fera até que, sem as amarras, pôde crescer livremente. E todas as ações humanas se voltaram para o dinheiro que se acumulava nas mãos habilidosas daqueles que faziam do acúmulo a prioridade da vida. A fera ganhou o mundo e se espraiou, ora em tsunami pondo tudo em movimento, ora em refluxo empurrado pelos juros com lentidão das atividades econômicas. Teremos pela frente mais um ciclo de ordenamento temporário que traz a austeridade no rastro, mantendo a evolução da espécie humana em plano secundário?

O misticismo se opõe à simplicidade, clareza e naturalidade no pensar. O cérebro foi contaminado e perdeu a lucidez. O momento psicológico dos investidores e da população está dominado pela apatia. Os 24 meses de restrições severas deixaram suas marcas; foi como dar a partida para algo desconhecido. Com tantos acontecimentos simultâneos, agora há uma parada e a motivação básica passa a ser a sobrevivência ameaçada, mantendo baixa a circulação do dinheiro, acarretando efeitos que freiam as iniciativas e a economia.

Ronaldo Lemos analisa a situação dos jovens em artigo no jornal Folha de São Paulo: “Há algo de errado. O mundo tornou-se um lugar inóspito para jovens. Quem tem entre 15 e 35 anos não está em situação invejável, tanto do ponto de vista econômico como social. A geração que está emergindo é na verdade a geração paralisia”.

Há algumas décadas as novas gerações percebiam que a chegada da fase adulta trazia novos horizontes e propósitos. Em geral, foram arrastados para a idolatria do instinto sexual. Os apelos levaram à exaustão. A adolescência perdida acabou com a idade dos sonhos de construir um mundo melhor. A vida perdeu o colorido ao se subordinar inteiramente ao financeiro. Restou o vazio de sentido da vida e a ignorância sobre o seu significado. A humanidade pagará caro por isso.

Os seres humanos tinham um rumo, mas não era suficiente, tanto que o sistema desmoronou. Hoje poucos sabem o que querem, vão sendo empurrados pela superficialidade da multimídia sem saber para onde estão indo. É fundamental que haja um rumo construtivo. No dia em que os seres humanos tiverem um rumo condizente com a sua espécie surgirá o progresso real, a paz e a evolução.

Nos anos 1970/80, os Estados Unidos enfrentaram a inflação aplicando elevada taxa de juros. Houve o favorecimento de ganhos nos preços menores das manufaturas produzidas na Ásia. Enquanto isso, os ativos do mercado financeiro foram inflando e o dinheiro aumentando. As pessoas pressentem quando o dinheiro vai se desvalorizando.

O século 21 apresenta novamente uma situação de retorno da inflação. Passou a fase dos preços baixos das manufaturas produzidas na Ásia. Energia, alimentos e manufaturas são impactados pela redução da oferta majorando os preços. É um choque de realidade que esbarra nas limitações da oferta. A receita tem sido inibir o consumo com a taxa de juros, mas as condições atuais não são as mesmas.

Uma equação inflacionária severa. A redução do crescimento da demanda requer aumento do desemprego? Aumentar os juros vai resolver? Há alternativas? As pessoas de bom senso vão percebendo as incoerências das teorias econômicas desenvolvidas para atender a interesses do dinheiro, pondo de lado o objetivo de buscar o atendimento das reais necessidades com eficiência.

Os comunicadores se apressam em buscar respostas e prever o futuro. Silenciosamente, de modo invisível, os fios do destino da humanidade estão em movimento para desencadear os acontecimentos que, com displicência, estão sendo gerados ao longo dos séculos.

Vida e economia são faces da mesma moeda na civilização. Mas tudo passou a girar em torno do dinheiro, desde o nascimento até a morte. Os gestores públicos têm de organizar o sistema de forma a evitar a miséria e o caos social decorrente de crises, cujas origens remontam ao passado de subordinação colonialista dando origem a povos incultos com pouco preparo. Ao longo dos séculos, o futuro tem se resumido a nações endividadas, população malnutrida, crianças descuidadas, o oposto do que deveriam ser as nações em seu desenvolvimento.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

SOBREVIVÊNCIA AMEAÇADA

O imediatismo da humanidade está presente em tudo. Assim como não dão tratamento adequado aos próprios corpos, que receberam para seu período na Terra, as pessoas também agem de forma negligente com a natureza e suas leis, e consequentemente, causam danos de forma consciente ou não.

Ao longo dos últimos 50 anos, grandes transformações ocorreram. Havia muitos postulados errados no modo de viver, mas ainda era utilizado um pouco de intuição. Os postulados não resistiram à pressão e voaram; nada mais sólido surgiu em seu lugar, e o pouco de intuição desapareceu. Conclusão: o ser humano teve reduzido o seu bom senso intuitivo e a partir daí a civilização foi se tornando precária. O espírito adormecido clama por renovação.

Há muito tempo, estadistas vêm falando em alianças e formação de grupos, mas quais são as reais intenções. Aliança para o Progresso fez o quê pelo Brasil? E os Brics? As alianças entre os povos deveriam priorizar a paz e o aprimoramento dos seres humanos. Uma civilização pacífica depende do bom preparo dos povos.

Foi preciso chegar ao limite das dificuldades climáticas para uma tomada de consciência, mas a água está esquecida há décadas. É uma questão que agora se agrava. Na maioria das cidades grandes as pessoas dependem das engarrafadoras para ter água potável. Isso representa a grande catástrofe da humanidade.

A situação mundial é grave porque estamos vivenciando uma fase de transformações aceleradas e é triste ver o despreparo de grande parte da população induzida a um viver puramente instintivo como comer, beber, se divertir, afastado da verdadeira essência humana. O bom querer é fundamental. O que a humanidade quer, de forma livre sem manipulação massiva?

Estamos numa época diferente em que muita coisa está sendo detonada pelo mundo; o dinheiro está curto, os custos são elevados. Os estabelecimentos têm de cuidar da qualidade e do preço dos produtos, observando o que os consumidores precisam. Os produtos não devem ficar largados no “pega quem quiser”. Os gerentes e auxiliares têm de estar atentos para manter as prateleiras de forma adequada.

Houve um descuido do ocidente com a economia e produção de bens, deixando tudo por conta da integração da mão de obra abundante na Ásia e na força de trabalho mundial. O que poderia ter sido resolvido com equilíbrio, de forma pacífica, agora assume característica de guerra econômica.

Não faltam dificuldades para a economia mundial. O momento psicológico dos investidores e da população está dominado pela apatia. Antes, a motivação era mais reativa. Muitos fatores especiais estão em andamento, afetando a índole geral. Em crises anteriores, as pessoas seguiam se adaptando, visando a retomada, e em paralelo a circulação do dinheiro ia se ampliando. Os 24 meses de restrições severas deixaram suas marcas, foi como dar a partida para algo novo e desconhecido. Com tantos acontecimentos simultâneos, agora há uma parada e a motivação básica passa a ser a sobrevivência ameaçada, mantendo baixa a circulação do dinheiro, acarretando efeitos que freiam a economia.

No novo calçadão da avenida Beira Mar, em Fortaleza, são seres humanos caminhando numa atmosfera leve, com consideração e solidariedade, desejando o bem. A reforma deu uma cara nova e moderna a essa avenida, mas algo está diferente. É a pós-pandemia, a crise econômica, a guerra. Há uma certa tensão no ar devido às dificuldades aumentadas, à incerteza do amanhã, à constatação da pequenez perante a grandeza do céu e do mar do Nosso Senhor, dando um aceno de esperança de Luz aos que a procuram.

Se os seres humanos conhecessem a vida como ela é, tudo seria diferente, mais leve, melhor, mais pacífico e harmônico, pois não haveria todo esse sofrimento decorrente dos caminhos errados e suas consequências. Haveria melhor entendimento entre as pessoas porque o sentimento conciliador sempre estaria presente. Mantendo no íntimo o sincero desejar do bem para o próximo, inconscientemente cada um favorecerá o outro. E isso também é imprescindível nos relacionamentos entre homens e mulheres, para que eles se complementem de fato e, fortalecidos, construam um mundo melhor. Estamos vivendo numa época muito difícil. Contudo, temos que buscar sabedoria e alegria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br